"Um processo emergente". Legal, então ambos assumimos que a cultura emerge do homem, e não o contrário.
Quero dizer, é bastante óbvio que a cultura em que estamos imersos molda nosso caráter. Mas tomando desse conceito de cultura determinista e irresistível, substituto oportuno para "Deus", faz parecer que nenhum de nós tem competência pra ser diferente por si mesmo. Ora, se fosse assim, a cultura não mudaria com o tempo, sempre atendendo aos interesses dos mais violentos* e dominantes.
E sobre a religião, concordamos de novo então: acabe com as religiões, e os homens vão encontrar novos motivos para endossar interesses econômicos e políticos. Aliás, já estão fazendo isso, com os novos cotismo, gayzismo, feminismo e outros "ismos" travestidos de ateísmo.
Não estou defendendo religiões, apenas não as vejo como a fonte de todo o mal do mundo, como alguns ateus de internet fazem. Vejo essa fonte no próprio homem, que cria o conceito de "mau" e depois convenientemente o distorce conforme seus interesses pessoais.
* Por violento, não entenda apenas violência física. Entenda também coisas tão sutis como a imposição do próprio modo de pensar sobre a massa.
EDIT: erro crasso de português.