Crude serei o mais sincero e direto que consigo.
Seus post nese tópico são bem estranhos. Reclama de apelações mal construídas só que até o presente momento não deu nenhum outro método para fazermos comparações. Sério como vc quer que alguém te leve a sério desse modo infantil.
Defina o que vc considera apelações sem sentido, o choro dos personagens no 11 de setembro? Mudança de sexualidade de personagens? Só que ao mesmo tempo vc não acha errado e apelativo as mudanças ideológicas. Isso torna seu argumento vazio, pq o torna uma mera questão de gosto.
No início desse tópico vc começa fazendo comparações entre a editoras japonesas e americanas cheguei até a fazer um paralelo mais justo, que vc ignorou. Entretanto tempos depois escreve que não existe mangas underground.
Eu não entendo o que vc quer discutir. Então se vc conseguir ou mesmo quiser manter a discussão responda as perguntas a baixo?
=> O que vc acha mais apelativo mudanças de comportamento sexual e mudanças contextuais dos personagens?
=> Vc vê um problema na cultura do vender é necessário ?
=> Cite os comics e mangas que vc está lendo no momento que sejam apelativos ou que não o sejam.
Tá, vou fazer de conta que você não conseguiu entender, eu fui obtuso, e ninguém mais pinçou coisas para defender seu ponto de vista ou o status quo, coisa que não me interessa nesse tópico mas como é de praxe a discussão ter vencedores/perdedores, eu tenho de estar errado para que você esteja certo ou vice-versa.
Não estou te chamando de burro ou coisa parecida, mas você ainda não entendeu e quer defender seu ponto de vista, ok?
Vamos ver se consigo passar alguma informação que te faça entender sem recorrer a tropes ou memes.
Gosto é algo subjetivo; Eu posso gostar de algo que você não goste por motivos que você considere irracionais e possa apontar com precisão que tenho problemas; O inverso é tão válido quanto a afirmação.
O objetivo de um produto comercial é ser vendido, o conteúdo "extra" que pode ser considerado cultura, é passível de crítica mas essa não é uma ciência exata, um produto X pode vender mais que Y mesmo que possuam aspectos internos idênticos, e a cultura incluída em si é apenas um bônus.
Você já citou que para que um produto venda, todo tipo de ação com seu conteúdo é válida, já que é uma diretiva simples e banal que produtos que não vendem morrem e somem, independentemente da qualidade subjetiva.
Em meu gosto pessoal eu considero "apelações" coisas que possibilitam a coerção da volição de um público qualquer ao ponto em que parte da coerência original se perde em lugar de algum artifício que a facilite.
Sim, é um argumento vazio, depende inteiramente do meu gosto pessoal, não é algo mensurável pois de fato meu critério é apenas meu, por isso expus a lógica caótica que o rege, buscando outras opiniões com o mesmo teor.
Exemplo: X-Men. Eu entendo que adaptações para públicos diferentes, de faixas etárias separadas por décadas é algo necessário. Não sou contra fervorosamente, isso seria facilmente identificado como nostalgia, e não é o caso.
Me faltou a síntese para exprimir meu desagrado de maneira menos agressiva, e fui presenteado com óbvias descrições e explicações de que o mercado não precisa se manter fiel a nada pois entretenimento é supérfluo, ao ponto em que como o Lumine disse, 50 anos de diferentes escritores e desenhistas podem criar centenas de variações de um mesmo produto, seria até insano, anacrônico manter o viés original.
Continuando nos X-Men, o que eu constatei, pelos anos em que tive contato com suas histórias, personagens e diferentes sagas, é que as qualidades de determinadas "encarnações" podem ser tão díspares que um personagem extremamente violento e genocida num momento pode ser rebaixado a um subordinado e contido na sua essência.
Do mesmo modo que algum personagem pode simplesmente falhar e não perceber um plano estúpido (como o Mysterio dominar o Wolverine dentro da mansão X e ninguém conseguir detê-lo) pois ao escritor não interessa para o desenvolvimento da trama, por vezes dispositivos literários que posso considerar de baixa qualidade são usados para "tapar buraco", gerando mais buracos e falhas, acabando por demonstrar mais que o escritor é um quadrúpede ignorante do potencial que os personagens poderiam ter.
Isso é uma explicação muito longa pra dizer "eu não gosto de tal arco, o Ciclope agiu como um idiota", "A tempestade foi uma líder extremamente trôpega, pra quem já foi adorada como uma deusa, e com poderes para tanto", "Wolverine frouxo e apanhando de todo mundo dando uma desculpa esfarrapada é ridículo, sabemos que ele é um puta assassino cruel do cacete que já matou gente por muito menos que isso mas o escritor ignorou".
