Autor Tópico: [D&D Next] Playtest and Fighter  (Lida 14020 vezes)

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Offline Lumine Miyavi

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Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #30 Online: Maio 02, 2012, 12:50:56 pm »
Se meu guerreiro fosse 1/10 do que o Seiya é, eu tava feliz.

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Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #31 Online: Maio 02, 2012, 01:01:04 pm »
Sei lá, Kinn. Quando um jogo é projetado ele tem um escopo específico em mente, e todas suas decisões, mecânicas e regras são feitas em cima disso. Se você quiser se afastar desse escopo na hora de criar personagens ou elementos pro jogo, não acho justo culpar o sistema se a coisa não ficar legal no final.

E D&D sempre me pareceu um jogo ultra-focado, com um design bem amarrado em torno de "tactical dungeon crawling". Então não sei até que ponto faz sentido você querer pegar um papél/nicho de dentro desse escopo e querer esticá-lo pra comodar todo e qualquer tipo de herói visto em todas as mídias por aí afora.

Faz tempo que não narro 3.x em masmorras...
E poxa, sei lá, nunca tive problema com o sistema limitar essa ou aquela classe, muito pelo contrário, em uma campanha minha tenho jogadores com personagens fighters que se sentem muito bem liderando exércitos sem medo de mostrar exemplo na frente de batalha. Os spellcasters ainda possuem um "edge" incomodo, mas este está muito menor que nas versões anteriores, claro que tenho um sistema 3.x próprio, então não posso dizer nada quanto aos demais...

Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #32 Online: Maio 03, 2012, 03:02:53 am »
Posso até estar falando merda mesmo, mas ainda não entra na minha cabeça querer pegar um sistema feito pra retratar combates táticos, onde todos seus elementos (incluindo os personagens) são feitos em função disso, e querer falar que a porra do bonequinho tem que obrigatoriamente retratar Jasão, Ulisses e o caralho a quatro.

Mermão, teu combatente tem que retratar a porra do "nicho tático" que o autor criou pra ele: ou é o que dá porrada, ou o que cura, ou que desarma armadilhas, ou alguma combinação disso. E sempre com um viés tático. Nem Jasão, nem Ulisses, nem Arthur têm nada a ver com "nichos táticos" ou "especialidades bélicas" ou essas merdas. Ou você acha que Perseu matou a Medusa dando um "nó tático" nela ou algo assim ? "eu vou ficar de tocaia no grid A13, e daí quando ela aparecer eu avanço dois hexágonos e dou um ataque de oportunidade nela pelas costas".

Não dá. Não faz sentido. É um contra-senso exigir que sistemas como D&D (ou Shadowrun), projetados para atender a premissas ultra-focadas, acomodem todos os tipos de personagens possíveis e imagináveis. Aliás, penso até o contrário - talvez seus sistemas fossem ainda mais redondos e interessantes caso se mantivessem ultra-focados na premissa central, e acabassem de uma vez com essa viadagem de monge, bardo, etc.
The traditional playstyle is, above all else, the style of playing all games the same way, supported by the ambiguity and lack of procedure in the traditional game text. - Eero Tuovinen

Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #33 Online: Maio 03, 2012, 07:02:54 am »
War never changes

Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #34 Online: Maio 03, 2012, 08:24:25 am »
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Posso até estar falando merda mesmo, mas ainda não entra na minha cabeça querer pegar um sistema feito pra retratar combates táticos, onde todos seus elementos (incluindo os personagens) são feitos em função disso, e querer falar que a porra do bonequinho tem que obrigatoriamente retratar Jasão, Ulisses e o caralho a quatro.

Sim, você está falando uma asneira. É até engraçado como alguém tão "avant-garde" quanto a RPGs beira o Old School Gamer quando se trata de D&D.

Citar
Mermão, teu combatente tem que retratar a porra do "nicho tático" que o autor criou pra ele: ou é o que dá porrada, ou o que cura, ou que desarma armadilhas, ou alguma combinação disso. E sempre com um viés tático. Nem Jasão, nem Ulisses, nem Arthur têm nada a ver com "nichos táticos" ou "especialidades bélicas" ou essas merdas. Ou você acha que Perseu matou a Medusa dando um "nó tático" nela ou algo assim ? "eu vou ficar de tocaia no grid A13, e daí quando ela aparecer eu avanço dois hexágonos e dou um ataque de oportunidade nela pelas costas".

Não dá. Não faz sentido. É um contra-senso exigir que sistemas como D&D (ou Shadowrun), projetados para atender a premissas ultra-focadas, acomodem todos os tipos de personagens possíveis e imagináveis. Aliás, penso até o contrário - talvez seus sistemas fossem ainda mais redondos e interessantes caso se mantivessem ultra-focados na premissa central, e acabassem de uma vez com essa viadagem de monge, bardo, etc.

Silva, faça o favor de ler o que os outros estão reclamando, ao invés de atacar o mesmo espantalho que você criou de jogadores de D&D de anos atrás e parece ser incapaz de olhar além dele. Até algum tempo atrás isso era engraçadinho, de dar uma risada de canto da boca. Agora soa apenas patético.

