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Genoino pede aposentadoria por invalidez
« Resposta #600 Online: Setembro 05, 2013, 07:58:04 pm »
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Genoino pede aposentadoria por invalidez na Câmara dos Deputados

ANDRÉIA SADI
DO PAINEL, EM BRASÍLIA

O deputado federal José Genoino entrou nesta quarta-feira (4) com pedido de aposentadoria por invalidez na Câmara dos Deputados. A informação é do seu advogado, Luiz Fernando Pacheco. "O estado de saúde dele recomenda repouso e inspira cuidados", diz o defensor.

Segundo Pacheco, foi protocolado junto com o pedido na Câmara um laudo médico assinado pelo médico Roberto Kalil, relatando o histórico de saúde do petista.
O advogado disse que o pedido foi feito com base nos problemas de saúde de Genoino. O parlamentar foi internado em julho, quando foi submetido a uma cirurgia na aorta. Dias depois, sofreu uma isquemia cerebral --obstrução da circulação sanguínea no cérebro--, prontamente revertida. Ele teve alta no dia 20 de agosto.

O diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, diz que, caso fique comprovada a situação de invalidez de Genoino, o deputado terá direito à aposentadoria integral, de R$ 26 mil brutos além de plano de saúde.

Genoino já era aposentado pela Câmara antes de reassumir o mandato em 2010, mas só recebia aposentadoria parcial, segundo Sampaio.

Durante o exercício do mandato, a aposentadoria de Genoino foi suspensa. Sampaio não soube informar o valor da aposentadoria parcial, mas disse que irá levantar.

MENSALÃO

O deputado, então presidente do PT no auge do mensalão, foi condenado no escândalo a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu que ele participou de negociações com os partidos beneficiados pelo esquema e com os bancos que emprestaram recursos para o mensalão.

O STF pode concluir nesta quinta (5) o julgamento do caso ao analisar um dos principais pontos dessa fase do processo: se aceita reavaliar os casos de 12 réus cujas condenações ocorreram com ao menos 4 votos a favor de sua absolvição.

Caso o tribunal defina que esse tipo de recurso não é válido, a Procuradoria-Geral da República afirmou nesta quarta estar pronta para pedir a prisão imediata dos condenados no mensalão, o maior escândalo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/09/1337262-genoino-pede-aposentadoria-por-invalidez-na-camara-dos-deputados.shtml
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Offline Skar

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #601 Online: Setembro 05, 2013, 11:33:56 pm »
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Caso o tribunal defina que esse tipo de recurso não é válido, a Procuradoria-Geral da República afirmou nesta quarta estar pronta para pedir a prisão imediata dos condenados no mensalão, o maior escândalo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

A melhor noticia que o Assumar pode trazer e que vou rir a toa quando eles forem pra cadeia.

@Publicano

O soldado pode ser jesus Cristo que ninguém ta ligando, ele cometeu crimes de espionagem.
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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #602 Online: Setembro 06, 2013, 08:43:57 am »
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Mas o que é "um provedor mínimo de serviços básicos"? Se você se refere ao fato da educação e da saúde também poderem ser apenas privados, mas com o Estado subsidiando educação e tratamento em instituições privadas para quem não tem condições de pagar, eu já pensei nessa possibilidade, mas ela não daria certo.

Não, não. Parcerias Público-Privadas são algo quase tão assustador quando empresas puramente Estatais quando não são piores, pois passam a ser instituições com lucro privado, mas prejuízos públicos. Isso costuma a gerar "Crony Capitalism" e o que é chamado de "Estado do Bem Estar Corporativo".

Eu aceito mesmo instituições públicas (que darão prejuízo econômico e seriam sustentadas puramente por impostos), mas que não operem em um sistema universal e foquem-se em resolver doenças mais comuns em uma determinada população ou cuja solução seja barata e seus benefícios sejam amplos.
Desculpa voltar pra esse ponto do tópico, mas tem dias que eu tento entender esse ponto.

Tipo, num mundo em que o estado só oferece serviços baratos de saúde e não se fala em parcerias público/privadas o que o pedreiro faz quando pega um câncer? (Relendo parece que eu estou apelando pro emocional, mas na verdade eu só quero saber como funciona essa idéia)
Eu amo você. Tenho orgulho de você. Você trouxe à sua mãe e a mim mais alegria do que eu achei que houvesse. Seja bom pra ela e cuide bem dela.

Seja um dos mocinhos. Você tem que ser como John Wayne: Não aguente merda de nenhum idiota e julgue as pessoas pelo que elas são, não pela aparência.

