Autor Tópico: Tópico sobre Educação  (Lida 33643 vezes)

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Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #30 Online: Abril 07, 2012, 12:22:04 pm »
Para além de todos os problemas apresentados no tópico, creio que uma coisa fundamental é o (futuro)docente pensar sua formação, no sentido, de pra quê ele quer fazer o que faz. Este artigo de dois professores universitários americanos expõe o caso na minha área (História). Há diversas argumentações em contrário a eles - o protecionismo das carreiras acadêmicas é o mais evidente -, mas eles trazem um bom ponto: o quê se pretende com a formação universitária?

Isso vai de encontro a um fenômeno que vejo com alguma recorrência nos programas de pós-graduação: mestrado e doutorado como "muletas" para aqueles que não sabem o que fazer. "Formei-me e agora?" "Hm, não quero dar aula no Estado/Prefeitura, não quero isso, não quero aquilo" "Ah, vou entrar no mestrado/doutorado. Tem bolsa [eventualmente sim, todos conseguem bolsa] e depois vejo o que fazer". Isto é um desserviço aos programas de pós, pois geram produções medíocres, além do gasto desnecessário de dinheiro público.

PS: Que fique claro que não estou isentando o Estado de qualquer responsabilidade. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo que o diga. É péssima, para dizer o mínimo. A questão é o processo de melhoria da educação (do qual sou entusiasta ferrenho) também passa pela formação do professor.

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Câmara aprova dia nacional do piso salarial dos professores
« Resposta #31 Online: Abril 17, 2012, 11:03:34 pm »
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Câmara aprova dia nacional do piso salarial dos professores

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na terça-feira (10) o Projeto de Lei 5736/09, do Senado, que institui o Dia Nacional do Piso Salarial dos Professores.
A data será comemorada em 23 de março, quando foi apresentado o projeto de lei que se transformou na Lei do Piso do Magistério (Lei 11.738/08).
O projeto seguirá para a sanção presidencial, a menos que haja recurso para sua análise pelo Plenário.
Segundo o autor da proposta, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a data é necessária para celebrar a conquista do piso, “tão importante para o aprimoramento do sistema educacional”.
A comissão acompanhou o voto do relator, deputado Marcos Medrado (PDT-BA), pela constitucionalidade e juridicidade do projeto.

Íntegra da proposta: PL-5736/2009

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Regina Céli Assumpção

Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #32 Online: Abril 18, 2012, 08:04:48 pm »
Cria-se um dia do piso, mas não se cria um piso decente.

Engraçado, isso.

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Supremo declara constitucionalidade do ProUni
« Resposta #33 Online: Maio 04, 2012, 01:52:47 pm »
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Supremo declara constitucionalidade do ProUni

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria de votos, julgou improcedente o pedido feito na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3330, ajuizada pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen). A entidade questionava a Medida Provisória nº 213/04, convertida na Lei nº 11.096/2005, que instituiu o Programa Universidade para Todos (ProUni) e passou a regular a atuação de entidades de assistência social no ensino superior.

O julgamento da ADI – à qual foi anexada a ADI 3314, proposta pelo partido DEM, por ter exatamente o mesmo objeto – foi iniciado em 02 de abril de 2008, quando seu relator, ministro Ayres Britto, se pronunciou pela improcedência do pedido. Naquele mesmo julgamento, o Plenário, por unanimidade, não conheceu (decidiu não julgar o mérito) da ADI 3319, por não reconhecer legitimidade ativa à Federação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Social (Fenafisp), autora dessa ADI, para propor a ação. Suspenso naquela oportunidade, o julgamento foi retomado hoje com a apresentação do voto-vista do ministro Joaquim Barbosa.

Alegações

Na ação, a Confenen sustentava que a MP e a lei em que foi convertida ofendem o artigo 62 da Constituição Federal (CF) e, por via de consequência, ao princípio da separação dos Poderes da República Federativa, consagrado no artigo 2º da CF, caracterizando-se a usurpação legislativa pelo chefe do Executivo, ante à ausência de “estado de necessidade legislativo”, que autorizaria a utilização de Medida Provisória.

Sustentava, ainda, que os artigos 10 e 11 da lei impugnada violam os artigos 146, II e 195, parágrafo 7º, da Constituição, por invadirem seara reservada a lei complementar, ao pretenderem “conceituar entidade beneficente de assistência social“, e ao estabelecerem “requisitos para que a entidade possa ser considerada beneficente de assistência social”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se pela improcedência da ação. No mesmo sentido se pronunciou a Advocacia-Geral da União (AGU), que defendeu a constitucionalidade da MP e da lei impugnada.