Ninguém está exigindo a simulação de todos os personagens imagináveis. O que todo mundo aqui reclama é que das "especialidades bélicas" de D&D, algumas classes (Conjuradores) podem ser todos de todos papéis táticos ao mesmo tempo, enquanto outras mal fazem direito o que se espera que elas façam (Combatentes) e ainda não tem a capacidade de sair do seu "nicho tático". Os exemplos citados (heróis da mitologia e de histórias em quadrinhos) servem para mostrar como "Guerreiro que só bate e não tem feitos incríveis" é algo bobo e que se deseja mais deles (ou que coloquem os conjuradores no seu devido lugar).
« Última modificação: Maio 03, 2012, 08:26:09 am por Dr. Faustus »

Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #35 Online: Maio 03, 2012, 08:34:04 am »
Posso até estar falando merda mesmo, mas ainda não entra na minha cabeça querer pegar um sistema feito pra retratar combates táticos, onde todos seus elementos (incluindo os personagens) são feitos em função disso, e querer falar que a porra do bonequinho tem que obrigatoriamente retratar Jasão, Ulisses e o caralho a quatro.

Vamos tentar de novo então:
O problema é que você tem personagens com classes em patamares diferentes. Os guerreiros e similares são táticos e funcionais para combater em masmorras na 3e/d20/Pathfinder/similares.

Enquanto essas classes funcionam dentro desse paradigma, existe outro patamar de classes que é feita para ser capaz de realizar bem mais do que isso. Que são capazes de influenciar o ambiente e a história num nível muito mais amplo do que 'matar os goblins na sala'. Onde masmorras rapidamente se tornam limitadas demais para explorar a enorme quantidade de opções de ação que as magias permitem.

Tua argumentação faria sentido se tanto os não-casters quanto os casters tivessem esse foco no estilo 'explorar masmorras', mas não é isso que acontece. Um dos patamares está explorando masmorras, o outro está viajando pra outros planos, criando castelos do nada e brincando de refazer o mundo à sua imagem.

Um dos dois lados tem que ceder. Ou os combatentes se tornam capazes de fazer mais do que 'matar os goblins na sala' (que é de onde essa comparação com Jasão e etc. surgiu), ou os usuários de magia tem que reduzir o número de opções de interação e modificação do ambiente/história com o uso de magia.
Lido esse ano:
Feng Shui, Wu Xing, Blowing Up Hong Kong, MHRPG Civil War: X-Men, Shadows of Esteren, Dungeon World, 13th Age (Draft), Night's Black Agents, Pendragon 5.1, Legends of Anglerre, Hollowpoint, Planescape (caixa básica), Monsterhearts, Werewolf: DA, Player's Handbook Races: Tieflings, Apocalypse (WtA), Dragon Magazine Annual Volume 1
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Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #36 Online: Maio 03, 2012, 10:15:19 am »
A 4e fez justamente isso, igualar todas as classes no combate, e as coisas fora dele ficaram por conta de perícias e rituais, que todos podiam ter acesso.

Infelizmente isso gerou descontentamente em muita gente, que reclamou da extrema uniformidade (acho que do equilibrio em si poucas pessoas reclamam) das habilidades das classes.

O problema de o guerreiro ser totalmente mundando é a dificuldade que isso trás no que se refere a dar a ele habilidades interessantes fora do combate.

Não gosto do formato e do nome dos poderes, o que eu acredito ser o que afastou muitas pessoas da 4e.

A meu ver, o guerreiro só atacar é tão interessante quanto ele ter o poder "Maré de Ferro", que faz permite que ele ataque e dê slide 1 no alvo. Obviamente isso tem um peso maior na dinâmica do combate, mas não torna meu guerreiro mais parecido com o Teseu ou o Bewolf.

Queria que a próxima edição fugisse desse modelo e concedesse ao guerreiro, sem ser apenas uma descrição por parte do jogador/mestre, habilidades como intimidar os inimigos com seus gritos (sem apenas falar que os inimigos ficam dazed por uma rodada e sofrem push 3) ou arremaçar uma lança a 200 metros e acertar o capitão que está no alto da muralha da cidade (como fez o Aquiles no filme Troia).

Acho que meu ponto fugiu um pouco do que vocês estão discutindo, mas fica como desabafo.

Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #37 Online: Maio 03, 2012, 10:42:24 am »
Não gosto do formato e do nome dos poderes, o que eu acredito ser o que afastou muitas pessoas da 4e.

Já comentei aqui antes, mas tempos atrás um blogueiro pegou alguns poderes e converteu eles para o estilo de texto da 3e. Fica a mesma coisa que as habilidades da época, até porque várias delas já tinham limitações de uso mecânico, com limitações por dia, rodada, etc.
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Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #38 Online: Maio 03, 2012, 10:53:16 am »
O maior problema da 4e foi a apresentação, Mark. Isso é indiscutível. Não adianta você ter soluções boas pros problemas se você não sabe apresentá-las.

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Offline Macnol

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Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #39 Online: Maio 03, 2012, 10:53:56 am »
O que não invalida o ponto. Apresentação também faz parte do sistema, do contrário não haveria diferença entre comprar o LdJ ou usar um SRD.