E faça a coisa certa. Você tem que ser um dos mocinhos: Porque já existem Bandidos demais.

Re:Política, tópico permanente
« Resposta #603 Online: Setembro 06, 2013, 03:02:52 pm »
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Tipo, num mundo em que o estado só oferece serviços baratos de saúde e não se fala em parcerias público/privadas o que o pedreiro faz quando pega um câncer? (Relendo parece que eu estou apelando pro emocional, mas na verdade eu só quero saber como funciona essa idéia)

Nesse caso específico e assumindo que ele não tenha nenhum tipo de plano de saúde, ele dependeria das suas reservas de dinheiro (ou seja, provavelmente estaria ferrado). É um ponto fraco desse tipo de estratégia de saúde.
« Última modificação: Setembro 06, 2013, 03:06:51 pm por Stormbringer »

Offline Malena Mordekai

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #604 Online: Setembro 09, 2013, 05:52:11 pm »
Os EUA fazem espionagem contra a gente e beleza, agora denunciar os caras pode ser crime por lá, mas não deveria ser malvisto pelos países que foram avisados, Skar. Foda-se que é crime por lá, eu não sou americano nem ancap obcecado por contratos.

E JÁ QUE VOCÊ FALOU DE JESUS CRISTO, LEIA ATÉ O FINAL A NOTÍCIA ABAIXO:

 :shock: MOMENTO WTF  :shock:



http://esporte.uol.com.br/basquete/ultimas-noticias/2013/09/09/ditador-dara-100-garotas-por-semana-para-rodman-treinar-coreia-do-norte.htm

A ligação entre Dennis Rodman e a Coreia do Norte pode ficar ainda mais estreita. O mandatário do país, Kim Jong-Un, convidou o ex-jogador da NBA para ser o treinador da seleção de basquete do país na busca por uma vaga nas Olimpíadas do Rio-2016.

"As pessoas ficam muito felizes quando veem esportes. O esporte é a maneira número 1 de manter as pessoas juntas em todo o mundo. Quero uma ponte com a Coreia do Norte", disse o ex-jogador.

Rodman planeja organizar um amistoso entre a seleção norte-coreana e um combinado de ex-jogadores da NBA que foram seus colegas de equipe, em evento que ocorreria no aniversário do ditador, em janeiro. Não deixou claro, porém, se lendas como Michael Jordan e Scottie Pippen serão convidadas para o amistoso.

Questionado sobre a proposta para treinar a seleção do país, Rodman disse se tratar de uma oferta 'irrecusável' devido aos benefícios oferecidos pelo ditador norte-coreano.

"Cheguei e havia 100 meninas, todas belas asiáticas, esperando por mim. Como é que alguém vai resistir a isso? Dei a cada uma delas um passeio pela estrada de ferro Dennis Rodman, se é que você me entende. Não sei como ele sabia que eu gosto de meninas asiáticas, mas Kimmy é esperto", afirmou Rodman.

"E agora Kimmy diz que vai encontrar 100 novas garotas para mim por semana. Toda semana! E ainda vai me pagar US$ 2 milhões por ano para ser treinador. Honestamente, você recusaria uma proposta dessas? Jesus Cristo não recusaria uma oferta como essa", completou o ex-jogador.
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Fim do foro privilegiado para deputado e senador causa polêmica na CCJ
« Resposta #605 Online: Setembro 11, 2013, 09:39:13 pm »
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Fim do foro privilegiado para deputado e senador causa polêmica na CCJ

Deputados divergiram sobre PEC que autoriza juízes de primeira instância a processar parlamentar em ação criminal. Votação foi adiada.
A discussão da Proposta de Emenda à Constituição 470/05, do deputado Anselmo de Jesus (PT-RO), que acaba com o foro privilegiado para deputados e senadores, causou polêmica nesta manhã na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), que analisa a admissibilidade da proposta.

Atualmente, os parlamentares só podem ser processados no Supremo Tribunal Federal. A PEC possibilita aos juízes de primeira instância processar parlamentar em ação criminal, como qualquer outro cidadão.

O parecer do deputado Efraim Filho (DEM-PB) foi pela admissibilidade da proposta e de outras apensadas que têm o mesmo objetivo (PECs 78/07, 119/07, 142/12, 174/07 e 484/10). “O mérito da proposta é discutível e deve ser analisado pela comissão especial, mas ela não fere nenhuma das cláusulas invioláveis do texto constitucional", disse. Ele lembra, porém, que PEC 130/07, que tinha o mesmo objetivo, já foi rejeitada pela Câmara.