Voto-vista

Em seu voto-vista, o ministro Joaquim Barbosa refutou todos os argumentos da Confenen e do DEM. Em síntese, ele sustentou que o ProUni é coerente com diversos dispositivos constitucionais que preveem a redução de desigualdades sociais. Em favor desse argumento, ele citou dados do Censo Anual de 2008 do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacional (Inep), segundo o qual havia, naquele ano, uma oferta de 2,98 milhões de vagas nas universidades de todo o país, das quais 1,479 milhão estavam ociosas.

Ainda segundo aquele censo, a maior parte dessas vagas ociosas se localizava em universidades privadas. E a causa disso era a dificuldade financeira das famílias de pagar o estudo superior de seus filhos.

Assim, conforme o ministro, ao financiar a bolsa total para alunos de famílias com renda até 1,5 salário mínimo e parcial para aqueles egressos de famílias com renda de até 3 salários mínimos, o ProUni representa um importante fator de inserção social. E essa afirmação, segundo ele, é confirmada por uma pesquisa feita em março de 2009 pelo Ibope, segundo a qual 56% dos alunos apoiados pelo ProUni já trabalhavam quando iniciaram seu curso superior, mas seu nível de emprego aumentou para 80% após esse patrocínio, contribuindo para melhorar a renda de suas famílias. Além disso, conforme argumentou, o custo de cada bolsa do programa é inferior ao custo por aluno em universidades públicas e, também, privadas.

Autonomia e igualdade

O ministro Joaquim Barbosa refutou, ainda, a alegação de que o ProUni ofenderia o princípio da autonomia universitária, previsto no artigo 207 da CF. Segundo ele, a adesão das universidades ao programa é facultativa. “Nenhuma instituição particular de ensino superior está obrigada a se vincular ou se manter vinculada ao ProUni, e a adesão tem prazo de vigência de 10 anos, contado da data de sua assinatura”, afirmou.

Por outro lado, de acordo com ele, “há que se considerar que a autonomia universitária não é um objetivo que se esgota em si próprio. Ela existe para que se atinjam outros objetivos, de natureza educacional, social, cultural”. Ele refutou, também, a alegação de ofensa ao princípio da igualdade, alegando que somente podem candidatar-se ao ProUni aqueles candidatos aprovados em processo de seleção regular, disputado com os demais alunos.

Livre iniciativa

O ministro rebateu, também, a alegação de que o ProUni ofenderia o princípio da livre iniciativa (artigo 170, parágrafo único da CF), que assegura a todos o livre exercício da atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previsto em lei. Segundo ele, as universidades que aderirem ao ProUni não sofrem qualquer restrição. E, considerando a ociosidade de vagas nessas instituições, a lei pode até favorecer a manutenção de suas atividades, em razão dos benefícios tributários que passarão a usufruir.

Por outro lado, ele destacou que a educação não é uma mercadoria ou serviço sujeito às leis do mercado e sob a regência do princípio da livre iniciativa. “Se a legislação franqueia a educação à exploração pela iniciativa privada, essa só pode ocorrer se atendidos requisitos do artigo 209 da CF”, sustentou. Segundo ele, “não se trata, propriamente, de incidência pura do princípio da livre iniciativa”.

Ministra Rosa Weber

Acompanhando o voto do relator, a ministra Rosa Weber destacou que as alegações de violação aos princípios da isonomia, autonomia universitária e livre iniciativa já foram abordados em seu voto na ação julgada há duas semanas pelo STF, quanto ao critério de cotas da Universidade de Brasília (ADPF 186).

Especificamente sobre a lei que instituiu o ProUni, a ministra proferiu seu entendimento com relação ao dispositivo que dá prioridade às empresas aderentes ao programa na distribuição dos recursos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Para a ministra Rosa Weber, não há inconstitucionalidade, uma vez que o sistema apenas estimula a adesão ao programa ao dar prioridade ao repasse dos recursos, não deixa de fazer repasse às não aderentes, e cria mecanismos de estímulo à participação em um importante programa de inclusão social.

Ministro Luiz Fux

O ministro Luiz Fux votou hoje pela constitucionalidade do programa. “O ProUni representa uma política pública federal, subsidiado com recursos federais, de adesão voluntária, por isso não viola a livre iniciativa nem o pacto federativo. É um exemplo eloquente de fomento público de atividades particulares relevantes”, disse. O ministro rebateu o argumento de que o programa fere a isonomia ao repassar verbas para universidades privadas que instituírem ações afirmativas, reservando bolsas para alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas, sendo que boa parte delas deve ser concedida a negros, índios e portadores de necessidades especiais.

