Autor Tópico: Criando desafios para grupos desequilibrados.  (Lida 32467 vezes)

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Offline Wilken

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Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Online: Janeiro 30, 2015, 01:25:37 am »
Ok, D&D 5e é a versão popular agora e, como o Elfo nos lembra em todos os posts dele, o equilíbrio do sistema não é grande coisa. Imagino que essa discussão não se limita a D&D e sei que tem um punhado de sistemas quebrados nesse sentido por aí.

Então, acho que seria interessante discutir sobre como criar desafios pra grupos de personagens desequilibrados de forma a reduzir esse desequilíbrio e não fazer os jogadores de personagens com classes menos favorecidas se sentirem inútil (se que isso é possível =x).

Offline Smaug

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #1 Online: Janeiro 30, 2015, 01:55:43 am »
Do que eu mestrei até hoje:
Em Storiteller uma coisa que eu levo em conta é: o que cada um do grupo consegue fazer e as chances individuais que cada tem de conseguir. Dentro do combate eu me preocupo principalmente com quanto de dano cada um consegue absorver, porque convenhamos, é a única coisa que importa mesmo no combate e no fim o sistema porco do Storiteller te obriga a ser parcial pra não ocorrer um tpk ou os inimigos tombarem em uma rodada (especialmente em Lobisomem). Basicamente eu crio oponentes (ou desafios multiplos) que vão atacar exatamente quem eles foram feitos pra atacar. Eu tentei usar o SAS quando a White-Wolf lançou ele (não apliquei ele ainda para o nWoD) mas juro que não entendi como aquilo funciona ou como é equilibrado.

A 3.x sempre foi um suplício pra se chegar em um equilíbrio e ele não existia era satisfatório nunca. No fim, era nivelar pra cima pro combate ser emocionante e fazer o efeito das magias do oponente acabar antes da hora, ou "esquecer" que o mago vilão tava invisível/voando/pele de pedra e deixar quem não tava fazendo nada acertar alguns ataques. E eu não consigo pensar em desafios que pudessem ser aplicados apenas ao guerreiro ou apenas ao ladrão que outras classes não poderiam resolver com até maiores chances de sucesso.

Daemon, sem comentários, aquilo lá não tinha equilíbrio algum, nem consistência interna.

CODA: acho que o sistema mais honesto nesse quesito. Ele se admite como problemático, admite que as regras não conseguem emular uma campanha de Tolkien e te dá a dica: coloque inimigos apenas como cosmético nas aventuras, finja rolar alguns dados, distribua alguns danos (nada que vá matar o grupo) e bola pra frente.
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #2 Online: Janeiro 30, 2015, 08:01:37 am »
D&D 3X

Algo que eu fiz pra tentar deixar os combatentes mais úteis foi liberar as manobras e posturas (tome of battle)  para as classes combatentes básicas. Pelo menos assim eles tinham algo melhor do que eu ataco  :b

Mas antes disso era como o smaug disse: o unico jeito de fazer o guerreiro se sentir útil era "esquecendo" de usar as magias mais fodonicas do mago contra ele ou colocando um punhado de bichos que ele pudesse enfrentar (e não dizendo pra ele que esses bichos eram apenas invocações do mago)

OU você faz um jogo onde conjuradores sejam a únicas classes de personagem  :bwaha:
« Última modificação: Janeiro 30, 2015, 07:19:04 pm por Sirus »
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Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #3 Online: Janeiro 30, 2015, 10:04:54 am »
Não cheguei a mestrar muito em níveis mais altos o D&D 5E, mas já tive alguma experiência nesse tipo de encontros. Como sempre não é nenhuma fórmula mirabolante, apenas meu relato de experiências pessoais com o sistema.

- É fato que os conjuradores estão bem fortes nesta edição do D&D. No meu grupo atual tenho 3 conjuradores: um clérigo de Tempus, um mago e um bruxo do Pacto do Grande Ancião (Ou Grande Antigo). Fora isso, o grupo tem um Ranger meio-orc e um Ladino Humano. Agora vai entrar no grupo um bárbaro.
- Os cantrips são úteis, mas não são tão apelativos. A primeira vista 1d10 de dano dos cantrips que causam dano me pareceu muito, mas na prática eles apenas arranharam os inimigos. Míssel Mágico está muito bom, mas também serve mais pro acerto automático em si do que pra deitar monstros. Notei que é mais útil dividir ele nos inimigos e enfraquecê-los pra galera da porrada do que focar num inimigo só. O mago do grupo aprendeu isso na marra. Infringir Ferimentos (do clérigo) foi útil uma vez, deitou um inimigo, mas o inimigo ao lado conseguiu bater feio no clérigo após isso. Sussurros Dissonantes, usado pelo bruxo, tem feito um pequeno estrago.
- Nas aventuras que jogamos, os usuários de magia tem sido incrivelmente úteis, mas todos que se arriscam próximo ao combate corpo-a-corpo acabaram se ferrando. Então o grupo adotou a estratégia de Comissão de Frente composta pelo ranger, clérigo e o ladino cercando os inimigos e os usuários de magia atrás disparando. Na primeira vez foram bem, contra uns orcs bem fortes. Mas a estratégia fracassou contra simples goblins, pois os goblins podem desengajar como uma ação bônus. Eles desengajavam e atacavam os casters, os que ficavam davam ataques de oportunidade na comissão de frente se eles não usassem desengajar. A galera melee as vezes perdia a chance de atacar pra defender os casters.

Resumo: Muitas vezes você consegue equilibrar as coisas usando uma habilidade de uma criatura que normalmente não daria trabalho (goblins). Analise bem as habilidades das criaturas, vê o que dá trabalho pra um conjurador, o que dá trabalho pra um cara do corpo a corpo. Os goblins deram mais trabalho que os orcs porque eliminaram a estratégia dos conjuradores de bater e correr. Um DM que conhece seu grupo e sabe como agem, pode desafiar seus jogadores de inúmeras formas, e na 5E, uma das coisas que mais gostei, até um goblin pode dar trabalho pra um personagem de nível mais alto.

Adendo final: adorei a velocidade de evolução dos personagens nessa edição. Ficou bem equilibrada. Sei que ainda vai demorar muito, mas tô esperando pra ver eles chegarem no nível 10-11 pra testar os personagens mais fortes com desafios mais fortes. Por enquanto como DM, não tive dificuldade em desafiar os jogadores, todos eles. Mas também como já disse em outro tópico, sempre focamos mais em construir uma história com personagens interessantes do que em montar combos.

[]s Pepi

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #4 Online: Janeiro 30, 2015, 10:29:44 am »
A solução mais simples - peça aos jogadores que estão com classes ou personagens decentes para não invadir o nicho de jogo ocupado pela classe ou personagem mal-feito e converse de antemão com os jogadores sobre isso. Resolver problemas inerentes ao desequilíbrio de um sistema não é responsabilidade apenas do DM.

Assim como, nem sempre jogadores se importam com isso - em alguns casos, jogar com o personagem fracote tentando sobreviver em meio a semideuses é incrivelmente divertido.

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #5 Online: Janeiro 30, 2015, 10:41:37 am »
Assim como, nem sempre jogadores se importam com isso - em alguns casos, jogar com o personagem fracote tentando sobreviver em meio a semideuses é incrivelmente divertido.

Com certeza. Isso é realmente muito divertido. Conheço um jogador que fazia personagens nível 0 no 3.5 e acompanhava o grupo tentando sobreviver. Rolava situações hilárias.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #6 Online: Janeiro 30, 2015, 10:45:44 am »
Resolver problemas inerentes ao desequilíbrio de um sistema não é responsabilidade apenas do DM.

Na verdade resolver esse tipo de coisa não é responsabilidade de ninguém a não ser dos designers, mas como os próprios jogadores não querem que eles façam isso  :b
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #7 Online: Janeiro 30, 2015, 11:44:04 am »
Em geral, jogadores só ficam frustrados quando não podem contribuir NADA para a resolução de um desafio.

Seja porque seus personagens são demasiadamente especialistas (e fuck you, system por permitir isso e todos esses anos de min/max achando que serve pra algo)
ou porque o personagem de alguém é competente em tudo (em geral com a desculpinha de dobro realidades, mas só 3x por dia, você pode bater com espadinha/procurar armadilhas o dia inteiro)

Quando eu jogo eu odeio quando ocorrem coisas "ok, agora é hora do party face brilhar" ou "ok, agora é hora do cara com hacking fazer algo".
Desafios binários, ou você pode participar ou você não pode.
Uma vez ou outra ainda vai, se a história estiver interessante....

Por isso a preferencia por sistemas que permitem todo mundo contribuir, o tempo todo.
Uns mais, outros menos.
Mas todo mundo pode contribuir.

Cortex faz muito bem isso (Leverage RPG, por exemplo)

agora, d&d nao vai ser balanceado. nem perfeitamente desbalanceado. nunca.
get over it.
já tentaram essa abordagem

Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #8 Online: Janeiro 30, 2015, 12:05:35 pm »
Por mais matematicamente bem amarrado que um sistema seja, a menos que você faça os personagens totalmente homogêneos (e com isso provavelmente tire muito da liberdade de criação das mãos do jogador), o grupo dificilmente vai ser 100% equilibrado em termos de poder. Tá aí D&D 4e que tentou e não me deixa mentir.

Mas uma das grandes vantagens de RPG sobre videogames é o fato de games terem, geralmente, desafios estáticos, que não mudam de acordo com o grupo. Já o RPG tem, na forma do mestre, uma inteligência (espera-se...) por trás dos desafios. Adaptar eles pras forças e fraquezas dos personagens faz parte.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #9 Online: Janeiro 30, 2015, 01:02:21 pm »
Adaptar nada. Tem que matar tutto.

Offline Wilken

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #10 Online: Janeiro 30, 2015, 01:19:18 pm »
Citar
Por mais matematicamente bem amarrado que um sistema seja, a menos que você faça os personagens totalmente homogêneos (e com isso provavelmente tire muito da liberdade de criação das mãos do jogador), o grupo dificilmente vai ser 100% equilibrado em termos de poder. Tá aí D&D 4e que tentou e não me deixa mentir.

Mas no caso da 4e, cada personagem tinha um nicho bem definido de coisas que, tirando aberrações de min-max, ele provavelmente faria melhor que o resto do grupo. Mesmo se houvessem dois Strikers no grupo e um deles causasse menos dano que o outro, ele ainda causaria mais dano que outros não-strikers e causaria mais dano com o daily dele do que o outro striker com um at-will.

Minha preocupação é mais com sistemas onde um personagem tem potencial pra invadir os nichos de outros personagens e fazer tudo que eles fazem, só que melhor.

E como foi indicado, sim, o mestre tem o poder de adaptar os desafios às forças e fraquezas do grupo, mas COMO fazer isso é uma questão que eu acho que merece discussão. Por exemplo, colocar 70 combates sem possibilidade de rests pro mago perder todas a magias e não poder contribuir tanto quanto o guerreiro no fim da aventura é uma opção que "funciona", mas não cria um jogo muito divertido.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #11 Online: Janeiro 30, 2015, 02:00:32 pm »
Por mais matematicamente bem amarrado que um sistema seja, a menos que você faça os personagens totalmente homogêneos (e com isso provavelmente tire muito da liberdade de criação das mãos do jogador), o grupo dificilmente vai ser 100% equilibrado em termos de poder. Tá aí D&D 4e que tentou e não me deixa mentir.

Nunca entendi essa reclamação quando a homogeneidade das classes da 4e. A únicas coisas homogêneas eram a estrutura de poderes (sem limite, encontro e diario) e os bônus conforme progressão de nível. Por que fora isso, as classes eram bem diferentes, mesmo classes com o mesmo role cumpriam esse role de formas diferentes

E eu também não acho que tenha perdido liberdade de criação sobre o personagem, você podia fazer varias builds diferentes de uma mesma classe

« Última modificação: Janeiro 30, 2015, 07:16:19 pm por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #12 Online: Janeiro 30, 2015, 02:01:54 pm »
nao acho que é só a invasão de nichos
mas o efeito binário descrito no spoiler
E não há equilibrio matemático que resolva isso.

(click to show/hide)

Tirando isso do coração, como equilibrar? Roubando. Não tem outro jeito.
Você precisa conhecer o grupo para qual está mestrando, e ao invés de fazer um desafio para o grupo. Fazer desafios individuais e juntá-los no combate.
O big bad vai ser imune a todos os efeitos que o mago tentar fazer.
Assim o guerreiro e o ladino podem derrubá-lo no corpo-a-corpo.
Os minions vao impedir eles de chegarem perto, entao o mago precisa lidar com os menores.

O problema é, todo mundo precisa ser bem sucedido, nao tem como um colega cobrir uma parte do outro. E não tem muita margem pra approach criativo. Mas quando algo der errado e o grupo se aproximar de uma derrota, o mestre pode sempre ROUBAR para evitar algo que queria evitar.

Divertido? Pode ser, se for feito de maneira a ninguém perceber. Mas o mestre vai saber. E isso pode acabar exigindo demais dele.
Como jogador, nao é pra mim esse jeito.


Mais alguma idéia?

Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #13 Online: Janeiro 30, 2015, 02:27:45 pm »
Por mais matematicamente bem amarrado que um sistema seja, a menos que você faça os personagens totalmente homogêneos (e com isso provavelmente tire muito da liberdade de criação das mãos do jogador), o grupo dificilmente vai ser 100% equilibrado em termos de poder. Tá aí D&D 4e que tentou e não me deixa mentir.

Nunca entendi essa reclamação quando a homogeneidade das classes da 4e. A únicas coisas homogêneas eram a estrutura de poderes (sem limite, encontro e diario) e os bônus conforme progressão de nível. Por que fora isso, as classes eram bem diferentes, mesmo classes com o mesmo role cumpriam esse role de formas diferentes

E eu também não acho que tenha perdido liberdade de criação sobre o personagem, você podia fazer varias builds diferentes de uma mesma classe

Acho que não fui claro naquela mensagem. Eu não considero a 4e totalmente homogênea (desconheço algum sistema que gere personagens assim). Considero ela matematicamente bem amarrada, mas longe de ter 100% de equilíbrio entre os personagens.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #14 Online: Janeiro 30, 2015, 02:30:25 pm »
Citar
Mas quando algo der errado e o grupo se aproximar de uma derrota, o mestre pode sempre ROUBAR para evitar algo que queria evitar.

Isso pode acontecer em qualquer jogo

Citar
Fazer desafios individuais e juntá-los no combate.
O big bad vai ser imune a todos os efeitos que o mago tentar fazer.
Assim o guerreiro e o ladino podem derrubá-lo no corpo-a-corpo.
Os minions vao impedir eles de chegarem perto, entao o mago precisa lidar com os menores.

E cada um vai cumprir seu papel. pra mim isso é um desafio pro grupo

« Última modificação: Janeiro 31, 2015, 12:21:23 am por Sirus »
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Offline Smaug

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #15 Online: Janeiro 30, 2015, 02:32:03 pm »
A divisão por nichos ainda é a melhor, ela funciona não só em rpg, mas em praticamente qualquer atividade em grupo, esportes em time, empresas etc... e mesmo que um jogador ou funcionário saiba fazer bem mais de uma coisa ele precisa ser informado que não deve se meter no trabalho dos outros.
Eu tentaria o seguinte, primeiro, veja se o personagem do jogador está sendo construido de modo a ocupar mais de uma função, então explique para ele  porque você como DM acha isso uma péssima ideia. Se o problema for endêmico do sistema, tipo D&D que mais cedo ou mais tarde os conjuradores começam a roubar nichos, então explique isso pros jogadores, se eles já não perceberam, e peça pra eles darem aquela segurada. Como DM, por sua vez, limite o acesso deles as magias que podem atrapalhar isso (magos podem escolher duas magias quando sobem de nível, mas podem não encontrar as magias mais invasoras de nicho em pergaminhos ou lojas para acrescentarem a seu grimório; Clérigos e druidas são mais difíceis de serem limitados a talvez possam ser convencidos a escolherem domínios menos invasivos). A mesma coisa vale pra itens mágicos. E evite monstros tudo ou nada, tipo golem de ferro, ou pelo menos de uma revisada nas habilidades dele.

Agora, uma coisa que eu notei, é que muitos jogadores adoram a invasão de nichos. Tenho um exemplo na minha mesa de um jogador que constantemente preciso ficar lembrando ele que rpg é um jogo colaborativo e que ele não vai resolver um combate, especialmente na 4e, sozinho. É o tipo que se gaba de fazer um personagem invasor de nicho até em lobisomem, vira e mexe ele fala o quanto o garou dele é multi-augurio, o quanto ele é mais rtagabash que o ragabash, mais ahron que o ahroun e coisas assim. Eu tive que dar uns toques nele e explicar que tava ficando meio chato. Mesmo assim, ele fez um tanque de guerra de personagem e estou tendo problemas em nivelar os encontros.
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Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #16 Online: Janeiro 30, 2015, 02:45:40 pm »
Isso é na 4e, Smaug? Porque nesse caso você ainda tem um "botão de ajuste" adicional na forma de tesouro. Conceder itens mais fortes pros outros personagens que para ele seria um jeito de equilibrar um pouco mais o grupo em combate. Funciona no teu caso?

Offline kinn

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #17 Online: Janeiro 30, 2015, 02:58:27 pm »
Não cheguei a ter problemas na 4e (embora tenha mestrado menos que gostaria)
Mas... na minha mesa de 3.5 que foi uma longa campanha o povo foi vendo o clérigo subir de poder exponencialmente a tal ponto que demos um jeito de dentro da história ele se separar do grupo - aí ficou mais fácil fazer desafios compatíveis para cada metade do grupo...

Do contrário era sempre um de dois extremos: ou o desafio não era desafio por conta da presença e poderio dele ou, se era um desafio (pra ele), era potencialmente letal para os demais...
Pesquisas provam:
(click to show/hide)

Offline Smaug

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #18 Online: Janeiro 30, 2015, 03:50:17 pm »
Citar
Isso é na 4e, Smaug? Porque nesse caso você ainda tem um "botão de ajuste" adicional na forma de tesouro. Conceder itens mais fortes pros outros personagens que para ele seria um jeito de equilibrar um pouco mais o grupo em combate. Funciona no teu caso?
Desculpe se vou parecer "viúva da 4e ou vitrola quebrada", estou tentando ao máximo não bater nessa tecla... mas a 4e foi o rpg com menos problema de desequilíbrio que eu mestrei. Na 4e é muito dificil construir um personagem que invada mais de um nicho, o máximo 2. Dá pra fazer, dá... mas felizmente não tenho jogadores tão dedicados assim. O jogador invasor de nicho encontrou bastante dificuldade em fazer isso na 4e e desistiu.

Se você está perguntando sobre o lance de limitar as magias de conjuradores, eu fazia isso na 3.x, ou pelo menos tentava depois de explicar a coisa pro pessoal. E sempre usei itens mágicos pra dar um up nos combatentes, mas nunca achei a solução satisfatória...
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Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #19 Online: Janeiro 30, 2015, 04:51:00 pm »
Não cara, eu estava respondendo a esse trecho aqui:

(click to show/hide)

Você falou no tempo presente, então pareceu que era um problema acontecendo agora. E mencionou especificamente a 4e, por isso perguntei se o problema estava acontecendo nela.

Só pra garantir, vou repetir pela terceira vez: acho a 4e, de longe, a edição mais equilibrada em combate do D&D. Meus problemas com ela nunca são nesse campo, e sim no que ela sacrificou pra alcançar isso.


Offline Smaug

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #20 Online: Janeiro 30, 2015, 05:09:02 pm »
Citar
Você falou no tempo presente, então pareceu que era um problema acontecendo agora. E mencionou especificamente a 4e, por isso perguntei se o problema estava acontecendo nela.
Ah sim, me desculpe... então, é um problema atual, em todos os sistemas que jogamos ele tenta, em alguns com mais sucesso que outros, ser o que resolve a situação sozinho. Ele começou com isso na 4e, mas desistiu quando viu que não tinha como o conjurador dele ser um deus na mesa, embora se gabe do striker dele (especializado em ataque a distancia) não tomar quase dano nenhum em combate, mas esquecendo que isso é mais consequência do defender estar sendo um bom defender... em lobisomem tá mais difícil segurar a figura...
Eu uso bastante esse lance de conceder tesouros mais fortes pra alguns personagens que vejo estarem em situação menos favorecida, porém, o invasor de nicho sempre reclama de estar sendo posto de lado e quer itens tão forte quanto.
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #21 Online: Janeiro 31, 2015, 12:21:36 am »
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E não há equilibrio matemático que resolva isso.

Exceto que o problema de equilibro em D&D nunca foi matemático. as magias mais chatas dos conjuradores não são as de dano:bola de fogo, misseis mágicos e etc. são aquelas com as quais eles tornavam as demais classes praticamente inúteis: voo, invisibilidade, parar o tempo, invocar criatura etc

Num jogo como D&D onde cada classe tem sua função o equilíbrio é atingido quando cada classe consegue cumprir seu role de maneira efetiva e que ninguém invade o nicho de ninguém

Citar
Por isso a preferencia por sistemas que permitem todo mundo contribuir, o tempo todo.

Um jogo onde todo mundo pode fazer um pouco de tudo isso não é mais ou menos equilibrado, apenas diferente
« Última modificação: Janeiro 31, 2015, 01:22:00 am por Sirus »
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Offline Barão Nemo

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #22 Online: Janeiro 31, 2015, 04:21:59 pm »
Bem, antes de tudo é bom fazer o básico de todo encontro: Definir por que ele está acontecendo, objetivo dos pcs, objetivo dos antagonistas, a estratégia que cada lado vai provavelmente tomar para conseguir estes objetivos, e toda aquela dança.

O único modelo geral que consigo imaginar (e que já foi citado) é o de fazer uma parte do encontro específica para cada personagem e então colocar tudo junto dentro de um encontro.

No caso em que todos estamos pensando, o conjurador teria de enfrentar outro conjurador de nível de poder semelhante ou maior, enquanto o cara da violência bruta luta contra inimigos de nível semelhante, talvez imunes a magia ou com alguma bobagem do tipo. O Dr. Estranho pode até derrotar os gigantes que o Don Quixote está enfrentando (que, surpresa, são gigantes de verdade), mas estaria abrindo espaço para o Mr. M jogar um raio da morte nele, enquanto que se Don Quixote não derrotar os gigantes eles ir até o Dr. Estranho e moer todos os grãos dele.

Em caso de personagens que simplesmente sejam dedicados á alguma atividade além do combate obviamente seria útil deixar que ele faça esta atividade durante o encontro. Mas é melhor que esta atividade interaja com as outras peças do encontro: O decker em um jogo de Shadowrun teria de desativar as turrets que atiram na sua equipe ou abrir e fechar portas para controlar linhas de tiro, enquanto um ladrão desativador de armadilhas teria de lidar com os Mafagafos que estão mafagafando os outros personagens (afinal ele é um bom desmagafinhador).

Na verdade o melhor seria se cada peça do encontro afetasse as outras, para que o encontro se sinta como uma batalha em si ao invés de várias lutas paralelas que por acaso se passam no mesmo mapa: O Dr. Estranho lida com as magias de destruição em massa do Mr. M que afetam todo o campo de batalha, mas o trabalho dele é dificultado pelo poder mafagafoso dos mafagafinhos, que são desmafagafizados pelo Harry Houdinni, que por sua vez está cercado de Moinhos de vento que são mantidos afastados pelo Don Quixote.

Faça algo parecido e então você tem um bom plano.

E querem saber um fato interessante sobre bons planos? A melhor forma de fazer eles falharem é colocá-los em prática.

Alguém inevitavelmente vai fazer algo diferente do plano, vai ter algum feitiço ou item mágico ou talento que vai fazer com que o plano não saia como planejado.

O que me leva á próxima dica incrivelmente clichê: É preciso ter jogo de cintura para lidar com o bambolê da violência.

 Tenha um plano de contigência, tenha reforços para os antagonistas caso capangas demais sejam eliminados rápido demais (é melhor que a possibilidade de reforços seja indicada logo no início do encontro, e que talvez haja a possibilidade de impedir a chegada destes reforços se algum jogador se esforçar para isto), tenha uma rota de fuga que os personagens possam usar caso falhem, lembre-os da possibilidade de fuga, tenha alguma forma de mudar a natureza de todo o encontro caso ele falhe quando ele falhar, ou então dê alguma opção para que os jogadores sequer participem do combate (mas não cumpram o objetivo dele).

-----------------

Como o Elfo Mulçumano de Regras disse, é bom tentar impedir que o desequilíbrio ocorra antes mesmo do jogo: Converse com jogadores, defina o papel de cada um, bane elementos que você sabe que são problemáticos. Feitiços de invocação causam problemas sérios? Eles são limitados nesta mesa ou sequer são permitidos. Há um ladrão na mesa? Não permita efeitos de ladrão-automático. Só material do livro de regras básico é permitido, ou ninguém pode jogar com um deus. E toda aquela dança.

O que nos leva á pergunta clássica do fórum: "E se eu não quero gastar tempo e esforço concertando problema do sistema?". É simples, se houver a opção você escolhe outro jogo.

Todo narrador tem de saber com o que está disposto á lidar. Eu não gosto de ter de lidar com 68% do sistema 3.5, então eu não uso o sistema mesmo que esteja de graça. Eu gosto do sistema de regras básico mas acabo criando maior parte do material (criaturas, items, lista de supermercado), mas são partes em que não me importo ou até gosto de trabalhar, então eu concordo em usar o sistema.

 
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Quando eu jogo eu odeio quando ocorrem coisas "ok, agora é hora do party face brilhar" ou "ok, agora é hora do cara com hacking fazer algo".
Desafios binários, ou você pode participar ou você não pode.
Uma vez ou outra ainda vai, se a história estiver interessante....