O deputado Jutahy Junior (PSDB-BA) apresentou voto em separado, pela inadimissibilidade da proposta. “O fim da prerrogativa de foro aumentaria ainda mais a impunidade que se pretende reduzir, pois, se o processo passar a ter início na primeira instância, estará sujeito a inúmeros recursos em seu longo percurso até os Tribunais Superiores”, argumentou. Ele afirmou ainda que, com o fim do foro privilegiado, poderia haver perseguição política a parlamentares por parte de juízes de primeira instância.

O deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR) acredita que, como hoje os parlamentares são processados só no Supremo, os criminosos são punidos mais rapidamente.

O deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) pediu vista à proposta e a votação foi adiada.

Reportagem – Lara Haje
Edição - Daniella Cronemberger

Fonte: Agência Câmara Notícias
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Por 6 a 5, Supremo decide dar nova chance a 12 réus do mensalão
« Resposta #606 Online: Setembro 19, 2013, 12:08:15 am »
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Por 6 a 5, Supremo decide dar nova chance a 12 réus do mensalão

Celso de Mello desempatou, e tribunal aceitou embargos infringentes.
Com isso, José Dirceu e mais 11 réus serão julgados novamente.

Com o voto dado pelo ministro Celso de Mello nesta quarta-feira (18), o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por seis votos a cinco, pela validade dos embargos infringentes, recurso que leva a um novo julgamento nas condenações em que o réu obteve ao menos quatro votos favoráveis.
A decisão dará uma nova chance nos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha para 12 dos 25 condenados no processo do mensalão. Com isso, o encerramento da ação penal e o cumprimento das prisões – que poderiam ocorrer ainda neste ano – deve ficar para 2014.
Depois de decidir pela validade dos embargos infringentes, o tribunal negou por unanimidade pedido feito pela defesa do ex-deputado Pedro Corrêa para que todos os condenados com ao menos um voto favorável pudessem pleitear novo julgamento. O plenário negou por entender que o regimento do STF estabelece que são necessários quatro votos.
O Supremo decidiu ainda que os condenados terão prazo em dobro para apresentação dos recursos. Por meio de sorteio eletrônico também definiu que Luiz Fux será o ministro relator dos embargos infringentes a serem apresentados pelos réus.
Celso de Mello
Em voto de duas horas, Celso de Mello desempatou o julgamento sobre a validade do recurso, iniciado há duas semanas com o voto do ministro Joaquim Barbosa.
Os embargos infringentes são recursos previstos no artigo 333 do Regimento Interno do Supremo, mas não constam na lei 8.038/1990, que regula as ações no STF.
Por isso, parte dos ministros defendia que a lei de 1990 revogou tacitamente (quando não há anulação explícita de um artigo) a existência dos infringentes. Votaram dessa forma Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello.
Mas, para a maioria do Supremo, a lei simplesmeste não tratou do recurso e, portanto, o regimento da Corte é válido para definir sua existência. Votaram de acordo com esse entendimento, além de Celso de Mello, os ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski - confira a argumentação de cada um.
No voto de desempate, Celso de Mello afirmou que o regimento do Supremo "foi recebido [pela Constituição] com força, autoridade e eficácia de lei".
"Tenho para mim que ainda subsistem no âmbito do STF, nas ações penais originárias (que começam no Supremo), os embargos infringentes previstos no regimento que, ao meu ver, não sofreu no ponto revogação tácita em decorrência da lei 8038/1990, que se limitou a dispor sobre normas meramente procedimentais", afirmou o ministro Celso de Mello.
O magistrado disse, no início do seu voto, que o Supremo não pode ceder a pressões das ruas.
"[O STF] não pode se expor a pressões externas, como aquelas resultantes do clamor popular e da pressão das multidões, sob pena de abalar direitos e garantias individuais e [levar] à aniquilação de inestimáveis prerrogativas que a norma jurídica permite a qualquer réu diante da instauração em juizo do devido processo penal", frisou.
Durante o voto, Celso de Mello afirmou ainda que é dever do Supremo garantir a todos os acusados "um julgamento justo, imparcial e independente".
Para ele, se agisse sob pressão, o Supremo estaria "a negar a acusados o direito fundamental a um julgamento justo". "Constituiria manifesta ofensa ao que proclama a Constituição e ao que garantem os tratados internacionais", completou.
Regimes de prisão
A aceitação pelo Supremo dos embargos infringentes poderá levar à mudança do regime de prisão (do fechado para o semiaberto) de três réus (José Dirceu, Delúbio Soares e João Paulo Cunha), caso eles sejam absolvidos do crime no qual obtiveram quatro votos a favor.
Há possibilidade de isso ocorrer porque o tribunal tem dois novos ministros em relação aos que julgaram o processo no ano passado – Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.
Prescrições
Mesmo que os condenados não consigam absolvições, mas obtenham diminuição das penas, isso pode levar a prescrições (situação em que o condenado não pode mais ser punido em razão do tempo decorrido do cometimento do delito).
Para dois dos 12 condenados (Breno Fischberg e João Cláudio Genu), que têm apenas uma condenação, há chance de que a punição se reverta para absolvição.
Ao analisar os infringentes, porém, o Supremo também pode decidir manter as penas de todos os condenados.
Trâmite no tribunal
Pelo regimento do Supremo, os embargos infringentes só devem ser apresentados depois da publicação da decisão dos embargos de declaração, que contestam omissões, contradições ou obscuridade e cujo julgamento foi concluído no começo de setembro.
