Autor Tópico: [D&D] A quinta edição desponta no horizonte...  (Lida 199756 vezes)

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Offline banned_guardian

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #45 Online: Janeiro 13, 2012, 08:37:15 am »
A 4e. nunca me convenceu. Não sei se foi apenas pelos detalhes levantados pelos demais ou se apenas por gosto pessoal.

Pra quem era um fã da 3e e da 3.5 (Batcaverna for the win), acho que desanimei com a 4e. Espero sinceramente que a 5e me surpreenda.

Mas para todos os efeitos, eu sempre posso jogar GURPS. ;)
..

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #46 Online: Janeiro 13, 2012, 09:53:20 am »
Eu achei a 4e superior à 3e em todos os aspectos. Pode ter suas falhas, mas são menas que as edições passadas.

Offline Metal Sonic

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #47 Online: Janeiro 13, 2012, 09:55:33 am »
O pior da 4ª Edição é o movimento "purista" de D&D que fica achando que é um RPG de videogame... ATÉ HOJE.
"My drill is the drill that will pierce the heavens!"

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #48 Online: Janeiro 13, 2012, 10:03:46 am »
Bom, o apelo todo de Pathfinder foi bem em cima desse público mesmo :P

Se fosse um restaurante, seria como vender comida requentada/reformada XD

Offline Lumine Miyavi

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #49 Online: Janeiro 13, 2012, 10:25:36 am »
Comida reformada como ponto principal. Tá aí uma forma interessante de encarar.

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #50 Online: Janeiro 13, 2012, 11:04:50 am »
Nibelung, com certeza o sistema de perícia de ambas as edições tomam um pouco de diferença no que se diz respeito a problemas quando chegam em níveis altos. Peço até desculpas porque dificilmente eu falo com a visão de personagens de nível alto, dado que minha grande paixão são sempre os 5 primeiros níveis, sendo muito difícil eu narrar/jogar uma campanha que vá muito além disso porque, para mim, qualquer edição de D&D vai ficando chata com o passar dos "tiers".

Mas corrigindo o que eu venho dizendo: o sistema de perícia de ambos é basicamente a mesma coisa em níveis baixos. Em níveis altos, há uma diferença sim (mas sistemática, nada que os "diferencie" de fato no nível de suporte fora do combate).

Mesmo assim, a 4e tem a vantagem suprema de ser simples. Sendo franco, quando eu li o sistema pela primeira vez, eu achei lindo porque era infinitamente mais simples, embora fosse basicamente selecionadas da mesma forma que era feita extra-oficialmente na 3e durante a criação de personagem. Eu acho que esse foi um passo certo no sentido de melhorar o sistema de perícia. Eles só deveriam ter considerado o resto dos 30 níveis e ter largado a mão dessa frescura com os atributos inflacionados.
« Última modificação: Janeiro 13, 2012, 11:07:50 am por Kasuya »

Offline Macnol

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #51 Online: Janeiro 13, 2012, 11:38:15 am »
Kasuya,

Poderes utilitários:

Você está pensando só em habilidades que estão escritas na tabelinha de classe da 3e? Porque entre skillmonkeys, conjuradores primários e híbridos (75% das classes básicas), as possibilidades de ferramentas interessantes pra usar fora de combate (perícias, magias e itens mágicos) eram bem mais amplas na 3e.

Todas as classes tinham sempre o mesmo númerode poderes disponíveis por dia a cada nível? Nope. Deviam ter? Não creio. Essa obsessão em homogeneizar tudo sacrificou a liberdade do jogador pegar uma classe que não era tão forte em combate mas trazia mais utilidade fora dele, e eu sinto falta disso. Os jogadores não são todos iguais entre si, as classes também não precisam ser..


Rituais:

Não tenho muito que responder, você está dizendo que na sua mesa ninguém usava nada fora de combate (significa que a 4e é ótima pra esse grupo –sem sarcasmo), e ainda por cima chama essas magias de “interpretativas” (ojogador interpreta gestos no ar e cânticos em latim quando usa uma?). XD

Mas não doeria admitir que o sistema de rituais é uma idéia que TERIA potencial mas foi assustadoramente desperdiçada, né?


