Autor Tópico: O limite entre o fantástico e o mágico  (Lida 34427 vezes)

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Offline Smaug

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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #75 Online: Maio 14, 2012, 10:36:26 pm »
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Acho que no meu caso é melhor torcer para que os conjuradores sejam bem menos poderosos e que os marciais ganhem algumas habilidades legais, mas mundanas.
Amém, cara. Amém.  :aham:
This happens all the time. No matter how epic the battle, once begun, the thing sounds more or less like a bingo game: People shout out numbers and other people get excited about them.

Offline kinn

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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #76 Online: Maio 14, 2012, 10:41:14 pm »
Sou plenamente a favor da visão do Smaug, mas o que vimos na 4E nem foi tão exagerado assim.
As classes marciais épicas tem poderes excepcionais, que forçam as leis da física, mas não as quebram...
Pesquisas provam:
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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #77 Online: Maio 14, 2012, 10:45:12 pm »
então me diga qual é a "identidade D&D" e por que essa visão do conan não condiz com ela  :)

Porque Conan já foi ladrão, guerreiro, pirata, nômade, rei, etc. coisa que o sistema de nichos de D&D não acomoda bem.

Veja "Bárbaros da Lemúria" para um sistema que acomoda personagens do tipo Conan.
The traditional playstyle is, above all else, the style of playing all games the same way, supported by the ambiguity and lack of procedure in the traditional game text. - Eero Tuovinen

Offline Lumine Miyavi

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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #78 Online: Maio 14, 2012, 10:46:25 pm »
Eu... eu simplesmente não consigo entender o porque dessa aceitação de "se é magia, então tudo bem".

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Offline Skar

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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #79 Online: Maio 14, 2012, 10:52:35 pm »
É dando meus meros dois centavos;

Cara todas as fantasias que foram citadas:

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Conan, Guerra dos Tronos, Senhor dos Anéis, Black Company, Bernard Cornwell, Trilogia do Vale do Vento Gélido...

Só existem personagens marciais praticamente. Elas estão muito mais ligadas ao comum e mundano, não é o tipo onde vc teria heróis lutando contra monstros. Acho até que é difícil emular essas aventuras muito além do terceiro nível. A mortalidade é alta e o heroísmo é baixo, no sentido de ninguém faz coisas dignas de filmes.

D&D é sobre heróis que lutam contra o mal que assombra a realidade. Estão desassociados do comum, eles partem do pressupostos que eles SÃO melhores. Só ue o sistema não traduz isso. Afinal temos na 3x a verdade de um guerreiro morrer para um machadada de um orc, por mero azar nos dados. Na 4e temos o nulo suporte para qualquer coisa fora do combate. Quer dizer como eles são melhores mesmo?

Quando eu jogo. Quero meu guerreiro seja um Caramon e os outros diversos herois que foram criados no universo de Dragonlance. Ramsês que vai com biga e tudo e bota pra correr um exercito. Quero que meu mago seja um Harry Dresden, forte pra caramba mais que sozinho só conseguiria ser morto. Não um Rastlin que desafia os deuses e liga um senta lá claúdia para o resto do grupo.

Eu quero o que D&D deveria ser desde do inico um jogo com foco no grupo e não no estrelato de um jogador. Se for pra isso eu jogo NWoD XD
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Offline Vincer

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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #80 Online: Maio 14, 2012, 10:53:39 pm »
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É isso que eu acho que deve ser o combate de guerreiros épicos.

Dead Fantasy 1 e 2

O vídeo começa no paragon tier e vira épico quando elas lutam em queda livre
Gente, épico não significa isso.
O máximo que costumo gostar é o que acontece no começo do vídeo. Depois daquilo eu até me divirto mas enjôo... até mesmo jogando supers eu prefiro tiers menores, ser foda demais me tira o tesão, diverte um pouco mas logo perde a graça.

No sério, esse debate todo é(desculpem-me o termo) tudo viadagem.

Sério, só colocar as 'duas' opções. Quem quiser algo mais 'chi' que pegue, quem não quiser não pega, narrador que ache que algo não combina com seu cenário veta... nada mais natural. Melhor solução indiscutivelmente. É tão raro eu poder falar isso...

