Eu nem implico muito com duas armas, no lugar deles provavelmente faria o mesmo. A verdade é que ele entra muito no outro nicho do guerreiro, que nesse jogo precisa proteger seu nicho ao máximo pela falta de diferenciais. Sinceramente espadas longas e arma+escudo não fazem sentido a um caçador/rastreador, o que mais encaixa são armas à distância, lanças e algumas armas curtas como machadinhas, facões, etc... que combinam com duas armas. Um caçador se preocuparia com duas coisas: ferramentas específicas conforme caso(alvo do momento) e flexibilidade. Duas armas dá essa flexibilidade, ele não precisa de armas grandes, escudo não faz sentido para quem está se embrenhando na mata, escondendo e escalando... Melhor carregar duas e largar uma é rápido, para o momento de se agarrar em alguma criatura maior.
Acho que o pessoal se prende muito nessa coisa de Aragorn=ranger. No LoTR ele pode ser reconhecido como tal, rastrear e etc mas isso não leva em consideração d&d. Aragorn é 'rastreador' mas não um caçador, e convenhamos, ele está muito mais para um guerreiro/paladino(no sentido original da palavra) que sabe rastrear e sobreviver bem. A classe de d&d busca um nicho mais específico de caçador, e um rastreador mais 'especializado'. É o que acontece quando se usa classes.
Os game designers estão corretos ao meu ver. Ele tem de se associar a estilos marciais e se diferenciar do combatente que é mais abrangente. Um aspecto que os designers de d&d parece levarem em consideração desde a 3e-4e é identificação também; A descrição de um personagem, como ele está equipado ou se porta já denotar sua classe.
Faz sentido a confusão; O ideal era não haver um ranger, e distribuir essas habilidades entre guerreiro(que precisa de mais variedade em seu leque) e talvez algo em ladinos. Ou jogar tudo como um tema sei lá. Valeria a pena uma classe ranger/caçador se d&d fosse diferente; Mas com o foco que toda classe tem em combate é inevitável a invasão de nichos e ele roubar parte da cena do guerreiro.