Sério, Skar. Você está sofismando.
Isso não leva a discussão adiante se você só ficar colocando contra sem mostrar coerência na forma que defende seus argumentos.
Não, ninguém é idiota que o Estado é benevolente - em meus posts citei que vivemos num mundo desigual e injusto onde a vida individual é difícil mesmo que eu não faça decisões idiotas - pior ainda se eu fizer.
E falei também que o estado capitalista tá pouco se lixando pra mim desde que eu continue consumindo.
Você ignorou essa parte de meus posts de diz que eu ignoro os seus. Será mesmo?
@Kinn
Até porque, Se entendi Sartre o suficiente, viver em sociedade já significa abdicar de parte de nossos direitos e possibilidades de ação para preservar a boa convivência entre todos. Entre esses pontos está a restrição da liberdade de expressar incentivo a outrem cometer crimes - apologia a crime é crime.
E consumir as drogas supra citadas não é crime, logo sua apologia devia ser permitida.
Seguindo sua própria lógica Skar, a pessoa deve 'ter o direito de se suicídar' já que isso diz respeito somente a ela e não afeta ninguém** além dela mesma? Justifique sua resposta.
Vou responder sua pergunta, embora você ignore quando eu as faço. Entretanto baseado em todas as discussões que você me viu Kinn realmente não sabe minha resposta a isso?
A vida é minha. Outras pessoas podem estar interessadas, ou posso ligar para opinião deles, sobre como cuidar e levar a minha vida. Só que no final quem faz escolhas sobre os rumos da minha vida sou eu, as consequências de meus atos são minhas. Se desejar encerrar a minha vida é um direito meu e ninguém pode me proibir disso.
Outras pessoas podem se sentir lesadas pelas suas ações, isso é natural. Só que por que elas teriam algum direito de dizer quando você pode morrer ? Não são elas que vivem a sua vida e pagam as consequências de seus atos. Não são elas que vivem em dor ou a espera da morte pois não há mais salvação. Acima de tudo, por que imporia alguém a viver quando ela não quer?
Dois pontos:
Você não entendeu Sartre. Mas não o culpo, já que eu não entendo completamente. Mas você sequer entendeu a colocação que diz sobre ele. Então não consegui ser claro ou você simplesmente não entendeu.
Vamos assumir que não fui claro.
Sartre diz que nenhum ser humano deve poder exercer a totalidade seus direitos quando em sociedade, porque fatalmente isso irá ferir o direito do outro. Então viver em sociedade é aceitar que terá para sempre parte de seus direitos negados (em prol da vida em sociedade).
===
E isso se aplica ao seu tolo argumento sofismático sobre suicídio.
Ele era uma armadilha e você ter caído nele só prova que está sofismando e não debatendo argumentos verdadeiros.
Não ressaltei deliberadamente que a morte do suicida não é um ato isolado porque irá afetar quem é próximo a ele - mãe pode enfartar, amigos idem ou serem gravemente afetados por esse ato que é considerado por alguns como um ato tremendamente covarde e egoísta (mas não pensem que estou tripudiando de quem vai cometer esse ato).
E aqui entra o segredo de ser a favor da proibição das propagandas:
Da mesma forma que o hipocondríaco, o suicida (entre outros) perdeu a capacidade de discernir entre o que é certo e errado em alguma parte ou totalidade do entendimento do viver e por isso tem de ser protegida de si mesmo. Afinal de contas só deseja o suicídio quem acha que tem algo de muito errado com a própria vida - isso não é o estado normal de alguém
Essa parte é argumento de conservadores para sustentar que devemos obrigar os viciados a se tratar. Mas os progressistas que você tem denegrido sabem (usando o método científico que você também denegriu) que tratamento contra a vontade da vítima não funciona. Para melhorar, ela precisa querer isso.
Então o que podemos fazer é contem os impulsos auto-destrutivos o máximo que pudermos nos casos mais graves (por exemplo obrigando a anoréxicas a se alimentar) e restringindo a possibilidade dele ter recaídas ou de provocar a piora de seu quadro.
E nesse ponto, viciados em cigarro e bebida irão com certeza se sentir estimulados ou compelidos pela propaganda.
Sem o efeito provocador eles terão uma chance para se conter. E quem não tem problemas poderá consumir normalmente.
Só que é esse senso comum que cada vez se torna mais presente na formulação de projetos de nossas leis. Não há uma discussão anterior e nem posterior sobre o que deve ser feito para sanar algum problema, ou mesmo se tal conduta é um problema.
Falso. As medidas apontando a necessidade da liberação do aborto, foram respaldadas por pesquisas mostrando que o mesmo é um problema de saúde pública: mesmo sendo proibido, mulheres abortam e abortam escondido, se sujeitando a toda sorte de problemas que um procedimento médico não regulamentado proporciona. A necessidade de liberar o aborto é para que o mesmo aconteça de forma segura e garanta que o mesmo seja feito de forma segura e até mês X onde não podemos identificar vida intrauterina (e aí o debate pode prosseguir).
O mesmo vale para liberação do casamento homossexual e proibição de propaganda de drogas recreativas.
Talvez aqui (e apenas talvez) a lei possa estar sendo moldada sem nenhum apoio de algum especialista, mas lá fora eles são questionados pelos governantes para pô-las em prática. O exemplo de Portugal para muito bem coordenado para ter sido feito no chutômetro. E os resultados rápidos parecem corroborar essa tese.
Quanto ao resto que você discutiu com Lanzi, olhe meus argumentos.