Autor Tópico: [D&D] Essas não são as regras que procura  (Lida 52747 vezes)

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Offline Malena Mordekai

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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #45 Online: Março 27, 2012, 09:43:16 am »
Porém uma coisa é verdadeira, existe um tropo clássico de "me desgracei, cometi um erro e perdi meus poderes", nem que seja temporariamente.

Como botar isso no 4e sem ser uma merda extremamente restritiva?
Tanto em termos de avaliar ethos quanto de colocar uma "punição"?

A meu ver a punição + penitência deveria ser algo ligado a história, e não apenas procurar um clérigo com a magia Penitência.
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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #46 Online: Março 27, 2012, 10:10:13 am »
Mas, tipo, eu vejo muito mais sistemas focados no personagem, com essas possibilidades de você ser "autossuficiente" e tal que sistemas focado em grupo.

Sinceramente, eu não consigo dizer o que existe mais. Quando eu falo de sistemas que te permitem ser auto-suficiente, me refiro a coisas como WoD ou D&D 3e, onde as regras facilitam que você faça uma grande quantidade de coisas sozinho, sem precisar do grupo. Nos dois isso pode ser alcançado com o avanço do personagem, seja gasto de XP ou avanço de nível.

Eu estou mestrando L5R agora e, apesar de dar impressão de auto-suficiência, a divisão por escolas e a limitação quanto ao que você pode escolher (tanto pelo sistema de regras quanto pelas restrições vindas da ambientação), impedem a auto-suficiência. O que fazem com que trabalhar em grupo com pessoas diferentes seja melhor, numa campanha que não tenha foco exclusivo num dos três campos principais (combate, social ou magia).

Dar liberdade de escolha não significa auto-suficiência. O fato de eu poder escolher gastar meu XP em L5R para tornar meu bushi um courtier secundário, nunca vai me fazer tão bom quanto um courtier que gastou a mesma quantidade de XP. E vários jogos funcionam assim.

Citar
Achei um avanço e tanto o D&D ter se assumido assim e vejo que tem sempre outros sistemas que tem a outra abordagem (seja simulacionista, seja personagens supostamente autossuficientes).

Na verdade simulacionismo e auto-suficiência são independentes. Você pode ter um sistema simulacionista onde os personagens podem ser auto-suficientes (WoD, D&D 3e) quanto um sistema narrativista onde os personagens são incentivados a trabalhar em grupo (Leverage). Ou vice-versa.
« Última modificação: Março 27, 2012, 10:12:18 am por kimble »
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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #47 Online: Março 27, 2012, 10:56:31 am »
Citação de: Kasuya
Iuri, cara, é exatamente isso: a classe deve estar lá só pra definir a sua mecânica de combate. O roleplay é todo seu. E tem gente aqui que ainda tá achando isso pouco, quer desvirtuar o papel fora do combate da própria classe, assim, você poderia ser um "guerreiro defender", mas com o papel de diplomata. E isso é excelente.

Não consigo concordar que a classe sirva só pra definir seu papel de combate.

Qual seria o papel exato do guerreiro no combate?

Claro que o sistema pode definir, como fez a 4e, mas exceto em casos específicos, isso gera tanto desagrado entre os jogadores que eles tem de mudar. Ou alguém acha que o guerreiro começar como defender e depois aparecer um guerreiro striker foi pura coincidencia?

Continuando no exemplo do guerreiro, se eu quero jogar de arqueiro, a classe do guerreiro na 4e não é satisfatória, já que as habilidades e poderes dela são voltadas para o combate melee e como defender.

Dai alguem pode dizer, então vai de ranger, mas ai caimos em outro problema, que é se as habilidades do ranger vão encaixar na minha ideia de personagem, pois o ranger é o mateiro, que sabe se virar rastrear e tem experiencias com animais. Mas ora, meu arqueiro é um soldado, nunca saiu da cidade, exceto enquanto marchava com o exército.

Como faço então? Um guerreiro que é ruim no combate ranged, mas cujo background da classe encaixa perfeito no meu personagem, ou o ranger, que é bom com arco, mas cujo conceito da classe nada tem a ver com o do meu personagem?

Por isso eu acho que o papel tanto fora quanto dentro do combate tem de ser dissociados da classe.

