Autor Tópico: O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?  (Lida 16116 vezes)

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Cura gay
« Resposta #45 Online: Julho 03, 2013, 10:50:29 pm »
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02/07/2013 - 22h27 Atualizado em 02/07/2013 - 23h32
Câmara arquiva projeto sobre tratamento da homossexualidade

Projeto, que ficou conhecido como "cura gay", tem sido alvo de protestos nas ruas do País.
A Câmara arquivou nesta terça-feira (2) o projeto sobre tratamento da homossexualidade (Projeto de Decreto Legislativo - PDC 234/11). Os deputados aprovaram um requerimento do próprio autor do projeto, deputado João Campos (PSDB-GO), para arquivamento da proposta.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, proposta nesse sentido não poderá ser reapresentada novamente neste ano, podendo retornar no ano seguinte por iniciativa de qualquer deputado.

O texto sustava os efeitos da resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que proíbe os psicólogos de colaborar com serviços voltados ao tratamento e à cura da homossexualidade. Outro artigo da resolução proíbe esses profissionais de falar publicamente que a homossexualidade é uma desordem psíquica.

Polêmica
Mais cedo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, afirmou que o projeto é "preconceituoso, inoportuno e inconveniente, e essa Casa não gostaria de vê-lo aprovado".

Já o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), disse que a retirada do projeto "é a coisa certa a ser feita, diante da repercussão que a proposta provocou". Ele afirmou, no entanto, que a proposta será reapresentada no futuro. "Na próxima legislatura, a bancada evangélica vai dobrar o seu número, e a gente volta com força."

Charlatanismo
O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) afirmou que o projeto “legaliza o charlatanismo”. O Psol votou contra a retirada da proposta porque gostaria que ela fosse derrotada em Plenário, e não apenas retirada a pedido do próprio autor. "Gostaríamos que hoje a Casa derrotasse esse projeto e jogasse ele no lixo da história", disse Wyllys.
O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), afirmou que o arquivamento significa uma derrota para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, que havia aprovado a proposta. "Nós entendemos [o arquivamento] como uma grande derrota desse setor da intolerância política, e uma vitória dos que lutam em defesa dos direitos humanos, dos direitos civis e da não interferência nos conselhos profissionais", disse Valente.

A líder do PCdoB, deputada Manuela D’Ávila (RS), também comemorou a retirada da proposta. "Nós somos favoráveis ao arquivamento porque a Câmara dos Deputados defende os direitos humanos e acredita que qualquer maneira de amor vale a pena", disse.

Novo projeto
Logo após o arquivamento da proposta, o deputado Anderson Ferreira (PR-PE) anunciou que pretende apresentar projeto semelhante nesta quarta-feira (3). O deputado Arolde de Oliveira (PSD-RJ) também protestou contra o arquivamento.

O deputado Giovani Cherini (PDT-RS) disse que o Plenário não pode ter a pauta imposta pela mídia e pelas manifestações. "O que gera chacota nacional chega ao Plenário, mas os projetos com importância nacional ficam parados", criticou.

Manifestações
João Campos disse que pediu o arquivamento do texto porque o seu partido, o PSDB, se manifestou contra a matéria; e porque considerou que o governo e a própria Câmara usaram o projeto para mudar o foco das manifestações das ruas.

"O que a sociedade brasileira está pedindo nas ruas é saúde pública e educação de qualidade, proteção às fronteiras, combate às drogas, combate à corrupção, a prisão dos mensaleiros", disse Campos.

O deputado afirmou que não mudou sua convicção em relação ao projeto. Ele ressaltou que a resolução do Conselho Federal de Psicologia limita a atividade do profissional da área, o que vai contra a Constituição; e subtrai do cidadão maior de 18 anos de idade a liberdade de solicitar o serviço de um psicólogo.

Além disso, segundo ele, a resolução invade competência do Poder Legislativo. "Aquela matéria, do meu ponto de vista, não pode ser objeto de resolução, mas de lei."

