A elfa encara o Barão. Seus olhos - que mantinham um verde claro - começaram a azular. Seus olhos desviam para o homem à sua frente. Então, percebeu que não precisava inventar desculpas muito elaboradas, apenas dizer a verdade sobre o ocorrido. Tal verdade que não conseguiu ser dita até o momento, pois ninguém havia permitido. E com calma, mantendo a postura, firmeza e veracidade em suas palavras, ela finalmente expõe sua opinião sobre o assunto.
- Senhor, encontramos a menina naquele estado e fizemos o possível para ajudar. Trouxemos até vocês com o intuito que ela conseguisse os melhores cuidados o mais rápido possível. Expusemos nossos corpos a uma doença que nem sabemos se é ou não contagiosa e quais os perigos que ela poderia nos trazer.
De contrapartida a nossa boa ação, fomos detidos em seus domínios, ameaçados de morte e vítimas de interrogatórios sem ao menos entender o porquê. Se fossemos os responsáveis por esse infortúnio, não seríamos idiotas o suficiente de vir até aqui, entregar a criança e "confessar" o crime para sermos presos de graça. Teríamos deixado ela definhando até a morte sem a menor compaixão.
Por fim, desejo que reconsidere essa situação, pois o senhor não vai querer levar esse caso à justiça sem provas concretas sobre nossa culpabilidade nesse crime. Sendo que sua única "prova" é que somos seres estranhos que carregávamos uma garota da sua vila contendo uma doença estranha e que "estranho por estranho" somos os culpados por toda a "estranheza" envolvida na história.
Agora, eu pergunto: O senhor vai querer realmente que a lei interfira nesse mal-entendido?