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Posts - crudebuster

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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 10, 2012, 08:42:11 am »
Pobre elfo, abre um tópico sobre um assunto interessante e quando vê vira uma discussão sobre novelas...

E lamentos sem sentido. Tudo está perdido. Não há mais sutileza, verborragia desnecessária, falácias crassas...

Os trolls de outrora estão mortos, todos eles.

Nada mais faz sentido.

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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 10, 2012, 12:38:16 am »
Meu filho, eu acredito que vc está trollando, mas eu tenho mania de explicar: o coronel é vilão, a trama critica essa atitude dele. Não é o caso do Tufão.

Papai, a visão do autor não está sendo discutida, e sim a do público. O blogueiro quer que todo mundo se arrependa e ache um absurdo o mocinho agredir uma vilã mulher numa obra de ficção em horário nobre porque agredir uma mulher é um absurdo PER SE.

Na minha opinião ela merecia mais por ser uma assassina.

Enquanto um pouco depois, na minissérie que ninguém deve estar assistindo, um "crime de honra" que por sinal era coisa comum antigamente passa batido, e tinha lei protegendo o vilão e tudo, sabe?

Nem precisava ele citar um filme com a Nicole Kidman, era só deixar a TV ligada um pouco mais e ver que a correlação entre o que é justo numa época, pode ser um disparate em outra e ainda mais absurdo se for ficção em horário nobre...

E isso não muda em nada a condição humana. Se você é treinado, condicionado para conter seus instintos por toda sua vida em troca de uma convivência pacífica com seus pares, não há que se surpreender se alguém puxar uma arma e usá-la sob qualquer pretexto senão "fazer justiça com as próprias mãos".

É natural. O estranho de fato é achar que não é normal matar, estuprar e roubar.

Levamos séculos pra tirar isso das sociedades, "cedendo" o poder pro Estado fazê-lo por nós e ainda tem gente que sabe perfeitamente como fazer sem nunca ter treinado.

Como respirar. Uma hora você vai entender.


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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 09, 2012, 09:04:12 pm »
Argumento maluco do crude, comparando um coronel vilão do século passado com o mocinho plácido da novela atual...

Hahaha! Eu sou maluco por comparar dois personagens fictícios, cornos, traídos, um assassino outro não?

E a reação de ambos ao se verem traídos? Não vale nem mesmo mencionar que havia Estado, Leis, Judiciário, tudo certinho naquela época fictícia que validavam a reação do coronel "vilão"?

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E agora um blogueiro crente que sua opinião retardada sem noção do que seja fora do politicamente correto é autoridade moral?
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Eu apóio o botão WGAF. Seria uma bênção.

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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 09, 2012, 05:39:11 pm »
Mais um assustado com o quanto as pessoas se vêem irracionais de fronte à injustiças, desejando vingança, justiça da turba, terminando por pagar a dívida com mais injustiças.

É uma pena ver a coisa indo pra esse lado, ou oito ou oitenta...

Por outro lado, N novelas onde o vilão se dá bem, não sendo preso nem julgado, ou matando outros para enganar a todos de que foi paga sua dívida esse cidadão não computa, e ainda demonstrando o caso real que deu origem à Lei Maria da Penha o compara a uma humilhação, tapas na cara...

Na cabeça do cidadão, um corno e um assassino são a mesma coisa! Não, não são.

Se Tufão matasse a Carminha, quem sabe o efeito seria o que ele deseja? Que a sociedade tomasse noção de que foi desproporcional o troco como nesse filme que ele cita?

Lembra que Carminha armou um esquema para matar seu ex-marido, e conseguiu?

Isso jamais será julgado.

Logo, para os espectadores, mais uma vilã que toma um tapa no punho por ter feito a vida de várias pessoas um inferno, roubando, matando... E saindo livre da cena porque é injusto um corno bater numa ladra, assassina e manipuladora.

Ademais, concordo que deva-se processar um corno por bater na mulher. Juízes que discordam disso por preconceitos próprios recebem todo tipo de linchamento moral da sociedade que os sustenta como autoridades.

