Guilherme, a primeira parte do teu texto está ótima, concordo com tudo que você disse aí.
Mas fiquei confuso com o restante. Você mesmo aponta que D&D não é feito pra ser um debate emocional sobre a relatividade do ser enquanto máquina de matar, mas sim uma ode à violência solucionadora de conflitos.
Desta forma, os interesses a serem protegidos são, em tese, meras tecnicalidades que existem com intuito de me autorizar a partir aquele sujeito em dois.
Veja bem, isso é um prolongamento do que você disse: D&D tem foco no combate, onde a solução das aventuras se dá através do confronto (nem sempre físico, é verdade, mas sempre com características de conflito).
Sendo assim, o papel do fluffy no caso desse livro seria só dizer: "Você odeia orks, gigantes e titãs. Quem te trair deve morrer. Quem luta ao seu lado é digno de sua amizade. Pronto, agora vai lá partir alguns crânios". Acho totalmente condizente com o objetivo da edição e acho que seria desnecessário dizer que anões tem o costume de tançar seu pêlos pubianos antes de dormir.
Como o Eltor disse, isso passa a impressão que D&D é só combate. E eu quase concordo com a frase. No caso, D&D é só conflito. A 4ed existe e foi moldada para agir em situações conflituosas, não pra medir a capacidade de alguém em cantar (antigo perform da 3ed) ou transar (graaaande perícia arte erótica do Gurps).
Esse livro (PH4) abraçou isso, abraçou de tal forma que pra alguns foi exagerado (o já citado Eltor, Cebola, mais alguém com certeza...). Pra outros, no entanto, está na medida certa (Smaug, Gegê, <insira mais alguns>).
Aqui a discussão de se o fluffy é ou não menor do que deveria no PH4 está andando em círculos, e minha humilde contribuição para isso é: Antes menos, do que mais.
Sou totalmente adepto da regra "o que abunda, não prejudica", mas no caso em questão considero uma exceção. Fluffy demais é horrível.
Edit: Cacete, depois deu ter terminado esse calhamaço, já haviam 7 respostas postadas. Aviso que não li zica nenhuma delas, então se eu for redundante só lamentem seus dedos nervosos...