“A isonomia, no caso concreto, reclama tratamento isonômico, tratando igual os iguais e desigualmente os desiguais. Um dos subprincípios da isonomia na Constituição Federal, no seu artigo 206, é garantir a igualdade de acesso à educação”, afirmou, lembrando que há um paradoxo no Brasil no qual alunos de escolas públicas têm dificuldade de acesso às universidades federais e estaduais, que são as melhores do país, por conta da baixa qualidade dos colégios públicos. O ministro Luiz Fux também sustentou que a lei que criou o ProUni não limitou o poder estatal de tributar ao conceder isenção às entidades que aderem ao programa. “A lei apenas estabelece critérios para que as entidades possam se enquadrar no programa. Isso nada tem a ver com o poder de tributar”, apontou. O ministro Cezar Peluso também acompanhou o relator.

Ministro Gilmar Mendes

Ao acompanhar o voto do relator das ADIs 3330 e 3314, o ministro Gilmar Mendes afirmou que a sistemática adotada pelo ProUni para fomentar a concessão de bolsas de estudo por parte de instituições privadas de educação superior mediante o oferecimento, em contrapartida, de isenção de alguns tributos, é, em sua opinião, um modelo extremamente engenhoso que favorece mais de um milhão de estudantes, e que deveria ser estendido a outros setores.

Para o ministro, o ProUni é bem-sucedido muito em razão de seu mecanismo de fiscalização, que é “bastante simples, quase documental”, na medida em que dispensa a atuação de fiscais para impedir fraudes. “É um modelo institucional digno de encômios [elogios] porque todos nós sabemos da dificuldade de se fazer um controle dessas entidades. E é um modelo que pode se expandir para outras áreas, como a saúde”, afirmou.

O ministro Gilmar Mendes também teceu elogios aos critérios para a concessão de bolsas com base na renda, e não na cor da pele. O programa é dirigido aos estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais, com renda per capita familiar máxima de três salários mínimos. “A lei do ProUni, em verdade, estabelece o critério de renda do aluno como requisito essencial para a concessão dessas bolsas”, finalizou.

Divergência

O ministro Marco Aurélio foi o único a divergir da maioria e votar contra a norma que instituiu o ProUni. “O meu compromisso não é com o politicamente correto. É com o politicamente correto se estiver, sob a minha ótica, segundo a minha ciência e consciência, harmônico com a Carta da República”, disse.

Para o ministro Marco Aurélio, o projeto de lei originalmente apresentado pelo Executivo ao Congresso Nacional com o intuito de criar o ProUni foi atropelado pela MP. Ainda segundo ele, a medida provisória contém diversos vícios, como, por exemplo, não respeitar os requisitos de urgência e relevância previstos na Constituição Federal, e regular matéria tributária (prevê isenção fiscal às universidades que aderirem ao ProUni), o que somente pode ser feito por meio de lei complementar.

“O Poder Executivo abandonou o projeto tendo em conta a polivalência que ganhou a medida provisória e potencializando requisitos (da urgência e relevância) editou a medida provisória”, ponderou. Ele observou ainda que pouco importa que a MP tenha sido convertida em lei. “O vício originário quanto à edição da medida provisória contamina a lei de conversão. A lei de conversão, em síntese, é válida se válida se mostrar a medida provisória”, concluiu ao citar o jurista Celso Antonio Bandeira de Mello.

O ministro Marco Aurélio também questionou o fato de a lei prever sanções, a serem aplicadas pelo Ministério da Educação, para instituições que descumprirem as obrigações assumidas no termo de adesão ao ProUni. “Sob esse ângulo, se tem um maltrato à autonomia universitária”, afirmou. Ao final de seu voto, o ministro defendeu que o Estado invista em universidades públicas, ao invés de “compelir a iniciativa privada fazer o que o próprio Estado deveria fazer”.

Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=206553
"Sonhos são o que temos." Jojen Reed

Arcade

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Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #34 Online: Maio 04, 2012, 07:54:21 pm »
Moralismo estúpido.

Ô...  O que é um par de (belas) tetas, quando as escolas públicas já estão atoladas de traficantes e delinquentes juvenis?