Se visse Gabriela acho que iria ficar possesso e pedir pra prender o coronel corno que "lavou a honra" com sangue da traidora e do traidor.

[ad hominem]
Fã de BBT que se diz nerd? Um seriado que constantemente humilha as figuras nerds, acha graça da inequalidade e falta de habilidade social, abusa da claque eletrônica para convencer pessoas normais de que "coisas de nerd" são ridículas e ele acha graça, como "nerd" que é?

Mais um blogueiro querendo notoriedade usando de hipérboles mal-construídas e denunciando a habilidade pífia de se revoltar com pessoas normais. Típico de nerd de papelão.
[/ad hominem]

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Contos / Re:O Ataque (Parte I)
« Online: Outubro 09, 2012, 08:05:02 am »
VALEU MAN!

> : )

Gostei mesmo, sem brincadeira.

Você escreve arrastado e rebuscado que nem eu.

Eu sempre achei que fosse implicância minha com a galera que gosta de escrever mais relaxada, com um vocabulário mais leve.

Que se dane, fica muito bom. Não chego a querer escrever feito um Camões mas dá pra ver que dá uma seriedade à obra, né?

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Contos / Conto Bizarro - Super Princesa Cogumelo
« Online: Outubro 09, 2012, 07:19:19 am »
Escrevi esse conto originalmente em inglês, por isso o uso de aspas nas falas ao invés de travessões.

Este não é o conto erótico-bizarro que prometi; Ainda estou ocupado com outras coisas, mas por hora este me deu alguma alegria em traduzir de volta ao português, eu realmente escrevo coisas bizarras e não tinha muita noção disso.

Contém violência, transformação, palavrões; Até tinha uma cena de sexo bizarra mas eu tirei, não era lá muito excitante para pessoas normais, hetero ou homo.

No próximo conto eu coloco a sacanagem toda de uma vez.

(click to show/hide)

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Contos / Re:O Ataque (Parte I)
« Online: Outubro 09, 2012, 06:57:35 am »
Eu gostei.

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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 06, 2012, 01:21:52 am »
Kinn, você parece entender o extremismo que estou empregando perfeitamente, possivelmente deve estar ficando louco também. :)

Abordamos o assunto de forma meio embolada, mas você entendeu que pra mim, justo seria o indivíduo praticar a justiça pois o Estado quando erra, não se redime, e se um indivíduo erra, oras, que pague o erro individualmente.

Matou um inocente? Morre pelas mãos do familiar mais próximo do indivíduo pelo erro que cometeu.

Não sobraram parentes? O Estado tem de cumprir a pena, então. Se for injusto novamente, que se mate o juiz pelo erro.

Se isso não é justo, o que é? Rude? Imoral? Primitivo? Muçulmano? Como animais que se matam naturalmente na natureza por motivos até bobos, do nosso ponto de vista "racional"?

Ah, mas a brutalidade da turba, a vingança pessoal não é justa, porém a violência é monopólio do Estado!

Isso é que me soa paradoxal, sabe? O controle do Estado pode errar, e isso não me deixa nem mais nem menos tranquilo a respeito da minha consciência de cidadão ordeiro, porque o Estado é responsabilidade minha também! São meus empregados!

Não "lavo as mãos porque lhes dei o poder" Isso soa irresponsável.

Como pais que julgam ser de responsabilidade da escola ensinar seus filhos a se comportar, pois "pagam pra isso e os professores deveriam saber lidar com isso". Mas pode soar brusca a comparação, ignore se lhe parece exagerada.

Não sei porque parece tão estranho falar em direito natural, parece que estou falando de um ser tão diferente de todos os animais que o instinto primitivo não lhe pertence mais...

Os orientais (japoneses) praticam certos tipos de preconceito que parecem estúpidos, e claro, o estado os coíbe em prol da coletividade, muito justo para muitos, injusto para poucos. É um equilíbrio bizarro.

Há estigma social até mesmo em seu "sangue" ser de uma família de açougueiros, coureiros, enfim pessoas que trabalhassem com coisas "sujas", os Burakumin... http://pt.wikipedia.org/wiki/Burakumin Ô povinho xenófobo... Mas isso é outro assunto.