Pelo regimento, o prazo para publicação do acórdão (documento que resume as decisões do julgamento) é de 60 dias – a expectativa é de que seja publicado em novembro.
O regimento prevê 15 dias após a publicação para apresentação do recurso, mas o Supremo dobrou o prazo.
Apesar de ser um recurso para fase posterior, a discussão sobre a validade dos infringentes foi antecipada porque o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares apresentou o recurso. Em decisão individual, Joaquim Barbosa negou por entender que não era cabível, e a defesa recorreu para que o plenário decidisse sobre a validade.
Novo relator
Como o Supremo decidiu que o recurso é válido, os embargos infringentes apresentados por Delúbio foram distribuídos para um novo relator por sorteio eletrônico. Ficaram de fora Joaquim Barbosa, que relatou a ação do mensalão, e Ricardo Lewandowski, que foi o revisor. O escolhido foi Luiz Fux.
Fux relatará também os recursos dos outros 11 quando eles apresentarem os infringentes. Isso porque há no Supremo a figura da distribuição "por prevenção". Ou seja, quando um ministro já é relator de um processo e chegam novas ações sobre o mesmo tema, ele passa a relatar todos os processos.
'Embargos dos embargos'
Além dos infringentes, os outros dez condenados no processo ainda poderão entrar com segundos embargos de declaração após a publicação da decisão sobre os primeiros recursos.
É somente no julgamento desses segundos embargos que deve ser determinada a prisão dos condenados.
Foi assim que o Supremo agiu no caso do deputado Natan Donadon. No entanto, caso a Procuradoria Geral da República peça a antecipação das prisões, o Supremo poderá decidir se aguarda ou não os recursos.
Leia abaixo o que pode mudar nas penas caso os condenados consigam decisões favoráveis na análise dos embargos infringentes.
José Dirceu
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi punido em 10 anos e 10 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha. Sem a pena de quadrilha (2 anos e 11 meses), na qual obteve quatro votos favoráveis, passaria do regime fechado (em presídio de segurança média e máxima) para 7 anos e 11 meses de prisão, o que permitiria a ele cumprir a pena em regime semiaberto (quando se pode deixar o presídio para trabalhar).
Delúbio Soares
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi punido em 8 anos e 11 meses no regime fechado por corrupção ativa e quadrilha. Sem a pena de quadrilha, passaria para 6 anos e 8 meses de prisão no semiaberto.
João Paulo Cunha
O deputado federal João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara, foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato em regime fechado. Sem a pena de lavagem, na qual obteve cinco votos favoráveis, passaria para 6 anos e 4 meses de prisão no semiaberto.
José Genoino
O ex-presidente do PT José Genoino, condenado a 6 anos e 11 meses no semiaberto pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, mesmo se absolvido de quadrilha, no qual obteve quatro votos favoráveis, continuaria no semiaberto, mas teria pena de 4 anos e 8 meses de prisão. Com a pena baixa e em razão dos problemas de saúde, Genoino poderia obter prisão domiciliar.
Marcos Valério
Apontado como operador do mensalão, Marcos Valério foi condenado a 40 anos, 4 meses e 6 dias no regime fechado pelos crimes de corrupção ativa, formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Sem a quadrilha, crime no qual obteve quatro votos, a pena ficaria em 37 anos, 5 meses e 6 dias, ou seja, continuaria no regime fechado.
Ramon Hollerbach
O ex-sócio de Marcos Valério Ramon Hollerbach foi condenado por corrupção ativa, formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em regime fechado a 29 anos, 7 meses e 20 dias. Se absolvido da quadrilha, continuaria no regime fechado com pena de 27 anos, 4 meses e 20 dias.
Cristiano Paz
Também ex-sócio de Marcos Valério, Cristiano Paz foi condenado por corrupção ativa, formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em regime fechado a 25 anos, 11 meses e 20 dias. Se absolvido da quadrilha, continuaria no regime fechado com pena de 23 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão.
Kátia Rabello
Acionista do Banco Rural, Kátia Rabello foi condenada a 16 anos e 8 meses por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta em regime fechado. Sem a quadrilha, seria punida em 14 anos e 5 meses e permaneceria no regime fechado.
José Roberto Salgado
Ex-presidente do Banco Rural, José Roberto Salgado foi condenado a 16 anos e 8 meses por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta em regime fechado. Sem a quadrilha, seria punido em 14 anos e 5 meses e permaneceria no regime fechado.
João Cláudio Genu
O ex-assessor parlamentar João Cláudio Genu foi condenado a 4 anos pelo crime de lavagem de dinheiro em regime aberto. Ele ainda poderá pleitear a conversão para prestação de serviços. Como obteve quatro votos a favor na condenação, na reanálise do caso pode ser absolvido.
Breno Fischberg
Ex-dono da corretora Bônus Banval, Breno Fischberg foi condenado a 3 anos e 6 meses pelo crime de lavagem de dinheiro em regime aberto. Ele ainda poderá pleitear a conversão para prestação de serviços. Como obteve quatro votos a favor na condenação, na reanálise do caso pode ser absolvido.
Simone Vasconcelos
A ex-diretora das agências de Marcos Valério Simone Vasconcelos também obteve quatro votos favoráveis no crime de quadrilha, mas a punição prescreveu e ela não pode mais pagar por este crime. A quadrilha não foi considerada na soma total da pena, fixada em 12 anos, 7 meses e 20 dias pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. No entanto, ela ainda poderá recorrer porque nas penas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas ela obteve quatro votos favoráveis por uma pena menor.