Por isso a preferencia por sistemas que permitem todo mundo contribuir, o tempo todo.
Uns mais, outros menos.
Mas todo mundo pode contribuir.

Cortex faz muito bem isso (Leverage RPG, por exemplo)

Me desculpe, mas eu não entendi qual é o problema. Eu entendo perfeitamente se está se referindo á partes da sessão dedicadas á apenas um jogador, como em Shadowrun onde o decker praticamente tem uma dungeon próprio com quem ninguém mais consegue interagir. Mas pelo o que eu lí parece que o problema é que personagens de papeis diferentes tem... Bem, papeis diferentes. 

 

Offline Wilken

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #23 Online: Janeiro 31, 2015, 10:34:11 pm »
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Me desculpe, mas eu não entendi qual é o problema. Eu entendo perfeitamente se está se referindo á partes da sessão dedicadas á apenas um jogador, como em Shadowrun onde o decker praticamente tem uma dungeon próprio com quem ninguém mais consegue interagir. Mas pelo o que eu lí parece que o problema é que personagens de papeis diferentes tem... Bem, papeis diferentes.

Ele provavelmente está se referindo a situações onde o DM cria um desafio que é impossível de ser superado a não ser que o personagem pro qual ele projetou o desafio use a habilidade pra qual ele projetou o desafio.

Offline Barão Nemo

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #24 Online: Fevereiro 01, 2015, 08:10:30 pm »
Aaaah. Certo, ignorem o que eu disse. 


Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #25 Online: Fevereiro 02, 2015, 10:44:59 am »

Num jogo como D&D onde cada classe tem sua função o equilíbrio é atingido quando cada classe consegue cumprir seu role de maneira efetiva e que ninguém invade o nicho de ninguém

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Por isso a preferencia por sistemas que permitem todo mundo contribuir, o tempo todo.

Um jogo onde todo mundo pode fazer um pouco de tudo isso não é mais ou menos equilibrado, apenas diferente

Discordo.
Deixar nichos limitados não é a solução.
Em combates cai no quesito de "caiu o healer da raid = morre todo mundo". É preciso que haja overlap de funções.
Ou então você cria uma fórmula de grupo que todo grupo precisa ter um de cada tipo (exatamente como uma edição fez) forçando artificilmente uma composição.

por isso comentei de desequilibrio perfeito. Quando as habilidades não são comparáveis, cada classe pode abordar um de maneira diferente (sem uma ser inerentemente melhor que a outra) uma situação, aí sim você tem algo interessante.

E errado novamente. O grande mimimi de conjuradores serem deuses é esse.
Ele SEMPRE pode contribuir na situação. Mesmo que o inimigo seja imune a magia, você ainda pode dar suporte legal pros aliados. E quando tudo mais falha, todo mundo pode contribuir no combate com dano.

Equilibrado é que não é um jogo que uma classe pode sempre contribuir enquanto a outra o jogador só pode abrir a boca pra resolver um assunto.

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #26 Online: Fevereiro 02, 2015, 11:13:26 am »
As vezes me sinto antiquado, ou até anacrônico, ao ler as postagens de alguns tópicos. Pra mim termos como raid, role (não, nao o role de roleplaying), DPS, tanker, healer e etc. são termos de MMOs e não de RPG.
A mesma coisa os tais papéis que são citados aqui. Não jogo pensando em papéis (ah, o meu vai ser o dps da linha de frente) e nem o pessoal que joga comigo. Ninguém faz seus personagens pensando nisso e, se dividem as tarefas (ou nichos como preferirem) é algo natural da campanha.
Já vi um mago cujo o roleplay é "ser distante de assuntos que achava banais" deixando o bardo ou outro conjurador fazer o trabalho pra ele.
Eu adoro fazer personagens diferentes e não estou dizendo de raças e etc. Cansei de sacrificar o poder ofensivo de personagens em nome do roleplay. Meu último personagem como jogador (no playtest do D&D Next) era um guerreiro humano bem inteligente e carismático. Seu atributo mais baixo (devido a ele ser jovem e impetuoso), era a Sabedoria. Com os níveis aumentando, adivinha que atributo eu aumentei preferencialmente? Não, não foi Força, foi Sabedoria. Isto porque ele foi amadurecendo e se preparando para ser o senhor das terras de seu pai (o background era nobre).

Acho que por isso eu não costumo ter argumentos quando o tópico começa a falar de mecânicas de jogo. E pra mim, o Mestre que conhece seus jogadores e seus personagens sabe como equilibrar encontros. Alias, os encontros em si não precisam ser equilibrados. Cada um pode ter sua chance de brilhar. Na última sessão que mestrei, brilhou a estrela do ladino que se disfarçou e se infiltrou entre os cultistas libertando os aventureiros e descobrindo informações vitais. Foi o dia dele de brilhar.

[]s Pepi

Offline Smaug

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #27 Online: Fevereiro 02, 2015, 12:15:34 pm »
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Discordo.
Deixar nichos limitados não é a solução.
Em combates cai no quesito de "caiu o healer da raid = morre todo mundo". É preciso que haja overlap de funções.
Se por nichos limitados você quer dizer os nichos  genéricos que "curador do grupo" oa invés de "líder do grupo" que envolve manter o grupo em pé e ajudar no posicionamento. Ter um papel secundário pra classe, sem que esse ofusque o primário de outra também é funcional.

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Ou então você cria uma fórmula de grupo que todo grupo precisa ter um de cada tipo (exatamente como uma edição fez) forçando artificilmente uma composição.
O que de certo modo acontecia na 3.x, onde bastava os conjuradores ficarem sem magia e todo mundo parava pra descansar, mesmo que o fighter estivesse com os PVs cheios.

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por isso comentei de desequilibrio perfeito. Quando as habilidades não são comparáveis, cada classe pode abordar um de maneira diferente (sem uma ser inerentemente melhor que a outra) uma situação, aí sim você tem algo interessante.

E errado novamente. O grande mimimi de conjuradores serem deuses é esse.
Ele SEMPRE pode contribuir na situação. Mesmo que o inimigo seja imune a magia, você ainda pode dar suporte legal pros aliados. E quando tudo mais falha, todo mundo pode contribuir no combate com dano.
Se todas podem contribuir de modo igual então elas estão equilibradas, certo? Não vejo desequilíbrio no que você falou. E a 4e mostrou que é possível fazer isso sem criar uma dependência de classes (jogar sem mago ou clérigo em 3.x é um convite ao fracasso do grupo) ao mesmo tempo que evita que uma classe resolva sozinha todas as situações. Mesmo desafios de pericia, por mais horríveis que sejam, se construídos de modo satisfatório acabam distribuindo as funções entre o grupo.
Se as classes não são comparáveis (e eu estou entendendo o comparável seu como "obedecem a mesma regra e estrutura") o que você acaba tendo são diversos subsistemas para cada classe e o resultado é que algumas terminam por serem mais funcionais que outroas (e em alguns casos mais otimizadas que outras). Vide "guerreiro não sou o melhor no que faço e o que eu faço é chato pacas" e o Mago "Dobrador do Universo".

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Equilibrado é que não é um jogo que uma classe pode sempre contribuir enquanto a outra o jogador só pode abrir a boca pra resolver um assunto.
Não tenho como concordar mais, só acho que é mais ou menos a visão de todo mundo aqui. Só que os nichos precisam ser bem definidos e funcionais, nada genéricos ou vagos como eram na 3.x (basicamente mundano sem graça e deus moldador do universo). Nesse ponto, depois que eu li o Fighter do Next, acho que o next conseguiu manter algum progresso. Mas ainda quero ver como uma lista de manobras de 1 pagina e meia se equipara a quase 50% do livro dedicado a lista de magias.

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As vezes me sinto antiquado, ou até anacrônico, ao ler as postagens de alguns tópicos. Pra mim termos como raid, role (não, nao o role de roleplaying), DPS, tanker, healer e etc. são termos de MMOs e não de RPG.
RPGs influenciaram MMOs, nada mais justo que em algum momento o contrário também acontecesse. Mas se substituir os termos Healer, DPS e Tanker por "classe que cura", "classe porradeira" e "classe que aguenta porrada" não vejo como o discurso mudou.

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A mesma coisa os tais papéis que são citados aqui. Não jogo pensando em papéis (ah, o meu vai ser o dps da linha de frente) e nem o pessoal que joga comigo. Ninguém faz seus personagens pensando nisso e, se dividem as tarefas (ou nichos como preferirem) é algo natural da campanha.
E que bom que funciona pra vocês!  :aham: Só que é mais fácil desconstruir os nichos e classes pra chegar nesse estilo de rpg que vocês curtem do que construir um sistema de regras bem equilibrado. De modo que é para isso que a maioria dos rpgistas está pagando (caro) em livros de rpg, para que a empresa pague uma mão de obra especializada e que teoricamente vai saber como fazer isso (os designers) para fazer o serviço.

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E pra mim, o Mestre que conhece seus jogadores e seus personagens sabe como equilibrar encontros.
Eu... concordo. Relutante, mas concordo. Existe uma série de fatores ai que podem pender para um lado e para outro. A começar se o sistema não tem um jeito decente de regular os desafios (vide Storiteller). Sem isso se torna um trabalho relativamente cansativo.
This happens all the time. No matter how epic the battle, once begun, the thing sounds more or less like a bingo game: People shout out numbers and other people get excited about them.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #28 Online: Fevereiro 02, 2015, 01:08:31 pm »
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Deixar nichos limitados não é a solução.

Isso é apenas uma questão de proposta de jogo. D&D presume que cada classe tem seu papel, logo para estar equilibrado cada um deve ser capaz de cumprir seu role de maneira efetiva e não tê-lo completamente invadido por classe de outro role.

"A mas se o líder cair não tem mais cura" é pra isso que o defensor esta ai. evitar que os inimigos cheguem nos aliados

Edit: e também os pulsos de cura

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Em combates cai no quesito de "caiu o healer da raid = morre todo mundo". É preciso que haja overlap de funções.
Ou então você cria uma fórmula de grupo que todo grupo precisa ter um de cada tipo (exatamente como uma edição fez) forçando artificilmente uma composição.

Muitas classes na 4e tinham roles secundários (obviamente não eram tão boas neles quanto em seus roles primários)

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E errado novamente. O grande mimimi de conjuradores serem deuses é esse.
Ele SEMPRE pode contribuir na situação. Mesmo que o inimigo seja imune a magia, você ainda pode dar suporte legal pros aliados. E quando tudo mais falha, todo mundo pode contribuir no combate com dano.

Note que eu disse TODO MUNDO fazendo um pouco de tudo. o mimimi contra o conjuradores era que SÓ eles faziam de tudo

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Equilibrado é que não é um jogo que uma classe pode sempre contribuir enquanto a outra o jogador só pode abrir a boca pra resolver um assunto.

Verdade. outra razão para os nichos serem bem protegidos quando o jogo os possui
« Última modificação: Fevereiro 02, 2015, 01:21:39 pm por Sirus »
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Offline Wilken

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #29 Online: Fevereiro 02, 2015, 02:52:10 pm »
Importante notar que nem todo design "parts of the machine" sofre com o problema de "morreu o healer/tank/sniper acabou a luta"; esse problema (bastante visível na história do WoW e outros MMOs) vem, por exemplo, da inflação de habilidades da cura até o ponto onde todo o dano do sistema do jogo precisa ser calculado com o pressuposto de que o time inimigo vai ter um healer. League of Legends e DotA são dois jogos com uma estrutura de nichos pra cada posição onde a queda de um determinado membro do grupo só significa uma derrota automática se o grupo optar por isso e montar uma composição focada naquele membro; e essa estrutura de equilíbrio definitivamente pode funcionar em RPGs de mesa.

Seria totalmente aceitável que os conjuradores tivessem a versatilidade que tem se a magia de abrir fechaduras fosse menos eficiente do que o abrir fechaduras manual do ladrão, por exemplo, mas o que acontece acaba sendo o oposto =x

Offline Smaug

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #30 Online: Fevereiro 02, 2015, 02:59:58 pm »
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Seria totalmente aceitável que os conjuradores tivessem a versatilidade que tem se a magia de abrir fechaduras fosse menos eficiente do que o abrir fechaduras manual do ladrão, por exemplo, mas o que acontece acaba sendo o oposto =x
Sim!! As magias invasoras de nicho deveriam ser um quebra-galho (Putz, não temos ladrão, mago tem como resolver? - Tenho, mas vai me custar algumas horas ou 1 slot de magia mais importante).
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #31 Online: Fevereiro 02, 2015, 03:16:36 pm »
Uma coisa que eu acho muito engraçado e ver os fãs "tradicionalistas" de D&D reclamarem que os personagens da 4e parecem ter saído de algum anime ou videogame e que não tem nada haver com a fantasia clássica que inspirou D&D

Mas quando você para pra olhar uma mago da 3e por exemplo, percebe que ele se parece muito mais com uma mago de final fantasy do que com gandalf ou thulsa doom
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Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #32 Online: Fevereiro 02, 2015, 03:36:30 pm »
Mas ainda quero ver como uma lista de manobras de 1 pagina e meia se equipara a quase 50% do livro dedicado a lista de magias.

Eu já vi essa comparação várias vezes e sempre achei bem ilusória - o número de páginas ocupadas por uma coisa e outra é uma base bem boba pra análise. Nenhuma classe usa TODA a lista de magias do livro, por exemplo, bem pelo contrário. E uma magia precisar de mais palavras que uma manobra de guerreiro pra descrever seu funcionamento não é algo que a torna automaticamente "melhor". Tentar forçar uma homogenização dessas descrições "na marra" gera algo no formato das descrições de poderes da 4e, onde tudo é reduzido a um barebones só com as engrenagens mais básicas aparecendo, e que - pro meu gosto - acaba virando uma merda.

Seria totalmente aceitável que os conjuradores tivessem a versatilidade que tem se a magia de abrir fechaduras fosse menos eficiente do que o abrir fechaduras manual do ladrão, por exemplo, mas o que acontece acaba sendo o oposto =x

Usando a magia Knock da 5e como exemplo, está melhorando nesse sentido. Pra começo de conversa, as magias se tornaram um recurso bem mais escasso, com BEM menos slots por dia e sem os pergaminhos abundantes da 3e. Além disso, ela tem sucesso automático, mas uma desvantagem significativa (gera um estrondo audível a uma grande distância) e uso limitado a uma tranca. Coloque duas ou mais trancas na mesma porta, ou mais de uma porta trancada em sequência, e o conjurador chora. :P

Offline Smaug

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #33 Online: Fevereiro 02, 2015, 03:47:40 pm »
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Eu já vi essa comparação várias vezes e sempre achei bem ilusória - o número de páginas ocupadas por uma coisa e outra é uma base bem boba pra análise. Nenhuma classe usa TODA a lista de magias do livro, por exemplo, bem pelo contrário. E uma magia precisar de mais palavras que uma manobra de guerreiro pra descrever seu funcionamento não é algo que a torna automaticamente "melhor". Tentar forçar uma homogenização dessas descrições "na marra" gera algo no formato das descrições de poderes da 4e, onde tudo é reduzido a um barebones só com as engrenagens mais básicas aparecendo, e que - pro meu gosto - acaba virando uma merda.
Pode não usar tudo, mas a variabilidade de efeitos é maior e consequentemente as opções para as classes que as usam resolver os problemas que aparecem. É como eu te dar um conjunto de 5 chaves de fenda e dizer que você tem as mesmas opções de alguém com uma caixa de ferramentas completa. Se o guerreiro se vira bem com meia duzia de opções entre bater, bater mais forte, bater mais forte e doido, bater e derrubar, bater e aguentar. Por que os conjuradores precisam de tudo aquilo? Ou porque o guerreiros precisam de somente isso?
E não necessariamente a homogeneização vai levar a 4e, vide lobisomem e suas listas de dons por raça/augurio/tribo.

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Usando a magia Knock da 5e como exemplo, está melhorando nesse sentido. Pra começo de conversa, as magias se tornaram um recurso bem mais escasso, com BEM menos slots por dia e sem os pergaminhos abundantes da 3e. Além disso, ela tem sucesso automático, mas uma desvantagem significativa (gera um estrondo audível a uma grande distância) e uso limitado a uma tranca. Coloque duas ou mais trancas na mesma porta, ou mais de uma porta trancada em sequência, e o conjurador chora.
Isso... ficou realmente bom! Mas certeza que não tem nenhum "cheat" do sistema? Porque eles são loucos pra falar que x limita conjurador, mas Y permiti ele a romper o limite.
« Última modificação: Fevereiro 02, 2015, 04:00:39 pm por Smaug »
This happens all the time. No matter how epic the battle, once begun, the thing sounds more or less like a bingo game: People shout out numbers and other people get excited about them.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #34 Online: Fevereiro 02, 2015, 04:51:38 pm »
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Usando a magia Knock da 5e como exemplo, está melhorando nesse sentido. Pra começo de conversa, as magias se tornaram um recurso bem mais escasso, com BEM menos slots por dia e sem os pergaminhos abundantes da 3e. Além disso, ela tem sucesso automático, mas uma desvantagem significativa (gera um estrondo audível a uma grande distância) e uso limitado a uma tranca. Coloque duas ou mais trancas na mesma porta, ou mais de uma porta trancada em sequência, e o conjurador chora.

Eu adoraria acreditar nisso, mas lembrando:

Pergaminhos são comuns e abundantes, na verdade. Segundo a tabela do DMG, Pergaminhos de Cantrips e magias de nível 1 são ítens mágicos comuns, e os de nível 2 e 3 são Incomuns. Então, espere encontrar uma porrada deles durante o jogo (sem contar que eles podem ser criados). Adicione o fato que que ainda existem Varinhas e Cajados, e não, Attunement não vai limitar o uso deles (só serve como um leve incômodo de um Descanso Curto).

E no caso específico de Knock, existe um truque simples que elimina todas as "limitações" dessa magia: Silêncio (Ritual) +  Knock (Como Pergaminho), que é Uncommon.

O que ocorre com essa combinação? Como Silêncio pode ser conjurada como Ritual, ela não vai consumir slot algum, e vai impedir qualquer som originado na área dessa magia se espalhe. E claro, você pode objeta que isso impediria o Conjurador de utilizar Knock, mas existe um detalhe interessante ao utilizar uma magia vinda de um pergaminho:

"If the spell is on your class's spell list you can use an action to read the scroll and cast its spell without having to provide any of the spell's components "

Ou seja - você pode conjurar Knock em uma área de Silêncio, já que ela não irá requerer o componente verbal. E não fará nenhum barulho, porque o som vai se originar na área de Silêncio.

Claro, pode-se abjetar que eu estou utilizando um ítem mágico aqui, o que não é exatamente previsto pelas Regras do Jogo, mas eu tenho que notar que o tipo de jogo que impede um Mago de ter alguns pergaminhos de Knock é o mesmo tipo de jogo que impede todo mundo ter acesso a Poções de Cura Maior ou de Respirar na Água e o uso de Armaduras de Mitral ou Adamantina.  :)
« Última modificação: Fevereiro 02, 2015, 04:53:29 pm por Khalid al-Walid »

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #35 Online: Fevereiro 02, 2015, 05:02:39 pm »
Ok cara, mas um ritual, se não me engano, leva um tempo pra ser realizado. Acho que são 10 minutos a mais que o tempo normal de conjuração. Numa situação de tensão, onde cada segundo importa, não dará muito certo.
Já o ladino, de especialização Ladrão, em nível 3, pode abrir uma porta trancada com uma ação bônus.
Neste caso, entre o ladino e o mago, sou muito mais o ladino.

Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #36 Online: Fevereiro 02, 2015, 05:03:39 pm »
Pode não usar tudo, mas a variabilidade de efeitos é maior e consequentemente as opções para as classes que as usam resolver os problemas que aparecem. É como eu te dar um conjunto de 5 chaves de fenda e dizer que você tem as mesmas opções de alguém com uma caixa de ferramentas completa. Se o guerreiro se vira bem com meia duzia de opções entre bater, bater mais forte, bater mais forte e doido, bater e derrubar, bater e aguentar. Por que os conjuradores precisam de tudo aquilo? Ou porque o guerreiros precisam de somente isso?
E não necessariamente a homogeneização vai levar a 4e, vide lobisomem e suas listas de dons por raça/augurio/tribo.

Eu entendo teu ponto de vista, só acho o argumento da quantidade de páginas uma comparação sem peso, saca? A 5e tem o que... doze classes, das quais oito usam magias? Nove, se você contar que o Eldritch Knight é um dos três caminhos possíveis pro Fighter no livro básico. Divida as ~100 páginas da lista de magias por 9, e de repente não parecem mais um espaço absurdo pra se dedicar a algo que é usado não só por 75% dos PJs do jogo, mas também por monstros e NPCs.

Repito, concordo com a maior parte dos argumentos sobre combatentes físicos merecerem opções mais legais de manobras de combate, mas o mimimi sobre "a quantidade de páginas ocupada pela lista de magias" não faz muito sentido.

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Isso... ficou realmente bom! Mas certeza que não tem nenhum "cheat" do sistema? Porque eles são loucos pra falar que x limita conjurador, mas Y permiti ele a romper o limite.

Não que eu tenha visto até agora. Ela não é nem sequer ritual, então não tem a opção do conjurador dedicar mais tempo e gastar alguns PO pra usá-la várias vezes em sequência.


Citar
Eu adoraria acreditar nisso, mas lembrando:

Pergaminhos são comuns e abundantes, na verdade.

Pergaminhos, assim como qualquer item mágico, por padrão não podem ser comprados pelos jogadores.

Esse é o estado básico do jogo. Por padrão, não se vendem itens mágicos. São relíquias quase perdidas e consideradas valiosas o bastante pra dificilmente alguém querer se desfazer delas. Cada mestre tem total liberdade pra mudar isso, por sua conta própria e risco. Mas eu prefiro não colocar regras caseiras nessa conversa, pra evitar confusões.  :aham:

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #37 Online: Fevereiro 02, 2015, 06:38:32 pm »
Pergaminhos, assim como qualquer item mágico, por padrão não podem ser comprados pelos jogadores.

Mas ainda podem ser criados por eles ?
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Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #38 Online: Fevereiro 02, 2015, 06:58:48 pm »
Novamente, apenas se o mestre optar por incluir criação de itens mágicos (e aí o DMG dá orientações de custos, tempo, requisitos, etc).

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #39 Online: Fevereiro 02, 2015, 07:41:53 pm »
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Ok cara, mas um ritual, se não me engano, leva um tempo pra ser realizado. Acho que são 10 minutos a mais que o tempo normal de conjuração. Numa situação de tensão, onde cada segundo importa, não dará muito certo.
Já o ladino, de especialização Ladrão, em nível 3, pode abrir uma porta trancada com uma ação bônus.

Conjurar como Ritual é uma opção, não algo obrigatório. Um Mago tem diversas opções em como gerenciar seus (possivelmente infinitos) recursos.

Citar
Pergaminhos, assim como qualquer item mágico, por padrão não podem ser comprados pelos jogadores.

Esse é o estado básico do jogo. Por padrão, não se vendem itens mágicos. São relíquias quase perdidas e consideradas valiosas o bastante pra dificilmente alguém querer se desfazer delas. Cada mestre tem total liberdade pra mudar isso, por sua conta própria e risco. Mas eu prefiro não colocar regras caseiras nessa conversa, pra evitar confusões.

Você está sendo bem mais categórico do que o próprio texto do DMG é, Eltor. O trecho que  que fez paráfrase é esse (DMG, página 135):

Unless you decide your campaign works otherwise, most magic items are so rare that they aren't available for purchase.

Ou seja, a maioria dos ítens mágicos são raros que não são disponíveis a venda - e não "qualquer ítem mágico" como você coloca.  Pode-se discutir o que "are so rare" quer dizer, se itens mágicos da categoria "Rare" e acima são praticamente impossíveis de encontrar ou se itens mágicos em geral são raros e você não pode esperar encontrar vendedores. Logo abaixo, página 135-136:

Common items, such as a potion of healing, can be procured from an alchemist, herbalist,
or spellcaster. Doing so is rarely as simple as walking into a shop and selecting an item from a shelf. The seller might ask for a service, rather than coin. In a large city with an academy of magic or a major temple, buying and selling magic items might be possible, at your discretion. If your world includes a large number of adventurers engaged in retrieving ancient magic items, trade in these items might be more common. Even so, it's likely to remain similar to the
market for fine art in the real world, with invitation-only auctions and a tendency to attract thieves.


De qualquer forma - Não, a compra de itens mágicos não é descartada pelo sistema e não é uma "Regra Opcional". Só está camuflada no texto ambíguo e sem afirmações categóricas, assim como os Paladinos não-Leais e Bons.
« Última modificação: Fevereiro 02, 2015, 07:44:25 pm por Khalid al-Walid »

Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #40 Online: Fevereiro 02, 2015, 08:25:14 pm »
Tá virando off-topic, mas... trechos da mesma seção, Elfo:

"Even uncommon items can't be easily created. Thus, many magic items are well-preserved antiquities."

"If your campaign allows for trade in magic items, rarity can also help you set prices for them."

"In a large city with an academy of magic or a major temple, buying and selling magic items might be possible, at your discretion."

"Doing so is rarely as simple as walking into a shop and selecting an item from a shelf. The seller might ask for a service, rather than coin."

"Even so, it's likely to remain similar to the market for fine art in the real world, with invitation-only auctions and a tendency to attract thieves."

"In your campaign, magic items might be prevalent enough that adventurers can buy and sell them with some effort."

"You might also allow characters to craft their own magic items, as discussed in chapters 6."


Resumindo: pra mim, isso deixa beeeeeem claro que o padrão no sistema NÃO É os jogadores terem acesso (por compra ou criação própria) a qualquer item mágico que quiserem, quando quiserem. Também deixa bem claro que o mestre PODERIA (veja só quantos "might" ali em cima) tornar essas coisas mais acessíveis, por sua própria conta e risco.

