Mas msm sendo uma classe simples e/ou rasa ela sempre foi popular! Msm na época do d&d q o guerreiro não fazia nada e só era humano q dizia "eu ataco" as pessoas jogavam com ele.
Mas cara, as pessoas não vão deixar de jogar com o seu papel preferido porque a classe não faz nada de útil. RPG é um jogo de interpretação de papéis. Se eu quero ser um espadachim mundano eu não vou deixar de fazer uma ficha de guerreiro só porque ele é pouco funcional. Eu tiro pelo ranger 3.0 que era igual a um guerreiro, só que sem talentos. Ainda assim tinha gente que jogava porque gostava do conceito da classe.
Isso não quer dizer que o desequilíbrio é irrelevante para o jogo, quer dizer que o RPG, jogo de interpretação de papéis, está sendo jogado como um RPG, onde as pessoas escolhem os papéis que elas querem interpretar.
Guerreiros são legais justamente pela simplicidade e rapidez, muitos jogadores não tem a menor vontade de ler um grimório, esgueirar-se nas sombras, curar eles apenas querem erguer a espada e penabundear Orcs!
O negócio é que tu está comparando o "não-raso" com "decorar todas as magias e subsistemas do mago". Compare com o guerreiro bem sucedido até agora, o guerreiro 4e:
Ele deixa de ter só o "eu ataco" e adiciona:
- 2 ataques normais com uma manobra envolvida (empurrar, agarrar, sacrificar dano pra ganhar bônus de dano, causar dano menor mesmo se errar, fazer dois ataques fracos em dois inimigos, etc...);
- 2 ataques mais "fodas" que podem ter ou um dano alto puro e simples ou um dano um pouco menor com uma outra manobra inclusa, um deles você faz uma vez por combate, o outro, uma vez por dia;
- Quem tentar passar por você e levar um ataque de oportunidade (AdO) você para o movimento do alvo ali mesmo;
- Bônus estático aos AdO igual ao seu modificador de Sabedoria e um bônus estático de +1 do tamanho de arma à sua escolha (uma mão ou duas mãos);
- O inimigo que tentar te ignorar atacando um outro alvo ou saindo da sua área de efeito (mesmo ajustando/usando shift) leva um ataque básico do guerreiro de graça (e o alvo ainda leva -2 pra atacar seu aliado)*.
*PS: aqui tem duas variantes, tem a da marca, que só funciona com os alvos "marcados" que são todos aqueles que receberam um ataque do guerreiro na rodada corrente ou a aura que, basicamente, todo mundo que tiver "encostado" nele e for inimigo está sob esse efeito.
São cinco características simples, a meu ver, mas cheias de potencial para gerar muitas opções de combate e perceba que, conceitualmente, todas essas características são aplicáveis a um combate sem grid. Envolvem meramente bônus estáticos, o conceito de "está perto de mim" e o conceito de "ataque + efeito extra".
Claro que isso é um exemplo, mas é uma solução que deu certo, muito mais eficiente que o "eu ataco" e o resto fica com a improvisação. Se o cara realmente gosta de só ter a opção de "eu ataco", ok, nada contra um dos módulos do guerreiro trocar todo esse acervo por bônus estáticos pra alguma coisa, sei lá.
Ao invés de ficarem nessa de q o mago tem q ser equiparado ao guerreiro é só ver na literatura e tudo mais.
É, mas ainda que TODAS as obras de literatura impusessem o mago como algo obrigatoriamente mais poderoso e útil que qualquer outro tipo de personagem (o que não é verdade) eu ainda quereria com certeza um equilíbrio. Adaptar isso "literariamente" é muito fácil: "esse mago tem o mesmo nível de utilidade do guerreiro porque o guerreiro é fodão e o mago ainda é um aprendiz", mas NO JOGO, eles são equilibrados entre si, isso é que é importante.
CAda um no seu quadrado e essa parada de ficar disputando pra ver quem é mais forte é bobagem forte, afinal o rpg é um jogo de criação de histórias cooperativas e não competitivas.
Mas cara... nenhum mestre chega e diz "mago, você tem a missão de ir matar o balrog, o resto vai lutar com um punhado de orcs, assim ambos terão desafios à altura". D&D é um jogo cooperativo, é sobre um grupo trabalhando junto para resolver um problema, salvar o dia, etc... Não é interessante dividir o grupo em sub-grupos: "o mago" e "o resto".
Se o msm combatente chegar perto do conjurador e fazer o seu ataque geralmente o mago não fica pra contar a história...
De novo, o que está em pauta não é o poderio, até porque, do playtest, o que tem se mostrado mais forte é o guerreiro em termos de dano. Só que, enquanto o guerreiro tem como única opção dizer "eu ataco" todo turno, o mago já vem com 3 magias para usar ilimitadamente e outras coisas a mais.
A questão é opções.