Falando em gostos pessoais eu acho sem graça alguns exemplos aqui(como o pegar uma torre e jogar) e desnecessários sinceramente. Eu fico meio desapontado com o vício ou falta de imaginação de muita gente em só imaginar coisas fodas assim com descrições absurdas; Quase todos os exemplos dados dá para usar um fluff menos 'supers' que eu acho muito mais bacana porque parece ainda mais badass e 'na raça' do que aparentar ser algo tão sobrehumano. Esse tipo de abordagem seria um bom 'terreno neutro' para talentos ou o que seja de alto nível, para quem for mais 'conservador', e o resto serem opções mais fantásticas e tal. Só equilibrar('só').

Offline kinn

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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #81 Online: Maio 14, 2012, 11:59:19 pm »
Vincer, mas estou falando de épico.

No nível épico (3.5), o mago pode por exemplo conjurar uma nevasca que arrasa uma cidade.
Ou familicídio que na Order of the Stick foi usada para exterminar toda a genealogia de uma dragonesa...
E o guerreiro faz... bem... com sorte as perícias épicas...

Na 4e as classes marciais são bem comedidas (até os casters o são pois o sistema é equilibrado) mas ainda são seres épicos fantásticos, capazes de vencer deuses. Nos rituaism se não me engano tem um épico que faz de uma larga faixa de terra virar uma ilha voadora. Magos épicos do 4e são bem mais modestos...

E não sei que esculhambação é essa de que o sistema só funciona no combate. Parecendo até que as outras edições do D&D eram primorosas nas suas regras de interpretação e afins...

Não gostam de épico? Ok. Eu pessoalmente gosto e acho os efeitos do vídeo o máximo e daria a mesma chance na mesa dos marciais de terem sua chance de brilhar como fazem os casters.

Me esforcei na minha mesa 3.5 mas ainda a disparidade foi grande.
Na 4e não tive problemas. Por isso adorei o sistema.
Pesquisas provam:
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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #82 Online: Maio 15, 2012, 12:13:25 am »
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Acho que no meu caso é melhor torcer para que os conjuradores sejam bem menos poderosos e que os marciais ganhem algumas habilidades legais, mas mundanas.
Amém, cara. Amém.  :aham:

Tem uma maneira de deixar equilibrado os dois lados, com magos refazendo a realidade através da magia e os guerreiros fazendo coisinhas comuns com suas armas.

Muda o equilíbrio de 'intra' para 'extra e intra' cenário. Explicando melhor:
D&D sempre segue o raciocínio que qualquer habilidade dos personagens deve ter alguma justificativa dentro do cenário e que essa justificativa deve ser visível. Pvs? Habilidade de evitar golpes, resistir a ferimentos, esquivas, etc. Magos sofrendo penalidade por usar armadura? Eles precisam ter o corpo livre para poder fazer os gestos complicados que envolvem usar a magia. Assim vai. É algo bem simulacionista, aliás.
Então a maioria das habilidades têm que existir e serem equilibradas dentro do cenário. O mago e o guerreiro tem que ser equilibrados dentro da ambientação.

Mas esse é um pensamento antiquado. Existem outras formas de fazer isso. Hoje em dia tem muitos RPGs que dão ferramentas para o jogador (e não o personagem) gerar alterações no cenário para favorecer seu personagem ou criar algo interessante.

Imaginando uma cena comum em histórias de fantasia. Guerreiro vai enfrentar criatura maligna que precisa de uma arma especial para ser ferida, mas o personagem está sem nenhuma arma que atende as condições necessárias. Como estar enfrentando um lobisomem sem ter uma arma de prata. Começa a luta. O personagem é jogado pra um lado, jogado pra outro... e então ele cai próximo de algo que pode ser usado como arma. Um candelabro de prata, uma faca de prata, o que for. Ele usa a arma para vencer a criatura.

Erroneamente muitos jogadores de RPG iriam ler isso e pensar

'Viu como o guerreiro foi esperto, ele usou o candelabro de prata que encontrou no chão por acidente para vencer o lobisomem. É assim que você consegue ser útil ao lado de um mago que faz tudo, você precisa ser inteligente!'