(nada a ver com o tópico, mas eu fico imaginando: se ela fosse transexual as reclamações seriam chamadas do que mesmo?  :) )

Meu lado profissional diz que é desnecessário, que há horas apropriadas para mostrar os peitos, mas meu lado onanista apoia a professora.

E tem outro lado? Masturbação onanista para os alunos, masturbação mental para os pais...

Cria-se um dia do piso, mas não se cria um piso decente.
Engraçado, isso.

Que piso? Aqui no Rio Grande do Sul ninguém ouviu falar dessa lei...

O que eu acho engraçado mesmo é que professor no Brasil é tão f*dido que precisa de uma lei para que se proíba que matem eles de fome...  XD

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Supremo declara constitucionalidade do ProUni
Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=206553

Um dos "dotôres" que aprovou as cotas racistas agora se apegando a "detalhes" como vícios na lei, e o outro aplaudindo que a dita lei não faz distinção de raça!

Tem como levar a sério esse pessoal???  :jester:

Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #35 Online: Maio 04, 2012, 09:48:11 pm »
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Que piso? Aqui no Rio Grande do Sul ninguém ouviu falar dessa lei...
Semana passada foi divulgado que o governo vai dar um bônus para aqueles cujo vencimento básico seja menor que o piso, de forma a completar os 1400 e pouco (para 40h). Mas a professoraiada ainda tá meio de cara (e com razão), porque benefícios (como o bônus por lecionar em local de dificil acesso) não vão incidir sobre este extrinha. Além disso, professores cujo vencimento básico seja maior que o piso (como os que possuem pós-graduação) não vão receber nem uma titica a mais. Como o básico de quem tem um mestrado é muito próximo do piso, na prática ele vai estar ganhando praticamente o mesmo que alguém que só tem o magistério.

Mas é incrível a quantidade de estados que não paga o piso! O RS é um dos que menos paga(va), perdendo (acho) só para MG, que paga 362,00 para 24 h. Vê se isso tem lógica? O futuro professor tá la na faculdade (fazendo sua licenciatura) e trabalhando com algum professor, recebendo para isso uma bolsa de iniciação científica de R$ 360,00 por 20h. Aí ele termina todas disciplinas e estágios, mas resolve não se formar, só para não largar a bolsa de IC, porque ele ganha mais nela do que no futuro emprego depois de formado!!!! (ok, não é verdade porque bolsista não tem 13º, benefícios, triênios, etc, mas deu para entender)

Arcade

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Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #36 Online: Maio 05, 2012, 12:53:40 am »
Não, em alguns casos é verdade SIM. Já vi gente ganhar bolsa de 2 a 3 mil limpinhos pra Mestrado ou Doutorado. E o melhor: bolsa não paga imposto nenhum.

Aliás, até na faculdade federal na minha época, final dos anos 90 a início dos anos 2000, tinha professor que vivia fazendo isso só pra aumentar o ordenado.

Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #37 Online: Maio 05, 2012, 01:08:53 pm »
Mas aí é pós graduação. Eu quis mostrar o absurdo da lógica de um cara ganhar mais até uma bolsa de Iniciação Científica, que o cara faz sem nem estar formado! (e quem recebe tão pouco não precisa pagar imposto independente de ser bolsa ou não).

E falando na pós graduação: Até existem bolsas nestes valores (2 a 3 mil), mas são incomuns (não são de orgãos federais, como cnpq e capes). Atualmente os valores para mestrado e doutorado são, respectivamente, 1200 e 1800. Valores estes que não foram reajustados em mais de quatro anos. Mês passado o mercadante anunciou que as bolsas seriam reajustadas, e semana passada (ou na outra) o Raupp jogou um balde de água fria nos ânimos dos pós graduandos dizendo que o reajuste será parcelado (provavelmente só 10% no final deste semestre). Como mestrando que depende desta bolsa para viver, confesso que fico contente mesmo com 10% :P

Arcade

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Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #38 Online: Maio 05, 2012, 01:54:27 pm »
Ah tá, entendi.
« Última modificação: Maio 06, 2012, 10:27:33 am por Nihil »

Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #39 Online: Maio 07, 2012, 12:48:11 pm »
Aliás, para os pós graduandos da spell que não viram ainda a notícia:

Aumento de 10% no valor das bolsas a partir de julho.
No início de 2013 é para ter outro reajuste, mas imagino que não vá passar de 10% também.