Fonte: http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia/2013/09/por-6-5-supremo-decide-dar-nova-chance-12-reus-do-mensalao.html
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Senador diz ter sido agredido por Bolsonaro em visita ao DOI-Codi no Rio
« Resposta #607 Online: Setembro 24, 2013, 07:00:07 pm »
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Senador diz ter sido agredido por Bolsonaro em visita ao DOI-Codi no Rio

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) travaram uma discussão acalorada na manhã desta segunda-feira (23), no momento em que membros da Comissão da Verdade entravam no 1º Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, onde funcionava o antigo DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna). Segundo a assessoria de imprensa de Rodrigues, o senador amapaense afirmou que foi agredido por Bolsonaro com um soco na região do estômago.
Testemunhas da confusão confirmaram que Bolsonaro agrediu o senador do PSOL durante a confusão. Após a briga, ambos entraram no batalhão e seguiram para a visita acompanhados de militares, parlamentares e representantes do Ministério Público. Procurada, a assessoria de Bolsonaro afirmou que ainda não teve contato com o deputado federal na manhã desta segunda.

O bate-boca começou quando o senador João Capiberibe (PSB-AP) tentou barrar a entrada de Bolsonaro, que é radicalmente contrário aos trabalhos da Comissão da Verdade, e disse estar no local como forma de protesto. Nesse momento, Rodrigues se aproximou para apoiar o senador do PSB, e houve troca de ofensas entre os dois.

Participam da visita os senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), a deputada federal Luiza Erundina, o presidente da Comissão da Verdade do Estado do Rio, Wadih Damous e representantes Comissão Nacional da Verdade, entre outros. Eles entraram em uma das salas de tortura às 11h45.

O deputado Jair Bolsonaro disse que foi ao 1º Batalhão de Polícia do Exército para protestar contra os trabalhos da comissão. Ele chegou a entrar junto com a comitiva que visita o prédio do DOI-Codi, mas, segundo a a assessoria da Comissão da Verdade, o parlamentar do PP não está acompanhando a visita, embora ainda não tenha deixado o batalhão. Ele estaria aguardando no pátio.

A assessoria de João Capiberibe informou que o senador já trabalhava com a hipótese de encontrar Bolsonaro na manhã desta segunda. Na reunião com o ministro Celso Amorim, na qual membros da comissão e militares acertaram os detalhes da visita, um coronel do Exército teria dito que se a prerrogativa de parlamentar bastava para que Capiberibe e Rodrigues visitassem o 1º Batalhão de Polícia do Exército, "o Bolsonaro também poderia entrar".

Do lado de fora do batalhão, um grupo de cerca de 30 manifestantes e profissionais de imprensa aguardam o fim dos trabalhos da comissão. Os manifestantes são militantes de partidos, jovens universitários e membros da ONG Tortura Nunca Mais.

