A pedido do Youkai X e desculpe, publicano, mas eu não me simpatizo muito com Xoriat e os Daelkyr. É um Post Duplo, mas creio que posso ser perdoado por isso. ;)
A história dos ElfosSe você joga a 4e, eu estou restringindo esse artigo aos Elfos, não incluindo Eladrins. Okay, não vou mentir, mesmo que eu adore Eladrins e Eberron, o casamento de ambos foi horrendo. Também não vou tocar muito nos Drows, para isso veja
o Ask the Dreaming Dark, escrito pelo próprio Keith Baker.
A origem dos elfos é relativamente simples, eles são imigrantes do plano de Thelanis (O Lar das Fadas) que estão a tanto tempo em Eberron que perderam boa parte dos laços feéricos, salvo por alguns druidas da ordem dos Greensingers. O que fez os Elfos ficaram a tanto tempo em Eberron? Eles eram escravos dos impérios gigantes que existiam no continente de Xen'Drik, há milênios atrás, e aprenderam magia arcana com tais criaturas.
O glorioso passado dos Elfos - Versão EberronianaInvasores do plano de Dal Quor (parecidos com os Quori de outro texto acima, mas esses eram de outro Ciclo dos Sonhos) passaram a ameaçar os Gigantes, que recorrem a uma série de poderosos feitiços para se livrar deles, mas a custos imensos, que enfraqueceram não só os próprios gigantes como amaldiçoaram essa raça. Começa aqui o declínio dos gigantes, e após 10 milênios, os gigantes alcançam tal ponto que os elfos aproveitaram a situação para iniciar guerras por sua libertação. Por anos conflitos ferozes ocorriam, mas os gigantes não cairiam tão fácil. Até que um visionário, Aeren, surgiu em meio aos elfos, predizendo um imenso cataclisma mágico ocorreria em Xen’Drik e que os elfos deveria navegar para além dessas terras.
Shae Mordai - Cidade sagrada dos Elfos. Note as influências da arquitetura gigante nos trabalhos élficosAeren estava correto e tal cataclismo ocorreu (embora seja mais complexo aqui, mas não entrarei nessa história), onde os Elfos, livres graças predição de seu profeta, navegam em direção ao seu novo lar, uma série de ilhas tropicais intimamente ligadas ao plano de energia positiva, Irian. Diversas grupos élficos acompanham Aeren nessa jornada.
Nesse lugar, pouco após de aportar, Aeren morre e separações entre seus seguidores ocorrerão nessa ilha ao longo do tempo. O que escrevo aqui são as linhas gerais do que diferem os membros povo élfico. Lembre-se que todas
essas diferenças são culturais, não sub-raças , como ocorrem em outros cenários de RPG. Eu não estou mantendo uma linha cronológica estrita, embora tente deixar tais grupos de acordo com sua ordem de estabelecimento.
Nessa imagem, Elfos de Aeranal. Da direita para a esquerda, um Imortal Guerreiro (Undying Warrior), uma membra da Vigília da Morte (Deathguard) e um Sacerdote da Transição (Priest of Transition).• Elfos que seguiam a ideia de que o futuro de sua raça estava no estudo místico e no conhecimento arcano e religioso nomearam Aerani, e deles surge a tradição de não só respeitar e honrar seus ancestrais, mas também imortalizá-los pelo uso de magia necromântica e rituais poderosos, criando os primeiros Imortais (Deathless). Com o tempo, esse grupo será predominante em Aeranal, e a devocão aos ancestrais atinge tal ponto que surgirá a Corte Imortal (Undying Court), cuja força conjunta é grande a ponto de proteger os elfos na ilha de Aeranal de ataques dracônicos. Esses são os
Elfos de Aeranal.Nessa imagem, também Elfos de Aeranal e um Babuíno, animal sagrado para os Elfos.• Outro grupo também se desenvolve em Aeranal, aqueles que honram seus ancestrais emulando os feitos dos matadores de gigantes e dragões em Xen’Drik, aqueles que empunharam armas pela primeira vez para se levantar contra a opressão. Tais guerreiros respeitam e honram os Imortais, mas preferem uma devoção mais ativa, através de de feitos e demonstrações. Esses são os
Elfos Tairnadal, que também habitam a Ilha de Aeranal, especialmente em suas estepes. Modernamente, essa cultura está em certo declínio em Aeranal, mas cresce muito com um secto mais novo, detalhado abaixo, os Valenar (ou Valaes Tairn).
Uma boa representação de um grupo de guerra Tairnadal.• Alternativa à necromancia positiva praticada pela Corte Imortal, existem as culturas
Qabalrin. Eles já existiam antes da fuga de Xen’Drik e praticavam a necromancia negativa, fazendo surgir os (talvez) primeiros vampiros e liches. Tal cultura durou pouco, mas ressurgiu em Aeranal por meio da
Linhagem de Vol. Essa família de elfos, nascida com a Marca da Morte (Dragonmark of Death – notem que é dedicada à morte, não aos mortos-vivos. Isso é um detalhe importante) passou a praticar também necromancia negativa e a trabalhar em conjunto com dragões, ao ponto que deram origem a meio-dragões por meio da união com o dragão Garra Esmeralda (Emerald Claw). Um desse meio-dragões foi a jovem Erandis d’Vol, uma talentosa maga, a única sobrevivente de sua casa graças a um ritual que a transformou em uma lich. Por que ela é a única? Porque os atos da Linhagem de Vol desagradaram tanto a Elfos quanto Dragões (lembre-se, ambos estão em um conflito desde que a Corte Imortal surgiu) que eles se uniram para extirpar essa linhagem.
