Pois é, Elfo. Vocês tanto insistiram que eu cedi.
Mas ainda que eu tenha mudado meu ponto de vista, ainda acho que o cenário tem uma dicotomia (ou talvez esquizofrenia seja um termo melhor) devido a seu início com Zeb Cook, no box original, que
sugeria fortemente uma direção mais surrealista, que os produtos subsequentes acabaram não acompanhando (à exceção talvez de Faces e Manifesto). Os próprios "Planes of..." foram meio que decepcionantes pra mim, pois apesar de terem algumas idéias legais aqui e acolá, no geral adotaram um tratamento mais "comum", mais quadrado, mais "D&D tradicional".
Em outras palavras, é como se o Zeb Cook, no box original, apontasse pra idéias metafísicas, surrealistas, conflitos morais e éticos, etc. que viriam a ser explorados e desenvolvidas no decorrer da linha. Porém isso nunca se realizou, como um potencial perdido, entende ? Como se os autores que "pegaram a tocha", Baur, Cook e McComb, tivessem suas próprias visões particulares do cenário, que diferiam da do Zeb, e eram mais em linha com a fantasia tradicional de D&D. (e daí vem meu tesão pelo game Torment - inexplicavelmente, ele consegue pegar aquela visão original do Zeb e levar a enésima potência, soltando as amarras da psicodelia e surrealismo, e realizando o potencial metafísico do cenário, que os próprios livros não conseguiram )
Tá me entendendo, ou eu viajei muito ?
P.S: aliás, criei um papo exatamente
sobre isso no planewalker.com (com direito a participação do Mimir em forma de gente, Ripvanwormer ). Se der, dá uma passada lá.
P.S²: Fall-From-Grace, a succubus que renega sua natureza maligna..
(por Eleni Tsami)