Campanha
Parlamentares federais da Comissão da Verdade --entre elas a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP)-- e representantes do Ministério Público visitam nesta segunda-feira (23) o prédio onde funcionava o DOI-Codi, órgão criado durante a ditadura militar (1964-1985) e que tinha a função de unificar a repressão política. O local é apontado como o principal palco das sessões de tortura ocorridas no decorrer do regime.

De acordo com a representação fluminense da Comissão da Verdade, a ida ao prédio é "o primeiro passo de uma campanha para tombar o local e transformá-lo num centro de memória", a exemplo do que foi feito no imóvel do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) de São Paulo e em centros de tortura na Argentina, no Uruguai e no Chile.

A visita estava marcada para a última sexta-feira (20), mas acabou sendo suspensa em resposta a um suposto veto à presença de Luiza Erundina pelo Exército. A nova data foi agendada após uma reunião entre três senadores e o ministro da Defesa, Celso Amorim, na última quarta (18).

Primeira visita foi impedida
Este não é o primeiro problema envolvendo uma visita ao prédio do DOI-Codi. No último dia 21 de agosto, o Comando Militar do Leste impediu entrada de membros da comissão estadual ao prédio.

O grupo chegou ao local pela manhã e não teve a entrada autorizada. De acordo com Wadih Damous, o Exército havia sido notificado sobre a visita, mas informou que não permitiria o acesso do grupo.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/09/23/senador-diz-ter-sido-agredido-por-bolsonaro-em-visita-ao-doi-codi-no-rio.htm
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Offline Malena Mordekai

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« Resposta #608 Online: Setembro 29, 2013, 08:15:13 am »
http://brasiliaempauta.com.br/artigo/ver/id/2649/nome/EUA_questiona_os_programas_sociais_e_de_ajuda_a_familias_pobres_no_Brasil

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O governo dos Estados Unidos questiona os programas sociais e de ajuda alimentar a famílias pobres no Brasil, sob a suspeita de que sejam estratégias e mecanismos de subsidiar de forma indireta a agricultura e produtores rurais, violando regras internacionais.

Na quinta-feira, 26/09, a Casa Branca foi à Organização Mundial do Comércio (OMC) cobrar transparência do Brasil sobre quanto o governo tem de fato usado em esquemas de distribuição de alimentos que foram expandidos nos últimos anos. O governo americano questiona até mesmo o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que estabelece fundos para a merenda.

(...)

Quote incompleto.

O que são esses ditos acordos internacionais mesmo?

Escolheram uma foto bem maligna do Obama... merece...
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« Resposta #609 Online: Setembro 29, 2013, 08:58:30 pm »
"Coincidentemente", depois do baita discurso da Dilma.

Re:Política, tópico permanente
« Resposta #610 Online: Setembro 29, 2013, 10:14:48 pm »
Disputas entre países de grande porte costumam a ser assim - uma série de bravatas públicas misturadas com alguns discursos conciliatórios, muito backstabbing por trás dos panos e o seu dinheiro sendo desperdiçado para financiar agências de segurança e outras instituições que passam mais tempo investigando a população civil do próprio país.

Offline Skar

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #611 Online: Setembro 30, 2013, 12:59:35 pm »
O que são esses ditos acordos internacionais mesmo?

Os acordos da OMC ditam que um governo não deve dar subsídios para setores da sua economia como regra geral. Existem algumas exceções em que investimentos governamentais possa ser feitos, mas no geral não deve ser feito. Caso um governo esteja fazendo isso e seja condenado pela OMC ele pode legalmente vir a impor sanções sobre os produtos e serviços oferecidos pelo país infrator.

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Offline Skar

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #612 Online: Outubro 01, 2013, 08:59:18 pm »
Desculpem pelo double post, mas e uma situação do Rio que dá muita raiva.  :(

Colocarei aqui dois textos um bom e outro +/-.

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Formador, doutrinador, guia, guru, líder, mentor... Todas estas palavras servem também para definir o professor. Aquele que não apenas ensina, mas serve de exemplo, transmite princípios, constrói os alicerces de toda uma sociedade.

Estes mesmos professores vivem, nos últimos dias, uma realidade bem distante do que deveria acontecer em sala de aula. Lutando por melhores salários, eles enfrentam não apenas a intransigência e o autoritarismo do poder público, mas também cassetetes e spray de pimenta para aplacar o inconformismo com décadas de descaso e desrespeito.