Atributos:

“Atacar com Inteligência” é algo que nasceu na 3e, só foi padronizado nas classes básicas da 4e. Mérito onde é devido.

Mas eu acho que tu não entendeu o que eu falei sobre atributos perderem o sentido como descritores do personagem, e se tornarem apenas algo análogo aos status do videogame. Repito: isso já acontecia em escala menor na 3e, mas a 4e extrapolou totalmente.

O que significa ter Sabedoria alta? Quer dizer que o personagem é sábio, perceptivo, tem muito bom senso? O que significa Força 18? Quer dizer que ele é apenas um humano mediano, ou que é mais forte que Ogros? Força 14 quer dizer que ele é um jovem parrudo treinando pra ser guerreiro, ou simplesmente um mago raquítico de nível alto que tem Força como Dump Stat?

Não significam nada. Significam que o personagem tem +3 em acerto ou +4 em uma resistência ou alguma outra informação relevante pra bater em monstros; nada mais.

A 3e pelo menos tentava fazer alguma associação entre os dados na ficha e o que significavam pro personagem e pro cenário; a 4e não está nem aí. Só interessa o que acontece na telinha de batalha.

Metal Sonic e demais:

Já diziam exatamente a mesma coisa sobre a 3e. “É muito videogame”, “é muito manga”, “tem muitas armaduras espinhosas”, etc. :P

Mas eu já tinha mencionado algo assim no tópico anterior, acho: grande problema da 4e pra mim é que ela faz uma coisa muito bem -combates, mas (repito: pra mim) videogames fazem isso melhor. E o ponto em que videogames não podem competir (tudo que acontece fora dos combates), a 4e negligenciou totalmente.

Em um dos tópicos recentes eu comentei sobre o Rules Compendium, e como o tom dele seria muito mais apropriado pro lançamento da 4e do que foi a merda do PHB original. Talvez, se todos os livros da 4e tivessem sido assim, teria aliviado o baque do foco exagerado em combate.

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #52 Online: Janeiro 13, 2012, 12:24:44 pm »
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Você está pensando só em habilidades que estão escritas na tabelinha de classe da 3e? Porque entre skillmonkeys, conjuradores primários e híbridos (75% das classes básicas), as possibilidades de ferramentas interessantes pra usar fora de combate (perícias, magias e itens mágicos) eram bem mais amplas na 3e.

Macnol, cara, eu tou comparando Utilitários com os poderes da tabelinha da mesma forma que eu tou comparando perícias com perícias e rituais com magias não-combativas. Mas tanto faz. Tipo, na 4e, o conceito de "habilidade não-combativa" é dividido entre essas 3 coisas. Você não pode dizer que na 3e tinha muito mais suporte fora de combate porque Utilitários não fazem tudo que perícias, magias e itens mágicos fazem. Simplesmente porque é só um aspecto da coisa toda.

Agora pegue o conjunto perícia - rituais - utilitários e compare com o grupo perícias - magias não combativas - habilidades da tabela de classe. Eu quero que você olhe nos meus olhos (ui xD) e diga que não é basicamente a mesma coisa. E sem essa de "ah, mas os itens mágicos poderiam fazer isso e aquilo que na 4e não se pode fazer" porque isso era um defeito da 3e mais do que uma qualidade: como os itens mágicos faziam muito, era "razoável" as classes não fazerem tanto já que o sistema leva em consideração de que eles vão ter tais itens.

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Todas as classes tinham sempre o mesmo númerode poderes disponíveis por dia a cada nível? Nope. Deviam ter? Não creio.

Eu creio. Não acho nada divertido não ganhar nada nesse nível enquanto meu colega ganhou um poder adicional para fazer seu papel melhor e o conjurador, mais uma forma de fazer o que eu faço ainda melhor.

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Essa obsessão em homogeneizar tudo sacrificou a liberdade do jogador pegar uma classe que não era tão forte em combate mas trazia mais utilidade fora dele, e eu sinto falta disso. Os jogadores não são todos iguais entre si, as classes também não precisam ser..

