Autor Tópico: Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?  (Lida 17760 vezes)

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Offline taverneiro

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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #15 Online: Dezembro 18, 2013, 11:06:27 am »
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Enfim, acho que essa questão, como a maior parte das outras, depende mais do material humano do que de qualquer sistema.
Silva, normalmente eu concordo com essa afirmação em diversos aspectos, e talvez ela até possa valer para a maioria dos sistemas. Entretanto, da minha experiência com D&D, isso é complicado, uma vez que a premiação e evolução do personagem depende da participação conjunta em conflitos previamente planejados e equilibrados para um (único?) tipo de nível de poder.

Numa dinâmica deste tipo de sistema pense quantos empecilhos a Viúva Negra teria de se destacar na história do filme dos Vingadores. Lá, ela enganou uma divindade, ajudou a colocar a pessoa certa no momento certo para evitar o fim do mundo. E ela é uma humana relativamente comum, se a compararmos com Thor, Hulk, Loki e outros.

Ela não foi um incoveniente para o grupo, muito pelo contrário, ela desempenhou um papel fundamental mesmo tendo um poder relativamente limitado.

Se o sistema não dá espaço para isso, o GM acaba tendo que se desdobrar para adaptar situações e o resultado disso eu sei qual é: duas aventuras em paralelo na mesma mesa, com critérios de premiação diferentes e até mecanicas absurdas para absorver a limitação* do sistema.

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Porem, vale uma observação: em nossas mesas tínhamos o cuidado de evitar que nichos de atuação se sobrepusessem, evitando ao máximo que, por ex, um decker novato entrasse num grupo que já tinha um decker experiente. Dessa forma, por mais novato que seja um personagem, ele será o único a contribuir em seu campo de atuação. Isso ajuda um pouco, acho.
Exatamente. Os papeis bem definidos funcionam em Shadowrun para diferentes "níveis de poder" de cada personagem. Você pode mesclar um hacker mediano com um exímio samurai das ruas e a coisa vai fluir de boa. Esssa é a premissa do exemplo da Viúva Negra no meio de seres com poderes e status de divindades.

Mas eu truco a eficiencia de certos sistemas neste ponto.

* quando eu digo "limitação" me refiro à limitação da proposta de jogo. Não deve ser encarado como algo pejorativo aqui.
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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #16 Online: Dezembro 18, 2013, 11:38:58 am »
Eu passei por uma situação parecida a alguns anos atrás, entrei na mesa do irmão de um broder que tinha uns 8 players, D&D 3°, todos estavam no nível variante entre o 8° e o 11° nível.

O que já era discrepante entre eles, quando eu entrei tive que me virar com um personagem de nível 5°  :blink:

Era muito ruim, o pior era ter que aturar players muito inexperientes em vários sentidos com personagens com 4 ou 5 níveis acima do seu.

Aturei a insanidade por alguns meses e depois desisti de vez, foi um periodo muito ruim para tentar jogar.

Quando eu mestro eu me esforço para não deixar a diferença de nível superior a 1, compenso o XP com um bônus para os que são de nível menor (para que eles possam alcançar os de nível superior a médio prazo).

Mas se algum jogar morrer com o personagem ou desistir do personagem ele perde 1 nível.

Já teve casos de personagens ficarem com 2 níveis de diferença por algum tempo (2 a 3 sessões, ganhando XP extra para diminuir a diferença), mas esses casos eram um pouco mais raros.

O que acontecia com muito na epoca da 3 edição do D&D era a quantidade absurda de itens mágicos, principalmente depois do 10° nível (minhas campanhas chegaram em média no 15° nível), quando um personagem morria com 6 ou 7 itens mágicos e o grupo não o revivia e o jogador queria fazer um novo personagem.