O deputado lamentou a repercussão negativa do projeto e o apelido que ganhou nas ruas, de "cura gay". Ele disse que não considera a homossexualidade uma doença. "Entenderam, aqueles que são contrários, de apelidar o projeto com o nome pejorativo, como estratégia de derrotá-lo. Porque o projeto não tem uma só vírgula sobre cura gay", disse Campos. "Eu sei que não é uma patologia, que não é uma doença. Eu queria que me apresentassem, no Brasil, um homossexual que eu desrespeitei, que eu discriminei", afirmou.
Íntegra da proposta: PDC-234/2011

Da Reportagem Edição – Pierre Triboli

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03/07/2013 - 16h18
Deputado apresenta novo projeto sobre tratamento de gays

Texto tem conteúdo idêntico à proposta arquivada na terça-feira. Projeto ainda não recebeu despacho e há duas interpretações possíveis do Regimento: como tem o mesmo teor de um projeto arquivado, não pode tramitar nesta sessão legislativa; a proposta arquivada não poderia ser reapresentada apenas pelo mesmo autor.

A Câmara poderá voltar a analisar proposta que derruba a norma do Conselho de Psicologia proibindo o tratamento da homossexualidade. A medida estava prevista no Projeto de Decreto Legislativo 234/11, que foi retirado de tramitação e arquivado na sessão de ontem (2), mas o deputado Anderson Ferreira (PR-PE) reapresentou o texto. Ferreira foi relator do PDC 234/11 na Comissão de Direitos Humanos.

O Projeto de Decreto Legislativo 993/13 foi apresentado por Ferreira nesta quarta-feira (3) e tem igual teor do texto arquivado. A proposta quer derrubar dois dispositivos da resolução 1/99 do Conselho de Psicologia: o que proíbe os psicólogos de colaborar com eventos e serviços que proponham a cura e o tratamento da homossexualidade; e o que proíbe psicólogos de fazer pronunciamentos que reforcem os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

O texto ainda não recebeu despacho da Secretaria-Geral da Mesa e há duas interpretações possíveis do Regimento Interno. A primeira é de que, como o texto tem o mesmo teor de um projeto arquivado, não poderia voltar a tramitar na mesma sessão legislativa, ou seja, no mesmo ano. Já outra interpretação possível é de que a proposta arquivada não poderia ser reapresentada pelo mesmo autor, mas poderia tramitar sob a tutela de outro parlamentar. A Mesa vai analisar a proposta antes de tomar a decisão.

Se for arquivado, caberá recurso em Plenário. Anderson Ferreira já tinha anunciado a pretensão de reapresentar o texto durante a votação da retirada da proposta. Ele refutou que a proposta estabeleça a “cura gay”, como tem sido chamado o texto.

Polêmica
O PDC 234/11, do deputado João Campos (PSDB-GO), foi arquivado ontem porque o autor optou por retirar o projeto de tramitação. O PSOL já tinha apresentado um requerimento de urgência para que o texto fosse analisado e rejeitado em Plenário. A manobra foi uma resposta às manifestações populares, que cobraram a rejeição do texto.

João Campos disse que pediu o arquivamento do texto porque o seu partido, o PSDB, se manifestou contra a matéria. O deputado afirmou que não mudou sua convicção em relação ao projeto e disse que o apelido de “cura gay” foi imposto para dar tom pejorativo ao texto.

"Entenderam, aqueles que são contrários, de apelidar o projeto com o nome pejorativo, como estratégia de derrotá-lo. Porque o projeto não tem uma só vírgula sobre cura gay", disse Campos. "Eu sei que não é uma patologia, que não é uma doença. Eu queria que me apresentassem, no Brasil, um homossexual que eu desrespeitei, que eu discriminei", afirmou.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), disse que a retirada do projeto "é a coisa certa a ser feita, diante da repercussão que a proposta provocou". Ele afirmou, no entanto, que a proposta poderia ser reapresentada no futuro. "Na próxima legislatura, a bancada evangélica vai dobrar o seu número, e a gente volta com força."

Já o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, afirmou que o projeto é "preconceituoso, inoportuno e inconveniente”. O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) afirmou que o projeto “legaliza o charlatanismo”.
Íntegra da proposta: PDC-234/2011 PDC-993/2013

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Rachel Librelon

Fonte: Agência Câmara Notícias

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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #46 Online: Julho 04, 2013, 11:43:13 am »
Pelo que eu entendi, o Conselho considera quebra de ética profissional "tratar o homossexualismo". Quem faz isso perde a carteira e não pode mais atuar na profissão.

Primeiro, falo de cara que não sou psicólogo e estou lendo o texto da resolução que as PDL's querem negar como advogado.

Os artigos da resolução que as PDL's buscam a extinção são estes:

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“Resolução nº 1/1999
Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.

Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.

Art. 4º - Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.”