Taí um fator que eu acho engraçado. Quando eu li o livro, eu também pensava assim. Achei as classes super homogêneas. Hoje eu vejo o quão são diferentes entre si, aliás, o quanto as builds são diferentes entre si. Uma vez eu joguei de guerreiro em uma mesa e meu irmão de outro guerreiro e eramos duas classes completamente diferente se você só olhasse o combate e não olhasse de antemão o que tinha escrito no quesito "classe" na nossa ficha. Tudo que a gente fez foi escolher duas builds diferentes nem investimos tempo/trabalho pra tornar o personagem mais "único" e "especial", era só uma aventura de 2 ou 3 sessões.

Em resumo: eu posso te mostrar N situações em que as classes se diferenciam entre si. É claro que elas sempre ganham as mesmas quantidades de poderes nos mesmos níveis e as classes de mesmos papéis tendem a querer fazer basicamente a mesma coisa (sobretudo em se tratando de strikers), mas, na hora do jogo em si, você vê que eles fazem as cosias de forma diferentes, muitos, gritantemente diferentes.

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você está dizendo que na sua mesa ninguém usava nada fora de combate

Estou dizendo que a frequência é basicamente a mesma, ou seja, pouco. Talvez porque a gente sempre jogou nos níveis mais baixos, talvez porque era simplesmente chato tentar prever quais situações vão corresponder a certas magias. O fato é: o grupo que eu jogo é muito variado. Alguns nem gostam de combate em si outros só tão lá pelo combate. Mesmo assim, sempre houve essa "negligência" quanto às magias não-combativas.

Agora perceba que eu não estou falando de magias que sobrepõem o papel das outras classes fora do combate porque aí você estaria transformando um defeito da 3e numa "virtude".

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e ainda por cima chama essas magias de “interpretativas”

Você conhece bem a questão de "roleplay" sempre posto como o extremo oposto do "combate". Isso é só um jargão para "não-combativo".

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“Atacar com Inteligência” é algo que nasceu na 3e, só foi padronizado nas classes básicas da 4e. Mérito onde é devido.

Você sabe que boa parte da 4e já tinha na 3e, foi só repaginado e compilado tudo numa coisa só. Eu não estava insinuando isso como exclusividade da 4e, mas acho que contrabalanceia por ser agora o default ( nem te custar talento ou coisa do tipo para isso).

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A 3e pelo menos tentava fazer alguma associação entre os dados na ficha e o que significavam pro personagem e pro cenário; a 4e não está nem aí. Só interessa o que acontece na telinha de batalha.

Espera. Você tá me dizendo que a 3e, nesse aspecto dos atributos, era melhor porque tentava fazer isso? Tipo "Sabedoria 16-17 é igual à Sabedoria de um Devorador*"? WTF, Eltor? Aliás, vamos para o ponto de vista do jogador que está lendo pela primeira vez D&D: "que diabos é um Devorador"??? Me desculpe mas, para mim, o investimento em definir que raios são os atributos em ambas as edições são igualmente ruins.



* (extraído da tabela do livro 3.0 que eu abri agora)

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #53 Online: Janeiro 13, 2012, 12:49:00 pm »
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Mas eu já tinha mencionado algo assim no tópico anterior, acho: grande problema da 4e pra mim é que ela faz uma coisa muito bem -combates, mas (repito: pra mim) videogames fazem isso melhor. E o ponto em que videogames não podem competir (tudo que acontece fora dos combates), a 4e negligenciou totalmente.
Mas videogames, na hora do combate, não dão opção de multiplayer com 5 jogadores, e a IA sempre tem algum bug :P

Fora de combate, a 4e melhorou a em relação a 3e, sim. Mas isso não quer dizer grandes coisas :P

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #54 Online: Janeiro 13, 2012, 01:22:55 pm »
Assino em baixo e adiciono:

Eu nunca vi nenhum sistema de combate de video game/PC que fizesse tudo isso que D&D 4e faz (tou falando da mecânica em si) e já desisti de ver algo próximo disso.  Meusonho é um jogo tactics com batalha tal qual D&D 4e. Não parecido, tal qual. Eu sei que esse sonho nunca vai se realizar. Teve aquele jogo lá de facebook do D&D, mas nem chega aos pés do sistema de combate que a 4e é de fato.

Offline Smaug

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #55 Online: Janeiro 13, 2012, 02:05:42 pm »
Acho que o problema aqui é mais estilo de jogo do que qual sistema é melhor... o Eltor, e me corrija se estiver errado, parece preferir um estilo de jogo que deve funcionar como o grupo que eu jogo em Rio Claro, não segue o padrão indicado no livro de "construir uma masmorra com x encontros antes de subir um nivel", com um combate acontecendo a cada duas sessões de jogo mais ou menos e ainda sim em momentos chave da trama. Enquanto o Kasuya parece preferir um estilo mais próximo do indicado nos livros, construa uma masmorra, x encontros, distribua o tesouro, ao final vc tem um grupo 1 nivel mais alto.
Eu particularmente gosto da 4e por ela ser a mais honesta das edições de D&D. Enquanto as outras tentavam ser um emulador de mundo de fantasia medieval e não funcionavam direito em nenhum ponto.
This happens all the time. No matter how epic the battle, once begun, the thing sounds more or less like a bingo game: People shout out numbers and other people get excited about them.

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #56 Online: Janeiro 13, 2012, 03:12:58 pm »
Na verdade, não. Como eu disse, as mesas que eu jogo são compostas por jogadores bem diferenciados e tal. Então não tem como viver 100% de "masmorras e dragões". Na verdade, quase nenhum gosta do fator "exploração", ou seja bye masmorra. Nem essa fórmula de x encontros e distribuição de xp e tesouros rola nas mesas que eu jogo. No nosso caso, dificilmente acontece mais do que um combate por sessão, ou seja, no mínimo, a gente passa mais tempo lidando com o que acontece FORA do combate que no combate propriamente dito. E essas fórmulas de xp/tesouros/x encontros a gente acabou por considerar isso uma mera matemática chata do sistema. Os personagens passam de nível quando o mestre acha que passou de nível e tesouros, bom, a gente não se importa com isso (quase sempre jogamos em níveis baixos, 1-5, em que itens mágicos são praticamente irrelevantes), apenas pegamos 1-4 itens e pronto (varia com o nível, claro).

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #57 Online: Janeiro 13, 2012, 03:19:25 pm »
Mas de fato a maioria dos itens mágicos da 4e parece só servir pra algum efeito específico de combate 1/dia ou 1/encontro. Não tinha usos mais gerais. Agora os rituais eram coisa linda, pena que eram raros de serem usados, pois tem um potencial bem interessante para cenas fora de combate. E as perícias são bem mais soltas/interessantes que a 3e.

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #58 Online: Janeiro 13, 2012, 04:04:44 pm »
Eu concordo. No meu caso, eu acho os itens mágicos da 4e mais sutis e eu adoro que seja assim. Eu simplesmente achava muito ridículo você, por exemplo, jogar um cubinho no chão no meio dos inimigos e ele virar instantaneamente uma torre cheia de arqueiros, causando 10d6 de dano em quem tiver no local onde a torre cresce. Mesmo os itens mais voltados para situações não combativas (geralmente itens maravilhosos e os que tem inteligência e ego próprios) eram ou meio ridículos (buraco portátil - come on, isso é um clássico recurso cartoonesco) ou muito dramáticos. Bom, mas eu confesso que eu senti falta dos itens maravilhosos com efeitos similares a "rituais" na 4e.


Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #59 Online: Janeiro 13, 2012, 04:34:04 pm »
Mas podiam ter mais efeitos sutis fora de combate, não concorda? E olha que sou fã da 4e e do tipo de cenário que virou/se propôs a ser. Espero que a 5e não vire o mesmo cenário clichê old school de apenas humanos/elfos/anões/gnomos/halflings e que tenham mais raças.