Ai o personagem que entrava tinha que possuir pelos menos uns 4 ou 5 itens mágicos para compensar o nível alto, e o grupo tinha acesso aos itens do personagem morto, depois de algum tempo decidi "destruir" os itens mágicos com a morte dos personagem para evitar a ganância dos personagens sobreviventes em relação aos itens, sempre que um personagem morria eu tentava descrever a morte de maneira que a maioria (ou todos) os itens magicos eram destruidos no processo (com fogo, explosões, golpes esmagadores de gigantes ou dilacerações de monstros e assim por diante).

Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #17 Online: Dezembro 18, 2013, 12:13:34 pm »
Taverna, concordo contigo. E acho que o cerne da questão é esse:

Citação de: Taverneiro
Se o sistema não dá espaço para isso, o GM acaba tendo que se desdobrar para adaptar situações

Acho que D&D 4/3.x é o rpg com a maior obsessção anal por levels e power-balancing que existe, por ser ultra-focado em um mini-game de combate minucioso e bem amarrado. Mal comparando, é como um wargame de tabuleiro. De um lado você tem exército russo, do outro o exército norte-americano, e do outro o chinês. Daí vem um jogador trazendo o "exército do Movimento Sem-Terra Brasileiro". Não dá, bicho, pois a diferença de poder pra esse tipo de jogo é algo muito importante. Existe um pressuposto de equilíbrio entre os participantes que deve ser preservado, caso contrário a diversão vai pro brejo.

Em contrapartida, existe também os Europa Universalis e Crusader Kings do rpg. Ou seja, jogos que não dão muita bola pra equilíbrio de poder, e estão mais preocupados em criar boas histórias. Castle Falkesntein me vem a mente (onde um persongem pode ser um dragão e outro um humano normal). Edições antigas de Warhammer também (onde um podia começar como um Berserker Nórdico, e outro como um "Caça-rato" XD).

« Última modificação: Dezembro 18, 2013, 12:36:35 pm por silva »
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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #18 Online: Dezembro 18, 2013, 12:52:17 pm »
Ter papéis definidos funcionam pra evitar disparidades entre pontuações e quantidades desde que aquele nicho seja apenas do personagem; sistemas onde níveis são a única forma de equiparar poderes simplesmente não funcionam com diferenças de poder abstrato.

...só que isso também dá ruim da mesma forma (ou seja, não funciona) em sistemas até mesmo mais livres quando temos ao mesmo tempo personagens que pegam o mesmo nicho e um é muito mais eficaz que o outro. Um personagem (Gurps, aqui) por exemplo com Physician (Medicina) 15 vai sobrepujar o colega de grupo com First Aid (Primeiro Socorros) 8.
É sempre bom ter uma "redundância" no grupo - vai que o próprio médico precisa de ajuda! - mas geralmente isso é frustrante no aspecto de "tudo que eu faço, alguém faz melhor".

E isso, amigo, não é exclusividade do bicho feio que é D&D como você faz questão de frisar e insistir.
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Acho que D&D 4/3.x é o rpg com a maior obsessção anal por levels e power-balancing que existe, por ser ultra-focado em um mini-game de combate minucioso e bem amarrado. Mal comparando, é como um wargame de tabuleiro.


Also, sério 3.x. Power Balancing? Você nem tenta mais, cara. Sua trollagem já foi mais sutil. XD

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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #19 Online: Dezembro 18, 2013, 01:18:21 pm »
Mandrak, isso significa que nas suas mesas, se alguém morrer vai voltar de nível mais baixo se fizer um novo personagem?

Isso é, como não manteve o personagem vivo, não merece estar no mesmo nível. Aguardo resposta. <3

Cara, eu acho que não tem muito a ver com 'não merecer' e sim com 'não ser injusto'. Nunca tivemos problemas, porque como metade do grupo mora em outra cidade, aqueles que sempre estão na mesa (que alcançaram níveis mais altos) acabam ganhando mais a xp de participação. E não teria muito sentido alguém chegar, jogar 1/3 dos caras e manter a mesma evolução.

