Falso. Simplesmente por que o ser humano nunca teve o direito de aplicar a pena de morte, ele podia não estar preso por "leis estatais", mas os laços sociais já existiam e impediam massacres sem sentido.
[...]
No Brasil e em diversos países vc pode matar uma pessoa em legitima defesa. Existe uma grande diferença entre você matar um assaltante que entra armado na sua casa e é um risco para vc é sua família e vc simplesmente executar uma pessoa. Afinal o instinto da sobrevivência é bem forte.
[...]
Sério mesmo que vc não vê correlação entre o fato da principal religião do ocidente pregar a redenção e o arrependimento dos pecados não tem nada haver com a repulsa que muitos tem pela pena de morte?
[...]
Como nossa sociedade ocidental tem um apreço pela vida muito forte, graças ao cristianismo, nós vemos a pena de morte como algo que deve ser evitado
Deixando digressões de lado....
Perceba que em momento algum disse que nós a proibimos, simplesmente não nos sentimos
bem em usa-la. Simplesmente por que somos ensinados desde pequenos que matar o outro é errado, claro que conforme crescemos vemos circunstâncias onde isso começa a ser permitido. Profissões tem como o cerne de sua responsabilidade usar violência para proteger a sociedade [ ou não ] para tudo isso são criadas respostas individuais de como aceitar que certas mortes são aceitáveis e outras não.
O individuo pode ter opiniões bem divergentes sobre como o ato de matar deve ser tratado, mas em geral a opinião da sociedade como um todo, é de que a morte é última coisa solução.
No final mesmo o Texas sendo o estado dos EUA que mais condena a pena de morte isso não é nem 10% das condenações que são feitas por lá. Só isso já serve para demonstrar que a pena de morte não é algo que é usado de maneira fútil.
------------------
Seu outro post
Aqui vc já usa um termo interessante para descrever essas pessoas Assassinos no outro post vc fala de como é absurdo o desembargador não ser preso, mas todos eles estão fazendo exatamente o que vc defende. Os primeiros estão sob o aparato da lei do mais forte o que acaba por fazer que eles tenham uma vida mais curta[ afinal o Estado é o MAIS forte] o segundo se esconde de baixos de leis antigas que o protegem. Por todo seu argumento essas pessoas estão certas por que agem de maneira independente.
O caso dos grupos de extermínio infelizmente a resposta é a policia que não é conhecida por usar luvas de pelica[ isso serve para muitos países]a população não pode fazer muita coisa para se defender desses criminosos ela depende do Estado. No segundo exemplo existem pessoas que querem alterar as leis para esse tipo de absurdo não venha ocorrer. A ironia é que é mais fácil o problema de desembargadores perderem essas regalias que todos os grupos de extermínio acabarem.
Seu axioma inicial é categórico. Porém lhe escapa que massacres "com sentido" eram permitidos. Na bíblia, há uma parte em que Javé ordena que sejam mortos todos os inimigos, suas mulheres e crianças, e sejam pilhados seus pertences e separadas as meninas e mulheres virgens, se o exemplo é fraco, vale citar a expansão dos Mongóis, do Império Romano, etc.
E não era permitida a pena de morte? Ah, guerras são a exceção onde o Estado devolve ao indivíduo o direito de matar com condições...
Houve tribos pré-colombianas que sacrificavam membros de tribos vizinhas para saciar a sede de sangue da divindade.
Se é essa a diferença vital para que homens não matem a si mesmos em sociedades, ela continua não excluindo a pena de morte, apenas a condicionando sob as leis do Estado ou das sociedades primitivas...
Novamente, o Estado lhe permite matar para se defender. Mas aqui, não lhe dão direito de possuir armas de fogo.
Não que isso impeça de alguém ter parentes com armas, comprá-las ilegalmente ou roubá-las, se vingando do jeito mais crasso que existe, voltando pra matar depois, de tocaia, de surpresa, emboscada, sem chance de reação, um ato covarde e indigno.
Eu vejo hipocrisia, muita hipocrisia. E de fato, um estado de maioria religiosa não deveria nem mesmo permitir a pena de morte conforme seu argumento, mas o tolera e usa de maneira digamos modesta.
Realmente, assassinos fazendo o que lhes parece justo. Uns sob a égide da lei conforme o Estado e a sociedade lhes incumbe, outros conforme a própria noção de justiça, por vezes somente demonstração de força, como o recente massacre de rapazes que simplesmente passavam pelos domínios dos bandidos sendo executados por conta de um deles ter no celular um "proibidão" fazendo apologia a uma facção rival, covardes asquerosos que eram, prontamente fugiram assim que a polícia apontou na entrada da favela.
Eu posso até apoiar o direito de alguém individualmente matar e parecer rude e impassível nesse argumento, mas covardia e futilidade, imaturidade, imoralidade, desprezo preconceituoso pela vida humana não me agradam nem justificam esse direito, não se engane.
Tenho repulsa disso tanto vindo do Estado que o faz sob o pretexto de se defender (e me defender) dos bandidos desprezando a minha vida no fogo cruzado, dando tiros na minha casa, no meu carro, no meu ônibus quanto dos indivíduos que exercem seu "direito natural" de matadores de aluguel, ou tão somente moleques querendo curtir a vida "ao máximo" até que uma bala, um acidente, uma overdose os pare.
Acho que temos um quadro interessante aqui, o Estado, segundo a sociedade, é o mais forte e sua lei deve ser cumprida
per se; Pessoas isoladas que praticam sua própria idéia de justiça usando da força para matar, roubar e intimidar em geral são apenas poderes paralelos que serão esmagados a menos que causem uma revolução e se tornem o novo Estado... Daí eles serão a lei...
E acredite, há gente muito interessada em abrir uma filial das FARC aqui.
Gostei dos ditames. Milênios de existência se traduzem nesse tipo de ensinamento, viver é a arte de aprender a conviver, a morte é apenas um passo, uma pessoa pode ser uma multidão e não ser ninguém, ter tudo e não ter nada.