Primeiro escolho a classe, depois, dentro dela, escolho as opções combativas e não combativas que mais se encaixam no conceito do meu personagem.

Ou então fazem milhares de classes para cobrirem todas as combinações possíveis, o que é o mais provável de acontecer.

Offline Malena Mordekai

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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #48 Online: Março 27, 2012, 11:11:26 am »
No mínimo dissociar arquétipo (mateiro) de papel de combate (agressor) já faria com que as perícias do patrulheiro MUDASSEM.
Quem definiria o bloco de perícias acessível seria o tema/arquétipo e não a classe. A quantidade de perícias ainda poderia ser por classe, porém...

Outra coisa quanto ao patrulheiro... nem sempre ele tem de ser "mateiro". Se eu sou um patrulheiro SEM PERÍCIA NATUREZA, e aí?

... o que eu achei chato, de cara, no 4e foi a dificuldade de pôr uma perícia extra-classe.
A princípio, só com talento (!!!), depois com um background... pra mim todo personagem deveria ter um slot de perícia livre.
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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #49 Online: Março 27, 2012, 11:26:09 am »
Eu consigo pensar honestamente em outros arquétipos sem ser 4 básicos: isso é a base de D&D, não de jogos de fantasia como um todo. Mas eu sou estranho.

Fiquei curioso em saber desses teus arquétipos, compartilhe-os ao mundo XD

Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #50 Online: Março 27, 2012, 11:33:50 am »
A princípio, só com talento (!!!), depois com um background... pra mim todo personagem deveria ter um slot de perícia livre.

 :victory: :dança: :victory:
An Edition to rule them all???

Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #51 Online: Março 27, 2012, 11:36:46 am »
Publicano, não é só as perícias que fazem o ranger preencher o arquetipo do mateiro, as habilidades de classe e os poderes, principalmente a forma como eles são descritos, contribuem muito pra isso.

Exemplo claro é a Hunter’s Quarry, que é uma habilidade de caçador, que contribui para associar o mateiro ao ranger.

Se formos olhar as habilidades que o ranger tinha na 3e, a coisa ficava mais explícita ainda.

Um outro exemplo, o guerreiro "cavaleiro".

Na 4e as únicas classes que sabiam usar armaduras pesadas eram o paladino e o guerreiro, ambos defenders.

Mas e seu eu quisse fazer um cavaleiro de armadura de batalha que adora investir e estraçalhar seus inimigos ou invés de ficar parado defendendo o grupo? Simplesmente não tinha jeito, pois nem o paladino e nem o guerreiro tinham habilidades que favoreciam isso, e eram as unicas classes que sabiam usar armaduras pesadas.

Mas se as classes fossem dissociadas do seu papel no combate, um guerreiro poderia facilmente suprir este papel, já que não teria todas as suas habilidades voltadas ao role defender.

Offline Lumine Miyavi

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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #52 Online: Março 27, 2012, 11:37:27 am »
Eu consigo pensar assim de cabeça além dos 4 papéis usados na 4e, assim como o que compõe suas características:
  • Tanker
  • Lider (Healer + Buffer)
  • Striker (DPSer / Nuker)
  • Controller (Nuker + Mezzer)[/lider]

    E mais em alguns adicionais:
  • "Cara dos Status" (Buffer / Debuffer + Mezzer)
  • "Mestre Pokémon" (Pode ser Summoner a la D&D, Treinador pokémon com uma leva de criaturas ou mesmo um "Mestre de Lacaios", com minions numerosos mas fracos)
  • "Full Suport" (Healer + Buffer, com recuperação de mp, por exemplo, quando aplicável)
Tem a explicação de alguns dos roles aqui.
« Última modificação: Março 27, 2012, 11:54:29 am por Lumine Miyavi »