Não tem nada de ambíguo aí. Tá bem mastigadinho que, SE for possível comprar ou criar itens mágicos, é só porque o mestre quis ser mais aberto com isso na sua campanha. Então não, eu não vou aceitar "e aí então o mago conjura isso e mais isso e tira um pergaminho DO CU" como base pro "mimimi spellcasters são semideuses e têm recursos infinitos mimimi".

« Última modificação: Fevereiro 02, 2015, 08:26:52 pm por Macnol [top] »

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #41 Online: Fevereiro 02, 2015, 09:21:33 pm »
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Resumindo: pra mim, isso deixa beeeeeem claro que o padrão no sistema NÃO É os jogadores terem acesso (por compra ou criação própria) a qualquer item mágico que quiserem, quando quiserem. Também deixa bem claro que o mestre PODERIA (veja só quantos "might" ali em cima) tornar essas coisas mais acessíveis, por sua própria conta e risco.

Note que eu não afirmei nada quanto a criação de itens mágicos - para mim isso é bem claro que essa regra é opcional. Quanto a compra de itens mágicos, os trechos que citou apenas mostram que sua compra é não trivial, mas não impossível (tanto que compara com o mercado de bens de luxo, o que é uma boa analogia).

Citar
Então não, eu não vou aceitar "e aí então o mago conjura isso e mais isso e tira um pergaminho DO CU" como base pro "mimimi spellcasters são semideuses e têm recursos infinitos mimimi".

Sinta-se livre.

Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #42 Online: Fevereiro 02, 2015, 09:47:01 pm »
Sim, compara com o mercado de bens de luxo logo após dizer que "a compra poderia ser possível, a seu critério".

Offline kinn

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #43 Online: Fevereiro 02, 2015, 10:00:42 pm »
Seria totalmente aceitável que os conjuradores tivessem a versatilidade que tem se a magia de abrir fechaduras fosse menos eficiente do que o abrir fechaduras manual do ladrão, por exemplo, mas o que acontece acaba sendo o oposto =x

Usando a magia Knock da 5e como exemplo, está melhorando nesse sentido. Pra começo de conversa, as magias se tornaram um recurso bem mais escasso, com BEM menos slots por dia e sem os pergaminhos abundantes da 3e. Além disso, ela tem sucesso automático, mas uma desvantagem significativa (gera um estrondo audível a uma grande distância) e uso limitado a uma tranca. Coloque duas ou mais trancas na mesma porta, ou mais de uma porta trancada em sequência, e o conjurador chora. :P

Olha só - nerfaram knock (um pouco e já demonstrado que não é algo impossível de resolver) Mas e o resto? Invisibilidade faz eco dizendo "tem alguém invisível aqui"? - insira demais magias problemáticas invasoras de nicho para saber se tem algo nelas que não ofusca a pessoa que usa a perícia dedicada
Pesquisas provam:
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Offline Smaug

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #44 Online: Fevereiro 02, 2015, 10:05:22 pm »
Eu já achei ótimo que eles tiraram Transformação de Tenser!
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #45 Online: Fevereiro 02, 2015, 10:24:42 pm »
Poder divino e força dos justos também saíram ?
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Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #46 Online: Fevereiro 02, 2015, 10:39:12 pm »
Invisibilidade exige Concentração, ou seja, pode ser quebrada e não pode ser usada em conjunto com outras magias que também exigem isso. E não é o equivalente a sucesso automático em furtividade: você ainda pode ser detectado pelo som que faz, traços que deixa no chão, objetos que esbarra, etc. A maior vantagem que Invisibilidade concede é permitir que você tente se esconder (com um teste de Furtividade) mesmo que possam ver o lugar onde você está. Normalmente, isso seria impossível.

Sirus, não lembro de ter visto essas duas magias. Dê uma olhada se encontra no site de Basic Rules, acho que todas as magias estão lá.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #47 Online: Fevereiro 03, 2015, 08:52:11 am »
Sabe galera, estava pensando aqui, e já são mais de 20 anos jogando RPG, mestrando RPG, discutindo sobre RPG, escrevendo sobre RPG, etc etc etc. Já vi AD&D, ST, WoD, Defensores de Tóquio, 3D&D, 4D&D, ainda não vi o 5D&D, mas, pelo que vejo, o desequilíbrio continua.

E, por todos esses anos, esses sistemas todos fizeram sucesso. E todos são desequilibrados, uns mais, outros menos. Aí é gosto, nem adianta querer falar de um ou de outro.

Falando francamente e direto ao ponto, não sei se esse desequilíbrio realmente importa, se é realmente "culpa" dos sistemas de regras, enfim, se esse assunto merece a atenção toda que recebe. E, se são nuances inerentes a um jogo lastreado em improvisos e decisões tomadas no calor do momento, não sei se são realmente sanáveis. Justas ou injustas, elas fazem parte do jogo.

No fim das contas, as pessoas se divertem.

Será mesmo que é o sistema desequilibrado, ou é o jogo de RPG em si? Será que é razoável esperar "equilíbrio de poder" em um jogo sustentado por sistemas de regras destinados a emular uma realidade fantasiosa onde as pessoas, em maior ou menor grau, recebem a chance de superar as limitações da vida cotidiana? Será que não estamos nos contradizendo ao querer que uma experiência desvinculada do planejamento e da previsibilidade ofereça mais e mais restrições ao improviso e à criatividade?

Em resumo: será que seria divertido jogar um RPG onde, dadas as mesmas condições, as coisas aconteçam de modo autêntico e os resultados de cada personagem sejam iguais aos do outro, para o mesmo grau de complexidade, desafio e sucesso? Haveria, no final das contas, como diferenciar, dentro do jogo, um personagem do outro?

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #48 Online: Fevereiro 03, 2015, 09:08:41 am »
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será que seria divertido jogar um RPG onde, dadas as mesmas condições, as coisas aconteçam de modo autêntico e os resultados de cada personagem sejam iguais aos do outro, para o mesmo grau de complexidade, desafio e sucesso?

Presumindo que eu entendi o que você quis dizer, sim. por que a alternativa seria uma personagem faz tudo e o outro chupa o dedo

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Haveria, no final das contas, como diferenciar, dentro do jogo, um personagem do outro?

Sim. Personagens igualmente funcionais não significa personagens que funcionam igual
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Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #49 Online: Fevereiro 03, 2015, 12:01:01 pm »
Muito bom teu post Luminus.

Tem gente que fica endeusando a 4E e metendo o pau na 5E, que é desequilibrada e tal e a anterior é quase perfeita. Mas na prática, jogando e vendo a opinião de amigos, a endeusada e magnânima 4E tem pouquíssimos jogadores aqui, enquanto a desequilibrada 5E vem crescendo exponencialmente. São situações e coisas que acontecem aqui na minha região e que notei também em alguns encontros de RPG que participei aqui pelo RS. É mais fácil conseguir jogador de GURPS (taxado erroneamente como um RPG complicado de zilhões de regras) que de D&D 4E.
Botei meus livros de 4E a venda, que estão praticamente novos e tive zero de interesse. Até meu GURPS edição anterior surrado teve mais propostas. Mas é um sistema super equilibrado, onde todos podem se divertir sem os mega apelões super sayajins casters.

Em resumo: a 5E pode ser desequilibrada, mas vejo que o pessoal tá curtindo e se divertindo. a 4E pode ser equilibrada com seus lances de papéis de personagem, mas fez muita gente largar de mão. Pois na prática ela não é tão divertida. O D&D Basic diverte mais que a 4E.
Talvez seja uma questão de gosto regional apenas. Mas não conheço, exceto em fóruns como este, grupos de 4E que vingaram. Mas se tem gente que gosta e se diverte com a 4E, ótimo!

Por isso eu levanto minha espada e digo: Dane-se o equilíbro!!! Viva a diversão!!!

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #50 Online: Fevereiro 03, 2015, 02:20:56 pm »
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Falando francamente e direto ao ponto, não sei se esse desequilíbrio realmente importa, se é realmente "culpa" dos sistemas de regras, enfim, se esse assunto merece a atenção toda que recebe.

Respostas possíveis para isso:

a) Sim, o equilíbrio realmente importa na perspectiva de um designer de jogo. Se você espera que todos os jogadores sejam relativamente importantes na história/combates/aquilo que seu RPG que emular, você providencia ferramentas para que todos possam colaborar.

b) Sim, o desiquilíbrio é importante quando você quer emular um gênero ou convenção onde existe um tipo de personagem nitidamente superior a outros. Vide Ars Magica, onde a separação entre Magos e Não-Magos (Grogs) é imensa. Ou entre um Ven e um Não-Ven em Houses of the Blooded.

Aliás, aqueles que defendem desequilíbrio absoluto estariam mais bem servidos em Ars Magica do que D&D.

c) Não, o equilíbrio não importa necessariamente na perspectiva de um jogador. Alguns se importam consideravelmente, outros pagam lip service, outros não desejam em seu jogo.

Citar
Tem gente que fica endeusando a 4E e metendo o pau na 5E, que é desequilibrada e tal e a anterior é quase perfeita.

Você leu os tópicos aqui onde se fala da 4e? Porque aqueles que "endeusam" ela são costumeiramente aqueles que conhecem ela e que mencionam constantemente seu problemas (procure os tópicos do Nibelung, por exemplo).

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Por isso eu levanto minha espada e digo: Dane-se o equilíbro!!! Viva a diversão!!!

Isso é uma Falsa Dicotomia, assim como "Roleplay e Rollplay" (Anos 90).
« Última modificação: Fevereiro 03, 2015, 02:33:29 pm por Khalid al-Walid »

Offline Wilken

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #51 Online: Fevereiro 03, 2015, 02:30:54 pm »
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Falando francamente e direto ao ponto, não sei se esse desequilíbrio realmente importa, se é realmente "culpa" dos sistemas de regras, enfim, se esse assunto merece a atenção toda que recebe.

Eu diria que não, mas o fato é que os outros componentes do RPG e dinâmicas de mesa dependem muito das preferências pessoais de cada grupo de jogo, enquanto o sistema é um conjunto fixo de regras que pode ser discutido com bem mais objetividade e cujos problemas e vantagens são parecidos pra todo mundo.

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #52 Online: Fevereiro 03, 2015, 03:04:56 pm »
Enquanto o pessoal tá se divertindo, pra mim dane-se se acham que o usuário de magia é um deus e o guerreiro é uma formiga. Eu não concordo que há essa enorme diferença de poder como dizem, principalmente porque não vi nenhum CD de TR de magia acima do 19 (8 +6 proficiência, +5 do atributo 20).
Os magos do grupo que mestro tem se ferrado muito, porque o máximo dos TR das magias deles são 14 (8 + 3 proficiência e +3 do atributo), isso em níveis 6-8. Já aconteceu de goblins, kobolds e outras criaturas fracas resistirem e dar trabalho a eles.
Nenhum mago virou super sayajin e, no campo de batalha quem tá massacrando os inimigos é o ranger meio-orc com suas machadinhas e o bárbaro berseker.

Por que não experimentam jogar uma campanha de D&D 5E? Reunir um grupo e jogar? Presumo eu que todos os críticos daqui já experimentaram isso. Outra coisa, não quero que pensem que acho o sistema perfeito, mas pra proposta dele tá muito bom. Uma das encarnações mais divertidas do D&D que joguei, bem a frente da 4E. Acho que desde que joguei o D&D Basic em português de Portugal não me divertia tanto.
Claro que gosto é gosto. E eu gosto de experimentar o sistema antes de criticar. Tem gente que adorava o sistema CODA, eu já nunca curti. Cad´um cad´um!

Offline kinn

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #53 Online: Fevereiro 03, 2015, 03:30:16 pm »
Estou para abrir uma mesa e experimentar o next. Apesar de olhar atento as críticas, vejo que não tem como se comparar ao desequilíbrio do 3.5
Isso já torna o sistema palatável, porque a experiência passada do clérigo virando deus traumatizou quem não jogava de caster

Se houver desequilíbrio, mas os caster não inutilizarem os não usuários de magia, já fica de bom tamanho.
Pesquisas provam:
(click to show/hide)

Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #54 Online: Fevereiro 03, 2015, 03:44:45 pm »
Por que não experimentam jogar uma campanha de D&D 5E? Reunir um grupo e jogar? Presumo eu que todos os críticos daqui já experimentaram isso.

Oi, Pepi! Tudo bem? Seja bem vindo à Internet. Talvez você demore um pouco pra se adaptar por aqui, mas fica tranquilo que vale a pena. Temos memes e fotos de gatinhos.  :haha:

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #55 Online: Fevereiro 03, 2015, 03:48:41 pm »
 :rolando: :rolando: :rolando: :rolando:
PQP! Muito boa Eltor!!! Até aprendi o que é o tal de emoticon.  :dança:
hehehehehehe

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #56 Online: Fevereiro 03, 2015, 04:17:57 pm »
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Enquanto o pessoal tá se divertindo, pra mim dane-se se acham que o usuário de magia é um deus e o guerreiro é uma formiga. Eu não concordo que há essa enorme diferença de poder como dizem, principalmente porque não vi nenhum CD de TR de magia acima do 19 (8 +6 proficiência, +5 do atributo 20).

Eu não entrarei na discussão de porque Conjuradores são superiores a Não-Conjuradores, mas fazendo uma menção breve a ela: Não é a CD de poderes que determina a superioridade deles, mas sim a diversidade de CDs que podem ser usadas (existem 6 testes em Next) e a diversidade incrível de efeitos que Conjuradores tem.

Also, tecnicamente a CD de magias pode ser maior que 19 - Tomos permitem o personagem chegar ao valor 22 em atributos, a Ioun Stone of Mastery aumenta o Proficiency Bonus em 1 e ítens como Rod of the Pact Keeper permitem aumentar a CD de magias do Warlock em até 3, assim como o Robe of the Archmagi aumenta em 2.

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Por que não experimentam jogar uma campanha de D&D 5E? Reunir um grupo e jogar? Presumo eu que todos os críticos daqui já experimentaram isso.

Eu estou mestrando uma campanha disso, cowboy. Diabos, eu tenho até um tópico de Regras Caseiras para isso.  :b

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #57 Online: Fevereiro 03, 2015, 04:30:07 pm »
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Tomos permitem o personagem chegar ao valor 22 em atributos, a Ioun Stone of Mastery aumenta o Proficiency Bonus em 1 e ítens como Rod of the Pact Keeper permitem aumentar a CD de magias do Warlock em até 3, assim como o Robe of the Archmagi aumenta em 2.
Tá cara, mas tu que reclama do alto poder dos usuários de magia daria itens assim a eles!?

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Não é a CD de poderes que determina a superioridade deles, mas sim a diversidade de CDs que podem ser usadas (existem 6 testes em Next) e a diversidade incrível de efeitos que Conjuradores tem.
Cara as CDs serão sempre as mesmas, os testes de TR que são diversificados. Porém concordo que alguns TR serão muito menos usados que outros. Por exemplo, TR de Carisma. Mas ao analisar cada classe tu vai ver que um dos TRs proficientes sempre é um dos mais usados (Destreza, Sabedoria e Constituição) e o outro dos menos usados (Força, Inteligência e Carisma). Só olhar na tabela.

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Eu estou mestrando uma campanha disso, cowboy. Diabos, eu tenho até um tópico de Regras Caseiras para isso.
Cara, ganhou meu respeito, apesar de ainda discordar de ti. É sempre bom discutir com quem já tem experiência jogando.  :positivo:

[]s Pepi

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #58 Online: Fevereiro 03, 2015, 05:14:06 pm »
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Tá cara, mas tu que reclama do alto poder dos usuários de magia daria itens assim a eles!?

Mas eu não disse que daria (eu detesto bônus estáticos) - mas sim mostrar que existem formas de obter CDs maiores. Algumas delas praticamente impossíveis em um jogo normal (Robe of the Archmagi), outras praticamente triviais (Rod of the Pact Keeper).

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Cara as CDs serão sempre as mesmas, os testes de TR que são diversificados.

Sim, mas isso indica que além das magias sem teste de resistência, Conjuradores podem escolher ao menos 6 tipos de testes de resistência para afetar o alvo, e geralmente o monstro terá entre 2 a 4 onde ele não será proficiente.

Tanto que uma admissão implícita do poder de Conjuradores é que quase todo monstro de CR alto (15+) tem alguma forma de resistir a poderes mágicos, seja Magic Resistance, seja Legendary Resistance.

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Mas ao analisar cada classe tu vai ver que um dos TRs proficientes sempre é um dos mais usados (Destreza, Sabedoria e Constituição) e o outro dos menos usados (Força, Inteligência e Carisma). Só olhar na tabela.

Sim. Mas isso não é um ponto do meu argumento, mas sim que um Conjurador, mesmo não tendo uma CD estelar de magias, tem 6 testes de resistência para alvejar (e ao menos 2 deles serão baixos).
« Última modificação: Fevereiro 03, 2015, 07:21:31 pm por Khalid al-Walid »

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #59 Online: Fevereiro 03, 2015, 05:16:43 pm »
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Enquanto o pessoal tá se divertindo, pra mim dane-se se acham que o usuário de magia é um deus e o guerreiro é uma formiga.

Eu concordo plenamente, mas (como já foi dito antes) você precisa entender que nem todas as pessoas que jogam são assim; e que um sistema mais equilibrado não vai tirar a diversão de pessoas que não se importam com equilíbrio, mas um desequilibrado vai tirar daquelas que se importam.

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Por que não experimentam jogar uma campanha de D&D 5E? Reunir um grupo e jogar?

Eu entendo bem a sua preocupação com essa possibilidade, vários amigos meus se recusavam a jogar 4E e falavam que o sistema era uma merda mas claramente nunca tinham jogado e só queriam pagar de oldschool (eles também falavam que AD&D era melhor que 3E, go figure; also, estou jogando não uma, mas três campanhas de 5E, uma presencial, uma no roll20 e uma assíncrona).

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Outra coisa, não quero que pensem que acho o sistema perfeito, mas pra proposta dele tá muito bom.

Então, eu acho que se todo mundo aqui odiasse 5E, estaríamos discutindo só 4E e existiria um tópico chamado "Tópico do Next" onde as pessoas se revesam pra malhar o sistema e discutir com os fãs dele (se ficou curioso, procure o "Tópico de Tormenta"). O que acontece é que eu gostei (não posso falar pelos outros) do sistema, mas ele tem coisas que me incomodam e eu gostaria corrigir (E que o livro do mestre e as aventuras prontas me deixam com vergonha).
« Última modificação: Fevereiro 03, 2015, 05:18:44 pm por Wilken »

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #60 Online: Fevereiro 03, 2015, 05:17:26 pm »
Como exatamente os TRS são determinados ? vem na descrição da magia ou o mestre e quem decide ?
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #61 Online: Fevereiro 03, 2015, 05:18:45 pm »
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Como exatamente os TRS são determinados ? vem na descrição da magia ou o mestre e quem decide ?

Descrição da Magia.

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #62 Online: Fevereiro 03, 2015, 05:33:51 pm »
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Sim. Mas isso não é um ponto do meu argumento, mas sim que um Conjurador, mesmo não tendo uma CD estelar de magias, tem 6 testes de resistência para alvejar (e ao menos 2 deles serão baixos).
Mas aí ele tem que estudar cada oponente. Mais um trabalho para ele. Eu mesmo desencorajo metagamers: "ah vou usar x magia no orc porque sei que ele tem sabedoria baixa". Pronto, aquele orc tinha mais sabedoria que o mago esperava.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #63 Online: Fevereiro 03, 2015, 05:54:00 pm »
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Eu mesmo desencorajo metagamers

Não é necessariamente metagaming - perícias como Arcanismo e Investigação existem justamente para justificar esse tipo de conhecimento.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #64 Online: Fevereiro 03, 2015, 06:13:04 pm »
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Eu mesmo desencorajo metagamers

Não é necessariamente metagaming - perícias como Arcanismo e Investigação existem justamente para justificar esse tipo de conhecimento.

Conhecimento é poder. uma das razões pro cloistered cleric ser uma das minhas variações de classe favoritas :P
« Última modificação: Fevereiro 03, 2015, 06:28:19 pm por Sirus »
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Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #65 Online: Fevereiro 03, 2015, 06:46:40 pm »
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Eu mesmo desencorajo metagamers

Não é necessariamente metagaming - perícias como Arcanismo e Investigação existem justamente para justificar esse tipo de conhecimento.

Mas aí a gente volta ao eterno exemplo do Mago de Schroedinger que sempre surge em discussões na internet, onde sempre tem um mago que possui as perícias certas pra situação, teve tempo de pesquisar sobre o monstro antes pra saber quais magias preparar, conhece as magias perfeitas e tem os itens mágicos apropriados pro caso, sabe quais os testes de resistência mais fracos, tem os combos de itens certinhos pra situação que vai enfrentar, tem as magias defensivas pro tipo de dano que vai tomar, etc etc etc... como se todo o tempo e em todos os combates fosse assim em jogo, e como se isso é que devesse ser usado como base pra saber se há um desequilíbrio.

Um dos grandes motivos pra eu ter pouca paciência pra esse tipo de conversa hoje em dia é ver há anos o mesmo tipo de coisa acontecendo, e conversas infinitas em fóruns de discussão com situações hipotéticas onde tudo se alinha perfeitamente pra provar o ponto que fulano está defendendo, ao invés de retratar o que seria uma situação mais típica de jogo em uma mesa real.

Espero que não pareça que estou implicando contigo ou te tirando pra Judas dos pecados alheios, Elfo. Mas sempre tenho uma reação em reflexo contra esse tipo de argumento antes que chegue no ponto de "discurso pronto de fórum de internet" porque eu já sei bem onde vai terminar, e acho uma conversa bem pouco produtiva.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #66 Online: Fevereiro 03, 2015, 06:51:12 pm »
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Mas aí a gente volta ao eterno exemplo do Mago de Schroedinger que sempre surge em discussões na internet, onde sempre tem um mago que possui as perícias certas pra situação, teve tempo de pesquisar sobre o monstro antes pra saber quais magias preparar, conhece as magias perfeitas e tem os itens mágicos apropriados pro caso, sabe quais os testes de resistência mais fracos, tem os combos de itens certinhos pra situação que vai enfrentar, tem as magias defensivas pro tipo de dano que vai tomar, etc etc etc... como se todo o tempo e em todos os combates fosse assim em jogo, e como se isso é que devesse ser usado como base pra saber se há um desequilíbrio.

Bem eu não sei quanto a 5e pois não olhei as magias bem a fundo. mas na 3e era uma tática bem comum se utilizar de magias/itens mágicos de adivinhação pra espionar e se prepara com antecedência para o inimigo
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Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #67 Online: Fevereiro 03, 2015, 07:16:00 pm »
Por isso eu não defendo a 3e.  :b

(Em níveis altos e cheia de splatbooks, pelo menos.)

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #68 Online: Fevereiro 03, 2015, 07:38:24 pm »
Por isso eu não defendo a 3e.  :b

(Em níveis altos e cheia de splatbooks, pelo menos.)

Sim. estou apenas dizendo que essa afirmação de que conjuradores estão preparados pra tudo tem seu por que
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #69 Online: Fevereiro 03, 2015, 08:50:33 pm »
Poder divino e força dos justos também saíram ?

Saíram. Poder divino (Divine Power)existia no playtest em uma versão bem mais fraca do que na 3.x, mas resolveram tirar da versão final provavelmente por se tornar uma magia redundante em relação a uma Spiritual Weapon utilizada com slot de 4º nível. Já Força dos Justos (Righteous Might) nem no playstest saiu.

Vale salientar que Auxílio Divino (Divine Favor) agora é uma magia de paladino e só pode ser acessada por clérigos do domínio da guerra. Some a isso que Prayer também foi pro saco (provavelmente porque Bless pode ser usada com slots maiores) e o clérigo do Next tem acesso a muito menos buffs do que antes.

E mesmo que saiam mais buffs para o clérigo e outros conjuradores primários em suplementos, isso não é problema pois a regra de concentração limitou bastante a eficiência desse tipo de magia -pois eles podem ser dissipados a cada vez que o conjurador levar dano- e arrisco a dizer que na 5ª edição os buffs não parecem melhores do que as magias de dano direto. Pelo menos agora eu não vejo mais tanta vantagem em conjurar um Haste no lugar de uma Fireball, como na 3.x.

Os debuffs ainda são opções fortes, mas quase todos eles permitem o alvo fazer um novo save a cada rodada para se livrar de seus efeitos, então eles acabam não sendo problemáticos como antes.

Somem a isso o fato das magias não serem mais quadráticas -ou seja não evoluem mais automaticamente quando o conjurador sobe de nível, passando a requerer slots de nível maior para melhorar os seus efeitos- e a diminuição do número de slots diários acessíveis aos conjuradores, especialmente no que se refere às magias acima do 5º nível, e temos uma diferença entre casters vs não-casters consideravelmente menor do que tínhamos na 3ª edição.

Pelo menos, no que se diz respeito a dano, os não-casters ainda são mais competentes nessa área do que os casters e esse nicho ainda não conseguiram roubar dos combatentes. O máximo que eu vi foi o druida do círculo da lua que se transforma em uma mina de pvs por causa da sua Combat Wild Shape, que se torna ilimitada no nível 20, e ainda assim não causa tanto dano quanto um combatente, apenas resiste mais aos ferimentos (diferente do que acontecia na 3.x onde os conjuradores conseguiam superar os combatentes em ambos os aspectos).