O problema que eu vejo aí é que cabe uma interpretação abrangente demais. O art. 3º que fala sobre "patologização de (...) práticas homoeróticas" pode ser utilizado de uma forma a coibir a própria análise de um caso específico onde uma pessoa tem um "comportamento homoerótico" derivada de um trauma ou desordem psíquica.

O caso da ação coercitiva eu presumo que - excetuando-se casos de risco de morte - seja contra a ética do psicólogo de qualquer forma, então acho que é desnecessário (se não for, corrijam-me).

O parágrafo único também acho escroto. SE o cara é bem informado de tudo, não vejo por que proibir que um profissional faça o tratamento. É muito melhor que ele fazer com o pastor da esquina.

Já o art. 4º vejo também que é abrangente demais, podendo causar prejuízos ao profissional.

Acho que seria muito mais interessante, o conselho colocar apenas que qualquer espectro da sexualidade humana não é doença, e não pode ser tratado como tal.

Uma forma interessante de ver a resolução é pensar no caso oposto.

Imagine que um homossexual que toda sua vida teve a heterossexualidade martelada em sua cabeça, nunca se aceitando da forma que é (o que normalmente é que acontece). Depois de mais velho, ele vai a um psicólogo.

Lá, ele percebe que o psicólogo está fazendo perguntas/tratamento/sei-lá-o-quê que fazem ele questionar sua sexualidade. Ele pode se enfezar com isso (sou macho, põrram) ou pode começar a cair em si.

De qualquer forma, o profissional está seguro de fazer o seu trabalho, pois ele acredita estar seguindo o que acha melhor pro seu paciente. Se o papel fosse invertido (heterossexual que vem agindo com comportamento homossexual) ele poderia sofrer um processo.

É complicado, eu não sou contra algo que revise essa resolução. E acho que o alarde em torno da "cura gay" está sendo ridículo (de ambos os lados). Com a aprovação do projeto de decreto legislativo, a homossexualidade não se tornará  doença. Ninguém poderá pedir aposentadoria por invalidez por isso. E isso não seria uma vitória dos "anti-gays", pois continuaria a existir o crime de preconceito.

O único problema real que eu vejo nisso é o legislativo estar atuando em cima de uma resolução de um conselho profissional, isso é a coisa que mais me incomoda no assunto e que ninguém nem dá bola.
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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #47 Online: Julho 04, 2013, 12:46:48 pm »
Projeto "Cura Gay" é o nome mais absurdo que poderiam ter associado a essa resolução. Infelizmente a mídia é muito facilmente manipulada

Offline Ciggi

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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #48 Online: Julho 04, 2013, 01:03:41 pm »
Concordo só com a parte que deveria revisar a punição pros profissionais de saúde, porque realmente é abrangente demais.

Agora, não acho que exista um meio cientifico de dizer quem é ou não apto a identificar e tratar homossexuais. A lei trata o homossexualismo como "Identidade Pessoal do Individuo", e o problema de conflito pessoal que isso pode gerar tá muito mais em um problema social que psicológico.

O problema é simples: A sociedade é preconceituosa.

Se o cara deu e não gostou, não da mais. Fim. Agora se ele deu e entrou em conflito é porque provavelmente gostou mas se sente coibido pelo que as pessoas pensão e pelo que ele mesmo pensa. Isso sim merece avaliação psicológica e nesse caso a resolução do projeto ajudaria, o problema é que ela ajudaria charlatanismo tbm, como o Malafaia que é psicologo (ou formado em psicologia já que fica difícil chamar ele de psicologo) e acha que homossexualismo é doença!

Eu sinceramente ainda sou contra a mudança, não por ela ser ruim, mas pelas brechas que ela mantem em aberto. Claro que o Conselho de Psicologia pode ter seus mecanismos pra controlar isso (visto que ele TAMBÉM é contra essa lei) mas ate eles serem apresentados e quem rege esses profissionais se pronunciar favoravelmente eu vou continuar com o pé atras.

Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #49 Online: Julho 04, 2013, 04:03:18 pm »
Uma forma interessante de ver a resolução é pensar no caso oposto.

Exceto que este é um caso onde o "caso oposto" não é nem de perto equivalente. Então ele não pode ser usado para comparação. É o mesmo raciocínio da camisa 100% negro e 100% branco.
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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #50 Online: Julho 04, 2013, 05:03:25 pm »
Uma forma interessante de ver a resolução é pensar no caso oposto.