O mesmo Estado que trata educadores como delinquentes é aquele que determina a expulsão de sala de aula dos alunos que não se comportam de forma adequada. Seriam professores vândalos? Estariam eles justificando a truculência? Se estão, que sejam exonerados ou demitidos, mas nunca surrados.

Os mesmos professores que ensinam aos filhos dos policiais militares princípios de ética, respeito e solidariedade são os que agora apanham dos PMs porque  não abrem mão de lutar por salários e condições mais dignas de trabalho.

E esses mesmos professores que apanham da polícia são aqueles que, amanhã, voltarão para sala de aula para continuar a educar crianças. São os mesmos que deverão continuar a servir como líderes e guias.

Como estes profissionais, depois de tamanha humilhação, depois de serem tratados como vândalos e delinquentes pelo Estado, poderão voltar às escolas e olhar de frente seus alunos? Como poderão continuar a servir de exemplo? Onde ficará sua dignidade, como permanecerá intacta a imagem do doutrinador, do mentor, não apenas de uma turma na escola, mas de toda a sociedade?

Professores ensinam aos engenheiros, aos advogados, aos médicos. Educar é um ofício sublimado. Ao tratar estes profissionais com violência desmoralizante, o Estado está contribuindo de forma decisiva para comprometer a própria formação da sociedade. E este mesmo Estado terá de explicar aos alunos por que seus professores estão merecendo ser tratados desta forma.

Estado bater em professor é o mesmo que Vaticano bater em padres que cobram melhorias.

Quando opta pelo autoritarismo e pela truculência, o poder público não apenas mostra a sua total falta de educação, mas dá a toda a população uma lamentável aula de arrogância, prepotência e desrespeito.

http://www.jb.com.br/opiniao/noticias/2013/10/01/governo-da-uma-lamentavel-aula-de-desrespeito-com-os-professores/

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Hoje nós vemos o que aquele discurso lindo vomitado ad infinitun resulta. Onde estão os mascarados que são os criminosos que agridem a nossa pobre e inofensiva PM? Onde estão os coquetéis molotovs que machucam os pais de família da PM? E o mais importante de tudo onde está a Globo para mostrar as imagens em tempo real da manifestação?

Os professores foram tratados como vermes e sacos de bancadas pela nossa policia tão inofensiva. Uma policia que diz que a culpa é da mídia e da população por agir com violência. A culpa de tudo isso é das pessoas que cansam de esperar que o poder dos ursinhos carinhosos mude alguma e gritam, xingam e tacam pedra na PM. É evidente que a resposta isso tem que ser espancar todas as pessoas, tacar bombas ao léu, estão todos na manifestação logo todos são culpados pela ação de uma pessoa.

O pior é que esse argumento é vomitado por muitos. Um bando de pessoas que acham que enquanto é o outro tudo bem destruir e violentar, mas ai de você se falar contra o que eles tem de sagrado. Na cabeças desses seres estúpidos a policia vai ir calmamente prender as pessoas que quebram a lei e os outros manifestantes fazem arruaça impedindo o sagrado dever deles.

Manifestante tem mais é que apanhar, onde já se viu tacar pedra num cara com uma armadura, xingar uma pessoa armada e gritar palavras de ordem para uma autoridade. Esse povo sem educação.

Pelo menos uma coisa eles estão certos. Ninguém vai ter mais educação, afinal nossos educadores estão voltando pra casa traumatizados e sangrando por lutarem por seus direitos. Por exigirem um dialogo com o governo.

Nossa educação está desmaiada e sangrando no centro da cidade será que alguém vai procurar a PM que fez isso?

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Offline Skar

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #613 Online: Outubro 16, 2013, 01:29:59 am »
Bem é tão raro que merece ser postado aqui no fórum. Sakamoto não falou merda  :shock: :shock:

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O policial cumpriu seu dever. As redes sociais é que estão fora de si

Um rosário de leitores pediu minha opinião sobre o caso do policial militar que deu voz de prisão a dois bandidos que haviam acabado de roubar uma moto a mão armada. Como um deles esboçou uma reação, o policial atirou duas vezes, ferindo-o na perna e no abdômen. Toda a ação foi gravada por uma câmera da vítima.

Sobre o ato em si, não há muito o que dizer. Na minha opinião, o policial cumpriu seu dever.

Não gosto de assaltos a mão armada e não gosto de pessoas baleadas. Não quero que vítimas sejam abatidas, nem policiais, nem assaltantes. Aliás, não quero ninguém ameaçando a vida de ninguém. Mas não importa do que gostemos, a vida acontece independentemente disso. Diminuir a chance de assaltos e de pessoas baleadas está a nosso alcance, mas isso é outra história.

