Continuando
daqui. Como seu post tem diversas afirmações que posso discordar, vai sair algo bem fragmentado.
Elfo, considerando que a maioria pensa que o Deus Real é o de sua respectiva religião,
Não há o que discordar aqui. Salvo uma minoria extrema de pessoas, se alguém se une a uma religião, em algum nível vai concordar com as crenças dela.
e que estas foram criadas para instituir a vontade individual de uns poucos sobre o coletivo para exercer relações de poder,
Aqui a situação fica muito mais "cinzenta". Embora historicamente diversas crenças religiosas estiveram intimamente ligadas a formas de organização estatal (como o Shinto e a Divinização do Imperador como filho de Amaterasu, o Judaísmo antigo e sua adoração a figuras monárquicas como Davi e Josias, os Deuses Imperadores em Roma e no Egito), eu não vejo nenhum elo necessário entre religiões e instituições de poder.
o erro é supor que Deus é sujeito às limitações morais dos seres humanos
Na verdade, é o que diversas religiões monoteístas ocidentais clamam (Catolicismo Romano e Ortodoxo, uma boa porção do Protestantismo com a exclusão dos Calvinistas e seus derivados, boa porção do Judaísmo - especialmente Ortodoxo, Conservador e boa parte dos Reformistas - e presumo que o Espiritismo chegue bem próximo disso).
Deus não é necessariamente limitado em sua
capacidade de realizar apenas ações moralmente corretas para humanos, mas por ser Totalmente Bondoso (ou Perfeito), ele se limita a realizar
de fato apenas aquelas ações que são bondosas.
Se não existe ninguém para mandar nele, então moral deveria ser um conceito inexistente para o mesmo.
É uma das conclusões possíveis se você não assume a princípio que Deus é Bom.