Isso não é inteligência, isso é manipulação da trama. Quando um autor faz uma cena dessas, ele tem controle sobre os acontecimentos e pode moldar os detalhes da cena de forma a fazer com que o herói possa ser bem sucedido.

Se a única forma que os jogadores tem de alterar detalhes da cena é através das ações dos personagens, eles não tem a mesma a capacidade de um autor (ou do personagem de sua história preferida) para lidar com os problemas.

Uma opção para manter os combatentes e os conjuradores equilibrados, era aumentar a capacidade dos jogadores do primeiro grupo em influenciarem as cenas através de recursos que existem fora da ambientação mas podem ser utilizados para modificar ela. O mais comum hoje em dia é ter um pool de pontos que você gasta para fazer essas coisas.

O guerreiro está sem uma arma de prata pra vencer o lobisomem, enquanto o mago está disparando um relâmpago atrás do outro? Beleza, o guerreiro encontra algo próximo que é de prata e serve como arma.

O mago está usando sua magia para tentar enfeitiçar um membro da guarda para conseguir informações? Certo, o guerreiro vai procurar um conhecido na guarda que possa passar informações. Afinal, ele serviu nessa cidade faz alguns anos, não é?

Não dá pra igualar as funções dos dois (não consigo uma maneira do guerreiro ter acesso a teleporte, por exemplo), mas nem é necessário. O importante é dar mais possibilidades para os combatentes contribuírem no jogo, sem serem ofuscados pelas magias. Imaginando essa opção do pool de pontos, um guerreiro poderia não conseguir simular um teleporte ou outros efeitos mais poderosos, mas poderia ter uma lista de possibilidades mais ampla e facilmente adaptável a diferentes situações do que uma lista de magias memorizadas para aquele dia pelo mago (ou aprendida pelo feiticeiro).

O sistema da Buffy e Angel RPG faz isso. Você tem os Champions, que são personagens com melhores atributos, perícias, vantagens, etc. E você tem os White Hats, que são pessoas mais comuns, mas que possuem um estoque de pontos de narrativa que podem utilizar para modificar a cena, sobreviver a situações ruins, etc.

Tem várias formas então de equilibrar, uma seria então equilibrar as classes de acordo com sua capacidade de utilizar recursos 'intra' e 'extra' a ambientação para influenciar na história. Conjuradores tem mais recursos 'intra', combatentes tem mais recursos 'extra'.

Essa é uma idéia antiga, Buffy RPG é de 2002. Agora a questão é se os designers 'vivo com a cabeça enfiada na terra' do DDN fariam algo assim pro sistema. Eu duvido bastante.
« Última modificação: Maio 15, 2012, 12:19:45 am por kimble »
Lido esse ano:
Feng Shui, Wu Xing, Blowing Up Hong Kong, MHRPG Civil War: X-Men, Shadows of Esteren, Dungeon World, 13th Age (Draft), Night's Black Agents, Pendragon 5.1, Legends of Anglerre, Hollowpoint, Planescape (caixa básica), Monsterhearts, Werewolf: DA, Player's Handbook Races: Tieflings, Apocalypse (WtA), Dragon Magazine Annual Volume 1
Atualmente lendo:
Dresden Files (FATE), Fantasy Craft, Mage 2e, In Nomine
Na fila:
REIGN, MHRPG: Annihilation, GoT RPG

Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #83 Online: Maio 15, 2012, 01:37:01 am »
Quando eu li isto eu sabia que você tava falando de Buffy RPG. Aquele sistema é lindo em matéria de narrativa.

Mas assim como você duvido muito que qualquer edição de D&D venha a ter narrativa compartilhada de qualquer espécie. Uma das maiores diversões de D&D é controle de recursos (poções, magias, cargas, poderes, etc), e narrativa compartilhada reduz muito este fator. Mas nada impede isto de sair em um módulo não-core. Quem sabe?
Vendo meus mangás
"O problema da internet é que nenhuma frase é creditada corretamente."
-Dom Pedro I

Offline crudebuster

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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #84 Online: Maio 15, 2012, 02:01:16 am »
Quebrar paradigmas enferrujados é mais difícil que cortar diamantes, kimble.