Tradução: Qabalrin. E você achando que o Sangue de Vol (uma religião) era assustadora.• Assim como a Linhagem de Vol tinha a Marca da Morte, Elfos em Aeranal nasceram com a Marca das Sombras . Tais Elfos eram os
Phiarlan, um grupo que também antecedia a fuga de Xen’Drik, exercendo o papel de diplomatas, e negociadores entre diferentes sectos élficos. Contudo, quando passaram a manifestar a Marca das Sombras em Aeranal, tais elfos perderam a confiança que tinham da Corte Imortal e vendo o que ocorreu com a Linhagem de Vol, os Phiarlan abandonam Aeranal e passam a viver em Khorvaire, que estava sendo dominada por humanos nesse período.
Em Khorvaire, esses elfos darão origem a
Casa Phiarlan, que sofrerá uma cisão recente dando origem à
Casa Thuranni. Também da união de alguns elfos com humanos ou vivendo entre humanos, surgirá outro grupo élfico, que será o último a ser explanado.
Casa Phiarlan - uma rede de inteligência e espionagem camuflada de artistas e diletantes• Assim como os Phiarlan fugiram para Khorvaire, outro grupo de Elfos esteve lá bem antes antes. Um grupo de Elfos Tairnadal chamado
Valaes Tairn saiu de Aeranal para colonizar Khorvaire, convivendo em um difícil equilíbrio com os goblinóides descendentes de Dhakaan e os Orcs da cultura Gatekeepers (isso mesmo, os “Grandes Impérios do Passado” de Khorvaire são dessas raças),as vezes em guerras, as vezes em difícil paz. Contudo, a colonização de Valenar (as terras dos Valaes Tairn) acabou quando uma revoada de dragões ameaçou Aeranal, e os elfos de Valenar retornaram para lá. Nem todos eles, claro. Assim como os Elfos Phiarlan que viriam depois para Khorvaire, alguns elfos desse grupo continuaram a morar nessas terras, integrando-se como humanos e outras raças.
Os planos dos Valaes Tairn de retornar à Khorvaire, porém, não acabaram ali. Por gerações, eles esperaram por uma chance, e isso ocorreu durante a Última Guerra (Last War). Nesse períodos, diversos elfos Valenar e Tairnadal foram para Khorvaire lutar na última guerra, como mercenários a serviço de Cyre (notavelmente). Mas seu número e poder foram tamanhos que ao redor de 950, os elfos se reúnem nas antigas terras de
Valenar e proclamam que agora governam tais terras e são seus donos. Tal declaração não foi muito bem aceita, mas Cyre estava enfraquecida e poucas nações tinham coragem de se dedicar a atacar a nova nação de Valenar. Hoje, em 998 Y.K., a Última Guerra acabou, mas os Valenar não são muito fieis a essa ideia – eles continuam atacando em bandos as fronteiras de outras nações, sonhando com uma nova oportunidade de derrotarem outros povos e dominarem Khorvaire.
Elfos de Valenar - Provando que o papel de Horda Violenta nem sempre cabe aos Orcs• Por fim, essa não é apenas uma cultura élfica. Em Khorvaire, a união entre elfos e humanos é de longa data, com uniões entre Phiarlan, Valaes Tairn e outros grupos de elfos com humanos, dando origem aos Meio-Elfos. Contudo, ao contrário da maioria dos cenários de RPG, ser chamado de Meio-Elfo é um insulto, porque a maioria deles forma uma raça estável, nascidos modernamente mais da união entre meio-elfos do que entre elfos e homens. Como os humanos originalmente vem de Sarlona e os Elfos de Xen'Drik, os meio-elfos vêem-se como uma nova raça, que nasceu e cresceu em uma nova terra, Khorvaire, e por isso seu nome deriva desse continente. Os elfos urbanos, alguns humanos e a maioria extrema de meio-elfos denominam-se de
Khoravar. Dentre os Khoravar, destacam-se duas Casas, ambas possuindo Marcas. Tais casas possuem a Marca da Tempestade (a Casa Lyrandar) e Marca da Detecção (a Casa Medani) - que são vistas como "líderes espirituais" desse grupo cosmopolitano, recente e "moderno".
Um grupo de KhoravarElfos de Khorvaire - Nem sempre tradição é uma boa ideia quando se tem graça e elegânciaEland d'Thuranni - Mafioso e Assassino que liderou um massacre contra uma família toda e fundou a Casa Thuranni. O rosto perfeito do Elfo moderno