Dar exemplos mais explícitos para que você me explique que não são absurdos ou apelativos segundo sua visão é uma grande perda de tempo, tal qual o Thales dizendo que não é necessário ler duzentas revistas para ter uma história completa do Batman mas apenas dez.
Mas vamos seguir em frente.
Voltando ao tema das apelações, deixa eu usar agora o 11 de setembro por exemplo. Foram feitos filmes em homenagem, quadrinhos em tributo, memoriais, documentários, etc.
Eu pessoalmente li o gibi, mostrando os heróis e vilões chorando e considerei ridículo o Doutor Destino ser mostrado chorando a morte de estadunidenses.
O objetivo da revista era demonstrar a impotência dos heróis fictícios, que justificadamente choravam a morte de compatriotas. Ir ao extremo ridículo de mostrar um vilão chorando não me sai da cabeça como um ridículo "tearjerker", como diz o trope.
Considere que a propaganda de guerra requer que você demonize os vilões, torne-os monstros, desumanos, ao ponto que universalmente o estereótipo de nazismo como um passo antes do puro mal encarnado é usado com fervor e ênfase.
Isto posto, vender uma homenagem que mostre um vilão que constantemente deseja ver a nação que ele mais odeia no mundo ser destruída chorando laconicamente por ela e você talvez entenda o tipo de apelação que considero odiosa.
Há ainda outros personagens que cometem atos tão reprováveis quanto, mas não tem sua devida retribuição kármica, mas isso não considero mais uma falha grave, é um trope bem interessante até, Karma Houdini.
Magneto, mostrado como um judeu refugiado de guerra, está sempre tentando cometer genocídio contra toda a "raça não-mutante", sendo desculpado por um escritor ou outro, que diz que foi um demônio, uma identidade alternativa parasita, um clone bizarro, etc.
Eu entendo que há sempre tentativas de se mudar a continuidade, adotando coisas que o público aceita e rejeitando as que não dão resultado.
São poucas as que conseguem ter coerência interna suficiente para que eu não me frustre com deslizes ficcionais, informações mal-apuradas, drama mal construído... Mas tudo isso é subjetivo.
Vender é necessário, mas se tudo, todo e qualquer método é válido, porquê não estão todos os editores, escritores e desenhistas usando o que há de melhor para fazê-lo?
O que me desagrada não são as alterações e sim como acabam sendo feitas. Isso é muito difícil de explicar, fica mesmo nessa área do gosto pessoal.
Espero que tenha entendido desta vez e pare de criar altares profanados onde eu não estou apontando deuses falsos.
Velho, POR FAVOR.
Pq diabos vc acha RUIM o Nick Fury e o Rei do Crime serem negros no cinema? Eles foram interpretado por bons atores e que tinham tudo a ver com a ATITUDE dos personagens. PREFIRO muito mais esses do que atores que parecem com os personagens e são uns merdas!
Isso do physique du rôle é SECUNDÁRIO. Dou um exemplo magistral, já que tá rolando uma máfia sobre o tema. A série televisiva OS BÓRGIAS tem o JEREMY IRONS como protagonista-mor. Ele é o Rodrigo Bórgia. Esse papa era GORDÃO E TINHA A PELE ESCURA, por ser ibérico; não tem nada a ver visualmente com o Irons e é uma figura conhecida por ser assim... e bem, lá está o Jeremy Irons, escolha perfeita para o papel, pois adequa-se totalmente à atitude e à essência dele.
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Quanto à armadura do Batman, qual o problema de pôr os colants de lado, cara? Pra que esse preciocismo? Em que isso é apelação? Você prefere MESMO assistir a série dos anos 60, é isso?
Mas eu não achei RUIM, UMA MERDA o Nick Fury e o Kingpin serem negros. O Samuel L. Jackson é foda de bom.
Achei escrota a mudança porque é bem a cara de filme estadunidense ter o "token black guy".
Compare com assistir Street Fighter e o Guile ser um cara que não é loiro nem tem o penteado parecido com o que você espera. Foi uma decepção menor, as atuações foram boas.
E o Batman de armadura não foi UMA MERDA RETARDADA MEU DEUS COMO ERA BOM O ADAM WEST, foi uma alteração que deu certo e pegou, virou o cânone principal, só isso.
O Batman deixou de ser um milionário detetive barrigudinho que mora com um garoto pra ser O Cavaleiro das Trevas. "Nitty Gritty 90's".
Eu posso comparar com ver James Bond durante anos ser um cara alto, cabelo escuro e liso, derrepente se tornar um baixinho loiro, marrento e saradão.
Mas isso não quer dizer que ele seja mal ator, muito pelo contrário. Dizem até que essa é a verdadeira psiquê dos livros do Ian Fleming.