De qualquer forma, é um caso trágico em todos os sentidos, que não deveria ser comemorado.

Contudo, o que vi nas redes sociais após o caso foi uma catarse, com hordas celebrando que uma pessoa foi abatida. Li gente pedindo sangue, literalmente. E, apesar de  não ser um caso de “justiça com as próprias mãos”, mas sim de ação da força policial, vi quem se aproveitasse da situação para exigir que julgamentos sumários sejam feitos para acabar com a criminalidade.

Chega de julgamentos longos e com chances dos canalhas se safarem ou de “alimentar bandido” em casas de detenção. Execute-os com um tiro, de preferência na nuca para não gastar muita bala, e resolve-se tudo por ali mesmo. Limpem a urbe para os “homens de bem”.

Neste momento do texto, alguém com graves problemas cognitivos dirá: “ah, você já vai começar a defender bandido”" Não vou tentar explicar, novamente, que não, pois perdi a esperança de que esse tipo de pessoa venha a entender esse debate. Estou falando com os outros, que podem discordar desse ponto de vista, mas que absorvem o contraditório e refletem sobre ele.

O Estado – esse cretino opressor de uma figa – está aí para impedir uma catástrofe maior – pelo menos, enquanto não tivermos consciência o suficiente para tomar o seu papel.

E, como já disse aqui antes, ao criticar esse discurso fácil que defende execuções públicas, não estou do lado do “bandido”, mas sim do pacto que os membros da sociedade fizeram entre si para poderem conviver em harmonia. Em suma, abrimos mão de resolver as coisas por nós mesmos para impedir que nos devoremos. E que, em uma decisão equivocada tomada na solidão emotiva do indivíduo, mandemos para a Glória alguém inocente.

Para muita gente, execuções sumárias são lindas, seja feita pelas mãos da população, seja pelas do próprio Estado, ao caçar traficantes em morros cariocas ou na periferia da capital paulista. Se com o devido processo legal, inocentes amargam anos de cadeia devido a erros, imagine sem ele?

De tempos em tempos, a violência causada pelo crime organizado retorna com força ao noticiário, normalmente no momento em que ela desce o morro ou foge da periferia e no, decorrente, contra-ataque. Neste momento, alguns aproveitam a deixa para pedir a implantação de processos de “limpeza social” e de execuções de bandido.

Mas, como todos nós sabemos, a pena de morte já existe em São Paulo e no Rio de Janeiro, apesar de não institucionalizada, como instrumento de controle policial ou de justiciamento pelo crime organizado. Há também milícias, envolvendo policiais, que se especializaram nisso, inclusive, ao avocar para si o monopólio da violência que, por regra, deveria ser do Estado.

Para contrapor os bandidos, muitos defendem o terrorismo de Estado ao invés de buscar mudanças estruturais (como garantir real qualidade de vida à população para além de força policial dia e noite).

Novamente, para quem desligou o cérebro: ninguém está defendendo o crime, muito menos bandidos e traficantes (defendo a descriminalização das drogas como parte do processo de enfraquecimento dos traficantes e pelas liberdades individuais, mas isso é outra história).

Boa parte da população, apavorada pelo discurso do medo, mais do que pela violência em si, tem adotado a triste opção de ver o Estado de direito com nojo. O que anos de políticos imbecis, apresentadores de TV safados e estruturas conservadoras, como a família, a igreja e a escola, têm pavimentado dificilmente será desconstruído do dia para a noite.

Do meu ponto de vista, Justiça divina não existe. O universo não conspira a favor ou contra nada. Se alguém morre ou alguém vive não é por culpa do capeta ou graças a Deus. Por isso, desejo tanto que nossa Justiça funcione aqui e agora, punindo culpados, de acordo com o Código Penal, e prevenindo as origens da criminalidade, de acordo com a Constituição. Ladrões de motos ou empresários que desviam milhões, da mesma forma. O que está em jogo aqui é que tipo de Estado e de sociedade que estamos nos tornando ao defendermos Justiça sem o devido processo legal ou com as próprias mãos.

Lembrando que o poço não tem fundo.
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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #614 Online: Outubro 16, 2013, 01:52:09 am »
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Os acordos da OMC ditam que um governo não deve dar subsídios para setores da sua economia como regra geral

Esse tipo de acordo deve ser mais violado do que certas restrições religiosas quanto a sexo antes do casamento, senão mais.  :b

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Bem é tão raro que merece ser postado aqui no fórum. Sakamoto não falou merda

Posso sentí-lo, está voltando ao Lado Progressivista da Força. Quando vai começar a adotar a escrita neutra ao gênero(s)?