Exceto que este é um caso onde o "caso oposto" não é nem de perto equivalente. Então ele não pode ser usado para comparação. É o mesmo raciocínio da camisa 100% negro e 100% branco.

Por que não seria equivalente (sério, sem birra nem nada, só não consigo entender o porquê de você estar falando isso).

Pelo que eu quis colocar é: fulano gosta de cachorros por algum trauma/doutrinação, vai no psicólogo que tenta mostrar pra ele que talvez ele possa gostar de gatos e não de cachorros, psicólogo pode perder a carteira.
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Offline Ciggi

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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #51 Online: Julho 04, 2013, 05:28:04 pm »
Uma forma interessante de ver a resolução é pensar no caso oposto.

Exceto que este é um caso onde o "caso oposto" não é nem de perto equivalente. Então ele não pode ser usado para comparação. É o mesmo raciocínio da camisa 100% negro e 100% branco.

Por que não seria equivalente (sério, sem birra nem nada, só não consigo entender o porquê de você estar falando isso).

Pelo que eu quis colocar é: fulano gosta de cachorros por algum trauma/doutrinação, vai no psicólogo que tenta mostrar pra ele que talvez ele possa gostar de gatos e não de cachorros, psicólogo pode perder a carteira.

Por que homossexualismo é tabu, heterossexualismo é "ser normal". Não dá pra analisar pelo prisma contrário.

Mas entendi teu ponto, e sinceramente não concordo. Eu tive minhas duvidas sexuais quando era menor, eu tinha (assim como quase todo mundo) um tesão danado na minha professora, e achava errado minhas oferendas onanicas a ela. Não precisei ir num psicologo pra isso, com o tempo aprendi mais sobre o meu corpo e alguns tabus foram quebrados. Simples assim. E não vejo como ver isso de uma esfera homossexual seja diferente!

Offline Malena Mordekai

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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #52 Online: Julho 04, 2013, 09:24:56 pm »
É HOMOSSEXUALIDADE. Homossexualismo era o termo usado quando se achava que era doença.

Enfim, você é o Cigano, fala como quer, mas ainda assim incomoda.

Ferdineidos, NÃO, nem tudo no espectro da sexualidade humana pode ser descartado como não patológico... se fosse assim, pedofilia e estupro seriam coisas normais. E eu não conheço casos de quem tenha sido "doutrinado" a virar gay, mais pelo contrário...

O que importa é que não sendo doença não pode ser tratada.

Uma coisa é tratar o homossexual na questão de sua não-aceitação, o psicólogo não precisa nem aconselhá-lo a se aceitar, mas precisa cuidar do paciente de modo a não encarar o fato dele ser homossexual como uma doença, porque não é.

E ainda é mais maluquice ainda quem fica falando que é só questão comportamental... um geneticista que se especializa nessas questões sexuais ontem me comentou o seguinte, eu acabei copiando:

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Isso é meio complicado. Todos os Artigos estão em Inglês e exigem algum conhecimento de pelo menos os processos de alelamento (porque a herança não é aquela coisa da ervilha que aprendemos na Escola). Mas o que eu posso simplificar é o seguinte: Temos vários fatores sexuais (Gênero Gamético, Gênero Cerebral, Identidade de Gênero, Grau de Sexualização, Preferencia Sexual - medida por fatores culturais - e Orientação Sexual), esses fatores são independentes entre si e obedecem degrades de escadas, logo existem muitos graus de bissexualidade, por exemplo, entre a homossexualidade restrita e a heterossexualidade restrita. Os fatores determinantes são um combinação de fatores genéticos não-mendelianos, fatores de expressão genética, fatores cultuais, fatores ambientais intra-uterinos e fatores hormonais na primeira infância. Existem ainda anomalias que mudam o gênero gamético quanto ao gênero genético esperado pelos Cromossomos e condições não-classificaveis como as condições XXY, XXX, XXXX, XYY, X0 e XXYY.

Quero saber o que é que um psicólogo vai fazer com relação a isso. Nada. Ele no máximo pode tratar disforia de transexuais, esse tipo de coisa. E se tentar tratar como se fosse doente o homossexual, corre perigo de causar danos psicológicos, chegando ao suicídio.