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Offline Malena Mordekai

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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #53 Online: Março 27, 2012, 11:47:52 am »
Sim, o Hunter's Quarry pode ser interpretado como algo de caçador, até no nome, mas mesmo assim nem todo caçador seria mateiro, como eu disse, como enxergar um mateiro sem Natureza?
Eu acho inclusive que o patrulheiro poderia muito bem ter suas escolhas obrigatórias divididas não só entre Natureza e Exploração, como em Percepção e Manha.
"A forma com que eles são descritos"... pra mim não é algo tão relevante, é só fluff. Pelo menos da minha parte eu gosto de mudar sempre esse tipo de coisa.
Podem dizer que isso sou só eu, mas muitos outros colegas de 4e que conheço pessoalmente fazem isso. E no meu caso aqui mesmo na spell dá pra ver isso na minha personagem de PbF, Klesha. Há um at-will de Battlemind que dá resistência a todo tipo de dano, e a descrição do poder implica endurecimento da pele. Minha personagem não faz isso, ela se "destaca" psionicamente do espaço normal e assim essa separação faz os golpes contra ele perderem força.
No caso do arqueiro, simplesmente escolha Exploração como perícia obrigatória de patrulheiro, e encare o Quarry como uma precisão extraordinária. Normalmente arqueiros não vestem armaduras pesadas, também.

Por mais que eu desagrade do Essentials, as subclasses de ranger parecem dar MUITO mais suporte a esse arquétipo de mateiro. Knacks, não é isso? Uma porção de coisas fora de combate que ajudam o cara a sobreviver melhor no mato. O patrulheiro Classic não tem nada disso aí.
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Offline ferdineidos

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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #54 Online: Março 27, 2012, 12:12:22 pm »
Citar
Ou seja, para a maioria dos jogadores da 4E, escolher uma classe se resume a escolher a forma como irá lutar. Depois não gostam que grognards chamem a 4e de video-game....

Iuri, cara, é exatamente isso: a classe deve estar lá só pra definir a sua mecânica de combate. O roleplay é todo seu. E tem gente aqui que ainda tá achando isso pouco, quer desvirtuar o papel fora do combate da própria classe, assim, você poderia ser um "guerreiro defender", mas com o papel de diplomata. E isso é excelente.

O roleplay não é TODO meu.

Eu sempre meio que defendi no automático a decisão da 4ed de focar apenas no combate, mas nos últimos tempos tenho cansado de jogar 4ed, e só depois de ler esse post o Kasuya percebi o porquê.

A ficha não dito SÓ o que você faz no combate. Coisas como diplomacia, insight, nature, ou mesmo atributos são parte essencial dela.

Faz uma coisa: faz um fighter inteligente, e carismático. Pode? Claro que pode, mas compara com uma das fórmulas prontas que você verá a diferença no poderio da classe. Sem contar que você vai colocar perícias pelo background que você vai perceber que em alguns níveis elas estarão completamente defasadas. Por que você não pode deixar de aumentar sua força e o atributo secundário que você escolher (des, con ou wis).

E falando em força, TODOS os fighters são guerreiros imensos de forte, não existe um defender marcial que seja ágil, resistente e inteligente. Todos tem que ser um Conan da vida.

A 4ed cristalizou demais a coisa. Acho louvável deixar claro que existem papéis em um combate, e que esses papéis devem ser preenchidos de alguma forma, mas a inflexibilidade das classes pra mim já deu no saco.

Citar
No design que eu estou bolando (para o e8, ainda não submetido aos outros membros do time de desenvolvimento para avaliação ) tem 5 classes apenas.
Qual o problema?

Nenhum... se for para um outro sistema. Acontece que D&D com 5 classes e pronto seria um Deus nos acuda. Primeiro porque isso seria a "very motherfucker holy cow murder" e teríamos uma avalanche de fãs revoltados, indignados e tudo o mais. Segundo porque, desse jeito, eles não vão poder vender livros do jogador 1, 2 e 3, etc etc etc... Um número grande de classes vende o jogo after all.

Isso é completamente infundado. Revoltado com o quê? Com o fato de ter menos classes agora? Depende de como seria apresentado. Se estivéssemos falando de abolir as classes como um todo, aí sim acredito que seria problemático, mas só diminuir? Vai depender de uma tonelada de coisa para afirmar que os fãs vão ser contra.

Citar
Questão apenas de matemática e escalonamento de desafios com os níveis.

Bingo. Agora você sabe porque isso é tão difícil. Pare pra pensar bem: já vamos ter a quinta edição e o D&D ainda tem falhas matemáticas. São anos e mais anos e a matemática do jogo nunca fica perfeita, fechada. Daí você quer que os caras simplesmente adicionem mais esse nível de complicação na matemática do jogo. Pense nisso.