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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 06, 2012, 12:02:58 am »
Não vamos continuar não, cala a boca que é melhor.


O tópico é pra discutir pena de morte, que é algo executado pelo Estado. Fim.


Me inclua aí no rol junto com o Cigano e o Roderick, e pare de avaliar os outros baseando-se em você.



Mas peraí, porque você pode e eu não? Eles disseram que... Mas eu não me comparei a... Ah, ok.

Três mártires discutindo o quão injusta é a pena de morte aplicada pelo Estado... Não preciso nem de bola de cristal pra saber o que vai dar.

E eu provavelmente concordarei.

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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 05, 2012, 11:46:34 pm »
E ainda assim você quer dar AO ESTADO o direito de matar, crude.

Pq é disso que estamos falando.

PENA DE MORTE, NÃO VENDETTAS PESSOAIS.

Se você está falando do "direito natural" (sic) de exercer vingança você mesmo, isso não tem nada a ver com o Estado e com pena de morte.

@kinn

Tem horas que o crudebuster me lembra aquela discussão entre Belbo e Casaubon sobre estúpidos, imbecis, cretinos e loucos.

Tem horas que eu acho que não estou escrevendo em português.

Falo mal do estado por horas, falo das pessoas que exercem esse poder de matar sem receber as consequências justas, vendo como o mártir do fórum se porta defendendo a vida do assassino e discorrendo como o estado não é justo e você vem me dizer agora que não entendeu nada e faz uma referência tola.

...

Melhor escrever logo, assim você não diz que não falei, ou não entendeu, ou o raio que o parta.

Eu acho que pena de morte vale por conta do direito natural"(sic)" de cada pessoa de exercer a justiça da mesma maneira que o estado nos toma esse direito e não considera uma injustiça deixar um assassino vivo.

Mesmo com prisão perpétua, inclusive. Pagamos para que ele permaneça vivo, já que não podemos garantir que se arrependa do que fez. Isso é justo porque a vida é sagrada para o Estado?

Não disse que o estado deve ter esse direito per se.
Onde há pena de morte há todo um processo pra tal, e que pode cometer injustiças tanto quanto outro procedimento humano.

Os defensores da vida dizem que não vale a pena matar se você pode errar e que vendettas são mesquinhas.
Eu acho isso injusto no caso de assassinos.

Limpeza étnica ocorre o tempo todo, volta e meia temos um comandante bunda-condecorada de sabe-se-lá-onde sendo julgado em Haia por conta disso. Pegam o cara velhinho pra mostrar pro Mundo que "aqui se faz, aqui se paga" e metem na cadeia.

Na China, um corrupto foi pro paredão, porque a fábrica de leite dele punha melanina, ou era queratina no produto e crianças morreram de desnutrição.

Acho que foi até tema de discussão branda por aqui, com gente dizendo que era melhor prisão perpétua, etc.

Mas excetuando-se o mártir do fórum, qualquer um que tivesse um membro de sua família morto por conta de um corrupto dessa laia ia querer o sangue do cara. Ah, o Cigano não ia querer também não, desculpe.

Lembra que mataram o Bin Laden? Pelos atentados de 2001? Não. Não foi. Ele era suspeito apenas. Mataram porque reagiu.

Hehehe. O mesmo que o Kassab disse na última matança que a ROTA fez. E fizeram questão de citar que isso quem dizia eram os camaradas do tempo da ditadura.

Mas vamos continuar. Está ficando legal.






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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 05, 2012, 11:20:51 pm »

Enfim, já tive o desprazer de discutir com vc. Tenho certeza que vai fazer um post gigante com varias referencias tentando me atacar ao invés do meu argumento, e obviamente sem fazer muito sentido ao contexto, e no final dizer que vc é assim, gosta de ser diferente, contraditório, e blá blá blá. Não tenho interesse nesse tipo de discussão. Fica exposta ai minhas considerações a sua treplica e encerro minha participação nessa discussão (com vc que fique bem claro).