O maior problema fica só por conta das magias não combativas dos casters que podem ofuscar certas habilidades de classe dos não casters. Mas tem o porém de que se o caster gastar muito dos seus recursos com elas, ele limita o seu acesso às magias de combate, o que acaba compensando, pois todos os não casters -inclusive o ladino- são altamente voltados para o combate e o uso dos seus recursos não combativos não interferem em suas habilidades de luta (diferente de um mago que usou Knock e perdeu um slot que ele poderia usar para conjurar uma esfera flamejante).

Alguém aqui poderia invalidar o meu ponto acima afirmando que os conjuradores têm acesso a rituais e portanto não precisariam gastar recursos para ter acesso a magias não combativas úteis, mas lembrem-se que basta um talento (o ritual caster) para os não-casters também terem acesso a essas opções. Sendo assim, se alguém que estiver jogando de não caster estiver incomodado por eles resolverem tudo fora de combate com rituais, basta pegar o talento e dividir essa tarefa com eles. É capaz até deles lhe agradecerem por não precisar preparar os rituais que você tiver no seu livro.  :b

Enfim, o D&D 5ed pode não apresentar um equilíbrio tão bom quanto à 4E, mas a discrepância aqui é bem menor do que na 3.x e depende muito do mestre, assim como também do acesso a itens mágicos na campanha. Pois fatores como o mestre permitir ou não o grupo se beneficiar dos descansos sempre que quiser (o famoso 5 minutes work-a-day) e a facilidade de se obter itens mágicos como pergaminhos, varinhas e cajados por parte dos personagens influenciam BASTANTE nessa questão do equilíbrio entre as classes. Portanto, não é exagero afirmar que o equilíbrio da 5ª edição pode ser aceitável ou não dependendo da campanha e do mestre - diferente da 3.x que era tão desequilibrada que precisaria de muitas mudanças nas regras por parte do mestre pra ficar balanceada e da 4E que por sua vez precisaria de intervenções para se transformar em um sistema desequilibrado, sendo equilibrado by default.

E outra coisa que já foi afirmada aqui, mas eu reitero: a 4ed é considerada equilibrada, mas esse equilíbrio não é perfeito, visto que mesmo nela existem opções melhores do que outras e quem visitar o CharOp da 4ed pode constatar isso muito bem. Tudo bem que a diferença de efetividade entre as opções melhores e as piores geralmente são pequenas, por isso esse sistema recebeu a alcunha de ser bem equilibrado, mas lembrem-se que esse é justamente o PONTO FORTE dessa edição.

Pra conseguir isso ela teve que recorrer a poderes bem mais engessados (é bem mais comum de encontrar magias que possam ser usadas de forma criativa na 3.x e na 5ªed) e a combates bem mais demorados, algo que certamente desagradou muita gente. Então é bom ter em mente que tudo tem um custo e conseguir um sistema de regras não-narrativista que seja bem equilibrado de fábrica, sem precisar de intervenção do mestre, é uma tarefa difícil. Caso contrário, haveriam vários e não apenas a 4ed como exemplo de sistema gamista equilibrado para fantasia disponível por aí.

Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #70 Online: Fevereiro 03, 2015, 11:45:33 pm »
Belíssimo tratado, Lunguinho. :)

Acho importante ressaltar que tenho visto algumas vezes aqui, e muitas vezes em outros lugares, o povo fazer comentários sobre a 5e sem ter sequer lido, apenas citando as coisas como costumavam ser 10 anos atrás, na 3e/3.5.

Gente, o sistema mudou. Não é só "3e com uma leve polida". É um sistema BEM diferente, apesar das bases similares, e tem muito mais traços da 4e embutidos sob o capô do que parece à primeira vista. Então vale a pena, mesmo, largar um pouco esses preconceitos e conhecer melhor pra ver que muita coisa ruim das edições anteriores foi consertada.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #71 Online: Fevereiro 03, 2015, 11:49:39 pm »
Muito boa explicação, cara! Me tirou muitas dúvidas.
Talvez eu compre os livros assim que eles baratearem. :b

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #72 Online: Fevereiro 04, 2015, 01:14:57 am »
razões de por que não fui com a cara da 5e ate agora

1: regras ambiguas/vagas, serio eu odeio isso em qualquer jogo

2: combatentes apesar de ganharem algumas habilidades especiais continuam tendo bem menos que os conjuradores (sim eu vou bater nessa tecla)

3: bônus de atributos ímpares. Bem vindos de volta aos anos 70

4: talentos e venda/criação de itens mágicos sendo regras opcionais soa mais como os designers tentando tirar o deles da reta

5: save or suck esta de volta, bem como outras magias adoraveis (forcecage uhay :dança:)
« Última modificação: Fevereiro 04, 2015, 01:40:59 am por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #73 Online: Fevereiro 04, 2015, 04:06:06 am »
Muito boa explicação, cara! Me tirou muitas dúvidas.
Talvez eu compre os livros assim que eles baratearem. :b

Fico feliz em ajudar  :victory:

Vale salientar que enquanto você não consegue os livros, você pode jogar/mestrar com as regras básicas que foram disponibilizadas gratuitamente pela Wizards of The Coast, que apesar de não ter a variedade de opções que apresenta o PHB e as regras opcionais que vêm com o DMG, são úteis para você conhecer e se familiarizar ao sistema.

3: bônus de atributos ímpares. Bem vindos de volta aos anos 70

Como no sistema de geração de atributos por pontos o máximo que se pode conseguir é 15 sem os modificadores raciais, e existem talentos que dão +1 em um atributo além de outro benefício, então esses modificadores ímpares acabam encontrando a sua utilidade dentro do jogo.

1: regras ambiguas/vagas, serio eu odeio isso em qualquer jogo

4: talentos e venda/criação de itens mágicos sendo regras opcionais soa mais como os designers tentando tirar o deles da reta

O pior é que hoje em dia tem muito jogador com tendências "Old School" que não querem talentos nem venda/criação de itens mágicos em seus jogos e ainda por cima preferem jogos com regras vagas e simples. Como uma das propostas da 5ª edição é justamente reunir novamente a maior parte da base de jogadores de D&D, então nada mais plausível do que tornar aquelas regras opcionais para não afastar o pessoal do OSR e deixar a palavra final a respeito de certas regras com o DM, pois esse perfil de mestres gosta de ter o controle sobre as regras e não aceita muito bem ser questionado por jogador advogado de regras.

E pelo visto, eles foram bem sucedidos na empreitada. Claro que tem os mestres Old School puristas que não quiseram nem saber da 5ª edição, mas eu tenho visto um bom número de jogadores/mestres afirmando que essa foi a melhor edição desde o AD&D.

Diga-se de passagem, a 5ª edição tem sido muito bem recebida aqui no Brasil, mesmo sem contar com uma versão oficial em português e um dos motivos para isso pode ser essa filosofia de DM empowerment que ela possui. Afinal, graças a anos de apologia à regra de ouro por aqui, o pessoal recebeu muito bem essa premissa de que o mestre decide que regra entra ou não e qual interpretação para regra X vale em seu jogo.

Quanto aos outros pontos apontados por você, não há o que se discutir... me parece difícil que a 5ª edição sirva pra você. Mas felizmente existem várias alternativas de jogos de fantasia disponíveis no mercado, então algum deve servir bem aos seus propósitos -e não estou me referindo apenas à 4ed aqui, tem outros sistemas que ainda recebem suporte e lançamentos que podem lhe agradar.

Aliás, uma curiosidade: quais são os sistemas da sua preferência no momento? Continuou na 4ed ou migrou para outro sistema mais recente como o 13th Age?

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #74 Online: Fevereiro 04, 2015, 07:39:01 am »
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Aliás, uma curiosidade: quais são os sistemas da sua preferência no momento? Continuou na 4ed ou migrou para outro sistema mais recente como o 13th Age?

Fiquei pela 4e mesmo, jogando 3e algumas vezes. nunca me interessei muito por outros sistemas que não D&D (mais por preguiça do que por qualquer outro motivo  :b)

Ultimamente comecei a me interessar por sistemas point buy
« Última modificação: Fevereiro 04, 2015, 12:13:46 pm por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #75 Online: Fevereiro 04, 2015, 07:54:55 am »
Aí, está vendo? É exatamente disso que eu estou falando...

"Os magos são mais poderosos"... "Os clérigos são mais poderosos"... "os druidas são mais poderosos"...

Eu só queria que vocês percebessem que ninguém se importa realmente com isso. Ninguém.
Só para citar uma conclusão lógica, qualquer mestre que se importasse o mínimo com isso tomaria uma das seguintes decisões: ou proibiria as classes mais fracas pela sua desvantagem inerente, ou proibiria as classes mais poderosas devido às vantagens inerentes, ou regularia tudo (TUDO) com umas regras caseiras, resolvendo o desequilíbrio. E aí, qual foi a última vez em que você viu um mestre desaconselhar (para não dizer PROIBIR) o uso de um personagem guerreiro, patrulheiro, druida, ladino, etc?

E, novamente, esse desequilíbrio existe deeeeeesde 1974, em todas as edições, e todas elas venderam bem, e todo o mundo jogou, e todo o mundo se diverte... eu realmente falho em ver o problema de um ponto de vista prático, de consumidor e planejador de RPG's.

Eu escrevi no meu dead-blog há uns 3 ou 4 anos atrás um texto sobre uma outra coisa: como não ser um babaca na mesa de jogo. Trocado em miúdos, não é porque seu personagem realmente pode resolver todas as situações sozinho e tem os meios para tal, que ele DEVERIA resolver tudo sozinho. No fim das contas, o jogo é colaborativo, qualquer que seja o sistema de regras. E, caso o "profissional da área" falhe em resolver a situação, é sempre bom contar com uma outra pessoa para realizar uma tentativa nova, não é? Isso tudo, é claro, supondo que há condições de diálogo, coleguismo e respeito na mesa de jogo. Agora, se o que você tem é um JOGADOR problemático, me desculpe, não será um sistema mais equilibrado que resolverá a questão. Quem quer causar problemas sempre vai causar problemas.

Por isso, a minha conclusão sobre esse assunto é a seguinte: sim, o [inserir sistema de regras] é desequilibrado, as classes tem diferenças de poder e etc, portanto não galgue sua experiência de jogo em cima disso, porque isso seria coisa de gente babaca. Galgue sua experiência de jogo na colaboração com os outros jogadores, que é o objetivo final de qualquer sistema de RPG, incluindo o [inserir sistema de regras supracitado].

Vá ser feliz: não seja um babaca.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #76 Online: Fevereiro 04, 2015, 08:06:45 am »
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Eu só queria que vocês percebessem que ninguém se importa realmente com isso.

Se ninguém se importasse essas reclamações não estariam sendo feitas a principio

Citar
proibiria as classes mais fracas pela sua desvantagem inerente

Muitos mestres não fazem isso por que tem jogadores que mesmo sabendo que essas classes não são grande coisa gostam delas

Citar
ou proibiria as classes mais poderosas devido às vantagens inerentes, ou regularia tudo (TUDO) com umas regras caseiras, resolvendo o desequilíbrio.

AI que esta. o mestre não deveria ser obrigado a consertar o jogo POR QUE ISSO NÃO É TRABALHO DELE


Citar
E, novamente, esse desequilíbrio existe deeeeeesde 1974, em todas as edições, e todas elas venderam bem, e todo o mundo jogou, e todo o mundo se diverte... eu realmente falho em ver o problema de um ponto de vista prático, de consumidor e planejador de RPG's.

Exceto que como o wilken disse um sistema mais equilibrado não machuca quem não se importa com desequilibrio e atrai quem gosta. não vejo por que não se procurar por essa alternativa

Edit: a 4e foi a edição mais equilibrada de D&D e vendeu muito bem

Citar
Agora, se o que você tem é um JOGADOR problemático, me desculpe, não será um sistema mais equilibrado que resolverá a questão.

Não. mas ajuda, por que via de regra ele vai ter que sossegar

Citar
Por isso, a minha conclusão sobre esse assunto é a seguinte: sim, o [inserir sistema de regras] é desequilibrado, as classes tem diferenças de poder e etc, portanto não galgue sua experiência de jogo em cima disso, porque isso seria coisa de gente babaca.

Então eu querer um jogo bem feito onde não importa o personagem que eu faça, ele vai ter utilidade faz de mim um babaca ? eu tenho que me contentar com meu guerreiro tendo só arroz, feijão e bife enquanto o mago tem todo um self service ?



« Última modificação: Fevereiro 04, 2015, 08:33:58 am por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #77 Online: Fevereiro 04, 2015, 08:34:04 am »
Sirus,

É gentileza não distorcer, fatiar e descontextualizar o que eu disse... e, por favor, repita em voz alta essa frase, de sua autoria (fiz só uma contextualização nela, o sentido é o mesmo):

Citar
Muitos mestres não proíbem ou restringem as classes mais fracas porque tem jogadores que mesmo sabendo que essas classes não são grande coisa gostam delas.

Ok.

Pronto.

Entendeu?

Os jogadores GOSTAM DELAS.

Eles GOSTAM DELAS.

Se o desequilíbrio fosse realmente esse problema todo, haveria como gostar? Haveria como se divertir? Não, não haveria. Exceto, talvez, no campo do sadismo e do masoquismo. Mas as pessoas que jogam de guerreiros o fazem porque SE DIVERTEM jogando com guerreiros. "Ah, mas os magos isso, os magos aquilo..." quem liga?

Agora, veja só o tamanho da desimportância da coisa: o mestre mestra, os jogadores jogam, o desequilíbrio está ali, todo o mundo se diverte e pronto. Acabou. Até à próxima sessão de jogo, onde todos os elementos ainda estarão lá, e as pessoas continuarão se divertindo, exceto se houver um babaca à mesa.

Outra coisa: esse "problema" do desequilíbrio é  discutido desde a aurora do RPG e, ao meu ver, ele nunca foi realmente solucionado. Contornado, talvez. Solucionado, nunca. Se vem sendo assim, qual é o diferencial nessa conversa, ou seja, qual é a grande novidade a se apresentar no assunto, qual é a solução mais atual, qual o modelo de sistema de RPG a se seguir, etc? Você por acaso tem essa resposta?

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #78 Online: Fevereiro 04, 2015, 08:42:54 am »
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Se o desequilíbrio fosse realmente esse problema todo, haveria como gostar? Haveria como se divertir? Não, não haveria. Exceto, talvez, no campo do sadismo e do masoquismo.

Exceto que o jogador ficaria bem mais feliz se o guerreiro dele pudesse fazer algo além de eu ataco. eu mesmo já presenciei isso. uma amigo que gostava de guerreiro na 3e gostou ainda mais na 4e, por que, hey ele começou a fazer algo de interessante. Novamente eu gostariade saber o que há de errado em querer uma mudança que não fará mal a ninguém

Citar
Outra coisa: esse "problema" do desequilíbrio é  discutido desde a aurora do RPG e, ao meu ver, ele nunca foi realmente solucionado. Contornado, talvez. Solucionado, nunca. Se vem sendo assim, qual é o diferencial nessa conversa, ou seja, qual é a grande novidade a se apresentar no assunto, qual é a solução mais atual, qual o modelo de sistema de RPG a se seguir, etc? Você por acaso tem essa resposta?

Sabe por que tem tantos jogos alternativos pipocando por ai ? sabe por que tem muito jogador que abandona rpg pra ir procurar por outros tipo de jogo como videogames ? sabe por que a equipe de D&D foi reduzida a meia dúzia de gatos pingados tendo ate seus melhores ilustradores sendo repassados exclusivamente para a divisão de magic ?

Por que os jogadores de hoje em dia não tem mais interesse em rpgs que se mantém presos a 1970
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #79 Online: Fevereiro 04, 2015, 08:59:13 am »
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Exceto que o jogador ficaria bem mais feliz se o guerreiro dele pudesse fazer algo além de eu ataco. eu mesmo já presenciei isso. uma amigo que gostava de guerreiro na 3e gostou ainda mais na 4e, por que, hey ele começou a fazer algo de interessante. Novamente eu gostariade saber o que há de errado em querer uma mudança que não fará mal a ninguém

Bom, todo personagem pode fazer mais do que "eu ataco", exceto se tudo o que há nas aventuras sejam combates. Se a experiência de RPG for reduzida a combates e apenas combates (ou encontros que são uma variação disso) daí temos sim um problema, indiretamente relacionado ao desequilíbrio, mas diretamente relacionado ao foco que se dá ao jogo como um todo. E, se esse seu colega citado realmente passou a "fazer algo de interessante" quando jogou 4e deve ser porque o jogo era basicamente uma sucessão de encontros de combate/testes de perícia, né? Ou tinha alguma coisa fora disso?

Sobre a "mudança que não fará mal a ninguém", é porque ela pode sim fazer mal, muito mal, a muita gente, especialmente porque a primeira coisa que se pensa quando se fala na falta de poder de algumas classes é a redução de poder das classes mais poderosas, o que mexe no âmago dessas classes. É algo como "já que essa classe é incompleta, todas as outras classes também tem de ser incompletas". É como se um ditador manco forçasse a todos nós a mancar também. Não resolve o problema, e faz mal a muita gente.


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Sabe por que tem tantos jogos alternativos pipocando por ai ? sabe por que tem muito jogador que abandona rpg pra ir procurar por outros tipo de jogo como videogames ? sabe por que a equipe de D&D foi reduzida a meia dúzia de gatos pingados tendo ate seus melhores ilustradores sendo repassados exclusivamente para a divisão de magic ?

Por que os jogadores de hoje em dia não tem mais interesse em rpgs que se mantém presos a 1970

Há jogos e jogos dos mais variados tipos porque os seres humanos são propensos a isso. Não tem nada a ver com desequilíbrio. Não tem nada a ver com lucro e prejuízo. Tem a ver com o fato de que algumas pessoas SE DIVERTEM com futebol, e outras com tênis. Algumas com natação, e outras com saltos ornamentais. Alguns com maratona, e outros com alpinismo. As pessoas tem interesses diferentes, pronto. Surgiu um sistema de RPG lá em 1970, ele gerou outros, porque nós seres humanos somos assim. Só isso.

E, sobre a Hasbro mudar funcionários para um lado ou para outro, tem pouco a ver com desequilíbrio, e sim com maximização dos lucros. O que eles fizeram com o D&D Miniatures é testemunho disso.

Finalmente, eu acho que você deveria rever seus conceitos sobre o que é que os RPG's de 1970 propunham, e o que é que os de hoje em dia propõem, especialmente a 4e que você citou. Dê uma olhada também nos "sistemas alternativos" dos dias atuais, nos retroclones e etc... porque se ainda for algo do tipo "heróis em busca de tesouros e itens mágicos invadem subterrâneos repletos de monstros fantásticos e de quebra ainda salvam o mundo", então eu tenho uma notícia ruim para você...

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #80 Online: Fevereiro 04, 2015, 09:09:09 am »
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Há jogos e jogos dos mais variados tipos porque os seres humanos são propensos a isso. Não tem nada a ver com desequilíbrio. Não tem nada a ver com lucro e prejuízo. Tem a ver com o fato de que algumas pessoas SE DIVERTEM com futebol, e outras com tênis. Algumas com natação, e outras com saltos ornamentais. Alguns com maratona, e outros com alpinismo. As pessoas tem interesses diferentes, pronto. Surgiu um sistema de RPG lá em 1970, ele gerou outros, porque nós seres humanos somos assim. Só isso.

E, sobre a Hasbro mudar funcionários para um lado ou para outro, tem pouco a ver com desequilíbrio, e sim com maximização dos lucros. O que eles fizeram com o D&D Miniatures é testemunho disso.

Exceto que não. jogos alternativos fazem sucesso por que tem um design melhor e mais equilibrado. os jogadores podem se divertir sem precisar se contentar com migalha e sem precisar que o mestre intervenha. e isso tira jogadores de D&D, o que significa menos lucro pra wizards/hasbro.  :haha:



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Bom, todo personagem pode fazer mais do que "eu ataco", exceto se tudo o que há nas aventuras sejam combates. Se a experiência de RPG for reduzida a combates e apenas combates (ou encontros que são uma variação disso) daí temos sim um problema, indiretamente relacionado ao desequilíbrio, mas diretamente relacionado ao foco que se dá ao jogo como um todo. E, se esse seu colega citado realmente passou a "fazer algo de interessante" quando jogou 4e deve ser porque o jogo era basicamente uma sucessão de encontros de combate/testes de perícia, né? Ou tinha alguma coisa fora disso?

Ele ficou feliz por que podia fazer coisas interessantes dentro de combate além de causar dano. e ate fora graças aos poderes utilitarios

sem falar que o foco principal de D&D sempre foi o combate

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Sobre a "mudança que não fará mal a ninguém", é porque ela pode sim fazer mal, muito mal, a muita gente, especialmente porque a primeira coisa que se pensa quando se fala na falta de poder de algumas classes é a redução de poder das classes mais poderosas, o que mexe no âmago dessas classes. É algo como "já que essa classe é incompleta, todas as outras classes também tem de ser incompletas". É como se um ditador manco forçasse a todos nós a mancar também. Não resolve o problema, e faz mal a muita gente.

Os únicos jogadores que se incomodariam com classes overpower ficando menos overpower, e com todo mundo se tornando importante seriam os "babacas" que você mesmo sitou  :b


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"heróis em busca de tesouros e itens mágicos invadem subterrâneos repletos de monstros fantásticos e de quebra ainda salvam o mundo"

E se eu disser a você que temática de jogo nada tem haver com funcionalidade de jogo ?

vide dungeon world
« Última modificação: Fevereiro 04, 2015, 09:15:47 am por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #81 Online: Fevereiro 04, 2015, 09:28:49 am »
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Exceto que não. jogos alternativos fazem sucesso por que tem um design melhor e mais equilibrado. os jogadores podem se divertir sem precisar se contentar com migalha e sem precisar que o mestre intervenha. e isso tira jogadores de D&D, o que significa menos lucro pra wizards/hasbro.  :haha:

Por favor, mostre a fonte na qual você embasa esse argumento. Uma entrevista com um autor de um sistema desses de sucesso dizendo isso daí seria o suficiente.

Olha, a Hasbro não dá ao RPG todo esse valor que você pensa... isso está expresso na discrepância de investimentos que há entre Magic e D&D. Mas não estamos aqui discutindo isso, então deixe pra lá. E, como você mesmo disse, a 4e vendeu bem, não é? Vir aqui e dizer que há um argumento embasado em "perda de público" não é/foi o caso até então.

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Ele ficou feliz por que podia fazer coisas interessantes dentro de combate além de causar dano.

sem falar que o foco principal de D&D sempre foi o combate

Foco principal, sim. Única coisa a se fazer, não. Enfim, está explicado: o cara ganhou mais coisas para fazer dentro do combate, e ficou mais feliz. Você por acaso teve um retorno do restante do grupo e do mestre aí dessa mesma mesa? Todo o mundo ficou mais feliz? A campanha continuou? O que é que eles estão jogando hoje em dia?

Citar
Os únicos jogadores que se incomodariam com classes overpower ficando menos overpower, e com todo mundo se tornando importante seriam os "babacas" que você mesmo sitou  :b

Nossa, não mesmo. Nunca. Não é culpa de classes bem refinadas que existam classes rudimentares. E outra, tudo isso se resolve na interação positiva, como já citado. O risco que se corre em retirar de quem tem, nesse caso, é se esbarrar em situações demais onde ninguém pode nada, pois quem podia não pode mais, em função do equilíbrio almejado entre eles e quem já não podia. Frase tosca, mas está aí.

Citar
E se eu disser a você que temática de jogo nada tem haver com funcionalidade de jogo ?

vide dungeon world

Bom, então eu diria que você está errado, mas a discussão aqui não é essa. Ainda não li meu Dungeon World, mas a temática dele não me parece diferente da temática do D&D. Enfim, essa é uma discussão para outro tópico, não esse.

Ainda estou esperando as alternativas que reequilibrem o sistema de jogo, a fim de eliminar essa praga de vez... e, como só temos nós dois aqui discutindo, acho que o restante das pessoas meio que já entendeu o recado.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #82 Online: Fevereiro 04, 2015, 09:48:09 am »
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E pelo visto, eles foram bem sucedidos na empreitada. Claro que tem os mestres Old School puristas que não quiseram nem saber da 5ª edição, mas eu tenho visto um bom número de jogadores/mestres afirmando que essa foi a melhor edição desde o AD&D.
Me encaixo nesse grupo da última linha  :cool:

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Gente, o sistema mudou. Não é só "3e com uma leve polida". É um sistema BEM diferente, apesar das bases similares, e tem muito mais traços da 4e embutidos sob o capô do que parece à primeira vista. Então vale a pena, mesmo, largar um pouco esses preconceitos e conhecer melhor pra ver que muita coisa ruim das edições anteriores foi consertada.
O que eu gostei realmente foi a simplicidade. Tem um resumo das regras na internet de 3 páginas, isso mesmo, as regras do D&D 5e compiladas tem apenas 3 páginas. Tem um novato em RPG jogando comigo que aprendeu a jogar em poucos minutos. Eu adorei isso!

Citar
Edit: a 4e foi a edição mais equilibrada de D&D e vendeu muito bem
Mas teve uma rejeição muito grande e foi uma das edições mais rapidamente descontinuada.

Lunguinho, curti muito teus posts.
Sobre a 5E: joga quem quer, eu tenho jogado semanalmente e tenho gostado. Hoje mesmo vou mestrar a terceira parte da adaptação que fiz da clássica Fuga da Dungeon de Zanzer Tem (aventura original do D&D da Grow). Eles terão que escapar da sala onde ficaram presos com dois ogros famintos por carne pra depois encontrar o mago Zanzer Tem e seu assecla Adorador de Bhaal! Estão ferrados, perderam a maioria dos seus itens. Conseguirão eles ludibriar os ogros ou terão que enfrentá-los e arriscar uma morte horrenda?
 :frenzied:

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #83 Online: Fevereiro 04, 2015, 11:01:10 am »
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Nossa, não mesmo. Nunca. Não é culpa de classes bem refinadas que existam classes rudimentares.
Não. é culpa dos designers


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E outra, tudo isso se resolve na interação positiva, como já citado.