Então, já que não dá pra fazer melhor, pra que tentar né? Deixa do jeito que tá que é mais fácil, afinal, alguém já conseguiu alguma coisa tentando consertar erros passados?

Pense nisso.

Citar
Apesar de ainda não concordar que a invasão será necessariamente ruim, vou manter em mente essa possibilidade. Nada que uns playtestes não conseguiam tirar a prova.

Isso me leva a uma questão: por que a invasão de nichos seria tão boa a final? Qual é a vantagem que essa filosofia trás para um jogo baseado em GRUPOS?

Um grupo PODE ter seus "papéis" pulverizados entre todos os jogadores. Não há nada de errado nisso, se você acha que tem, bom, pode não ser o certo pra você, mas isso não quer dizer que é o certo pra todo mundo.

Citar
Iuri, eu acho que tu levantou um ponto importante na desvantagem de ter foco demais em jogadores especializados em um único role: fica estupidamente mais trabalhoso (pra não dizer inviável) mestrar uma campanha sem cumprir um requisito mínimo de roles "obrigatórios". Isso já era um problema antes, com os curandeiros, mas a 4e exacerbou. Se a 5e mantiver essa linha, vai continuar difícil jogar com um número menor de membros no grupo.

Eltor, isso é mesmo um problema? Quer dizer, quantos jogadores sentem falta de poder jogar com mago E druida E psion num mesmo grupo, por exemplo? Sou só eu que encara acima de tudo power source + role? Eu não penso "ah, como o sistema me limita porque eu tenho que ter classes de roles específicos" eu penso "o sistema me permite fazer qualquer combinação de power sources para compor meus 4 roles, com exceção da marcial, que não tem controller".

Acho que tu não entendeu o Eltor. Pra jogar na 4ed você precisa cumprir os nichos. Independe da source. Dá pra jogar só com striker no gurpo? Claro que dá, mas a 4ed não foi feita pra funcionar desta forma.

De vez em quando é chato fazer grupo. Antigamente se perguntava: "quem vai curar na bagaça" e "quem vai ser o mago". Hoje é: "a gente precisa de um defender", "quem vai ser o leader", "não, striker já tem dois. Escolhe outra coisa...não defender também não, que o meu já tá pronto. O que você pode ser? Leader...mas ei, pode ser de qualquer fonte. Como assim você vai fazer um defender também? Tá, beleza. A gente dá um jeito, só espero que o DM leve em conta que a nossa capacidade de cura tá baixa, se não a gente tá f..."

@publicano.

Entendo o que você tá falando do ranger, mas tenho que concordar com o Mark Wolverine.

O ranger padrão tem que ter ou dungeoneering ou nature. Além, a maior parte de perícias seria voltada para essa exploração, e isso não é bem o que ele descreveu, ou procura. Dá pra torcer a coisa pra chegar a um "guerreiro que usa arco" que ele quer, mas convenhamos que o sistema não comporta isso facilmente. Vai precisar de alguma abstração e isso - para algumas pessoas - é ruim.

Por isso seria mais simples se realmente a classe não estivesse atrelada ao role.
"Entre todas as tiranias, a tirania exercida para o bem de suas vítimas é a mais opressiva.Talvez seja melhor viver sob o olhar de nobres usurpadores do que de intrometidos moralistas onipotentes."

Offline Malena Mordekai

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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #55 Online: Março 27, 2012, 12:21:17 pm »
A conversa do Ferdineidos me lembrou uns poderes de ataque de temas -- especificamente os de Dark Sun, ou muito me engano ou os temas posteriores tendem a evitar ataques e sim darem benefícios e utilitários -- que sempre se pautam por "Atributo mais alto" para atacar.

Será que isso daria certo pra tentar relativizar classes e papéis? Talvez com alguma restrição pra evitar um guerreiro com Força 8, Destreza 10 e Constituição 10? (... que ao meu ver parece bastante irreal???)
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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #56 Online: Março 27, 2012, 12:39:57 pm »
ei, em AD&D tu só precisava colocar um 9 na força que tu podia ser guerreiro (e dependendo do resto das suas habilidades, era só isso que você conseguia ser...)
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Offline Malena Mordekai

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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #57 Online: Março 27, 2012, 12:53:21 pm »
Sim, vc PODIA ser Guerreiro com Força 9, tanto quanto pode ser um guerreiro com Inteligência e Carisma altas em D&D 4e, foi "poder" o verbo que vc usou...