Que chato. Pensei que fosse dizer alguma coisa interessante sobre vingança, mas desviou dizendo que não é generalizada e por isso estou errado, porque não é generalizada, e portanto não existe nem deve existir como condição humana... Se era pra dizer isso poderia ter dispensado a tréplica e me ignorado, daria no mesmo.

Seria mais produtivo que vir dizer que Anarquia é solução pra alguma coisa, nem eu considero isso.

Kinn, gostei do seu raciocínio, eu não sabia que o Roderick Usher era budista, mas decerto dá pra perceber que segue o ideal.

O ato que mencionei foi o do assassinato. Ele julga que a vida do assassino e a da vítima são iguais, e daria a própria vida pela da vítima, sem tocar na do assassino pois ele tem direito à vida.

Confesso que isso me fascina tremendamente.

Eles (japoneses) preferem se suicidar a discutir certos assuntos ou viver imersos na vergonha, mas isso é algo perigoso já que os caras que possuem essa tendência não deixam lá muita prole.

Li um livro em que um cara passa pela angústia de viver a vida toda com uma mulher que disputou com seu amigo, que se matou para deixar que ele não se penalizasse por desejarem a mesma mulher. No final ele se mata e deixa pro protagonista a responsabilidade.

Vão sobrar os covardes, enganadores e falsos vivos e com famílias grandes e opulentas. Não há nada de bom em virar nome de praça ou estátua pra cagadouro de pombo, ao menos eu acho isso.

Bom, quanto ao Estado de Direito... Acho que expus bastante o porquê de ele não me parecer justo, sendo composto de indivíduos falhos, porém uma dúvida permanece, como é que a gente melhora isso?

O monopólio da violência é deles. A força que mantém os comportados no lugar é deles.

O pensamento criminoso que não se propaga do nada, nos tirando o sossego a cada dia de injustiças e desmandos continua matando, roubando e estuprando.

Pior que um sacrifício insano pela moral, é um sacrifício insano por uma moral que não tem respaldo no Estado.

O estado não se sacrifica por você, ele precisa de você para existir.

Na minha própria família há bandidos, safados e ladrões, e pode crer que todo mundo usa do benefício da dúvida ao negociar comigo por conta da minha aparência.

Repito: Será que tem jeito isso? Não é pra ficar menos pior, é pra melhorar. Será que dá?



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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 05, 2012, 09:54:08 pm »
Você é o elefante branco na sala...
...

[attach=1]







Dirigido por M.Night Shyamalan

688
Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 05, 2012, 09:47:20 pm »
crude só estaria satisfeito vivendo dentro da Máquina Divina.


Não existem condições perfeitamente sanas e justas, apenas aproximações.


Suas divagações de caráter quase-sexual sobre a natureza humana, Estado e morte são divertidas...

Eu sou ateu. Sei que não existe imperfeição nem perfeição. Mas eu só disse latejante uma vez e você já acha que é sacanagem? Espera até eu postar meu conto erótico, pelo menos.

(._.)b


E vale a pena satisfazer essa necessidade de vingança se com isso você abre precedentes para erros ainda mais graves do estado, que podem custar até mesmo a vida de alguém? Você não precisa dar tanto valor à vida quanto eu pra perceber o quanto isso é mesquinho.

Se eu entendi bem a pergunta (não é implicância, eu juro, mas não tô te acompanhando direito): Eu me sacrificaria por um inocente. Porque isso pode salvar a vida dele; Eu não mataria um culpado de homicídio. Porque isso não vai trazer o morto de volta. Ponto.


Eu não sugeri que o Estado fosse o meio, mas sim o indivíduo.

E realmente, mesquinho é achar que toda vida vale o mesmo. Um assassino que matou uma pessoa e um herói que salvou uma vida sequer não são iguais. Não podem ser iguais.

Se eram antes do ato todos humanos falhos, após não é possível que não mudem. Como?

Me desculpe mas você está sendo quase um überman com esse desapego à sua própria existência.