Mas não é apenas uma questão estética, o descontentamento (se o Mark tiver em mente o mesmo que eu) não é com a forma que os poderes são escritos, e sim com o fato de todas as classes serem feitas na mesma "fôrma".

Offline Lumine Miyavi

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Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #40 Online: Maio 03, 2012, 11:01:05 am »
Sim, é possível e bem fácil tu mostrar 'fôrmas' diferentes pra essas classes - e isso também faz da apresentação. Regras unificadas não significa que tudo deve ser igual, só que tudo deve --funcionar-- igual.

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Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #41 Online: Maio 03, 2012, 11:08:10 am »
Possível é, fácil não.

Sair muito da fôrma dos poderes diários/encontro/at will quebraria o equilíbrio em combate finamente calibrado que é um dos grandes atrativos da 4e.

Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #42 Online: Maio 03, 2012, 11:28:04 am »
Sim, meu problema foi com a apresentação e a forma.

Creio que a 4e tinha uma manual para os poderes, algo como:

- No nível 5, todas as classes devem ter um poder que deixe o adversário dazed e dê slide 3.

Dai faziam assim:

Raio de Luz - Encontro de nível 5 do Clérigo
Um raio sai do simbolo sagrado e ilumina seus adversários malignos, queimando-lhes a alma.
Implemento, Radiante
1 alvo até 10 quadrados
Ataque vs. Vontade
Acerto: 1d8+Sab de dano radiante, alvo fica dazed (save ends) e slide 3.

Ataque Atordoante - Encontro de nível 5 do Guerreiro
Aproveitando-se da ponta romba de sua arma, o guerreiro ataque na tentativa de atordoar seu adversário.
Arma
1 alvo melee
Ataque vs. CA
Acerto: [A]+For de dano, alvo fica dazed (save ends) e slide 3.

É sempre assim, os poderes têm os mesmo efeitos, só muda descrição e um ou outro detalhe. É isso que gera a sensação de que são todas as classes iguais e que todo mundo usa magia.

Essas apresentações não são legais, não tornam meu guerreiro especial e fantástico, e a longo prazo servem apenas como um quadro onde eu olho se vale a pena dar um slide nesse turno, para meu companheiro poder flaquear com outro no turno deles.

Claro que essas opções táticas são interessantes, mas o sistema se beseou quase que exclusivamente nisso, o que foi seu pecado.

Quero na próxima edição algo do tipo:

Grito Intimidador
Habilidade de nível 3 do guerreiro
O guerreiro, graças as seus anos de prática militar e em batalha, consegue aterrorizar até o mais bravos dos inimigos.
Efeito: O guerreiro faz um teste de Intimidação + bônus X (pra deixar ele mais efetivo nessa habilidade, já que o carisma tende a ser baixo) e compara com a Vontade de todos os adversário que possam escutá-lo. Os que ele superar ficam amedrontados, evitando o confronto, exceto se forem encurralados. Alvos com Vontade menor que 10 fogem imediatamente.

Avatar Poderoso
Magia de nível 3 de clérigo
Parte do imenso poder da divindade que o clérigo serve inunda seu corpo, tornando-o momentanemanente intimidador.
Efeito: Os alvos que avistarem o clérigo devem realizar um teste de Vontade contra a CD de magia do personagem. Os que fracassarem ficam amedrontados, incapaz de inciar um combate com o clérigo, exceto se encurralados. Os que falharem por 10 ou mais fogem imediatamente.

Vejam que os poderes são coisas semelhantes, mas são apresentados de formas distintas, sendo um tratado como magia e o outro como uma simples técnica que o guerreiro aprendeu com a experiência, e totalmente mundana.

Nada de slide 1, dazed, ongoing... que apesar de facilitarem as coisas, deixam tudo parecendo igual.

Os poderes apresentandos tem poucas mecâncias que não serão base do sistema, e caso não sejam, foram todas explicadas em menos de três linhas.

Enfim, preferiria algo assim.

Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #43 Online: Maio 03, 2012, 11:29:45 am »
Com a apresentação certa, você conseguiria fazer poderes diários e habilidades com usos diários conviverem normalmente. Aliás, isso já acontecia na 3e, só que como magias possuiam uma definição especificada num ponto do livro (magias são sempre diárias) e outras habilidades tinham isso especificado isso na descrição individual de cada uma (você pode usar tal habilidade X vezes em X tempo), a maioria das pessoas não percebia que as duas explicações poderiam ser formatadas da mesma forma, já que traziam o mesmo tipo de informação.
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Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Resposta #44 Online: Maio 03, 2012, 11:45:57 am »
Já eu prefiro algo que vai além do exemplo do Logan. Onde as classes não tenham todas poderes parecidos que só usam "maquiagens" diferentes.

Tudo homogêneo demais assim perde a graça.

Kimble, todas as classes costumavam ter algumas habilidades diárias antes da 4E (ou até semanais, o que é mais idiota). Mas não é esse o ponto, isso é bem diferente do atual "todas as classes no nível X têm 3 habilidades diárias, 4 por encontro, 2 utilitárias e 3 at will".