A questão é, se um desses top morrer, ele começa de baixo sabendo que rapidamente vai ultrapassar. Dessa forma ele se submete a mesma regra que os novatos, mas com presença e perseverança volta rapidamente ao topo do grupo. De uma forma natural e indolor. Se ele (ou outro personagem novo) começasse no topo, poderia rapidamente descaracterizar um grupo que em teoria já vem se aventurando há um tempo. Pode penar e passar umas 4 ou 5 aventuras abaixo, mas aí é só mais motivo pra se empenhar no personagem novo.

Vou dar um exemplo. Atualmente temos se não me engano :
Nível 11: Arcano (Mago + alguma coisa que eu não sei) que praticamente sustenta o grupo nos combates. É o cara de dano alto e dano em área.
Nível 10: Ladino (Ladino + não sei o quê também, acho que feiticeiro/mago) Ele não serviu pra muito até agora porque entrou há pouco tempo pra segurar a gente numa masmorra lá (Citadela do Sol, se não me engano).
Nível 10: Guerreiro (PdM - jogador abandonou). Não fede nem cheira. Podia morrer tranquilo, o mestre é que não conseguiu matar ainda porque meu clérigo nunca deixa.
Nível 9: Clérigo Guerreiro (Eu) Sou 2 níveis mais baixo, o personagem não tem full spellcaster e mesmo assim eu sempre faço grande diferença no combate, porque seguro os caras.
Nível 9: Clérigo full - entrou agora. Com full spellcaster, desequilibrou um pouco o grupo, mas nem tanto. Mais se adaptou ao papel de sacerdote curador que eu não fazia do que mudou o grupo.

Agora imagina uma coisa. Se esse clérigo tivesse entrado 11, teria acesso ao 6o círculo, eu tenho acesso ao 3o só. Se 2 círculos já mudaram, esses 3 círculos iam alterar completamente a dinâmica do grupo, por causa de um cara que acabou de entrar. Me parece estranho isso. Mantendo ele no nível mais baixo, ele só pode desbalancear até o que qualquer um (no sentido de todos os outros jogadores) poderia estar fazendo já.

Enfim, eu acho uma boa ideia e tem dado certo há anos, até para um sistema com falhas como D&D. Pode ser que funcione porque o meu grupo faz funcionar, mas não sei como são as suas mesas. Pelo tom que vc usou, acho que isso não deve ter dado certo pra vc.

Offline taverneiro

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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #20 Online: Dezembro 18, 2013, 01:28:58 pm »
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Ter papéis definidos funcionam pra evitar disparidades entre pontuações e quantidades desde que aquele nicho seja apenas do personagem; sistemas onde níveis são a única forma de equiparar poderes simplesmente não funcionam com diferenças de poder abstrato.
Isso é fundamental e acho que todos concordamos neste ponto. Até aí é um problema da maioria dos GMs que enfrentou esse tipo de proposta (níveis diferentes de algo que é complicado medir).
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...só que isso também dá ruim da mesma forma (ou seja, não funciona) em sistemas até mesmo mais livres quando temos ao mesmo tempo personagens que pegam o mesmo nicho e um é muito mais eficaz que o outro.
Sim. A famosa sobreposição acaba por criar uma disputa por um foco na cena. Claro, que aquele que tiver mais pontos vai ser a escolha óbvia e o lado mais fraco vai ficar vendo tudo acontecer ao redor.

Mas o que eu quis dizer  (e desculpe por não ter sido claro) é: Como colocar um personagem, digamos um ladrão, com nível X em uma aventura com outros personagens com outras profissões (sem sobreposição, portanto) mas com um nível muito maior? Para mim, essa questão é difícil de lidar no D&D. Só que eu não quis dizer que isso o torna um sistema ruim.

A proposta do D&D é bem clara e das vezes que tentei algo nesse sentido eu quebrei a cara (ou o jogo). GURPS é quase a mesma coisa, afinal ele é um sistema que simula a física das coisas.

Mas, pensem um pouco: como Mestre, qual dos sistemas você vai conseguir criar uma campanha (one-shot, não vale) que contemplem cenas para os dois níveis de poder sem entrar em conflito com o próprio sistema de evolução do jogo. Eu consegui em alguns sistemas e em outros não.