O mestre dizer pro cara com conjurador não ficar fazendo de tudo pode, mas um sistema que faz isso by default e poupa trabalho do mestre não ?

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Olha, a Hasbro não dá ao RPG todo esse valor que você pensa... isso está expresso na discrepância de investimentos que há entre Magic e D&D.

Eu sei. rpg não da tanto lucro quanto magic ou brinquedos é por isso que perder possiveis clientes é um grande tiro no pé

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E, como você mesmo disse, a 4e vendeu bem, não é? Vir aqui e dizer que há um argumento embasado em "perda de público" não é/foi o caso até então.

Sim a 4e vendeu bem e adivinha por que ? eles tentaram inovar

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O risco que se corre em retirar de quem tem, nesse caso, é se esbarrar em situações demais onde ninguém pode nada, pois quem podia não pode mais, em função do equilíbrio almejado entre eles e quem já não podia. Frase tosca, mas está aí.

você leu a parte em que eu disse todo mundo se tornando importante ?

o equlibrio esta em distribuir bem os papeis, cada um tendo sua função sem invasões. quem podia tudo não pode mais tanto (mas é bom naquilo que faz) e quem não podia nada esta podendo algo util.

Novamente os únicos que iriam se queixar disso são aqueles que gostam de ser os faz tudo vulgo: "babacas"  :b

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Foco principal, sim. Única coisa a se fazer, não. Enfim, está explicado: o cara ganhou mais coisas para fazer dentro do combate, e ficou mais feliz. Você por acaso teve um retorno do restante do grupo e do mestre aí dessa mesma mesa? Todo o mundo ficou mais feliz? A campanha continuou? O que é que eles estão jogando hoje em dia?

Sim todos gostaram bastante e a campanha seguiu bem, obrigado pelo interesse. e se você quer saber se ainda jogamos 4e hoje em dia a resposta é sim

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Mas teve uma rejeição muito grande e foi uma das edições mais rapidamente descontinuada.

A rejeição não foi tão grande. ela só parece assim por que grognards são um pessoal bem vocal

Sem falar que descontinuidade se deu pelo olho grande da hasbro e pelos tiros que a wizards deu no proprio pé

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Bom, então eu diria que você está errado, mas a discussão aqui não é essa. Ainda não li meu Dungeon World, mas a temática dele não me parece diferente da temática do D&D. Enfim, essa é uma discussão para outro tópico, não esse.

E quando eu disse que a temática é diferente ? eu me referia ao design

« Última modificação: Fevereiro 04, 2015, 11:09:26 am por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #84 Online: Fevereiro 04, 2015, 11:32:30 am »
Quando não mestro, quase sempre jogo com classes não conjuradoras ou semi-conjuradoras. Meu último personagem:

- Humano guerreiro no playtest do D&D Next com valores acima da média em Carisma e Inteligência. Sacrificando o poder ofensivo em nome da interpretação e da capacidade de liderança do personagem.

E me diverti muito com ele. Tinha conjuradores no grupo e nenhum momento fui ofuscado. Seja nos combates, nas interações sociais, em nada.
Por isso continuo batendo na tecla que, pode haver tal desequilíbrio, mas não tanto como alguns afirmam.
Enfim, o D&D 5E é um jogo muito divertido que restaurou minha vontade de jogar D&D que a 4E tinha tirado (joguei, mestrei e juro que tentei gostar dessa edição). Tanto que pra campanhas medievais eu estava usando o sistema do Dragon Age, Savage World ou até o bom e velho GURPS.

[]s Pepi

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #85 Online: Fevereiro 04, 2015, 11:58:49 am »
Podem mudar o título do tópico pra "Edition Wars" =x.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #86 Online: Fevereiro 04, 2015, 12:05:06 pm »
Eu juro que não estava tentando fazer disso um edition wars. eu to só tentando entender por que tanta resistência a um sistema mais iguliatario. mas deixa pra lá, eu já disse o que queria dizer então vou parar por aqui
« Última modificação: Fevereiro 04, 2015, 12:08:32 pm por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #87 Online: Fevereiro 04, 2015, 12:37:36 pm »
Dois centavos,

Equilíbrio perfeito não existe, mas não significa que não devemos buscar equilíbrio nos jogos. Claro, isso também depende do que significa equilíbrio pra você. Meu conceito de equilíbrio é:

"Todos os jogadores tem a oportunidade de influenciar a história com o mesmo peso, mesmo que de formas diferentes."

Cada jogo faz isso da sua maneira. Certos jogos mais tradicionais (como D&D), fazem isso dando habilidades bem delimitadas para os jogadores e separando o que cada um pode fazer em seus próprios subsistemas.

Magos fazem magia. Cada magia tem sua descrição com efeitos definidos.

Guerreiros lutam. Guerreiros atacam usando (manobras/habilidades de classe/etc.) que é bem definida pelas regras.

Meu problema com esse modelo é que fica bem evidente como um tipo de classe ganha todo um subsistema próprio para lidar com as situações, enquanto a outra segue um subsistema que é só uma derivação de algo que todo mundo pode fazer (ou seja, atacar). Não significa que não se possa ter equilíbrio assim ou que isso seja ruim, mas tende a ser mais difícil fazer os dois lados serem igualmente interessantes e terem a mesma capacidade de influenciar a história.

Agora compara com Fate, por exemplo. Onde você pode ser um mago, guerreiro, bárbaro, clérigo, o que for, mas não existem subsistemas (na maioria das suas variações) que são particulares a esta ou aquela classe. Isso facilita equilibrar personagens diferentes e permitir que cada um tenha o mesmo peso na história, sem necessariamente todos terem as mesmas habilidades.

Por isso que não consigo aceitar a idéia de que equilíbrio não importa, ainda mais porque a consequência dela é que sistemas não importam. E se regras não importam e não são capazes de influenciar teu jogo numa ou outra direção, então o próprio uso de sistema de regras é desnecessário.
Lido esse ano:
Feng Shui, Wu Xing, Blowing Up Hong Kong, MHRPG Civil War: X-Men, Shadows of Esteren, Dungeon World, 13th Age (Draft), Night's Black Agents, Pendragon 5.1, Legends of Anglerre, Hollowpoint, Planescape (caixa básica), Monsterhearts, Werewolf: DA, Player's Handbook Races: Tieflings, Apocalypse (WtA), Dragon Magazine Annual Volume 1
Atualmente lendo:
Dresden Files (FATE), Fantasy Craft, Mage 2e, In Nomine
Na fila:
REIGN, MHRPG: Annihilation, GoT RPG

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #88 Online: Fevereiro 04, 2015, 01:22:35 pm »
Não tem problemas em querer um sistema mais igualitário. A própria 5ª edição procurou fazer isso em cima do sistema da 3.x e do AD&D. O grande porém que gera toda essa discussão é que a 4ª edição foi mais bem sucedida nesse campo, superando a versão mais nova nesse quesito. Por isso essa discussão tem sido recorrente por aqui, pois os fãs da 4ªed ficam reclamando daquilo que eles consideram "um passo pra trás".

A 4ª edição vendeu até bem, mas por uma questão de falta de identidade com as versões anteriores acabou desagradando muita gente - tanto que acabou sendo superada em vendas por Pathfinder, uma variante de D&D 3.x e isso não é pouca coisa para um jogo que era o RPG mais vendido há mais de 30 anos. Tudo bem que ele praticamente perdeu para ele mesmo, pois Pathfinder é um clone de D&D, mas ainda assim isso pode ser visto como um fracasso para a empresa.

Por isso, não adianta reclamar e se revoltar pelo fato da empresa ter tomado um rumo diferente do que você esperava. A empresa quer lucro e pra conseguir isso precisa agradar a maior parte dos consumidores. E a maior parte deles quer um D&D de regras simples, com combates rápidos e que se identifique com as primeiras versões (caso contrário o jogo não tem cara de D&D e isso foi um grande fator de rejeição à 4e). A 5e preenche esses requisitos e por isso foi muito bem recebida. Se por caso ela não te agrada, fique com a 4ed mesmo ou procure sistemas de outras empresas.

Claro que é chato ver um jogo de uma linha que você gostava ser descontinuado dessa forma, mas felizmente há várias outras empresas e tem muito jogo indie bom -o próprio Fate mencionado acima é um exemplo. Mas o que eu tenho visto aqui e até o Macnol já comentou a respeito em outro post é o pessoal batendo nessa mesma tecla de que "a 5e voltou a ser caster edition", "a 5e deu um passo pra trás" o tempo inteiro... e sei lá, por mais que esses pontos sejam verdadeiros, cansa ver reclamação disso toda hora (ainda mais quando você não vê um jogador reclamando disso na sua própria mesa de jogo  :delado:).

Quem gosta da 5ª edição não vai deixar de gostar por causa disso, até porque esse pessoal ou não sente esse problema em sua mesa ou consegue contorná-lo com house rules/restrições, e quem não gosta da 5ª edição não vai poder fazer nada a não ser reclamar - inclusive das propostas que os fãs da 5ª edição usam para tornar o jogo mais balanceado, pois na 4ed ele não precisa recorrer a isso...

Enfim, nesse caso em que todos conhecem o problema, reclamar não traz benefício algum. É melhor deixar de lado essas lamentações e ter uma atitude mais propositiva diante do jogo. Inclusive, foi pra isso que esse tópico aqui foi criado.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #89 Online: Fevereiro 04, 2015, 01:30:31 pm »
Apenas um esclarecimento: esse papo de que pathfinder vendeu mais que a 4e é lorota

Mas você tem razão lunguinho. chorar sobre o leite derramado não adianta, se a wizards quer seguir por esse caminho com D&D não a nada que se possa fazer. Apesar disso me entristecer muito  :(
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #90 Online: Fevereiro 04, 2015, 01:41:21 pm »
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Apenas um esclarecimento: esse papo de que pathfinder vendeu mais que a 4e é lorota

Nope, é verdadeiro - Pathfinder passou a superar as vendas da 4e aproximadamente no período do Essentials.

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É melhor deixar de lado essas lamentações e ter uma atitude mais propositiva diante do jogo.

Vulgo, conserte o estrago causado pelos designers (embora, em defesa deles, eles fizeram exatamente o que querem os jogadores).  :b

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #91 Online: Fevereiro 04, 2015, 01:56:48 pm »
Isso!! Concordo com tudo o que disse nos 3 primeiros parágrafos!!!

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Claro que é chato ver um jogo de uma linha que você gostava ser descontinuado dessa forma,
Não acho, mesmo. Descontinuidade de linhas normalmente significa que o sistema chegou ao seu máximo e dali pra frente seriam só regras ruins ou que iam desfigurar o sistema tornando ele outra coisa. Soma-se a isso os livros que começam a pipocar em sites de vendas e leilões de usados, especialmente no caso de D&D onde a fanbase, na empolgação da mudança, acha que precisa se livrar de tudo pra abrir caminho pra edição nova. No ultimo EIRPG os livros dqa 4e estavam em promoção na Devir sendo vendidos por R$35,00 (os livros importados!!). Fiz a festa e comprei tudo!! E agora começam a aparecer os pdfs no Drivethru RPG, enfim, eu encaro o fim de uma edição sempre como algo bom pra quem curte aquela edição. Foi assim com o antigo WoD e sempre foi assim com D&D.

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Mas o que eu tenho visto aqui e até o Macnol já comentou a respeito em outro post é o pessoal batendo nessa mesma tecla de que "a 5e voltou a ser caster edition", "a 5e deu um passo pra trás" o tempo inteiro... e sei lá, por mais que esses pontos sejam verdadeiros, cansa ver reclamação disso toda hora (ainda mais quando você não vê um jogador reclamando disso na sua própria mesa de jogo  :delado:).
Eu acho inevitável em um tópico de discussões ainda mais estandoa  5e tão fresca do lançamento ainda surgirem comparações em todos os sentidos. Cansa, sim, mas você tem de ignorar, ué? Eu também cansava de ver toda hora gente falando que 4e era video-game de papel, que 4e não era D&D, sendo que eu tive as melhores experiências de entrar em Dungeons e matar Dragões na 4e. No começo eu tentava argumentar contra, depois vi que podia ignorar e fim. Paciência, a 3.x passou por isso com os fãs de AD&D (o Pichu era um que lembrava a toda hora durante as partidas de D&D 3.x o quanto AD&D era superior porque, sei lá, veneno matava instantaneamente e agora os personagens era mais resistentes. Quando eu cansei de perder tempo de seçaõ discutindo isso com ele eu simplesmente passei a não responder em contrário), a 4e passou isso com fãs de 3.x (e sim, eu tenho um jogador na minha mesa, que eu já citei nesse tópico, que adora lembrar o quanto AD&D era superior a tudo e que só o next trouxe de volta o sentimento de jogar D&D etc etc. E ele vai ficar repetindo isso durante as seções de 4e e eu sei que cansa, mas que que eu vou fazer? Ignorar as reclamações simples assim).
O que não dá é entrar em um fórum de discussões e querer encerrar a discussão com o argumento: desequilíbrio sempre existe, é bom, parem de reclamar porque ninguém curte sistema equilibrado e na minha mesa funciona assim.
Esse tipo de argumento inicia as editon wars porque parte do pressuposto que você tem a verdade universal sobre o verdadeiro rpg (diversão é diferente de regras) o que, claro não é verdade.
Eu também não acho que alguém esteja tentando fazer as pessoas desgostarem da 5e. Mas como eu disse é inevitável comparações.
This happens all the time. No matter how epic the battle, once begun, the thing sounds more or less like a bingo game: People shout out numbers and other people get excited about them.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #92 Online: Fevereiro 04, 2015, 02:44:39 pm »
O que não dá é entrar em um fórum de discussões e querer encerrar a discussão com o argumento: desequilíbrio sempre existe, é bom, parem de reclamar porque ninguém curte sistema equilibrado e na minha mesa funciona assim.
Esse tipo de argumento inicia as editon wars porque parte do pressuposto que você tem a verdade universal sobre o verdadeiro rpg (diversão é diferente de regras) o que, claro não é verdade.

Equilíbrio de jogo, ainda mais em um sistema gamista é sempre bem vindo. Acho que a maioria dos usuários aqui, com exceção talvez do Luminus, concordam com esta premissa.

O que varia é o quanto cada um está disposto a sacrificar isso em prol de outras coisas. 

Citar
Eu também não acho que alguém esteja tentando fazer as pessoas desgostarem da 5e.

Eu sei disso, aliás muitas das reclamações que tenho visto aqui, não necessariamente nesse tópico, mas nesse fórum de forma geral, são feitas mais pra fazer graça do que por qualquer outra coisa (e eu tenho que admitir que algumas dessas tiradas são engraçadas mesmo  :b).

Citar
Mas como eu disse é inevitável comparações.

É, disso não tem como fugir. Acaba sendo igual aquelas críticas de que "D&D é só porradaria!", "D&D é um wargame!", que eu escuto desde que comecei a jogar RPG e ressoam por aí até hoje (inclusive tem um usuário aqui que costumava fazer esse tipo de crítica e sumiu, cadê ele?).

O melhor é ignorar mesmo.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #93 Online: Fevereiro 05, 2015, 08:38:52 am »
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(inclusive tem um usuário aqui que costumava fazer esse tipo de crítica e sumiu, cadê ele?).

Na verdade eram dois. só que um era mais "insistente"  :b
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #94 Online: Fevereiro 05, 2015, 09:23:09 am »
Sirus,

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Não. é culpa dos designers

Bom, veja bem... procurar o culpado nessas horas é uma coisa delicada demais. Vejamos: os caras criam os jogos, os jogos tem problemas de desequilíbrio em, digamos, 10% do sistema. Os outros 90% funcionam adequadamente. E aí, vai botar o foco nos 10%? Vai criar um problemão em torno de um probleminha? E, só para que fique claro, eu falo em 10% porque é inegável que todas as edições de D&D tiveram sucesso inquestionável, mesmo sendo "desequilibradas", como se diz. Se esse percentual for maior, de 30% ou de 50%, fica pior para quem defende o fim do desequilíbrio: o jogo seria desequilibrado em, sei lá, 80% do sistema, e AINDA ASSIM as pessoas se divertem, o jogo vende e a vida segue. Ou seja, seria o caso de termos 80% de desequilíbrio e tudo estar bem, há mais de 40 anos. E aí, são os designers os culpados por isso? Se são, eles são culpados de quê, de desenvolver jogos que vendem, que são sucesso, que são jogáveis e nos quais as pessoas se divertem? Novamente, cadê o problema aí?

Citar
O mestre dizer pro cara com conjurador não ficar fazendo de tudo pode, mas um sistema que faz isso by default e poupa trabalho do mestre não ?

Sobre o que é que o mestre tem ou não tem de dizer aos jogadores, eu diria que muda de mesa para mesa, especialmente quando se envolvem iniciantes. E, novamente, não é todo jogador que lê os livros de regras, às vezes nem mesmo as descrições da classe de personagem com a qual joga. O sistema de regras não tem como resolver a interação humana porque ele está subordinado a ela. O sujeito que é um babaca, conhecendo ou não as regras, não se torna menos babaca - às vezes, é até um agravante. O mestre que não permite a um jogador mais experiente que ele argumentar em torno das regras também é um ótimo exemplo de como o sistema está totalmente subordinado à interação humana. Simples assim.

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Eu sei. rpg não da tanto lucro quanto magic ou brinquedos é por isso que perder possiveis clientes é um grande tiro no pé (...) Sim a 4e vendeu bem e adivinha por que ? eles tentaram inovar

OK para a primeira parte, e não sei quanto à segunda. Enfim, não importa à discussão.

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você leu a parte em que eu disse todo mundo se tornando importante ?

o equlibrio esta em distribuir bem os papeis, cada um tendo sua função sem invasões. quem podia tudo não pode mais tanto (mas é bom naquilo que faz) e quem não podia nada esta podendo algo util.

Novamente os únicos que iriam se queixar disso são aqueles que gostam de ser os faz tudo vulgo: "babacas"  :b

"Se tornar importante", ou "se tornar importante no combate"? Vou dizer novamente: há muito mais coisas no RPG que o combate em si, e os tais "papéis" que você citou aí. O equilíbrio pode depender em tudo isso que você falou, mas o divertimento certamente não depende, porque todo o mundo já se divertia deeeeeesde o 0D&D, que não tinha nada disso nem rascunhado.

Citar
Sim todos gostaram bastante e a campanha seguiu bem, obrigado pelo interesse. e se você quer saber se ainda jogamos 4e hoje em dia a resposta é sim

Uai, que bom! Seria possível trazê-los para a discussão, de modo a enriquecê-la? Assim, cada um deles poderia pormenorizar sua experiência de jogo antes e depois da 4e.

Citar
Citar

    Mas teve uma rejeição muito grande e foi uma das edições mais rapidamente descontinuada.


A rejeição não foi tão grande. ela só parece assim por que grognards são um pessoal bem vocal

Sem falar que descontinuidade se deu pelo olho grande da hasbro e pelos tiros que a wizards deu no proprio pé

Opa, esse quote não é de algo que eu tenha dito. Deixo para outro responder.


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E quando eu disse que a temática é diferente ? eu me referia ao design

Novamente, apesar de ter comprado, eu não li o DW, então não tenho como argumentar em torno dele. Mas, novamente, essa não é a discussão aqui.

Citar
Eu juro que não estava tentando fazer disso um edition wars. eu to só tentando entender por que tanta resistência a um sistema mais iguliatario. mas deixa pra lá, eu já disse o que queria dizer então vou parar por aqui

Um sistema mais igualitário a que preço? Com que fim? Para enaltercer/engrandecer/beneficiar o quê? E, principalmente, para resolver qual problema? É remover o desequilíbrio apenas por remover, ou tem um REAL OBJETIVO por trás disso?


Kimble,


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Por isso que não consigo aceitar a idéia de que equilíbrio não importa, ainda mais porque a consequência dela é que sistemas não importam. E se regras não importam e não são capazes de influenciar teu jogo numa ou outra direção, então o próprio uso de sistema de regras é desnecessário.

Ao meu ver, não é se importa ou se não importa, mas sim se funciona ou não. E, nesse caso, funcionar significa não impedir o jogo de ser divertido. No meu modo de ver, o RPG não é o sistema de regras... aliás, se tem uma coisa que tem de aparecer o mínimo durante uma sessão de RPG é o sistema de regras. Ele não é o fim nem o começo de nada, ele é só a muleta "imparcial" que nos ajuda a resolver os impasses que surgem devido à experiência de jogo em si. É mais ou menos como no futebol: o juiz está lá, e quanto menos precisarmos dele, melhor. O espetáculo é proporcionado pelos jogadores.

Assim, estritamente falando, a sessão de RPG perfeita seria aquela na qual o sistema de regras não foi utilizado, mas todos os desafios foram superados pelos personagens jogadores, dentro das descrições de suas ações diante dos desafios descritos pelo mestre. Só que isso, falando francamente, é apenas um devaneio... É por isso que tem muita pelada que não vai pra frente: não tem juiz pra dizer se foi falta ou não foi, se foi gol ou não foi, etc.


Smaug,

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O que não dá é entrar em um fórum de discussões e querer encerrar a discussão com o argumento: desequilíbrio sempre existe, é bom, parem de reclamar porque ninguém curte sistema equilibrado e na minha mesa funciona assim.
Esse tipo de argumento inicia as editon wars porque parte do pressuposto que você tem a verdade universal sobre o verdadeiro rpg (diversão é diferente de regras) o que, claro não é verdade.

Vixe, dizer que desequilíbrio é bom realmente seria o fim da picada... mas não encontrei ninguém que tenha dito nada nem parecido com isso. O mais próximo disso, e com uma boa distância, foi o que eu mesmo disse: desequilíbrio faz parte, não mata e também não engorda. E eu não vi quem disse que não se pode se divertir em um sistema equilibrado.... eu, novamente, disse sim que o divertimento não depende do sistema ser mais ou menos equilibrado.

Edition wars, então, tô fora faz teeeempo.


Lunguinho,

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Equilíbrio de jogo, ainda mais em um sistema gamista é sempre bem vindo. Acho que a maioria dos usuários aqui, com exceção talvez do Luminus, concordam com esta premissa.

O que varia é o quanto cada um está disposto a sacrificar isso em prol de outras coisas.

Veja bem, não sou eu quem discorda. É a própria história do jogo e a legião de pessoas que se divertiu com RPG durante 4 décadas, apesar de todos os desequilíbrios presentes em vários sistemas de RPG, dentre eles o D&D. Novamente: a discussão sobre desequilíbrio vem desde a década de 1970... e o que é que ela entregou de resultado? Pode-se dizer que a segunda edição é mais equilibrada que a primeira, ou que a terceira é mais equilibrada que a segunda? Não creio que se possa... e aí, pode-se dizer que uma fez mais sucesso que a outra devido ao maior (ou menor) desequilíbrio entre as classes de personagem, por exemplo? Não creio. E aí, vem a Hasbro e lança uma edição equilibrada... resolveu o desequilíbrio? Sim, resolveu. E aí, a edição perdurou? Não. E aí vem uma nova edição e, pelo que eu li aqui nesse tópico, DESFAZ o ganho de equilíbrio da edição anterior... o movimento em direção ao que se tinha anteriormente é óbvio. Ou alguém discorda?

Então, baseado nisso, é só querer enxergar para ver que mais ou menos equilíbrio não implica em mais ou menos divertimento, diretamente. Razões para isso podem existir aos montes, mas os dados são esses, a cronologia é essa. Sempre houve críticas a todas as edições, antes, durante e depois ao seu lançamento. A 4e foi, ao meu ver, a que foi menos torpedeada, justamente porque muita gente a relegou. Entraram muitos novatos, mas o pessoal das antigas ficou onde estava. E aí veio o Pathfinder e jogou a pá de cal. Não é o que eu quero, não é o que eu penso, é apneas o que aconteceu.

E, por favor, para que fique claro: não estou fazendo edition wars. Estou fazendo comparações. Se alguém aí tiver os dados precisos com relação a tudo o que eu escrevi (ESPECIALMENTE se forem provas em contrário ao que eu escrevi), por favor indique-as. Eu tenho interesse sim em saber mais sobre o assunto.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #95 Online: Fevereiro 05, 2015, 09:42:36 am »
Luminus

Então basicamente seu argumento é que já que desde 0D&D tem gente que não se incomoda com desequilíbrio isso quer dizer que ninguém mais quer um sistema mais equilibrado. por que rpgistas tem mente coletiva

E não. não é todo mundo que se diverte, se fosse assim tópicos como esse e o tópico de house rules pra 5e do elfo não existiriam

mas eu já me toquei que discutir isso é infrutífero por que a 5e tá ai pra provar que a maioria dos fãs de D&D não se importa com equlibrio. eu vou ficar na minha 4e mesmo onde meu guerreiro pode ser mais do que um chimpanze de armadura  :b
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #96 Online: Fevereiro 05, 2015, 09:57:51 am »
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mas eu já me toquei que discutir isso é infrutífero por que a 5e tá ai pra provar que a maioria dos fãs de D&D não se importa com equlibrio. eu vou ficar na minha 4e mesmo onde meu guerreiro pode ser mais do que um chimpanze de armadura  :b
Infelizmente, um guerreiro ser chimpanzé de armadura faz mais parte dos tropos de fantasia reforçados pelo fluff de D&D do que um combatente tático e divertido.