Ao sair hoje da sala de aula onde o professor de filologia é também especializado em questões de gênero e sexuais, vi que tinha um vídeo no computador dele sobre IRÃ e transexualidade; perguntei a ele sobre o que falava e ele me veio dizer que os gays no Irã são obrigados a passar por cirurgia de mudança de sexo, ou seja, lá eles confundem as bolas todas que o geneticista citou acima e tentam curar de maneira mutiladora.

Isso é só um exemplo do que posturas religiosas influenciando legislações médicas podem fazer.
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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #53 Online: Julho 05, 2013, 03:39:54 pm »
Por que homossexualismo é tabu, heterossexualismo é "ser normal". Não dá pra analisar pelo prisma contrário.

Sim, mas no caso estamos analisando a relação entre um paciente e um profissional qualificado, e não entre um indivíduo e toda a sociedade. Acho que nesse ponto cria muita diferença.

Mas entendi teu ponto, e sinceramente não concordo. Eu tive minhas duvidas sexuais quando era menor, eu tinha (assim como quase todo mundo) um tesão danado na minha professora, e achava errado minhas oferendas onanicas a ela. Não precisei ir num psicologo pra isso, com o tempo aprendi mais sobre o meu corpo e alguns tabus foram quebrados. Simples assim. E não vejo como ver isso de uma esfera homossexual seja diferente!

Cara, mas meu exemplo não era exatamente você que se resolveu, mas aquele que chega à vida adulta ainda em dúvida e tendo problemas em sua vida por causa delas.

Como não sou psicólogo não sei realmente se este tipo de caso exista, mas acredito que possa existir casos de talvez uma mulher que se diga lésbica, mas que sofreu de abuso sexual grave quando mais nova e na verdade seja heterossexual.

De novo, como não sou psicólogo, não sei se a classe tem dificuldades em certos tratamentos por causa da resolução, se casos onde se tratem homossexuais a abordagem tem que ser diferente das que tratam heterossexuais por medo de repercussão da resolução, sei lá. É um tipo de esclarecimento que gostaria de ter, mas só encontro que a queda da resolução abre espaço pra "cura gay".


Ferdineidos, NÃO, nem tudo no espectro da sexualidade humana pode ser descartado como não patológico... se fosse assim, pedofilia e estupro seriam coisas normais. E eu não conheço casos de quem tenha sido "doutrinado" a virar gay, mais pelo contrário...

Nem pensei que isso entraria em espectro da sexualidade, mas você tem razão.

O que importa é que não sendo doença não pode ser tratada.

Mas até onde eu sei psicólogos não tratam só doenças.

Na realidade, meu maior problema com esse lance de "cura gay" é a desinformação em torno do projeto que foi engavetado. Como eu disse ali em cima, eu queria realmente saber o que a maioria da comunidade de psicólogos tem a dizer sobre a resolução de 99.
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Offline Ciggi

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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #54 Online: Julho 05, 2013, 04:30:13 pm »
É HOMOSSEXUALIDADE. Homossexualismo era o termo usado quando se achava que era doença.

Enfim, você é o Cigano, fala como quer, mas ainda assim incomoda.

O que significa "Você é o Cigano, fala como quer"?

E a não ser que tu seja um gay muito bitolado, a diferença entre homossexualismo e homossexualidade é a mesma entre preto e afrodescendente.

Por que homossexualismo é tabu, heterossexualismo é "ser normal". Não dá pra analisar pelo prisma contrário.

Sim, mas no caso estamos analisando a relação entre um paciente e um profissional qualificado, e não entre um indivíduo e toda a sociedade. Acho que nesse ponto cria muita diferença.

Não, é a mesma coisa que alguem ter que procurar um psicologo porque sofre muita pressão pra fazer sexo antes do casamento. É um tabu, uma "obrigação social" gostar do sexo oposto. Isso não é um problema que possa ser tratado.

Mas entendi teu ponto, e sinceramente não concordo. Eu tive minhas duvidas sexuais quando era menor, eu tinha (assim como quase todo mundo) um tesão danado na minha professora, e achava errado minhas oferendas onanicas a ela. Não precisei ir num psicologo pra isso, com o tempo aprendi mais sobre o meu corpo e alguns tabus foram quebrados. Simples assim. E não vejo como ver isso de uma esfera homossexual seja diferente!

Cara, mas meu exemplo não era exatamente você que se resolveu, mas aquele que chega à vida adulta ainda em dúvida e tendo problemas em sua vida por causa delas.