Offline Arcane

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Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #40 Online: Maio 07, 2012, 03:53:17 pm »
Nossa, alguns valores são resíveis mesmo... na UENF aqui em Campos era mais ou menos assim (em 2004, antes de eu sair):

IC: ~933,00
Mestrado: ~2100,00
Doutorado: ~3250,00

Não creio que tenha mudado muito, salvo engano era um convênio de repasses entre a CAPES e o Estado do RJ.
Venham pra cá!!  :p

Ps. Bolsa realmente não paga imposto, mas, salvo engano, a declaração de IRRF é obrigatória (não vale declarar como isento), mesmo que a soma de sua renda não atinja o limite.
« Última modificação: Maio 07, 2012, 03:55:30 pm por Arcane »
Somos todos bots!

Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #41 Online: Maio 07, 2012, 04:24:59 pm »
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Ps. Bolsa realmente não paga imposto, mas, salvo engano, a declaração de IRRF é obrigatória (não vale declarar como isento), mesmo que a soma de sua renda não atinja o limite.
Se não me engano, quem tem renda menor que o valor de corte la não precisa nem fazer a declaração. Se for como você diz eu estou com problemas com a receita, porque nunca declarei.

Offline Arcane

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Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #42 Online: Maio 07, 2012, 04:49:38 pm »
Dá uma confirmada no Departamento de Pessoal/RH/Pró-reitoria/etc de sua faculdade/universidade. Eles devem ter informações mais atualizadas sobre isso.

Sinceramente eu não via sentido nessa declaração, mas era a orientação que tínhamos. Como não fazia mal nenhum declarar, então tb ñ tinha mta importância pq o trabalho que dava era mto pouco.
Somos todos bots!

Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #43 Online: Junho 26, 2012, 10:14:09 pm »
Notícias relativamente boas: acabou de ser aprovado na câmara o novo Plano Nacional de Educação (ainda tem que passar pelo congresso).

Entre as metas do PNE, as mais interessantes: professores ganhando salário equivalente ao de outros profissionais de grau de escolaridade equivalente, educação em tempo integral para 50% das escolas públicas de ensino básico e (o mais falado) aumento do investimento em educação dos atuais 5% para 10% (prazo de 10 anos para cumprimento da meta), tendo que ter aumentado para no mínimo 7% em 5 anos. Detalhe é que alguns estudos (já desde o ano passado) mostravam que os 5% adicionais seriam apenas o mínimo para implementar tadas as medidas propostas pelo PNE. Ou seja, em 5 anos vamos começaaar a ver alguma mudança, e em 2020 talvez as coisas comecem a entrar nos eixos. O que é bom, porque é melhor entrar nos eixos em 2020 do que nunca (exceto que o pré-sal, olimpiadas e nossa chance de brilhar no cenário mundial não vão esperar)

Nota especial para a meta 7 do PNE: até 2021, elevar a média nacional do ensino medio no IDEB para ridículos 5.2 (para quem não sabe, vai de 0 a 10, sendo 6 a media mínima estabelecida pelo MEC). Pelo menos eles estão sendo realistas aqui. Mais ridículo ainda, a estratégia 16 para esta meta: "Garantir o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena". Eu nunca fiz nenhuma avaliação do IDEB, mas não é cobrado apenas matemática, leitura e ciências? Não querendo desvalorizar a história indígena, mas como isso vai aumentar a média no IDEB? Isso no máximo serve para deixar claro que os redatores do PNE não tinham muita ideia do que estavam escrevendo. Outra estratégia para aumentar nossa média no IDEB: "Implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando-se os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente de que trata a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990". :facepalm:

Ainda tem muita coisa faltando (uma meta de reduzir o número de alunos por turma para a metade seria um ouro), e no geral eu continuo pessimista. Parece que basta dizer que vão aumentar os investimentos que o pessoal já acha que tudo vai melhorar automaticamente. Se esquecem que o ponto não é a quantidade de investimento, mas sim a qualidade do mesmo. Tanto que o país com os melhores indices educacionais é a Finlandia, que investe "apenas" 6.5% do PIB em educação. A questão é primariamente cultural, e isto é algo que ninguém parece querer mudar por aqui (um vídeo interessante mostrando como são as escolas da finlândia pode ser visto aqui: http://news.bbc.co.uk/2/hi/programmes/world_news_america/8601207.stm)

Mesmo assim, saber que o professor vai poder ganhar o mesmo que um engenheiro já dá algum motivo para comemoração...

Offline Barão

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Re:Tópico sobre Educação
« Resposta #44 Online: Junho 26, 2012, 10:37:47 pm »
Mais dinheiro para as prefeituras embolsarem.