Como você pode dizer que dá o mesmo valor a todas as vidas se daria a sua em troca da de um inocente? E pior, deixaria o assassino vivo para matar mais! Isso é altruísmo irresponsável.

Isso serve muito bem a quem não se detém em matar por causas egoístas, por presumir que não será punido com igual rigor...

Ficará muito bonito na sua lápide, presumindo que não sumam com teu corpo numa fábrica de sabão.

Você sabe que as árvores mais frondosas nascem perto dos cemitérios, né?

Não, não é remediar os erros do estado, é satisfazer a condição humana de querer a vingança, a revanche, o troco pelo mal cometido. Equilíbrio entre o mal que se fez e a punição.

Pois se te matam, meu amigo, nada mais te importa, tu não és mais. Se roubam o leite do teu filho, o pão da tua mesa e matam a toda a sua família, o valor das vidas desses cidadãos criminosos não tem o mesmo peso que um outro qualquer, por mais mártir que você queira ser valorizando a vida deles em detrimento da sua existência.

Tenho que descordar de vc veementemente. Todo teu raciocínio parte de uma base de valores morais seus. Existem VARIAS culturas que tratam a gerra de forma diferente. É extremamente comum encontrar sociedades indígenas por exemplo que durante as guerras mantinham uma ligação respeitosa demais com seus adversários. Tem ate uma galera ai que não pega em armas nem entra em brigas (esqueci o nome dos caras).

Tudo depende de como aquele grupo em especial vive, como eles encaram as diferenças. Não dá pra generalizar, não funciona assim. Brigar é natural de qualquer animal no planeta, mas COMO brigar é outros quinhentos.

Isso por acaso anula as culturas em que isso acontece?

Desviar da pergunta não adianta, eu sei que estou generalizando e extremizando e você sabe também. É um elefante na sala.

Me diga quantas tribos pacíficas foram dizimadas por tribos agressivas das quais você não pode falar porque não existem mais, e como elas resolviam bem esses problemas.

Não desvia, rapaz. Argumenta. Lê com calma que eu sou complicado.

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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 05, 2012, 09:13:58 pm »
O Estado é melhor forma de organização de nossa sociedade criada até o momento. Óbvio que ela não é perfeita, mas desde quando o ser humano é perfeito.

Sim ele mata, mas ele tbm oferece um ambiente mais seguro que o caos sem ele, em alguns casos ele providencia comida moradia e educação para os mais necessitados. Nunca será 100% eficiente só que é melhor que nada.

O Estado é mais forte, só que ele segue leis criadas por ele mesmo que não o permitem, em alguns casos, agredir os mais fracos. Ou vc esquece que qualquer pessoa é inocente até prova em contrário?

Contrabalançar o caos com o estado injusto como se fosse a única opção à barbárie? Eu já falei disso mas por conveniência fui ignorado. Pois bem.

Como nosso amigo falou antes, um erro menor que tirar a vida é perfeitamente perdoável.

Somos indivíduos julgados por outros indivíduos falhos sob a manta do estado, nossos empregados superpoderosos.

Se o estado não nos permite esses direitos que a si arroga para supostamente prevenir o caos, ele é primordialmente injusto.

"Estupra mas não mata" disse um FDP ladrão dia desses. "Relaxa e goza", disse outra doida, montada no touro manso do poder.

Eu sei que as notícias ruins chegam depressa e as boas quase ninguém ouve falar pois não vendem jornal.

Mas não acredito no nosso estado de direito como uma entidade capaz de se autocorrigir a ponto de não ser injusta, pois os indivíduos que a compõem são todos humanos falhos...

Há condições piores, como os estados teocráticos em sua totalidade insanos por presumirem que sua ordem é divina e as coisas que acontecem na África que quase duvidamos que sejam humanos realizando de tão brutais e impiedosas.

Será disso que temos medo? De piorar? Eu tenho medo que nunca melhoremos, porque quem está com o poder só deseja mais e mais.

Salvo as exceções que são dizimadas todos os dias, gotas de orvalho no deserto da condição humana, pessoas genuinamente altruístas que tem de se prevenir contra os estupros da realidade rude e latejante.