Eventualmente os conjuradores vão ser menos poderosos... Quando morcego doar sangue e saci cruzar as pernas.

Estou folheando aqui o Tome of Battle, desde aquela época parece que há um medo de agradar, pede quase que desculpas por misturar os gêneros de propósito, mas acho que isso resume a coisa bem:

Citar
"Tome of Battle isn't your parent's D&D -- It's bigger, bolder, and even more fantastic than ever before"

Agora, seis anos depois, o core está novamente a ser revisto, e elementos do ToB já incorporam o métier de D&D.

Monte Cook deixa a equipe.

Há uma possibilidade de SoulCaliburizar a coisa? Há. Pouca, mas há.

Acho que a simples menção de quebra de paradigmas já me anima pacas. Se em Sci-Fi, que é algo que eu gosto, vivem atropelando eles e aprendi a entender porque o futuro não é mais como era antigamente, porque não em D&D?

[...]Gente, épico não significa isso.[...]

Pode demonstrar exemplos do que é épico em sua opinião?

Estou curioso, pois andam usando essa palavra demais mesmo, até sanduíche de ovo com bacon é épico na boca de meia-dúzia, estão esvaziando o sentido por demais.

Referências são mínimas, quando não memes odiosos espalhados pelos cantos mais pobres de raciocínio da internet, e para fins de ilustração, valeria a pena saber sua visão.
deve ser muito estranho ser normal

Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #85 Online: Maio 15, 2012, 02:33:14 am »
Esse negócio de épico é coisa de viado.

Pronto, falei.
The traditional playstyle is, above all else, the style of playing all games the same way, supported by the ambiguity and lack of procedure in the traditional game text. - Eero Tuovinen

Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #86 Online: Maio 15, 2012, 07:52:21 am »
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Agora, seis anos depois, o core está novamente a ser revisto, e elementos do ToB já incorporam o métier de D&D.

Monte Cook deixa a equipe.

E isso é animador
War never changes

Offline Agnelo

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  • O que se escreve num campo desses?
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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #87 Online: Maio 15, 2012, 08:39:37 am »
Eu... eu simplesmente não consigo entender o porque dessa aceitação de "se é magia, então tudo bem".
.Eu já disse e repito, se for pro guerreiro fazer magia eu faço um mago.

Pró-dica na minha opinião marcial >> arcano

@Logan

Tchê, eu concordo contigo num monte de pontos, mas tu tens que dar uma pensada sobre os tiers. Tu mesmo usa o hércules como exemplo de tempos em tempos. Ele matou um leão gigante invulnerável esganado, segurou o mundo nas costas e tal.

Tu acha que esses videozinhos são mais supers do que isso?
Eu amo você. Tenho orgulho de você. Você trouxe à sua mãe e a mim mais alegria do que eu achei que houvesse. Seja bom pra ela e cuide bem dela.

Seja um dos mocinhos. Você tem que ser como John Wayne: Não aguente merda de nenhum idiota e julgue as pessoas pelo que elas são, não pela aparência.

E faça a coisa certa. Você tem que ser um dos mocinhos: Porque já existem Bandidos demais.

Offline Macnol

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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #88 Online: Maio 15, 2012, 09:12:43 am »
Acho que o Logan tá pensando no Hércules da série de TV, hehehehe.

Mas usa a Xena como exemplo então. :P Ela não chegava a ser uma semideusa, acho.

E "chakra teleguiado" é muito mais perto do tipo de coisa que eu diria que se encaixa pra um guerreiro fantástico, mas não aloprado.

Offline Agnelo

  • Pai
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Re:O limite entre o fantástico e o mágico
« Resposta #89 Online: Maio 15, 2012, 09:19:25 am »
Porra, eltor. Usa Xena como exemplo de novo e eu vou pro fórum do allef.
Eu amo você. Tenho orgulho de você. Você trouxe à sua mãe e a mim mais alegria do que eu achei que houvesse. Seja bom pra ela e cuide bem dela.

Seja um dos mocinhos. Você tem que ser como John Wayne: Não aguente merda de nenhum idiota e julgue as pessoas pelo que elas são, não pela aparência.

E faça a coisa certa. Você tem que ser um dos mocinhos: Porque já existem Bandidos demais.