Quem realmente quer lidar com personagens de escalas de poder diferentes, eu digo: procure um sistema que permite a criação de cenas de diversos tipos para que cada personagem tenha seu momento na história. É o sistema que irá permitir que Thor tenha sua evolução dentro daquilo que se espera dele e isso não irá interferir na evolução da Viúva Negra ou de um agnete de campo da SHIELD.
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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #21 Online: Dezembro 18, 2013, 01:41:16 pm »
Li só os primeiros posts, mas vou responder como se tivesse lido tudo  XD

Nas mesas da minha galera quem entra depois sempre tem menos ponto/ menos nível de quem tá jogando. Quem desiste de personagem ou morre volta de nível mais baixo, normalmente um a dois níveis a menos e outros jogos refaz com a pontuação de início do jogo.

O fato de eu ter menos nível que outro não afeta minha diversão em nada e pode render ótimas situações.

Realmente nunca vi problema nenhum nessa forma de abordar o jogo, seja em Gurps, seja em AD&D.
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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #22 Online: Dezembro 18, 2013, 02:18:42 pm »
Mas Lu, eu não to criticando D&D. Só to concordando com o Taverneiro que dependendo do jogo (e do grupo) esse fator equilíbrio entre personagens se torna mais ou menos importante, e mais ou menos circumventável (essa palavra não existe, eu sei) pelo mestre. E D&D calha de ser o jogo que dá mais importância pra isso EVER. Então calma, Beth. :b

Inclusive acho que nem D&D de modo geral adota isso, mas apenas da 3ª edição em diante. Pelo que ouço do papo de grognards por aí afora, isso não existia tanto en OD&D e nem no AD&D.

« Última modificação: Dezembro 18, 2013, 02:21:12 pm por silva »
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Offline Smaug

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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #23 Online: Dezembro 18, 2013, 02:24:58 pm »
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Inclusive acho que nem D&D de modo geral adota isso, mas apenas da 3ª edição em diante. Pelo que ouço do papo de grognards por aí afora, isso não existia tanto en OD&D e nem no AD&D.
É porque nesses sistemas ficha de personagem não fazia a menor diferença, você ia morrer porque não verificou cada ladrilho do corredor e o rejunte das paredes ou porque a sala que você entrou na verdade era um monstro...
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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #24 Online: Dezembro 18, 2013, 02:53:58 pm »
Isso aí que o Smaug falou. Considerando a limitação de habilidades e aquisição de poderes, as coisas realmente impressionantes eram nos níveis mais altos (cerca de 16-20 de progressão). Qualquer coisa antes disso é brincadeira e suicidio assistido.

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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #25 Online: Dezembro 18, 2013, 03:18:28 pm »
Se eu me lembro da época de ad&d, que foi quando comece a jogar.
até tinha disparidade de niveis por que as tabelas de exp nao eram iguais e tal.

Fora isso, há temáticas em que entrar em um nível de poder abaixo do usual não é problema, mas isso depende muito mais do mestre do que sistema.

Sejamos francos, não há sistema mágico que resolve esse problema.

Pessoalmente eu jogo d&d faz um tempão, mas odeio a prática de grupo 4-square de cada papel precisa estar presente ou tudo vai por água abaixo. Mas eu sei, erro meu em querer algo que não é o foco do sistema. Mas isso está virando moda ultimamente.
Há matemáticas voltadas para o grupo quintessencial ao invés de algo mais abrangente ou mais ferramentas de como lidar com outros tipos de grupos.
Um deles é o grupo de niveis diferentes.

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Hell, vejam star wars uma nova esperança.
o grupo inicial é basicamente Ben (Jedi veljo), Luke (virgem de tudo), Han (dono de uma nave espacial) e Cheweie (aleien q não fala) e, embora mesmo esse filme tenha seus problemas, consegue-se contar uma história sem nenhum problema.

O foco deveria ser esse. mas novamente, ainda não existe o sistema mágico.

Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #26 Online: Dezembro 18, 2013, 03:32:46 pm »
 O Este Corpo Mortal é um jogo voltado para personagens com níveis de poder diferentes, tendo recursos de equilíbrio para a "influência narrativa".

 o Wushu é um jogo voltado quase que exclusivamente para "Influência narrativa" e é a melhor coisa que eu já usei para Supers, comportando desde uma criança paranormal à um Deus interdimensional no mesmo grupo sem muito problema.

 O importante para mim é esse conceito de "influência narrativa"... Mas é o que andei conversando por aí, meu lance com RPG é menos jogo e mais "orgia de imaginação".

Offline Smaug

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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #27 Online: Dezembro 18, 2013, 03:37:09 pm »
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Hell, vejam star wars uma nova esperança.
o grupo inicial é basicamente Ben (Jedi veljo), Luke (virgem de tudo), Han (dono de uma nave espacial) e Cheweie (aleien q não fala) e, embora mesmo esse filme tenha seus problemas, consegue-se contar uma história sem nenhum problema.
RPG é um jogo, star wars é um filme. Eles são similares até certo ponto, mas seus objetivos são diferentes, assim como eles trabalham com esses objetivos. Dentro de um filme o roteirista e o diretor discutem o roteiro por semanas e decidem o que será melhor para a história, eles podem se dar ao luxo de colocar um personagem sem treino nenhum diante de um dragão e dizer que sim, ele conseguiu vencer o dragão porque ele é o escolhido/herói, eles podem forçar a barra para o lado do personagem, usar plot armor e ninguém vai se sentir excluido, porque, diferente de um jogo de rpg, os atores estão sendo pagos para gastar seu tempo interpretando seus papéis. No RPG, além das decisões serem tomadas de imediato e ninguém esta recebendo nada por isso, muito pelo contrário, as vezes, uma sessão com dados ruim acaba com um grupo super experiente. RPG não é apenas contar uma história, ou não precisaria de regras, apenas boa vontade do grupo de organizar os personagens e os eventos e dar continuidade a história. RPG envolve jogar para vencer desafios, por isso você tem um sistema de dados/cartas que mede sucessos e derrotas e para isso os personagens devem ter um equilíbrio mínimo.
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Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #28 Online: Dezembro 18, 2013, 03:48:17 pm »
O Este Corpo Mortal é um jogo voltado para personagens com níveis de poder diferentes, tendo recursos de equilíbrio para a "influência narrativa".

 o Wushu é um jogo voltado quase que exclusivamente para "Influência narrativa" e é a melhor coisa que eu já usei para Supers, comportando desde uma criança paranormal à um Deus interdimensional no mesmo grupo sem muito problema.

 O importante para mim é esse conceito de "influência narrativa"... Mas é o que andei conversando por aí, meu lance com RPG é menos jogo e mais "orgia de imaginação".

Isso! Muito bem colocado meu caro Korko!

Eu até tenho certa tara por belicismo tático, confesso, mas eu gosto muuuuito mais da "orgia da imaginação".
« Última modificação: Dezembro 18, 2013, 03:50:48 pm por silva »
The traditional playstyle is, above all else, the style of playing all games the same way, supported by the ambiguity and lack of procedure in the traditional game text. - Eero Tuovinen

Re:Mesas de níveis desiguais: algo bom, ruim ou feio?
« Resposta #29 Online: Dezembro 18, 2013, 04:03:38 pm »
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Eu até tenho certa tara por belicismo tático, confesso, mas eu gosto muuuuito mais da "orgia da imaginação".

Claro, porque ambos são mutuamente excludentes e você não pode ter ambos ao mesmo tempo. Oh, Olá Anos 90. Eu achei que você já tinham acabado há uns 13 anos.  :P

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obsessção

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, Meus Olhos, Meus Pobres Olhos!

Silva, sinta-se livre para abusar de termos facilmente traduzíveis e de considerar D&D um Wargame onde tudo o que importa é Poder, mas por favor, não escreva desse jeito.  :b