Outra coisa que eu penso como maneira de diferenciar "tema/arquétipo de fantasia" da "função em combate" são coisas como esses Knacks das subclasses Essentials de patrulheiro, uma série de benefícios (não lembro o nome) que qualquer bardo pode pegar (caso o mestre deixe) e estão no Heroes of the Feywild. Os Wild Talents de Dark Sun também são um bom exemplo de "fluff em efeito" desvinculado de classe e raça.
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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #58 Online: Março 27, 2012, 01:06:32 pm »
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Iuri, cara, é exatamente isso: a classe deve estar lá só pra definir a sua mecânica de combate. O roleplay é todo seu. E tem gente aqui que ainda tá achando isso pouco, quer desvirtuar o papel fora do combate da própria classe, assim, você poderia ser um "guerreiro defender", mas com o papel de diplomata. E isso é excelente.
Atualmente (4E) o que define seu personagem é a classe. Não completamente, já que tu pode pegar builds diversas dentro de uma única classe, mas a classe é o cerne do seu personagem, a primeira escolha a ser feita durante a criação do personagem (e as vezes a única: é normal um iniciante apenas escolher a classe e o DM fazer uma ficha rapidinho, explicando exatamente pra que cada coisa serve).

E mesmo assim, esta escolha decisiva não tem nada a ver com o background do meu personagem? É isso que tu quer dizer?

Jogadores experientes podem facilmente fazer um reskin de uma classe para que ela se parece mais com seu ideal imaginado. Inclusive eu adoro isso (tipo o exemplo do barbaro de tanga se achando monge). Mas isso não deveria ser uma obrigação.

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Fazendo uma proporção do trabalho e espaço ótimo ocupado pelas classes no livro, o livro do jogador 1 da 4e, se fosse feito assim, só teria duas classes, cada uma com 4 papéis, compondo o equivalente a 8 classes de 4e, o que seria uma forma pior ainda de apresentar o jogo, você há de convir.
Não exatamente, porque muitos poderes podem ser cortados dessas listas. Você não precisa dar TANTOS poderes diferentes que fazem a mesma coisa (ou, que sirvam para o mesmo fim). É muito mais fácil encaixar essas 5 classes em um único livro básico, inclusive. Claro, não vão poder lançar PHB 2, 3, 24, etc..., mas os jogadores só tem a agradecer com isso. Ainda vai sobrar poderes o bastante para colocar em suplementos e ainda ter alguma fonte de renda que não seja obrigatória ao jogador (sim, péssima solução em termos de mercado, mas para o jogador é muito boa).

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Isso me leva a uma questão: por que a invasão de nichos seria tão boa a final? Qual é a vantagem que essa filosofia trás para um jogo baseado em GRUPOS?
Não acredito que ela vá incentivar o trabalho em grupo. Vejo suas vantagens mais para o lado da customização e liberdade do jogador. Apenas não acho que ela vá necessariamente diminuir a necessidade de trabalho em grupo. E tu também não conseguiu dar um bom motivo que prove essa tua visão, apenas comparações com classes completamente quebradas de um sistema quebrado.

Offline Macnol

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Re:[D&D] Essas não são as regras que procura
« Resposta #59 Online: Março 27, 2012, 01:15:37 pm »
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Ou seja, para a maioria dos jogadores da 4E, escolher uma classe se resume a escolher a forma como irá lutar. Depois não gostam que grognards chamem a 4e de video-game....

Iuri, cara, é exatamente isso: a classe deve estar lá só pra definir a sua mecânica de combate. O roleplay é todo seu. E tem gente aqui que ainda tá achando isso pouco, quer desvirtuar o papel fora do combate da própria classe, assim, você poderia ser um "guerreiro defender", mas com o papel de diplomata. E isso é excelente.

O roleplay não é TODO meu.

Eu sempre meio que defendi no automático a decisão da 4ed de focar apenas no combate, mas nos últimos tempos tenho cansado de jogar 4ed, e só depois de ler esse post o Kasuya percebi o porquê.