Como não sou psicólogo não sei realmente se este tipo de caso exista, mas acredito que possa existir casos de talvez uma mulher que se diga lésbica, mas que sofreu de abuso sexual grave quando mais nova e na verdade seja heterossexual.

De novo, como não sou psicólogo, não sei se a classe tem dificuldades em certos tratamentos por causa da resolução, se casos onde se tratem homossexuais a abordagem tem que ser diferente das que tratam heterossexuais por medo de repercussão da resolução, sei lá. É um tipo de esclarecimento que gostaria de ter, mas só encontro que a queda da resolução abre espaço pra "cura gay".

Imagina agora a situação do psicologo. Ele tá ali pra ajudar a pessoa a se resolver (e não falo só em questão sexual não, psicologo faz mais conversar e te ajudar que curar qualquer coisa), dai ele tenta te ajudar a ir pro caminho hetero, seja por que acha isso o certo ou porque você parecia estar incomodado com suas ideias sobre sexo. Beleza, mas dai o cara descobre que depois de todo sofrimento que passou ele É gay, e se sente prejudicado pelo profissional que aconselhou ele a uma coisa que ele tinha problemas em aceitar. Agora, tu pode pegar essa situação e por ela sobre prismas diferentes e em todas elas o psicologo vai se ferrar se tentar indicar uma solução.

A única coisa que acho valida ali é repensar a punição pro profissional.

Felizmente, e infelizmente tbm, somos as únicas pessoas responsáveis por resolver nossos próprios problemas, inclusive os na esfera sexual. NINGUEM pode te indicar um caminho melhor ou pior, apenas ajudar a se entender.

Foi aqui que alguém trouxe um caso (se não me engano o Sampaio) de um garoto que tinha duvidas da sua sexualidade e a psicologa aconselhou ele a experimentar. Ele foi, experimentou, não gostou, e se tornou um hétero como milhares de outros por ai, final feliz. Perceba que a psicologa fez exatamente o papel dela, ajudou ele a se entender e não disse nada sobre certo e errado, ele queria experimentar e tinha duvidas, ela deu suporte pra ele fazer suas escolhas e ele se resolveu. A única diferença é que alguns fazem isso mais fácil que outros.

Parece bobo mas é exatamente assim, tu só descobre se gosta ou não experimentando.

Ferdineidos, NÃO, nem tudo no espectro da sexualidade humana pode ser descartado como não patológico... se fosse assim, pedofilia e estupro seriam coisas normais. E eu não conheço casos de quem tenha sido "doutrinado" a virar gay, mais pelo contrário...

Nem pensei que isso entraria em espectro da sexualidade, mas você tem razão.

Na verdade ate onde sei pedofilia e estupro são crimes, mas também não são doenças.

Mas até onde eu sei psicólogos não tratam só doenças.

Na realidade, meu maior problema com esse lance de "cura gay" é a desinformação em torno do projeto que foi engavetado. Como eu disse ali em cima, eu queria realmente saber o que a maioria da comunidade de psicólogos tem a dizer sobre a resolução de 99.

Eles não tratam doenças, ponto. Não tem o "só".

E a comunidade de psicologos pelo que sempre li desse caso era completamente contra essa resolução.

Offline Malena Mordekai

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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #55 Online: Julho 05, 2013, 05:17:48 pm »
Cigano, me diga uma coisa: você tem sexualismo ou sexualidade?
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Offline Ciggi

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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #56 Online: Julho 05, 2013, 05:43:06 pm »
Cigano, me diga uma coisa: você tem sexualismo ou sexualidade?

Eu sou sexy, o Argh pode comprovar o que falo!

Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #57 Online: Julho 05, 2013, 06:39:59 pm »
O que significa "Você é o Cigano, fala como quer"?

Eu acho que é só reconhecimento que você tem dislexia leve, como você já falou em tópicos passados.
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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #58 Online: Julho 05, 2013, 07:17:42 pm »
Se o termo homossexualismo é incômodo, começo a me preocupar levemente com o uso ocasional que faço do termo sodomita.  :b

Offline Ciggi

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Re:O que a Psicologia tem a dizer sobre a homossexualidade?
« Resposta #59 Online: Julho 05, 2013, 07:35:14 pm »
O que significa "Você é o Cigano, fala como quer"?

Eu acho que é só reconhecimento que você tem dislexia leve, como você já falou em tópicos passados.

Eu tenho problema pra ESCREVER não falar!  :hum: