Cara, é uma sensação horrível. Parece que você está usando um celular, só que a interface é diferente demais de um celular. Também é diferente demais de um PC. Então você está preso nesse limbo nojento de uma interface totalmente diferente do que está habituado em ambos os ambientes...

Pra piorar, é tudo invisível. A maior parte das coisas você tem que descobrir na tentativa e erro, porque os comandos estão escondidos nos cantos da tela, ou na borda, ou arrastando a borda, ou clicando o botão direito, ou apertando a tecla Win sozinha ou junto com outro botão... e nada disso é óbvio, nada tem pistas visuais que te dão uma ideia de como fazer uma tarefa que não conhece ainda.

Até mesmo FECHAR uma aplicação ou alternar entre elas, coisas estupidamente simples pra qualquer um que usou PC na última década, são feitas de um jeito estranho. Elementos simples da UI também são trocados sem motivo aparente, por exemplo, colocar a barra de endereço do navegador na parte de baixo da tela. Caraio, isso é tão retardado quanto o Gnome (interface de Linux) querendo acabar com o botão de minimizar e... hahahahaha, espera, o que eu tô dizendo? O Windows 8 também não tem isso! As metro apps são EXATAMENTE como no celular, tudo em tela cheia, tudo se empilhando e quando vê você está com oito programas abertos mas só enxerga um... descobrir como diabos fechar eles também é uma diversão a mais!

Pra completar, também achei o visual brega demais, mas isso é gosto pessoal. Esse visual cheio de quadradões e cores primárias me parece excessivo, ainda mais quando a obsessão por minimalismo leva a exageros como esconder o botão de "Encaminhar" um e-mail: pra chegar nele você é obrigado a clicar primeiro em "Responder". É. Joinha pra quem fez essa UI...

Caraio, isso é tão retardado quanto o Ubuntu querendo acabar com o botão de minimizar

Correção: quem quis acabar com o botão de minimizar foi o GNOME no GNOME 3 (e, deveras, acabaram). O Ubuntu discordou disso e criou a Unity, que ainda tem um botão minimizar, e apesar de bugada é uma UI interessante.

EDIT: Só para deixar todo mundo informado, GNOME era o ambiente de desktop do Ubuntu até a versão 2 do GNOME. A versão 3 começou a tomar decisões tão idiotas quanto a Microsoft no Windows 8 (até um dia desses eu não sabia nem que precisava segurar "alt" para aparecer o botão de desligar o computador, por exemplo), então o Ubuntu largou o GNOME e criou o Unity, usando a engine do GNOME 3 (que tem várias correções de bugs, apesar de tudo).

Enquanto isso, o Mint fez dois forks (ou seja: outro software feito por cima do código do software anterior) do GNOME 2. Um chamado MATE e outro Cinnamon (que é mais conhecido).

Mas para quem quer usar Linux, ainda existem muitas opções de ambientes de desktop (que são pré-configurados para fazer o que você esperaria que um computador fizesse) ou gerenciadores de janela (que só gerenciam janelas e deixam o resto das funcionalidades a cargo de outros softwares).

Ambientes de desktop diferentes do GNOME: Unity, KDE, XFCE, LXDE, Cinnamon, MATE

Gerenciadores de janela: OpenBox, BlackBox, Awesome, Xmonad, i3.

Cada um oferece suas próprias features. Eu uso Awesome porque é possível configurá-lo com a linguagem de programação Lua (então as possibilidades de personalização são quase infinitas).

Obrigado pela informação, VA. Eu não lembrava de quem exatamente tinha partido a iniciativa retardada. Corrigi no post.

Achievement Unlocked: Shutting Down!o

Poxa, eu testei e gostei. Gostei do visual minimalista, achei fluido o lance dos azulejos (igual ao Xbox). Como antes eu só usava o menu iniciar pela busca, ficou ainda mais fácil. É só começar a digitar na tela Metro que ele faz a busca. E a volta para o estilo antigo é fácil. O Chrome, por exemplo, roda tanto do jeito antigo como no novo, ocupando a tela inteira.

Faz sentido não ter botão de minimizar e maximizar (pois todos os aplicativos no Metro rodam em tela inteira) e o de fechar (pois você pode ao "segurar" uma tela tanto jogar ela fora como por duas lado a lado, que é algo que faço com frequência. No entanto por algum motivo ele não deixa ficar meio a meio).

Não sei se acontece isso no upgrade, mas na instalação limpa tem um tutorialzinho.

Vou customizar os azulejos com os aplicativos que uso normalmente, pois não uso as coisas da Microsoft além do Windows e Office.

O problema do Metro é que é situacional, e tentaram forçar que seja habitual, mesmo não tendo todas as funções do Desktop antigo. Por exemplo, acho que é válido o app ocupar a tela inteira em situações que exigem concentração.

De qualquer forma, o Ninite incluiu um menu iniciar

EDIT: Acho que isso era meio previsível. Uma hora o cara que criou o Windows Media Center ia deixar de ser estagiário e começar a dar pitaco.

EDIT 2:

Enfim, formatei e instalei como sistema principal, iniciou com todos os drivers instalados. Selecionei com o Ninite tudo que usava antes, voltei os backups, e por enquanto está OK. Compatibilidade perfeita com Windows 7.

A iniciativa do Metro é válida, mas a interface não é prática nem adiciona nenhuma vantagem quando se tem teclado e mouse. É o Windows Media Center estendido ao sistema inteiro (ou quase inteiro). Foi um erro não poder ficar 100% do tempo em uma das duas interfaces (sem programas adicionais). Como o Eltor falou, ela brilha mais em tablets, smartphones e videogames, que têm limitações para entrada de dados.

Na parte do sistema antigo, achei que melhorou. Os comandos em alguns menus ficaram mais visíveis e algumas ações, como colocar pendrive/HD externo ficaram mais intuitivas. Tem ribbon em tudo. Eu curto, não gostava do Office antigo com a montoeira de menus.

Não é só apertar o botão do meio e dar logout?