A ficha não dito SÓ o que você faz no combate. Coisas como diplomacia, insight, nature, ou mesmo atributos são parte essencial dela.

Faz uma coisa: faz um fighter inteligente, e carismático. Pode? Claro que pode, mas compara com uma das fórmulas prontas que você verá a diferença no poderio da classe. Sem contar que você vai colocar perícias pelo background que você vai perceber que em alguns níveis elas estarão completamente defasadas. Por que você não pode deixar de aumentar sua força e o atributo secundário que você escolher (des, con ou wis).

E falando em força, TODOS os fighters são guerreiros imensos de forte, não existe um defender marcial que seja ágil, resistente e inteligente. Todos tem que ser um Conan da vida.

A 4ed cristalizou demais a coisa. Acho louvável deixar claro que existem papéis em um combate, e que esses papéis devem ser preenchidos de alguma forma, mas a inflexibilidade das classes pra mim já deu no saco.

Concordo 100%. Você entendeu perfeitamente algumas das minhas maiores ressalvas com a 4e. :)



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Iuri, eu acho que tu levantou um ponto importante na desvantagem de ter foco demais em jogadores especializados em um único role: fica estupidamente mais trabalhoso (pra não dizer inviável) mestrar uma campanha sem cumprir um requisito mínimo de roles "obrigatórios". Isso já era um problema antes, com os curandeiros, mas a 4e exacerbou. Se a 5e mantiver essa linha, vai continuar difícil jogar com um número menor de membros no grupo.

Eltor, isso é mesmo um problema? Quer dizer, quantos jogadores sentem falta de poder jogar com mago E druida E psion num mesmo grupo, por exemplo? Sou só eu que encara acima de tudo power source + role? Eu não penso "ah, como o sistema me limita porque eu tenho que ter classes de roles específicos" eu penso "o sistema me permite fazer qualquer combinação de power sources para compor meus 4 roles, com exceção da marcial, que não tem controller".

Acho que tu não entendeu o Eltor. Pra jogar na 4ed você precisa cumprir os nichos. Independe da source. Dá pra jogar só com striker no gurpo? Claro que dá, mas a 4ed não foi feita pra funcionar desta forma.

De vez em quando é chato fazer grupo. Antigamente se perguntava: "quem vai curar na bagaça" e "quem vai ser o mago". Hoje é: "a gente precisa de um defender", "quem vai ser o leader", "não, striker já tem dois. Escolhe outra coisa...não defender também não, que o meu já tá pronto. O que você pode ser? Leader...mas ei, pode ser de qualquer fonte. Como assim você vai fazer um defender também? Tá, beleza. A gente dá um jeito, só espero que o DM leve em conta que a nossa capacidade de cura tá baixa, se não a gente tá f..."

@publicano.

Entendo o que você tá falando do ranger, mas tenho que concordar com o Mark Wolverine.

O ranger padrão tem que ter ou dungeoneering ou nature. Além, a maior parte de perícias seria voltada para essa exploração, e isso não é bem o que ele descreveu, ou procura. Dá pra torcer a coisa pra chegar a um "guerreiro que usa arco" que ele quer, mas convenhamos que o sistema não comporta isso facilmente. Vai precisar de alguma abstração e isso - para algumas pessoas - é ruim.

Por isso seria mais simples se realmente a classe não estivesse atrelada ao role.

Bingo de novo!

E sobre diferenciar "papel de combate" de "papel fora de combate", acho que só com a adição de um sistema decente pra isso eu já teria 200% a mais de interesse na 4e. Como cansei de frisar, não acho que o sistema de combate da 4e seja ruim - não é perfeito, mas é muito bom - o que me desanima é que ela se resumiu a não ter NADA além de um sistema de combate bom. O que, pra mim, é insuficiente. É como botar o motor de uma Ferrari num Fusca.

Adiciona aí um sistema que torne o jogo interessante FORA de combate, como por exemplo elaborando mais a ideia de Themes, e eu tô dentro. Só que não tenho esperança disso ser feito na 5e. Exigiria muitas mudanças pesadas no sistema (especialmente no sistema de atributos, como o ferdineidos está apontando).