Citar
Sobre o que é que o mestre tem ou não tem de dizer aos jogadores, eu diria que muda de mesa para mesa, especialmente quando se envolvem iniciantes. E, novamente, não é todo jogador que lê os livros de regras, às vezes nem mesmo as descrições da classe de personagem com a qual joga. O sistema de regras não tem como resolver a interação humana porque ele está subordinado a ela. O sujeito que é um babaca, conhecendo ou não as regras, não se torna menos babaca - às vezes, é até um agravante. O mestre que não permite a um jogador mais experiente que ele argumentar em torno das regras também é um ótimo exemplo de como o sistema está totalmente subordinado à interação humana. Simples assim.
Todos na mesa deveriam ler os livros, independente de serem jogadores ou narradores. O sistema de regras não pode resolver interação humana, mas não pode servir de alavanca a certos tipos de interação limitada.

Quando você tem efeitos prontos que não podem ser discutidos (A), contra ações que precisam de rolagem e podem ser negados pelo bel prazer do narrador (B), o sistema beneficia uma ação em relação a outra, especialmente quando o primeiro é feito na invasão de nicho, e o segundo deveria ser a "especialidade da classe".

Um exemplo claro de (A) vs (B) é a magia Knock contra um teste de Open Locks, onde a magia tem sucesso automático, permanente e instantâneo (com um único problema de "ser barulhento" contra a chance de falha, dependência de ferramentas e dificuldade variável, dependendo das circunstâncias da segunda. E é claro, Open Lock basicamente morre contra Arcane Lock (+10 na CD). Knock cancela a magia sem treta :p.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #97 Online: Fevereiro 05, 2015, 10:20:56 am »
Sirus,

Citar
Então basicamente seu argumento é que já que desde 0D&D tem gente que não se incomoda com desequilíbrio isso quer dizer que ninguém mais quer um sistema mais equilibrado. por que rpgistas tem mente coletiva

E não. não é todo mundo que se diverte, se fosse assim tópicos como esse e o tópico de house rules pra 5e do elfo não existiriam

mas eu já me toquei que discutir isso é infrutífero por que a 5e tá ai pra provar que a maioria dos fãs de D&D não se importa com equlibrio. eu vou ficar na minha 4e mesmo onde meu guerreiro pode ser mais do que um chimpanze de armadura  :b

Sabe, você quase acertou. Quase. Não é que "desde 0D&D tem gente que não se importe com o desequilíbrio", mas sim que "desde 0D&D tem gente que se diverte e por isso não se importa tanto com o desequilíbrio". E não é que "ninguém mais queira um sistema mais equilibrado", e sim que "ninguém mais quer um sistema de RPG que seja equilibrado por ser equilibrado apenas". E não é que "a maioria dos fãs de D&D não se importa com equilíbrio", mas sim que "a maioria dos fãs de todas as edições de D&D se divertiu muito apesar dos desequilíbrios".

Lumine,

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Todos na mesa deveriam ler os livros, independente de serem jogadores ou narradores. O sistema de regras não pode resolver interação humana, mas não pode servir de alavanca a certos tipos de interação limitada.

Quando você tem efeitos prontos que não podem ser discutidos (A), contra ações que precisam de rolagem e podem ser negados pelo bel prazer do narrador (B), o sistema beneficia uma ação em relação a outra, especialmente quando o primeiro é feito na invasão de nicho, e o segundo deveria ser a "especialidade da classe".

Um exemplo claro de (A) vs (B) é a magia Knock contra um teste de Open Locks, onde a magia tem sucesso automático, permanente e instantâneo (com um único problema de "ser barulhento" contra a chance de falha, dependência de ferramentas e dificuldade variável, dependendo das circunstâncias da segunda. E é claro, Open Lock basicamente morre contra Arcane Lock (+10 na CD). Knock cancela a magia sem treta :p.

Bom, entre o que as pessoas deveriam fazer e o que elas fazem, sempre há uma certa distância. E aí, os problemas tem de ser resolvidos na mesa mesmo, porque estoura tudo na sessão de jogo. Seja em jogos caseiros ou em eventos, isso é normal de se acontecer.

Quanto a arcane lock e open lock, é um ótimo exemplo de "quantidade limitada" versus "quantidade infinita". Tudo bem que só se pode realizar um teste por fechadura, mas um ladino pode fazer 100 testes ao longo do dia, em 100 fechaduras diferentes, sem gastar 1po. A magia abre uma tranca, se não me engano... uma varinha, abriria outras tantas... mas aí é custo, porque o mago não conjura sequer 10 magias de 1º círculo. E itens mágicos custam dinheiro... além disso, uma porta com 3 trancas mata a magia, ou então o mago vai memorizar só isso e mais nada.

Eu entendo sim que as pessoas falam muito em termos teóricos, e muito pouco em termos práticos. Novamente, é muito bom lembrar que o RPG é um jogo COLABORATIVO, no qual os personagens deveriam se complementar. É a interação humana e o mínimo de respeito. Se você está jogando em um grupo de 10º nível, se há um ladino, e se algum conjurador cisma de memorizar 10 magias de abrir fechaduras e mais varinhas, pergaminhos e etc, eu sinto muito, mas não tem equilíbrio de sistema que resolva isso: a pessoa DECIDIU atrapalhar, ao invés de ajudar, e utilizou a brecha mais próxima para isso, apenas. Se não houvesse essa, ela escolheria outra, e outra, e outra... e aí ao invés de saborear e aproveitar a parte boa do queijo, nós estamos aqui, deixando ele estragar e reclamando dos buracos, dos tantos buracos...

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #98 Online: Fevereiro 05, 2015, 10:24:53 am »
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ninguém mais quer um sistema de RPG que seja equilibrado por ser equilibrado apenas

Não existe isso de querer sistema equilibrado por ser equilibrado apenas. se alguém quer um sistema equilibrado e por que acha melhor para o jogo que ele pretende

"Ei pustula, pra que você quer um sistema equlibrado ?"

"Por nada, só pelo lulz"

Você esta falando abobrinha na tentativa de dar sentido ao seu argumento furado
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 10:27:17 am por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #99 Online: Fevereiro 05, 2015, 10:29:22 am »
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Não existe isso de querer sistema equilibrado por ser equilibrado apenas. se alguém quer um sistema equilibrado e por que acha melhor para o jogo que ele pretende

Você esta falando abobrinha na tentativa de dar sentido ao seu argumento furado

Você REALMENTE acredita nisso daí que eu grifei? Se sim, ok. Eu consigo viver em um mundo onde você pensa isso daí do meu argumento... por mim, de boa.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #100 Online: Fevereiro 05, 2015, 10:56:31 am »
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Quanto a arcane lock e open lock, é um ótimo exemplo de "quantidade limitada" versus "quantidade infinita". Tudo bem que só se pode realizar um teste por fechadura, mas um ladino pode fazer 100 testes ao longo do dia, em 100 fechaduras diferentes, sem gastar 1po. A magia abre uma tranca, se não me engano... uma varinha, abriria outras tantas... mas aí é custo, porque o mago não conjura sequer 10 magias de 1º círculo. E itens mágicos custam dinheiro... além disso, uma porta com 3 trancas mata a magia, ou então o mago vai memorizar só isso e mais nada.

Eu entendo sim que as pessoas falam muito em termos teóricos, e muito pouco em termos práticos. Novamente, é muito bom lembrar que o RPG é um jogo COLABORATIVO, no qual os personagens deveriam se complementar. É a interação humana e o mínimo de respeito. Se você está jogando em um grupo de 10º nível, se há um ladino, e se algum conjurador cisma de memorizar 10 magias de abrir fechaduras e mais varinhas, pergaminhos e etc, eu sinto muito, mas não tem equilíbrio de sistema que resolva isso: a pessoa DECIDIU atrapalhar, ao invés de ajudar, e utilizou a brecha mais próxima para isso, apenas. Se não houvesse essa, ela escolheria outra, e outra, e outra... e aí ao invés de saborear e aproveitar a parte boa do queijo, nós estamos aqui, deixando ele estragar e reclamando dos buracos, dos tantos buracos...
100 tentativas são 100 rodadas vs 1 magia > instawin.

Quando in-game você precisa abrir uma porta pra ontem, entre esperar um sucesso no dado ou conjurar uma magia, 95% dos casos a magia vai ser a escolha ideal.

Você quer um acordo entre cavalheiros pra suprir os defeitos do sistema, eu entendo e faz sentido. Mas o ideal seria que o sistema não tivesse esses defeitos em sua criação - ao invés de serem criados deliberadamente.

E não falo só sobre D&D.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #101 Online: Fevereiro 05, 2015, 11:00:34 am »
Em resumo de tudo que eu disse. Também não quero fazer uma Edition War, tudo se trata de opinião pessoal:

- 5E tem seus desequilíbrios (concordo com isso, mas ainda considero alguns posts exagerados) mas é muito divertida. Meus amigos e eu, além de outros grupos que tenho contato, estavam afastados do D&D faz um tempo e retornaram graças a essa edição.

- 4E é equilibrada, mas o que ela sacrificou pra ter tal equilíbrio a tornou menos divertida para um nicho de jogadores.  Na primeira vez que li a 4E fiquei encantado, mas na prática, jogando, me decepcionei.

- House rules são normais em qualquer RPG. Eu mesmo, no D&D sempre tive house rules pra premiação de xp, utilizando muita coisa de versões antigas do D&D como prêmio por tesouro encontrado, armadilhas vencidas (isso tinha na 4E se não me engano e achei uma menção positiva ao sistema) e etc.

- Todo mundo é livre pra se divertir com o sistema que quiser, no estilo que quiser. No grupo de jogadores que pertenço, nos divertimos com a 5E, mas não gostamos da 4E. Claro que existem grupos que curtem a 4E, a 3.5, o AD&D ou o OD&D. O que vale é o que te diverte.

- Continuo acreditando que a premissa básica de qualquer RPG é se divertir, seja ele equilibrado ou não. Então, se ele proporciona diversão a você e seu grupo, ele foi bem sucedido, mesmo sendo desequilibrado.

- Respeito a opinião de todos, mas valorizo mais a opinião de quem já experimentou e jogou pra valer tal sistema. Não adianta apenas ler o livro ou resenhas da internet.

- Espero que nada seja levado pro pessoal.

É isso galera, encerro minha participação nesse tópico até ele voltar a seu assunto de origem. E espero mesmo que volte. Hehehehehe

[]s Pepi

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #102 Online: Fevereiro 05, 2015, 11:17:37 am »
Citar
100 tentativas são 100 rodadas vs 1 magia > instawin.

Quando in-game você precisa abrir uma porta pra ontem, entre esperar um sucesso no dado ou conjurar uma magia, 95% dos casos a magia vai ser a escolha ideal.

Você quer um acordo entre cavalheiros pra suprir os defeitos do sistema, eu entendo e faz sentido. Mas o ideal seria que o sistema não tivesse esses defeitos em sua criação - ao invés de serem criados deliberadamente.

E não falo só sobre D&D.

Sim, mais tentativas, mais tempo necessário. Uma tentativa por rodada, como a magia, que também leva uma rodada, mas e instawin. Agora, se a porta tiver mais de uma tranca (algo muito plausível em um mundo onde, além de arrombadores, há conjuradores interessados em abrir portas magicamente), serão então 3 magias? Para uma única porta, baú, etc? Não seria melhor focalizar magias como sono, detectar magia e outras coisas que outras pessoas do mesmo grupo de personagens realmente não poderão fazer?

Sim, é um acordo de cavalheiros. Porém, é também uma questão de inteligência e eficiência. O que é melhor, um grupo com 4 personagens que executam 2 funções distintas (dois personagens sobrepondo-se aos pares) ou 4 personagens que suprem 4 funções distintas? É preciso realmente dizer que ter mais um personagem no grupo equivale a mais opções? É preciso realmente dizer que as pessoas deveriam entrar na mesa de jogo para ajudar com aquilo que o grupo de personagens mais necessita?

E, apenas para desviar um pouco, fico pensando onde estão os mestres desses grupos que não mostram aos jogadores que, de uma certa forma, eles estão "jogando errado", porque estão sabotando o divertimento das pessoas. Para mim, a única maneira de se jogar RPG errado é quando você não se diverte ou quando você não deixa os outros se divertirem junto. Eu realmente não vejo nessa conduta de roubar a função de outros personagens como sendo algo saudável, inteligente, intuitivo ou digno de mérito: eu vejo como babaquice, imaturidade, insegurança, etc. Usualmente, babaquice pura e destilada, coisa de gente que tem de se reafirmar em uma mesa de jogo porque não consegue lidar com a vida real como ela é, só para citar um "motivo". O tipo de gente que deveria estar fazendo terapia, ao invés de jogar RPG, ou então concomitantemente ao RPG. Porém, novamente, na maioria dos casos, é só babaquice mesmo.

Agora... concordo contigo que esse desequilíbrio foi criado deliberadamente. Acredito, já ouvi dizer, nunca vi comprovação, mas me parece que não se jogava de mago nas primeiras edições e versões do D&D. Conjuradores de magia eram exclusivos do mestre, e era assim que se propunham os desafios: a partir de um patamar de poder estritamente superior, ao qual os jogadores tinham de ser inteligentes o suficiente para sobrepujar. E aí, em edições seguintes, vieram os conjuradores, como o mago. Só que então já era tarde demais, não tem como "descriar" a classe de conjurador, e também não dá para descaracterizar os poderes, porque quer queira ou não a natureza da magia está enraizada no D&D... criar um conjurador que não faz magias tal e qual se conhece tradicionalmente no D&D é apenas criar um personagem desprovido de magias, um não conjurador. Um realizador de truques e golpes, mas não de magia. Fora toda a questão relativa à criação de itens mágicos, de pesquisa de magias, de histórias e desafios propostos justamente por conta dos feitos dos conjuradores, etc etc etc. Nesse aspecto, o desequilíbrio não tem como ser realmente resolvido, apenas contornado.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #103 Online: Fevereiro 05, 2015, 11:41:38 am »
Quando você tem efeitos prontos que não podem ser discutidos (A), contra ações que precisam de rolagem e podem ser negados pelo bel prazer do narrador (B), o sistema beneficia uma ação em relação a outra, especialmente quando o primeiro é feito na invasão de nicho, e o segundo deveria ser a "especialidade da classe".

Um exemplo claro de (A) vs (B) é a magia Knock contra um teste de Open Locks, onde a magia tem sucesso automático, permanente e instantâneo (com um único problema de "ser barulhento" contra a chance de falha, dependência de ferramentas e dificuldade variável, dependendo das circunstâncias da segunda. E é claro, Open Lock basicamente morre contra Arcane Lock (+10 na CD). Knock cancela a magia sem treta :p.

Comparação feita bem na má vontade, hein? "Ser barulhento" (eufemismo pra "dá um estouro que alerta todo mundo em um raio de 30 metros") não é o único problema de Knock. Isso já foi apontado antes: magias estão bem mais escassas na 5e. Não rolam magos carregando uma carroça inteira de pergaminhos criados a seu bel prazer, ou trocentos slots de nível baixo sobrando pra serem queimados em besteira. E Knock ainda tem a limitação pesada de só desarmar uma tranca. Se a porta tiver um mísero cadeado extra, magia gasta à toa. Tem outra porta trancada no seu caminho? Espero que ainda tenha seus preciosos slots de magia sobrando, porque você vai ter que pagar de novo. Não que vá sentir falta deles mais tarde, claro...

Open Lock não tem restrição de usos, não gera barulho, não gasta recursos e também pode ser sucesso automático em qualquer situação que não envolva pressão por tempo limitado ou consequências perigosas pela falha. Isso está nas regras da 5e. Falhar no teste também não significa que ele não conseguiu abrir a tranca; pode ter tido sucesso, mas com alguma complicação. Isso também está nas regras da 5e.

Mas, e esse é o meu ponto mais importante: você já viu isso acontecer em um jogo na 5e? Já teve problemas de um mago que fez do objetivo de sua vida gastar todos os slots possíveis com magias que abrem fechaduras? Ou é só uma situação hipotética, como é tão tradicional a gente ver em discussões insossas de fórum, que não reflete o que realmente acontece nas mesas de jogo e só serve pra alimentar mimimi?
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 11:44:59 am por Macnol [top] »

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #104 Online: Fevereiro 05, 2015, 11:44:42 am »
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Mas, e esse é o meu ponto mais importante: você já viu isso acontecer em um jogo? Já teve problemas de um mago que fez do objetivo de sua vida gastar todos os slots possíveis com magias que abrem fechaduras? Ou isso é só uma situação hipotética como é tão tradicional a gente ver em discussões insossas de fórum que não refletem o que realmente acontece nas mesas de jogo e só servem pra alimentar mimimi?
Já. Mas não com slot, e sim com itens mágicos. O jogador estrelinha do meu primeiro grupo só jogava de conjurador full.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #105 Online: Fevereiro 05, 2015, 11:52:57 am »
Quais itens mágicos?

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #106 Online: Fevereiro 05, 2015, 12:19:27 pm »
Varinhas e pergaminho. Mas isso é relevante?

Porque tipo, eu tou sentindo uma vibe meio "moving the goalpost".

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #107 Online: Fevereiro 05, 2015, 12:27:20 pm »
Eu quero entender se estamos falando da 5e, porque o exemplo era baseado nela e não seria comum o conjurador ter uma carroça de pergaminhos, muito menos varinhas. Vide a conversa sobre itens mágicos no começo do tópico.
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 12:28:57 pm por Macnol [top] »

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #108 Online: Fevereiro 05, 2015, 12:29:08 pm »
Não, a sua pergunta foi se "em jogo" eu já vi isso. Editar depois pra dizer que foi na 5e é mudar a pergunta e consequentemente a resposta.

Não, na quinta edição não aconteceu isso - mas a pergunta original não foi essa e nem sobre isso.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #109 Online: Fevereiro 05, 2015, 12:35:50 pm »
Não editei pra mudar isso, não precisa insinuar desonestidade intelectual. Desde o primeiro momento em que Knock foi mencionada estamos usando exemplos baseados na 5e. Se você não pegou o começo da conversa no é culpa minha, e não tenho como adivinhar - por isso perguntei pra conferir.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #110 Online: Fevereiro 05, 2015, 12:40:25 pm »
Lumine e Eltor,

Não sei, mas acho que não precisamos nos ater a uma única edição. Esse desequilíbrio existe desde sempre, a magia knock também... agora, realmente, é o tipo de coisa que acontece na mesa de jogo e que não foi sanada com uma boa conversa? Como se explica isso?

Outra coisa, até onde eu sei, em qualquer um dos sistemas, quem controla o acesso de magias do mago (pelo menos do mago) é o mestre. Se knock é roubado, bye bye pra ela. Se tem algo de clérigo ou de druida na mesma linha, é só vetar... supondo que realmente se torne um problema e os jogadores não possam realmente se entender.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #111 Online: Fevereiro 05, 2015, 12:53:10 pm »
Lumine e Eltor,

Não sei, mas acho que não precisamos nos ater a uma única edição. Esse desequilíbrio existe desde sempre, a magia knock também... agora, realmente, é o tipo de coisa que acontece na mesa de jogo e que não foi sanada com uma boa conversa? Como se explica isso?

Outra coisa, até onde eu sei, em qualquer um dos sistemas, quem controla o acesso de magias do mago (pelo menos do mago) é o mestre. Se knock é roubado, bye bye pra ela. Se tem algo de clérigo ou de druida na mesma linha, é só vetar... supondo que realmente se torne um problema e os jogadores não possam realmente se entender.

E.
Mas esse é o ponto, kkkk: ter que banir uma magia porque ela é "roubada". Por que ela foi criada então? Pra inflar o ego dos conjuradores?

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #112 Online: Fevereiro 05, 2015, 12:57:47 pm »
Lumine e Eltor,

Não sei, mas acho que não precisamos nos ater a uma única edição. Esse desequilíbrio existe desde sempre, a magia knock também... agora, realmente, é o tipo de coisa que acontece na mesa de jogo e que não foi sanada com uma boa conversa? Como se explica isso?

Outra coisa, até onde eu sei, em qualquer um dos sistemas, quem controla o acesso de magias do mago (pelo menos do mago) é o mestre. Se knock é roubado, bye bye pra ela. Se tem algo de clérigo ou de druida na mesma linha, é só vetar... supondo que realmente se torne um problema e os jogadores não possam realmente se entender.

E.
Mas esse é o ponto, kkkk: ter que banir uma magia porque ela é "roubada". Por que ela foi criada então? Pra inflar o ego dos conjuradores?

ISSO !  se você sabe que um sistema e fortemente desequilibrado é isso te incomoda não vale a pena jogar pra ficar fazendo conserto. mais fácil procurar uma jogo melhor para aquilo que você quer
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #113 Online: Fevereiro 05, 2015, 01:00:42 pm »
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Não editei pra mudar isso, não precisa insinuar desonestidade intelectual. Desde o primeiro momento em que Knock foi mencionada estamos usando exemplos baseados na 5e. Se você não pegou o começo da conversa no é culpa minha, e não tenho como adivinhar - por isso perguntei pra conferir.
É que eu achei estranho a mudança mesmo, mas okay, normalmente tu não é disso.  :bjinho:

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Não sei, mas acho que não precisamos nos ater a uma única edição. Esse desequilíbrio existe desde sempre, a magia knock também... agora, realmente, é o tipo de coisa que acontece na mesa de jogo e que não foi sanada com uma boa conversa? Como se explica isso?
Se algum sistema precisa de um "acordo de cavalheiros" pra funcionar, quem está errado não é quem se aproveita das falhas inerentes nele ao "quebrar o acordo".

Citar
ISSO !  se você sabe que um sistema e fortemente desequilibrado é isso te incomoda não vale a pena jogar pra ficar fazendo conserto. mais fácil procurar uma jogo melhor para aquilo que você quer
Mais ou menos isso. O problema é que as vezes existe grande resistência em grupos em mudar de sistema, por familiaridade. Ou pior, usar coisas de edições anteriores porque "já sabem como funciona", mesmo sendo uma edição diferente.

Já perdi a conta de quantas vezes tive que explicar que "bonus action" não é "ação livre", porque isso sequer existe, mas a pessoa nem leu o sistema que joga.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #114 Online: Fevereiro 05, 2015, 01:14:22 pm »
Sirus e Abençoado,

Não... a magia foi criada para dar ao mago uma maneira de fazer uma coisa simples, muito presente em vários temas de literatura, teatro, filmes, livros, etc. Fazer o quê, se Magia e Desequilíbrio andam de mãos dadas, quando comparadas com o Mundano?

EDIT

Citar
Se algum sistema precisa de um "acordo de cavalheiros" pra funcionar, quem está errado não é quem se aproveita das falhas inerentes nele ao "quebrar o acordo".

Só que não é o sistema X ou Y que precisa desse acordo, é o próprio jogo de RPG em si. Qualquer sistema de regras depende de um grupo que QUEIRA jogar junto, no intuito de prosperar e desenvolver uma história/crônica/campanha/etc. Não tem como ser diferente.

Porém, se em um grupo há uma pessoa (ou duas, três...) interessadas em subverter esse princípio básico e fundamental, então ele vai sim recorrer às brechas, e aí babau jogo. Para mim, a culpa é do jogador, pois ele poderia muito bem se divertir sem recorrer a esses expedientes. Até porque é o que se faz e o que move o jogo para adiante.

E.
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 01:26:26 pm por Luminus »
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #115 Online: Fevereiro 05, 2015, 01:18:11 pm »
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ISSO !  se você sabe que um sistema e fortemente desequilibrado é isso te incomoda não vale a pena jogar pra ficar fazendo conserto. mais fácil procurar uma jogo melhor para aquilo que você quer
Mais ou menos isso. O problema é que as vezes existe grande resistência em grupos em mudar de sistema, por familiaridade. Ou pior, usar coisas de edições anteriores porque "já sabem como funciona", mesmo sendo uma edição diferente.

Já perdi a conta de quantas vezes tive que explicar que "bonus action" não é "ação livre", porque isso sequer existe, mas a pessoa nem leu o sistema que joga.

Embora eu ache que consertos não serão um problema na 5e. já que tudo que esta nela foi previamente requisitado pelos jogadores através das enquetes e playtest

Citar
Fazer o quê, se Magia e Desequilíbrio andam de mãos dadas, quando comparadas com o Mundano?

Sendo bem chato agora mas na 4e magia era apenas uma forma diferente de fazer as coisas e não a única. diabos ate na 5e certas magias deixaram de ser tão competentes
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 01:25:04 pm por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #116 Online: Fevereiro 05, 2015, 01:27:29 pm »
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Não... a magia foi criada para dar ao mago uma maneira de fazer uma coisa simples, muito presente em vários temas de literatura, teatro, filmes, livros, etc. Fazer o quê, se Magia e Desequilíbrio andam de mãos dadas, quando comparadas com o Mundano?
Não, não são. Magia de D&D é copiada descaradamente da literatura de Jack Vance.

Antes da popularização dessa informação na cultura pop geral, graças D&D, a concepção popular de magia vinha a partir de algum preço em troca de algo - magia era algo como no Conan, algo terrível e proibido. A ideia de magos como protagonistas capazes de fazer muito além do mundano é copiada da série Dying Earth sem tirar nem por - e o próprio Gygax admitia isso.

Magos de mitologia e histórias, como Merlin, são conselheiros. Personagens que usam magia como Cú Chulainn e sua mentora Scáthach o fazem para complementar sua proeza física acima dos mortais - não é a hamburger e sim a sundae de brinde que acompanha o trio.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #117 Online: Fevereiro 05, 2015, 01:38:22 pm »
Sirus,

Citar
Sendo bem chato agora mas na 4e magia era apenas uma forma diferente de fazer as coisas e não a única. diabos ate na 5e certas magias deixaram de ser tão competentes

Não, não era uma "forma diferente" de fazer as coisas. Era UMA forma de se fazer UMA coisa. As habilidades dos não-conjuradores não eram emuladas por magias, elas tem terreno próprio. Nas outras edições a magia é uma forma diferente de se fazer as coisas: uma maneira de se destrancar a fechadura é com a perícia de ladino (padrão do sistema), e uma outra forma era a magia Knock.