Nem tudo está perdido, mas não vejo futuro nessa situação senão a extinção.

Sim, crude, eu considero o valor da vida humana acima de qualquer coisa. Sempre parto dessa premissa, e você não está errado ao julgar meus argumentos com base nela também.

Mas o que eu não consigo entender é a sua cadeia de raciocínio. Já deu pra notar que você não está satisfeito com o Estado. Legal, eu também. Mas você parece considerar que a pena de morte pode, de alguma forma, remediar os erros que o Estado comete. E como exatamente isso vai se dar? Menos gente na cadeia vai melhorar tanto assim a minha vida? O conforto psicológico de saber que um criminoso pode ser morto legalmente vai fazer eu me sentir mais seguro? Os políticos param de roubar quando correm o risco de morte? Até onde eu sei, não.

E o meu pensamento é que é ingênuo?

Não, não é remediar os erros do estado, é satisfazer a condição humana de querer a vingança, a revanche, o troco pelo mal cometido. Equilíbrio entre o mal que se fez e a punição.

Pois se te matam, meu amigo, nada mais te importa, tu não és mais. Se roubam o leite do teu filho, o pão da tua mesa e matam a toda a sua família, o valor das vidas desses cidadãos criminosos não tem o mesmo peso que um outro qualquer, por mais mártir que você queira ser valorizando a vida deles em detrimento da sua existência.

O seu perdão é de uma insanidade majestosa, porém compreensível, já que ademais pode ter havido uma justificativa qualquer que minimize seu sacrifício a ponto de quem te matou não possa ser morto.

Percebe o meu ponto de vista? Você se sacrificaria para impedir que matassem um inocente, e não deseja o mesmo para um culpado da mesma forma. Porque?

Porque viver é mais valioso que estar certo ou errado, né?

Acho que a única solução pra esse dilema que o crude sente seria se desenvolvêssemos uma hive mind^_^

Seria muito foda se essa mente coletiva fosse perfeitamente sana e justa. Mas mesmo os nossos mitos de criação que sugerem tal coisa são insanos, com entidades egoístas e humanas... Somos todos uns macacos pelados egoistas.

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Off-Topic / Re:Mors tua, vita mea - Pena de Morte
« Online: Outubro 05, 2012, 08:21:28 pm »
Crude, não leve a mal, mas o teu raciocínio é difícil de acompanhar. Não sei, talvez seja o sono, mas parece que você leu meu argumento e respondeu outro. Enfim.

Reclusão e morte são coisas bem diferentes. Você sai da reclusão.

Citar
Sinceramente não gostei da explanação, julgar o Estado mais sábio que os indivíduos que o compõem é pobre de substância.
Eu também não gostaria de ler isso. Mas o que eu disse foi:

Citar
Fora o fato de que toda essa lógica da Lex Talionis (eu posso, o título do tópico já está em latim mesmo...) cai por água abaixo quando existe a chance de o condenado ser inocente. O que, nesse estado que você tanto deprecia em seus comentários, é algo perfeitamente possível de acontecer (como disse o publicano, é botar uma arma na mão do vilão).

Ou seja, não disse que o Estado é mais sábio que o indivíduo (nem pretendo me enveredar por tais assuntos), muito pelo contrário, reconheço que o Estado é falho, e que, mais grave do que falhar pondo um inocente na cadeia por vinte anos é falhar matando esse inocente.

Logo, o senhor pode muito bem pesar o mal que foi causado dizendo que a vida é mais importante e deve ser preservada. Ou estou lendo errado?

Mas, parece que mesmo sabendo que um erro não justifica outro (ou um acerto não complementa outro), o senhor defende que a vida é mais importante independentemente de haver justiça ou não.

Isso é por demais ingênuo. O estado mata de fome, de vergonha, de raiva, erra insistentemente sem se retratar e ainda assim o senhor mantém sua posição ordeira, campeão moral, ética incólume.

Não há mais argumento que eu possa demonstrar contra sua posição. O senhor seria um bom mártir, não duvido.




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