Citar
Não, não são. Magia de D&D é copiada descaradamente da literatura de Jack Vance.

Antes da popularização dessa informação na cultura pop geral, graças D&D, a concepção popular de magia vinha a partir de algum preço em troca de algo - magia era algo como no Conan, algo terrível e proibido. A ideia de magos como protagonistas capazes de fazer muito além do mundano é copiada da série Dying Earth sem tirar nem por - e o próprio Gygax admitia isso.

Magos de mitologia e histórias, como Merlin, são conselheiros. Personagens que usam magia como Cú Chulainn e sua mentora Scáthach o fazem para complementar sua proeza física acima dos mortais - não é a hamburger e sim a sundae de brinde que acompanha o trio.

Não, senhor. O SISTEMA DE MAGIAS é de Jack Vance, mas os efeitos em si não são restritos à literatura vanciana. Eles beberam de muitas fontes, inclusive as outras duas citadas por você, além de muito mais da literatura e da religião e mitos cristãos. E é lá que estão os efeitos realmente devastadores, aqueles que retiram o equilíbrio do jogo. Tem muitas fontes, tem coisa até da Ilíada, na literatura árabe, nos contos de Mil e Uma Noites que influenciou os efeitos mágicos de D&D... Isso para não falar de Tolkien.

E, sobre isso, temos os trabalhos de pessoas que desenvolveram inúmeras magias, uma mais poderosa que a outra, nos últimos 40 anos. Pena que não tivemos o mesmo esmero para as outras classes.

Além disso, temos filmes, temos teatro, música e etc que deram sim a sua contribuição. A maneira como um mago memoriza suas magias está lá na literatura vanciana, mas o buraco é muito mais largo e muito mais embaixo.

E.
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 02:04:17 pm por Luminus »
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #118 Online: Fevereiro 05, 2015, 01:42:32 pm »
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Não, não era uma "forma diferente" de fazer as coisas. Era UMA forma de se fazer UMA coisa. As habilidades dos não-conjuradores não eram emuladas por magias, elas tem terreno próprio.

Sim eram. magia era uma fonte de poder (ex: arcano, divino) cujas classes tinham papeis que também eram presentes em classes de outras fontes de poder (ex: marcial)

EX: clérigo e warlords ambos são lideres, só que o clérigo usa magia e o warlock esporro  :b
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 01:47:31 pm por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #119 Online: Fevereiro 05, 2015, 01:46:15 pm »
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Sim eram. magia era uma fonte de poder (ex: arcano, divino) cujas classes tinham papeis que também eram presentes em classes de outras fontes de poder (ex: marcial)

Ou seja, magias eram feitas a partir da fonte de poder própria, e não compartilhada com as outras habilidades. Isso define que ela é uma coisa. Uma habilidade Marcial drena poder de outra fonte, ou seja, ela é outra coisa. Ambas poderiam até mesmo sobrepor-se, fazer coisas iguais, mas para o bem do sistema, garantiu-se que isso nunca aconteceria. Certo?

EDIT

Citar
EX: clérigo e warlords ambos são lideres, só que o clérigo usa magia e o warlock esporro  :b

Adorei o exemplo: o clérigo usou uma habilidade mágica, e o warlord usou uma habilidade marcial, cada uma de fonte diferente. Ou seja, são coisas diferentes. Se os efeitos finais são os mesmos, é inconsequente (similar ao open lock e o knock de linhas atrás).

E.
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 01:53:24 pm por Luminus »
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #120 Online: Fevereiro 05, 2015, 01:51:02 pm »
Ou seja, magias eram feitas a partir da fonte de poder própria, e não compartilhada com as outras habilidades. Isso define que ela é uma coisa. Uma habilidade Marcial drena poder de outra fonte, ou seja, ela é outra coisa. Ambas poderiam até mesmo sobrepor-se, fazer coisas iguais, mas para o bem do sistema, garantiu-se que isso nunca aconteceria. Certo?

E.

Você esta fazendo confusão. sim as fontes de poder eram diferentes, mas as habilidades eram definidas pelo papel não pela fonte de poder. novamente uso o exemplo do clérigo e warlord

Ao contrario da 3e por exemplo onde ser conjurador significava que você podia fazer de tudo
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #121 Online: Fevereiro 05, 2015, 01:57:41 pm »
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Você esta fazendo confusão. sim as fontes de poder eram diferentes, mas as habilidades eram definidas pelo papel não pela fonte de poder. novamente uso o exemplo do clérigo e warlord

Ao contrario da 3e por exemplo onde ser conjurador significava que você podia fazer de tudo

Não, não estou fazendo confusão. Eu entendo perfeitamente que um leader possa utilizar fonte marcial, enquanto outro leader possa utilizar arcana... não quer dizer que eles façam exatamente as mesmas coisas, não quer dizer que eles sejam iguais e não quer dizer que tudo seja igual. Fontes diferentes, coisas diferentes. Interfere inclusive no tipo de dano causado, coisa muito relevante na 4e.

E não é só na 3e que os conjuradores "podem tudo", mas sim em todas as outras edições, que não 4e (e, talvez, na 5e também não).

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« Resposta #122 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:01:50 pm »
Se um guerreiro pudesse quebrar a fechadura na porrada usando sua Dex e Str eu aceitaria knock numa boa.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #123 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:03:46 pm »
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Eu entendo perfeitamente que um leader possa utilizar fonte marcial, enquanto outro leader possa utilizar arcana... não quer dizer que eles façam exatamente as mesmas coisas, não quer dizer que eles sejam iguais e não quer dizer que tudo seja igual.

Nesse caso você esta certo. classes diferentes com o mesmo role cumprem esse role de formas diferentes
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #124 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:06:27 pm »
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Se um guerreiro pudesse quebrar a fechadura na porrada usando sua Dex e Str eu aceitaria knock numa boa.

... e quem te disse que ele não pode?! Tem até tabela pra esse tipo de coisa!!!

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Nesse caso você esta certo. classes diferentes com o mesmo role cumprem esse role de formas diferentes

Ok.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #125 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:10:01 pm »
:bigbrother:


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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #126 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:18:25 pm »
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Se um guerreiro pudesse quebrar a fechadura na porrada usando sua Dex e Str eu aceitaria knock numa boa.

... e quem te disse que ele não pode?! Tem até tabela pra esse tipo de coisa!!!

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Nesse caso você esta certo. classes diferentes com o mesmo role cumprem esse role de formas diferentes

Ok.

E.
Com CDs bem amigáveis em comparação aos das spells.:P

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #127 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:23:55 pm »
Por outro lado, é de graça.

A menos que você desloque o ombro e precise curar depois.  :b

Offline Luminus

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #128 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:25:23 pm »
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Com CDs bem amigáveis em comparação aos das spells.:P

CD pras spells? Não existe CD quando se usa spe... ah, ok. Sim, verdade. A gente poderia inclusive dizer que conjuradores são para quem quer jogar no easy, e não conjuradores para quem quer jogar no hard. Mas isso não torna o jogo menos divertido, como comprova a longa história de sucessos de público e de venda e de crítica e de tudo o mais que você quiser, demonstrados pelos números do D&D desde 1974.

Citar
Por outro lado, é de graça.

A menos que você desloque o ombro e precise curar depois.  :b

Hmmm... acho que encontro uma tabela com esse lance do ombro aí também...

E.
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #129 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:28:24 pm »
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Ou seja, são coisas diferentes. Se os efeitos finais são os mesmos, é inconsequente (similar ao open lock e o knock de linhas atrás).

Mas no caso do knock não se trata de classes diferentes com o mesmo nicho e sim de uma classe invadindo o nicho da outra

o que novamente não importa na 5e pois foi isso que os jogadores pediram
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 02:31:17 pm por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #130 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:35:01 pm »
Na sessão de D&D 5E de ontem, o clérigo e o bruxo tentaram entrar na sala onde ocorria o combate final com os adoradores de Bhaal por uma porta alternativa. Eles sabiam que poderia haver um cultista próximo a porta e queriam surpreendê-lo.
"Eu me posiciono do outro lado do corredor, venho e chuto a porta pra empurrar o cultista de surpresa, se ele estiver ali" Disse o clérigo
Então faça um teste de Força
* Rola do d20 - Resultado 1 + 2 de bônus de Força = 3 *
"Você toma impulso, chuta a porta, o barulho de algo batendo na madeira ecoa na parte interna da sala, mas ela nem sequer se mexe com o impacto"
Resultado: o grupo inteiro riu, até o clérigo, com a situação.

Por isso eu adoro esse método de abrir portas. Hahahahaha!!!

Edit: Disse que não voltaria mais a postar, corrijo então o que disse antes, não postarei mais textos relacionados ao debate sobre as edições.
« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 02:39:40 pm por Pepilegal »

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #131 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:37:11 pm »
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Mas no caso do knock não se trata de classes diferentes com o mesmo nicho e sim de uma classe invadindo o nicho da outra

Pois é, mas aí entra em campo a seguinte nuance: é realmente uma classe de personagens (mago) invadindo os usos de outra (ladino) ou é A LISTA DE MAGIAS (com suas inúmeras opções) se expandindo ad infinitum e invadindo TODOS OS NICHOS do jogo, quando não ensejando novos e novos nichos para o jogo? Você já pensou a respeito disso? O poder de um conjurador só vai até a lista de magias, ou tem outras coisas?

O meu desgosto com essa conversa toda de desequilíbrio é este: ele só pode ser superado com a remoção da magia do sistema de regras. E, quando eu digo "magia", é a estrutura vanciana e a imeeeeeeeensa e insuperável lista de magias de todas as classes. E aí, sobra o quê do D&D depois disso? Nada muito atrativo.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #132 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:42:42 pm »
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Pois é, mas aí entra em campo a seguinte nuance: é realmente uma classe de personagens (mago) invadindo os usos de outra (ladino) ou é A LISTA DE MAGIAS (com suas inúmeras opções) se expandindo ad infinitum e invadindo TODOS OS NICHOS do jogo, quando não ensejando novos e novos nichos para o jogo? Você já pensou a respeito disso? O poder de um conjurador só vai até a lista de magias, ou tem outras coisas?

Sim. o problema (pra quem se importa com isso como eu) e que conjuradores tem magias pra resolver praticamente tudo  :b

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O meu desgosto com essa conversa toda de desequilíbrio é este: ele só pode ser superado com a remoção da magia do sistema de regras. E, quando eu digo "magia", é a estrutura vanciana e a imeeeeeeeensa e insuperável lista de magias de todas as classes. E aí, sobra o quê do D&D depois disso? Nada muito atrativo.

Nope. se obtém muito mais variedade quando você divide as funções entre as classes ao invés de colocar todo o poder na mão de meia dúzia
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #133 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:51:17 pm »
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Sim. o problema (pra quem se importa com isso como eu) e que conjuradores tem magias pra resolver praticamente tudo  :b

Achei a sua frase incompleta... creio que seria mais como "os conjuradores tem magias para resolver praticamente tudo, enquanto as outras classes não tem nada nem parecido nem de longe nem mesmo em casos muito específicos e muito menos em níveis altos".


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Nope. se obtém muito mais variedade quando você divide as funções entre as classes ao invés de colocar todo o poder na mão de meia dúzia

Variedade, em que termos? Quer dizer, você retira termos do sistema, coisas que são sim criativas e que, se bem utilizadas, podem contribuir para repor uma falta no grupo (sobrepujar armadilhas para libertar o ladino, por exemplo), e aumenta a variedade? Como assim?

E.
Não, não.. por enquanto, não.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #134 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:52:07 pm »
A uma pequena invasão de nichos de maneira geral no D&D 5E e eu não me importei com isso.

- Qualquer classe, dependendo da evolução do personagem, pode aprender qualquer um dos kits. Isto é, o guerreiro pode aprender a manusear Ferramentas de Ladrão. Ou então, o Ladrão pode aprender a fazer poções de cura. Ou o bárbaro pode trocar um instrumento música.
- Porém apenas os ladinos podem usar Mãos Rápidas e desarmar uma armadilha, abrir uma fechadura, usar prestidigitação e etc. com rapidez e precisão (ação bônus).

Na experiência de mesa que tive, o ladino até deixa os conjuradores abrirem portas quando a sutileza não é necessária. Poupa o trabalho dele. E todo mundo se diverte igual.
 :cool:

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #135 Online: Fevereiro 05, 2015, 02:58:03 pm »
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Variedade, em que termos? Quer dizer, você retira termos do sistema, coisas que são sim criativas e que, se bem utilizadas, podem contribuir para repor uma falta no grupo (sobrepujar armadilhas para libertar o ladino, por exemplo), e aumenta a variedade? Como assim?

Então você não gosta de equilíbrio por que ele mata certas vacas sagradas ?

Por variedade quero dizer todas as classes tendo um papel a cumprir ao invés de que metade faz de tudo e a outra metade não faz nada.

Citar
"os conjuradores tem magias para resolver praticamente tudo, enquanto as outras classes não tem nada nem parecido nem de longe nem mesmo em casos muito específicos e muito menos em níveis altos".

Ficou melhor ainda  :bwaha:



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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #136 Online: Fevereiro 05, 2015, 03:02:35 pm »
Pepi, acho legal destacar que isso não precisa nem levar tempo, pode ser feito na criação do personagem. A Noara criou ficha pra uma aventura de 5e há alguns dias e fez uma paladina com treino em ferramentas de ladino e investigação. Sem complicação nenhuma, só montar um Background personalizado.

Também tem o fato de qualquer classe poder aprender a usar rituais, investindo apenas um talento.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #137 Online: Fevereiro 05, 2015, 03:05:25 pm »
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Então você não gosta de equilíbrio por que ele mata certas vacas sagradas ?

Por variedade quero dizer todas as classes tendo um papel a cumprir ao invés de que metade faz de tudo e a outra metade não faz nada.

Não é tão simples assim. Primeiro de tudo, não gosto do desequilíbrio, mas eu entendo que ele está implantado na medula do D&D, por exemplo, pois ele surge basicamente da estrutura e extensão do sistema de magias. Então, para começar, o D&D precisaria de um outro sistema de magias para que isso se resolvesse.

A outra parte é que o sistema de magias é próprio dos conjuradores... hoje em dia, é meio o que separa uns de outros: são conjuradores, ou não conjuradores. Então, ao meu ver, o que deveria acontecer seria o SURGIMENTO de complementos para as classes não conjuradores, e não a remoção do que já existe.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #138 Online: Fevereiro 05, 2015, 03:09:13 pm »
Pepi, acho legal destacar que isso não precisa nem levar tempo, pode ser feito na criação do personagem. A Noara criou ficha pra uma aventura de 5e há alguns dias e fez uma paladina com treino em ferramentas de ladino e investigação. Sem complicação nenhuma, só montar um Background personalizado.

Também tem o fato de qualquer classe poder aprender a usar rituais, investindo apenas um talento.

Erro meu. Tá certo, pode-se começar sabendo algo assim. Quando me referi que pode levar algum tempo é que, qualquer classe pode aprender qualquer ferramenta ou kit gastando o seu "tempo livre" entre aventuras estudando elas. Não precisa nem subir de nível ou etc, só treinar.

Valeu Eltor!

Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #139 Online: Fevereiro 05, 2015, 03:26:47 pm »
A tua informação estava certa, não quis que parecesse uma correção, haha.  :) Tô ligado que é possível treinar dentro da campanha, só quis ressaltar que essa história de "não se prender tanto aos nichos" está mais fácil que nunca na nova edição.

Especialmente com a maior facilidade de ter sucessos razoáveis mesmo em perícias não treinadas. A diferença entre um personagem especializado em uma coisa e um sem treinamento ficou bem menos drástica que anteriormente, especialmente nos primeiros níveis.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #140 Online: Fevereiro 05, 2015, 03:36:16 pm »
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Então você não gosta de equilíbrio por que ele mata certas vacas sagradas ?

Por variedade quero dizer todas as classes tendo um papel a cumprir ao invés de que metade faz de tudo e a outra metade não faz nada.

Não é tão simples assim. Primeiro de tudo, não gosto do desequilíbrio, mas eu entendo que ele está implantado na medula do D&D, por exemplo, pois ele surge basicamente da estrutura e extensão do sistema de magias. Então, para começar, o D&D precisaria de um outro sistema de magias para que isso se resolvesse.

A outra parte é que o sistema de magias é próprio dos conjuradores... hoje em dia, é meio o que separa uns de outros: são conjuradores, ou não conjuradores. Então, ao meu ver, o que deveria acontecer seria o SURGIMENTO de complementos para as classes não conjuradores, e não a remoção do que já existe.

E.
Então os poderes arcanos da 4th não eram magias pra você?

Offline kinn

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #141 Online: Fevereiro 05, 2015, 03:51:49 pm »
Se é definido que o cara é especialista, ele deveria ser o melhor naquilo que faz e magia - por ser cheater, deveria ser uma opção a mais, sem ser eficiente como o especialista. Ou, se é para invadir nichos, que qualquer um possa fazer isso de forma decente. O maior invasor de nicho nas hqs é o Batman e a fonte de poder dele pode ser entendida como marcial...

Então, o ladino mestre em fugas, poderia escapar da jaula de força; o bárbaro poderia quebrá-lo, enquanto o monge fica intangível e passa por ela... Mas o problema é que opções só são dadas a quem faz magia... espero mesmo que, com tudo o que dizem, que o desequilíbrio ficou menor e os casters menos absurdos que o 3.5 que eu não tenha problemas quando narrar como tive na mesa 3.5, onde tentava melhorar as classes não casters com várias house rules, mas mesmo com meus esforços, era tudo em vão.
Pesquisas provam:
(click to show/hide)

Offline Luminus

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #142 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:02:50 pm »
Abençoado,

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Então os poderes arcanos da 4th não eram magias pra você?

Se eram ou não eram para mim, pouco importa. O que importa é que, para a linha cronológica de D&D, não eram. Para a linha de raciocínio em torno de equilíbrio, não eram. Para a perspectiva de sistema vanciano de magias, não eram.

Um bom exemplo disso é a ausência de testes de falha de concentração em caso do dano recebido durante a conjuração para perda da magia... ou eu mestrei errado e isso ainda existe na 4e?

Kinn,

Citar
Se é definido que o cara é especialista, ele deveria ser o melhor naquilo que faz e magia - por ser cheater, deveria ser uma opção a mais, sem ser eficiente como o especialista. Ou, se é para invadir nichos, que qualquer um possa fazer isso de forma decente. O maior invasor de nicho nas hqs é o Batman e a fonte de poder dele pode ser entendida como marcial...

Então, o ladino mestre em fugas, poderia escapar da jaula de força; o bárbaro poderia quebrá-lo, enquanto o monge fica intangível e passa por ela... Mas o problema é que opções só são dadas a quem faz magia... espero mesmo que, com tudo o que dizem, que o desequilíbrio ficou menor e os casters menos absurdos que o 3.5 que eu não tenha problemas quando narrar como tive na mesa 3.5, onde tentava melhorar as classes não casters com várias house rules, mas mesmo com meus esforços, era tudo em vão.

Pois é, essas experiências exacerbadas eu não vivi, não presenciei, então não sei como lidar com essa perspectiva. Eu realmente nunca vi um grupo tolerar, aceitar, conviver bem com esse tipo de comportamento por parte dos jogadores de personagens conjuradores.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #143 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:05:26 pm »
Se é definido que o cara é especialista, ele deveria ser o melhor naquilo que faz e magia - por ser cheater, deveria ser uma opção a mais, sem ser eficiente como o especialista. Ou, se é para invadir nichos, que qualquer um possa fazer isso de forma decente. O maior invasor de nicho nas hqs é o Batman e a fonte de poder dele pode ser entendida como marcial...

Então, o ladino mestre em fugas, poderia escapar da jaula de força; o bárbaro poderia quebrá-lo, enquanto o monge fica intangível e passa por ela... Mas o problema é que opções só são dadas a quem faz magia... espero mesmo que, com tudo o que dizem, que o desequilíbrio ficou menor e os casters menos absurdos que o 3.5 que eu não tenha problemas quando narrar como tive na mesa 3.5, onde tentava melhorar as classes não casters com várias house rules, mas mesmo com meus esforços, era tudo em vão.
FTFY. A fonte de poder do Batman é o dinheiro. ;D

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #144 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:13:42 pm »
Se é definido que o cara é especialista, ele deveria ser o melhor naquilo que faz e magia - por ser cheater, deveria ser uma opção a mais, sem ser eficiente como o especialista. Ou, se é para invadir nichos, que qualquer um possa fazer isso de forma decente. O maior invasor de nicho nas hqs é o Batman e a fonte de poder dele pode ser entendida como marcial...

Então, o ladino mestre em fugas, poderia escapar da jaula de força; o bárbaro poderia quebrá-lo, enquanto o monge fica intangível e passa por ela... Mas o problema é que opções só são dadas a quem faz magia... espero mesmo que, com tudo o que dizem, que o desequilíbrio ficou menor e os casters menos absurdos que o 3.5 que eu não tenha problemas quando narrar como tive na mesa 3.5, onde tentava melhorar as classes não casters com várias house rules, mas mesmo com meus esforços, era tudo em vão.
FTFY. A fonte de poder do Batman é o dinheiro. ;D
E ele não é caster e já bateu no Superman!  :dança:
 :frenzied: :frenzied: :frenzied:
Hahahahaha

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #145 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:20:22 pm »
E ele não é caster e já bateu no Superman!  :dança:
 :frenzied: :frenzied: :frenzied:
Hahahahaha

Mas é incrivelmente mary sue  :linguinha:
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #146 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:24:16 pm »
Cara, o único quadrinho que o Batman bateu no Superman oficialmente foi  o Dark Knight.

Superman tinha acabado de salvar o mundo de um desastre nuclear (e está exausto), Batman estava usando um exoesqueleto e soca o Super até ELE MESMO (batman) cair exausto. Ai o super levanta e fala "Okay, bro, tá mais calmo agora?"

Não dá, cara. Superman pode matar o Batman do espaço.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #147 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:28:37 pm »
E ele não é caster e já bateu no Superman!  :dança:
 :frenzied: :frenzied: :frenzied:
Hahahahaha

Mas é incrivelmente mary sue  :linguinha:
Hahaha, tu vai dizer que o Batman não foi criado na 4E porque o desequilíbrio entre ele e o Superman é grande. hahahahahaha

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Cara, o único quadrinho que o Batman bateu no Superman oficialmente foi  o Dark Knight.
Tá certíssimo Lumine, mas ele já demonstrou várias vezes que não dá pra subestimar ele. Tem uma HQ da Liga da época do Morrison, que derrotam toda a Liga de Justiça usando as táticas que o Batman criou para derrotá-la em caso de necessidade.

Então a premissa se mantém, o morcegão é f@#$ e não é caster.  :linguinha:
*Se bem que se ele fosse caster, o Superman tava na pior também já que ele é vulnerável a magia  :duh: *

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #148 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:29:48 pm »
Se a gente usar a premissa de Mago a Ascensão ele é caster  :b
This happens all the time. No matter how epic the battle, once begun, the thing sounds more or less like a bingo game: People shout out numbers and other people get excited about them.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #149 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:34:51 pm »
Batman tá mais praquela fanmade, "Genius: The Transgression". Fica perfeito.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #150 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:38:58 pm »
Depois que eu vi uma HQ em que o batman chutou o hulk e o hulk sentiu eu nem me surpreendo mais
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #151 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:40:20 pm »
Já perceberam que esse tópico se desviou tanto do assunto que até do Batman estamos falando!?
 :rolando: :rolando: :rolando: :rolando: :rolando:

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #152 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:41:09 pm »
Bom, a Liga da Justiça É um grupo desequilibrado...

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #153 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:43:00 pm »
Bom, a Liga da Justiça É um grupo desequilibrado...

Aquaman que o diga
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #154 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:43:40 pm »
No Umbra the Velvet Shadows 20th existe um tipo de espírito que personifica um super-herói famoso. Na prática ele salta da umbra pra ajudar as pessoas e depois volta para ela. Ele se parece com o super-herói que o inspirou, então, sendo ele um espirito da Wyld, é válido dizer que os Garou agora podem pedir ajuda pra liga da justiça.

Esse tópico já desvirtuou a algum tempo e eu não tenho muito mais o que acrescentar nele. E também acho que essa discussão sobre o que é magia ou não é mais sem sentido do que discutir desequilíbrio. Magia é o que o(s) autor(es) do rpg disserem é. E não porque tem teste de concentração, funciona com subsistema diferente da manobra do guerreiro ou qualquer coisa assim.
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #155 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:48:47 pm »
Bom, a Liga da Justiça É um grupo desequilibrado...

Aquaman que o diga
Hahahahahahahahaha!!!
Pior que ele só a Legião dos Super Substitutos (exceto alguns membros que viraram membros da Legião de Super-heróis como o Polar)

Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #156 Online: Fevereiro 05, 2015, 04:51:39 pm »
Falando em Aquaman, a nova animação da Liga da Justiça é sobre ele e eu curti bastante.;)

Offline Lumine Miyavi

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #157 Online: Fevereiro 05, 2015, 05:07:01 pm »
Falaram que é ótima, mas não vi nada depois de Flashpoint.

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #158 Online: Fevereiro 05, 2015, 06:00:15 pm »
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Também tem o fato de qualquer classe poder aprender a usar rituais, investindo apenas um talento.

Que é uma regra opcional a ser permitida pelo DM, não algo parte do "CORE" do Jogo.  :)

Ou seja, alguém não-conjurador ou de uma classe que não inclua o conhecimento de rituais (Paladino, Ranger, Eldricht Knight) não tem como aprender isso, by-the-rules (nem mesmo via multiclasse, pois também é outra regra opcional) - salvo o Thief de nível 13.

« Última modificação: Fevereiro 05, 2015, 06:02:02 pm por Khalid al-Walid »

Offline Macnol

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #159 Online: Fevereiro 06, 2015, 01:16:26 am »
Verdade, estão como regras opcionais.  :aham: Mas já vem inclusas no PHB/Basic Rules, então tá facinho pra um grupo que quiser deixar assim só "ativar" a opção.

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #160 Online: Fevereiro 06, 2015, 09:08:58 am »
São regras opcionais. Isto porque a versão atual do D&D é um sistema bem modular. Por exemplo, atualmente estou pensando se utilizo ou não as regras de capacidade de carga. Minha veia old school sempre me fez gostar de regras elaboradas de carga, mas o pouco tempo que tenho para jogar, assim como os outros jogadores, requer simplificação.
Sobre a regra de talentos, estamos usando e, todos os grupos de D&D que conheço também. Acabo considerando ela parte do sistema, mesmo não sendo. Isso quase que automático.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #161 Online: Fevereiro 06, 2015, 11:25:54 am »
Continuando meu post inicial.

na 3e você pode experimentar trocar certas classes conjuradoras por outras. susbtituir o mago pelo mago de guerra e pelo dread necromancer, usar o cloistered cleric ao inves do clérigo do ldj e substituir o druida pelo xamã espiritual

ou se você quer fazer algumas mudanças mais radicais pode incluir nessa lista o bruxo, dragonfire adept, dragon shaman e o binder
« Última modificação: Fevereiro 06, 2015, 11:28:22 am por Sirus »
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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #162 Online: Fevereiro 06, 2015, 07:15:24 pm »
Então, post longo.

TL;DR: não tem, passa amanhã. Mas leiam Play Dirty do John Wick (merchan não patrocinado; e sim, o Wick tem várias posturas questionáveis, mas é um livrinho legal de se ler).

ON

Eu parei de criar desafios sob medida pros grupos que mestro. Mesmo eles sendo desequilibrados. Fazia isso na 3.X e perdia horas construindo fichas de PNJs focados exclusivamente em determinado jogador (geralmente o conjurador da vez) e que seriam (quase) inúteis após uma sessão (quase porque, hey, viva o re-skin). Fazia isso ainda na 4e, mas aí o enfoque era o grupo que a partir de determinado nível/opções, escalonava de poder absurdamente (olá frostcheese, olá meio-orc Slayer com um Gouge, olá meio-elfo com Versatile Master, olá War Master's Assault).

Depois disso, lendo outros sistemas, aprendendo coisas aqui e ali, decidi parar com isso de pensar em desafios sob medidas pro grupo. O negócio agora é (não, Frota, não) a diversão e a história simplesmente. Se algo é legal pra narrativa e é divertido pra gente, ela acontece e bem, lide-se com isso. A investigação sobre o desaparecimento misteriosos na cidade levou a descoberta de um enclave de dominadores de mente que habitam seu subterrâneo e vocês são personagens de nível 3? Hm, e aí, o que vocês fazem?

No fim, o que mudou realmente não foi o desafio em si, mas a maneira de abordá-lo e, principalmente, a maneira de resolvê-lo. Daí, as possibilidades são múltiplas e (quase) todas válidas. A ideia de superação de um conflito não é equivalente a vencê-lo num combate (ou qualquer conflito escalonável em termos de rodadas e economia de ações), mas como o grupo achar melhor -- e arcar com as consequências disso. Hm, então vocês vão deixar os dominadores de mente pra lá e fugir da cidade? Beleza. Após algum tempo, vocês ouvem um rumor de pessoas têm desaparecido em toda aquela região, e as petições são tantas que o duque já não vê alternativa a não ser mobilizar forças para resolvê-las (e isso inclui a contratação de mercenários). Ou, vocês vão enfrentar os dominadores de mente para evitar que eles estendam seu controle sobre mais vidas inocentes? Beleza, só tenham em mente que enfrentá-los aberta e diretamente é bem difícil. E por aí vai.

(A sacada aqui também é que, na minha visão, conflitos [combativos ou não] devem ser, em sua maioria injustos, com os jogadores [pelo menos até eles próprios começarem a construir suas redes de relações]. Se um conflito ocorre ou vai ocorrer, os pontos de força nele envolvidos mobilizam as linhas de recursos necessários para serem bem-sucedidos. Se isso envolve um lich, por exemplo, ele faria uso de seu conhecimento arcano e inteligência/sabedoria secular. Se um ogro, ele faria uso de sua força e poder aterrorizador. Se for um arquiduque, ele teria a sua disposição, ao menos, uma milícia/capangas e uma rede política de quem poderia cobrar favores. Basicamente, é entender que o universo do jogo é vivo e feito de relações e consequências).

Talvez por isso tenha sido simpático ultimamente a sistemas mais abertos na resolução de conflitos, como os Powererd by the Apocalypse e FATE. (Também conta minha falta de tempo).

OFF

Estou na turma dos que preferem jogos equilibrados. Ou melhor, acredito que "equilíbrio" não seja exatamente a palavra correta, pois ela carrega um sentido de forças opostas se anulando num determinado ponto e não é assim que vejo um jogo/sistema de RPG. Eu gosto de jogos "justos" (na falta de um termo melhor), isto é, que ofereça igualmente aos jogadores, independente dos elementos que tenham escolhido, a capacidade de resolução dos conflitos sugeridos pelo sistema. Um dos pontos que gostei na 4e foi esse: não importa a classe com a qual irei jogar, ela irá de uma maneira ou de outra, cumprir o que ela se propôs a fazer. Causar dano? Bárbaro, Ladino ou Feiticeiro; gerir recursos? Clérigo, Warlord (recuso a tradução do Telles), Bardo; controle de campo? Mago, Druida. Elas têm seu nicho (ou papel), mas muito mais importante do que isso, elas podem cumpri-lo sem problemas e independente da ideologia/visão dos designers/mestre/autores sobre magia, universo da história, etc.

Por que no fundo, DnD é isso: um punhado de tropos culturais filtrados pela visão dos autores do jogo. Conjuradores complexos e superiores ao mundano (que é relegado ao simples), empoderamento do Mestre, simulacionismo mambembe. Esse é o "espírito DnD". Não tem muito o que consertar aí. É mais estar disposto a se divertir com esse "espírito".

(Obviamente, a medida que um RPG cria seu nicho, ou enfoque, ele cria também seu "Zeit". Veja, ter um "espírito" pra chamar de seu não é o problema. O problema, na minha visão, é querer encaixar todas as experiências num único jogo -- ou melhor, num jogo já existente e que não foi concebido para isso)

ON/OFF

"Ah, o clérigo tentou invadir a sala dando chutes na porta. Por falhar num teste de força, ele não conseguiu. Isso demonstra como a classe é equilibrada com o guerreiro" (que implicitamente é mais "forte" que o clérigo e provavelmente teria sucesso).

Não creio que isso, ou melhor dizendo, somente a experiencia de jogo, faça dele um sistema"justo"/equilibrado ou não. É importante ter mente a diferença entre conhecimento de usuário e proposta de sistema. Ambos são compatíveis, coexistem e podem ser perfeitamente divertidos. Mas isso não quer dizer que são a mesma coisa. A subutilização de opções (ou falta da real noção de opções) não implica na solução dos problemas inerentes do sistema. Talvez o mascare, mas não resolve -- de novo, pode ser divertido e pro seu grupo funcionar tranquilamente. Mas é somente a sua experiência.

Sabe porque eu falo disso? Porque quando abrir uma mesa de DnD 5e pro meu grupo, por exemplo, eu sei que 90% deles serão conjuradores. Assim como se fossemos jogar 3.X. Ou Pathfinder. Ou outro sistema que apresente opções mecanicamente superiores a outras sem justificativa/contrapartida nenhuma além do "lulz, magia > tudo".

(E por favor, não me venham com a falácia do Roleplayer vs. Rollplayer [ou antigamente conhecida como falácia Stormwind], que basicamente refuta a ideia de que otimização e interpretação são mutuamente excludentes).

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #163 Online: Fevereiro 06, 2015, 07:47:57 pm »
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Eu gosto de jogos "justos"

Tá ai, gostei dessa definição  :)
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Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #164 Online: Fevereiro 07, 2015, 12:05:33 pm »
Para acrescentar ao debate, esse texto do Diogo Nogueira do blog Pontos de Experiência:

http://www.pontosdeexperiencia.com.br/2012/05/equilibrio-mecanico-e-equilibrio.html

Equilíbrio Mecânico e Equilíbrio Narrativo

Não há dúvidas que as regras para RPGs evoluíram muito desde os primeiros jogos. Há jogos, agora, que conseguem prever quase qualquer ação que um jogador possa pensar em suas regras e ter uma resposta pronta no seu grande manual para o que rolar, qual o efeito e qual a penalidade. O sistema é feito de uma equilibrada, justa, bem calculado para garantir que todos tenham as mesmas chances de brilhar e ter personagens no mesmo nível de habilidades. Os encontros e aventuras são preparados de forma a oferecer sempre desafios superáveis, mas quase nunca algo que os personagens não consigam enfrentar. Tudo isso feito para garantir a diversão, para que ninguém se sinta injustiçado, para todos saírem ganhando. Mas será que isso funciona mesmo? Ou melhor, será que isso é verdade para todo mundo?

Primeiramente, o sentido de evolução que usei inicialmente não se traduz, necessariamente, em melhora, mas sim em mudanças e desdobramentos. A questão de se um sistema é melhor do que o outro vai depender de um julgamento pessoal sobre o que cada um deseja do jogo e até mesmo do momento e é uma discussão interessante de se ter, mas não é a que gostaria de instigar neste momento.

Falando sobre o aspecto da necessidade de equilíbrio mecânico e igualdade de chances para os personagens, a mesma também é vista diferente dependendo dos jogadores e do estilo de jogo pretendido. Sem contar que o que um entende como equilíbrio pode não ser a mesma coisa que outra pessoa entende. Alguns jogos tendem a ter um equilíbrio mais mecânico e outro mais narrativo. Essa é uma definição que eu pensei e não está escrita em pedra, é apenas algo que andei pensando, fruto de reflexões pessoais sobre os jogos que já joguei e li.

O que eu quero dizer é que em alguns sistemas o equilíbrio é garantido em quase todas as esferas do jogo. Os personagens são feitos através de sistemas de compra por pontos, possuem os mesmos valores de atributos, todos tem papel importante no combate, exploração e outras facetas do jogo para ninguém se sentir desfavorecido em momento algum. As regras estão ali para tentar garantir a diversão dizendo que todos são úteis em todos os momentos. Já em outros jogos, isso não acontece. O equilíbrio é visto de outra forma. As vezes um tipo de personagem tem funções muito específicas e tem pouca ou média utilidade em outras áreas. Alguns personagens começam mais fracos do que outros e precisam da proteção destes, mas ao longo do tempo e várias aventuras vão se tornando bastante poderosos e valiosos para o grupo, embora ainda possuam fraquezas. Um exemplo desse tipo de jogo é o antigo Dungeons & Dragons. Nos combates, o personagem que brilhava eram os guerreiros, na exploração, os ladrões, e os Magos e Clérigos tinham funções específicas e brilhavam no seu momento único, nenhum deles tendo habilidades em todas as áreas. O equilíbrio se dava em ambientes diferentes e dependia de uma aventura que dessa abertura para que cada um demonstrasse o que possuía de melhor. Um exemplo recente desse tipo de equilíbrio é o Marvel Heroic Roleplaying. Os personagens não são construídos de forma a serem equilibrados e de poder equivalente. Cada um tem características únicas e seu momento de brilhar, sem esperar que seja capaz de lidar com qualquer situação.

Além desse equilíbrio mecânico, há o que eu acabei por chamar de equilíbrio narrativo. Aquele que não é, e nem tenta ser, assegurado pelas regras. Ele depende de uma estória bem planejada, de desafios feitos para que cada personagem, não importando a discrepância de níveis e poderes, possam mostrar seu valor ao grupo. Assim, mesmo que um personagem possua mais pontos, ou atributos melhores, ou mais níveis que outro, ele ainda terá fraquezas e o outro ainda terá qualidades, qualidades estas que devem ser necessárias na aventura para que ele possa brilhar também.

Recentemente, joguei uma aventura de Shadowrun 4ª Edição e meu personagem e o de outro jogador eram garotos de 16 anos, bem mais fracos que os outros personagens da mesa (um Troll mercenário, um Elfo Samurai Urbano, e um Anão repórter revolucionário). Mas nosso papel na aventura era muito importante. Meu personagem era uma negação em qualquer coisa que não fosse ligada com computadores, mas, no caso de Shadowrun, isso já basta para ser um personagem bastante útil e capaz de salvar até um Troll que resiste a rajadas de metralhadoras. O personagem do meu amigo era um garoto com uma habilidade de aprendizado inacreditável. Ele era capaz de aprender coisas apenas de ver alguém executando uma tarefa. Eramos fracos, mas com potencial para brilhar em momentos importantes de jogo e não nos sentimos prejudicados. Aliás, foi muito divertido pensar em como escapar das diversas situações perigosas que o meu gordinho nerd se metia.


Esse tipo de equilíbrio, aquele que não é forçado pelas regras, na minha opinião, é o mais interessante de todos. Ele parece menos artificial, tem um potencial narrativo maior já que os personagens são diferentes e tem habilidades em níveis distintos. A sensação que um jogador tem de realizar um feito que ajuda o grupo e a história com um personagem "inferior" é muito satisfatória também. Essa superação, quase que pessoal, trás um experiencia diferente para a mesa. Aliás, em muitas estórias, das quais os RPGs se baseiam, os personagens são de níveis e poderes totalmente distintos, mas cada um com algo a contribuir para o sucesso da empreitada. Vide Senhor dos Anéis, Guerra nas Estrelas e, mais recentemente, Vingadores. Cada um tinha algo diferente a oferecer que, no final, fez a diferença. Nem todos eram igualmente fortes em combate, ou igualmente inteligentes ou igualmente capazes em outras áreas, o equilíbrio se deu ao papel que cada um teve na história.

Um dos temas literários muito explorado e que caberia perfeitamente em uma mesa de RPG em que o equilíbrio mecânico não tenha tanta importância é o do herói ingênuo, que começa como um inferior aos seus companheiros, muitas vezes tem sua capacidade questionada por esses, e, ao longo da saga, vai mostrando seu valor até se tornar um dos membros mais importantes do grupo. Outras possibilidades de estórias envolvendo um grupo desigual existem e podem trazer um nova maneira de jogar, interessante, diferente e com um potencial narrativo muito grande.

É claro que esse tipo de jogo não irá agradar a todos. Algumas pessoas preferem ter certeza que todos possuem o mesmo nível de poder, seja para evitar abusos, seja para não querer sentir que está "perdendo" no jogo ou por outro motivo. Eu, particularmente, dava bastante importância a este aspecto dos sistemas até conhecer outros jogos, tanto mais antigos como mais recentes, como os primeiros D&D, Marvel Heroic Roleplaying, The One Ring, Tales of the Space Princess e, recentemente, essa partida de Shadowrun. Agora, minha preocupação não é quanto a isso, mas sim em como dar uma chance para cada personagem ter um papel importante na história, independente de seus atributos, níveis e quantidade de talentos. Esse contraste de personagens pode ser usado de maneira a dar ótimos momentos de "roleplay", se as pessoas jogando conseguirem não se ater ao lado puramente mecânico do jogo.

E você? O quão importante é o equilíbrio no seu jogo? O equilíbrio mecânico é algo que considera essencial ou não? Já jogou algum jogo em que os personagens estavam desequilibrados mecanicamente? Como foi a experiência?

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #165 Online: Fevereiro 07, 2015, 12:28:32 pm »
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E você? O quão importante é o equilíbrio no seu jogo? O equilíbrio mecânico é algo que considera essencial ou não? Já jogou algum jogo em que os personagens estavam desequilibrados mecanicamente? Como foi a experiência?

Falando por mim: Eu comecei no rpg com d&d 3e, meu primeiro personagem foi um meio orc bárbaro chamado russel. No começo eu estava super animado, eu ia ser um bárbaro chutando bundas a torto e a direito ! mas conforme o jogo ia avançando eu percebi que o mago e o clérigo faziam varias coisas legais: causavam dano, colocavam o inimigo pra dormir, curavam os aliados, bufavam e etc, enquanto eu, o máximo que eu podia fazer era entrar em fúria e bater   

Dai esse personagem acabou morrendo e eu fiz um clérigo, e gostei muito mais ! depois disso se eu joguei com um combatente novamente na 3e foi no máximo umas duas vezes, e mesmo assim foi só após o lançamento do tome of battle
« Última modificação: Fevereiro 08, 2015, 08:28:37 am por Sirus »
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Offline Smaug

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #166 Online: Fevereiro 07, 2015, 01:04:01 pm »
Bom, primeiro, na frase:
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Nos combates, o personagem que brilhava eram os guerreiros, na exploração, os ladrões, e os Magos e Clérigos tinham funções específicas e brilhavam no seu momento único, nenhum deles tendo habilidades em todas as áreas.
Faltou um "Inicialmente" antes de "no combate".

Mas achei que os dois exemplos dele foram muito parecidos, ambos falam de personagens que mecanicamente possuem fraquezas e pontos fortes que os fazem brilhar. Eu esperava um exemplo de história bem planejada que fazia um personagem relativamente mais fraco mecanicamente se torna "equilibrado" através da narrativa sem soar artificial ou forçado ou um episódio solo do Sokka. Eu consigo ver o contrário, personagens que, pelo lado narrativo possuem desvantagens, como os impuros de lobisomem, se tornando atraentes por possuírem vantagens mecânicas.
Para mim soa muito mais artificial eu ter um encontro onde um conjurador invoca meia dúzia de monstros mais fracos só pros personagens fracos lutarem, enquanto os adultos resolvem a briga de verdade.
Nos exemplos que ele deu sobre equilíbrio narrativo, todos caem no fim na necessidade do sistema conceder uma evolução mecânica ao personagem, contrariando o que ele falou de estar desatrelado a regra. O personagem que aprendia rápido só de ver alguém fazendo, tinha uma mecânica que permitia ele a fazer. O aventureiro fraco que mostra o valor ao grupo só pode fazer isso se o sistema permitir. Tenta ser o meio-elfo monge fraco e ingênuo que mostra valor ao grupo na 3.x. Dai vem o argumento: "ah, mas dai é rolleplay, né? O mestre tem que por os desafios certos e fazer o momento do monge que só desvia uma flecha e acerta um ataque brilhar." Só que isso vai ser mais artificial do que um sistema mecanicamente equilibrado ou justo, como alguns preferem (do que eu li até o momento a 5e me parece esse sistema, embora ela me pareça mais justa pra alguns do que para outros, como o monge).
Um sistema justo é o sistema em que os desafios já são mecanicamente preparados para suportar a variedade do grupo. Eles veem naturalmente quando você prepara a aventura e o mestre não tem de ficar fazendo avaliação de planilha de personagem para descobrir pontos fortes e fracos de cada um e fazer um encontro.
Eu tenho pouca experiência com sistemas puramente narrativistas como FATE ou Smallville.  Mas as leis de narração da jornada do herói, do protagonista que encontra seu lugar no mundo etc, funciona bem em livros e filmes porque, primeiro que ambos tem claramente um protagonista, ele é o principal, a história basicamente gira em torno dele. E segundo que em filmes os outros atores estão sendo pagos. E me diga quantos filmes e livros que utilizam dela não soam artificiais porque em algum momento as regras tiveram de ser dobradas para que o personagem ingênuo e fracote crescesse. O outro lado é que o personagem ingênuo e fracote seja o Snarf/Sokka/alivio cômico/mascote do grupo e dai rola o episódio que ele se separa do grupo e precisa provar seu valor. Mais artificial que isso só se partir pro plot armor.

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Agora, minha preocupação não é quanto a isso, mas sim em como dar uma chance para cada personagem ter um papel importante na história, independente de seus atributos, níveis e quantidade de talentos.
Nesse ponto, eu acho que surge uma confusão aqui. O que significa ser importante para a história? Ajudar a resolver desafios, o foco do tópico é justamente como propor desafios para o grupo. Ou fazer a história andar de modo legal? Isso vai levar a outra pergunta, quanto poder o sistema dá para os jogadores influenciarem na história? Em D&D 4e, dando um exemplo de sistema equilibrado, isso poderia se traduzir como o personagem que no golpe que zerou os PVs do vilão declarou que não estava usando um golpe letal (uma mecânica do sistema), o vilão foi derrotado, mas não morto. Ele  voltará? Será um aliado ou inimigo? No entanto, D&D 4e não é um sistema narrativista, existem outros em que a narração e o destino do vilão são compartilhados entre o mestre e os jogadores, todo mundo opina e guia a história. E ainda sim esse sistema precisa de uma mecânica pra isso. Mago a ascensão é um jogo que sem querer jogou poder suficiente na mão dos jogadores para que eles pudessem destruir ou elevar uma crônica a ponto de precisar de um texto de um dos autores dizendo: por favor, pense na história antes de tudo (Transformando Vampiros em Cadeira de Jardim e outras Obras de Alta Mágika, está no livro das sombras).

Respondendo as ultimas perguntas: o equilíbrio é importante no meu jogo, se o jogo é narrativista isso significa que todo mundo tem de ter o mesmo poder de influenciar a narrativa. Então respondendo a segunda pergunta: o equilíbrio mecânico sempre é importante, afinal de contas é um jogo. Já joguei rpgs desequilibrados e foi uma porcaria.
This happens all the time. No matter how epic the battle, once begun, the thing sounds more or less like a bingo game: People shout out numbers and other people get excited about them.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #167 Online: Fevereiro 07, 2015, 11:40:40 pm »
Blog do Pontos de Experiência não, por favor. O cara vivia fazendo umas curvas na lógica pra conseguir justificar seus argumentos. O blog dele é um dos poucos blogs que eu não leio entre os brasileiros, por causa de uns saltos de raciocínio enormes e alguns momentos de clara falta de conhecimento sobre o que ele está falando, seja sobre design de jogos ou matemática.

Como quando eu tive que explicar pra ele porque Marvel RPG tem sim um sistema com um bom equilíbrio, apesar de usar dados de tamanhos diferentes pros personagens.
Lido esse ano:
Feng Shui, Wu Xing, Blowing Up Hong Kong, MHRPG Civil War: X-Men, Shadows of Esteren, Dungeon World, 13th Age (Draft), Night's Black Agents, Pendragon 5.1, Legends of Anglerre, Hollowpoint, Planescape (caixa básica), Monsterhearts, Werewolf: DA, Player's Handbook Races: Tieflings, Apocalypse (WtA), Dragon Magazine Annual Volume 1
Atualmente lendo:
Dresden Files (FATE), Fantasy Craft, Mage 2e, In Nomine
Na fila:
REIGN, MHRPG: Annihilation, GoT RPG

Offline Pepilegal

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #168 Online: Fevereiro 09, 2015, 02:23:02 pm »
Cara, tu pode não gostar do blog como um todo, mas eu achei bom o texto e que ele poderia contribuir pro debate, já que até do Aquaman falamos.
De minha parte mantém a mesma opinião: diversão em primeiro lugar. Estamos cada vez mais se divertindo com o novo D&D, um bando de tiozões que estão viciados de novo num jogo como eram a 18 anos atrás.
[]s pepi

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #169 Online: Fevereiro 25, 2015, 11:44:44 am »
Fazendo um necropost.

Uma resposta que eu costumava ouvir muito quando reclamava da superioridade dos casters sobre os não casters e que o mestre pode "equilibrar" as coisas colocando desafios com criaturas imunes a magia (golems) ou criaturas/lugares com campo antimagia/zonas de magia morta.

Mas eu sempre achei essa uma solução muito preguiçosa ! isso não é equilibrar as coisas, é perseguir o jogador que tá com caster. você vai botar coisa assim em tudo que é encontro para que os não casters possam TENTAR  fazer algo ? O que no final das contas acaba sendo um tiro pela culatra, por que eles também são dependentes das magias dos casters

« Última modificação: Fevereiro 26, 2015, 08:28:09 am por Sirus »
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Offline kinn

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #170 Online: Fevereiro 25, 2015, 12:03:23 pm »
E dos itens mágicos usado para vencer os desafios...
Pesquisas provam:
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Offline Barão Nemo

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Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #171 Online: Fevereiro 25, 2015, 02:25:59 pm »
Sim, é incrivelmente irritante quando o desafio padrão de um jogo envolve nulificar as habilidades principais do seu personagem, como um jogo onde você é o super-homem e todos os bandidos estão armados com kriptonita, ou um jogo onde todos os inimigos que meu homem-lesma enfrenta são elementais do plano de sal.

Ainda acredito que ferramentas como estas tem grande utilidade na construção de encontros, mas elas não devem ser utilizadas para anular totalmente um personagem, mas limitar algumas capacidades dele para que ele tente estratégias novas*.

O golem é o mais fácil de usar (e outros inimigos imunes á magia). Em um combate que inclua inimigos além do golem, o mago pode concentrar suas magias nos outros enquanto outros personagens batem no homem-de-barro. E pelo o que eu entendo, vários feitiços ainda podem ser usados indiretamente com a criatura, como invocar lacaios próprios ou a gaiola-de-força.

O campo de anti-magia... Eu realmente não faço ideia de como esta coisa funciona. Desculpe.

*Estas limitações também não devem ser usadas constantemente, ou as estratégias novas simplesmente se tornam o novo padrão.

Re:Criando desafios para grupos desequilibrados.
« Resposta #172 Online: Fevereiro 25, 2015, 05:35:42 pm »
Apenas para manter o espírito da discussão: