Retroclones são uma maneira fácil de prosseguir com a fórmula dos clássicos por dois motivos: não precisa se pensar em upgrades e efeitos das armas no ambiente... e pode-se ignorar a história.

E temos coisas como o  Mega Man XOver, que é mais parecido com Canabalt que Mega Man em si, (e que meio que profetiza o final da série X, né), pra tentar capitalizar o aniversário de 25 anos com uma cagada na cabeça dos fãs. A franquia Mega Man pra mim teve o mesmo destino de Devil May Cry: tirando os jogos antigos, os novos são pra tentar ganhar dinheiro de forma fácil e sem esforço.

Não é de se espantar que os criadores de ambas franquias não estejam mais na Capcom.

Joguei muito pouco da série clássica, já que não peguei a era do NES, que conheci já velho. Eu tinha um Mega Drive e só soube que existiam jogos para ele também já velho, logo também não joguei. O 7 joguei no emulador e não curti muito na época e nunca tentei de novo depois. Já o 8 eu adorei, acho que foi o primeiro jogo que joguei freneticamente no meu PS1, pois eu não tinha memory cards. Acho interessante pensar como era, pois das primeiras vezes eu mal conseguia matar um chefe, depois fui pegando as manhas e liberando os outros 4 chefes facilmente (o 8 tem um esquema que são 4 fases, uma luta contra Duo e depois outras 4 fases).

Por outro lado, conheci a série X no PC entre a época de emulador de SNES e o PS1 e eu adorei. Joguei só o X3 no PS1 e anos mais tarde o X4 e pra mim são as melhores experiências de Megaman que eu lembro. Joguei bastante o Legends 2, mas é tão diferente que não considero como Megaman e sim um spin-off maneiro.

A série Zero eu joguei, lembro de ter achado bom mas acabei não terminando o primeiro e nunca joguei os outros.

Já nessa geração de consoles, joguei o 9 e adorei. Gostei a ponto de terminar o jogo (o 8 que eu jogava sem memory card por tardes e tardes eu nunca cheguei a terminar, por exemplo).  Não vejo problema em retroclones, a série era assim antigamente e não vejo motivos para não criar um jogo atualmente com o estilo de antes. Por outro lado, acho muito triste os 25 anos da série serem comemorados com um jogo de iOS que não parece em nada com os jogos clássicos e um jogo feito por um fã que a Capcom resolveu aproveitar. Street Fighter ganhou uma caixa com todos os jogos, trilhas sonoras, livros e tudo mais. Megaman ganhou um jogo feito por um cara que gostava a série e fez por contra própria e a Capcom adotou.

Quanto a Devil May Cry: você está falando de DMC 4?

EDIT: acabei esquecendo do mais marcante: apesar de nunca ter jogado a maioria dos jogos da série, as músicas das séries clássica e X são ótimas e nesses 7 anos desde que as descobri, continuo impressionado com a quantidade de música foda que essa série tem.

Quanto a Devil May Cry: você está falando de DMC 4?

Não, de DmC: Devil May Cry, o reboot da Ninja Theory. A crítica especializada se derreteu que nem manteiga, as fan-reviews dizem que é o anticristo encarnado em um videogame.

Aproveitando esse tópico, deu vontade e peguei para jogar o X5 esse fim de semana.
Eu continuo sem saber como destruir a colônia no primeiro ato, com o disparo da Enigma. Me recordo vagamente ter conseguido uma vez, mas não sei exatamente como fiz. É aleatório?

Tanto o Enigma quando o Ônibus Espacial tem chance de sucesso e falha opostas; cada item aumenta ligeiramente a chance de serem bem sucedidos, mas no caso do Enigma, a chance é ridiculamente baixa, coisa de 5-10% com todos itens, segundo o gamefaqs. Pessoalmente, só vi uma vez acontecer, na época do PS1 mesmo. E a ironia em excesso é que foi um tiro "puro" sem matar nenhum boss, porque eu queria mostrar pra um amigo meu que existia uma segunda metade do jogo. Na prática, eu pulei os 8 mavericks.

Eu testei anos mais tarde no emulador pSX e precisei dar coisa de sei lá, 60-80 loads pra ele destruir a Eurasia. Tem gente que até hoje não acredita que seja possível.

Já o Ônibus Espacial, que tem uma chance baixíssima DE falhar com os 4 itens, eu já vi falhar umas 3 vezes em um monte de tentativas (acho que uns 30, 40 loads). Dizem que na versão X Collection, as chances de sucesso são menores pra ambos disparos porque isso "faz parte" da história do X6.

BTW, o que define se o Zero vai ser Maverick ou não no final do jogo, é a Eurasia batendo na Terra (o que acontece no "cânone" da série). Mesmo se você estiver usando ele desde o começo do jogo, no momento que a Eurasia se choca na terra (seja porque o tempo acabou, ou o Ônibus Espacial falhou), você perde ele como personagem (o que é um soco no útero, se você negligenciou o X o jogo todo, e foi o que aconteceu comigo).

Mas chega disso, vamos falar de coisas melhores, como porque a duplinha X6 e X7 são ruins!

Agora, o X6 eu até que gostei. Principalmente pela jogabilidade similar ao X5 e pelo final do Zero, que meio que fechava com o início do Megaman Zero. Pra ser sincero achei que fizeram esse jogo mais para dar essa continuidade. Que pontos negativos vc conta? Para eu me situar.

Você já viu o Sequelitis do Egoraptor, fazendo uma resenha do que o Mega Man x foi na época? Colocando aí pra ti (apesar dessa legenda ser meio ruim em alguns momentos).


X4 e X5 foram o começo do fim, pra mim. Foram eles que começaram a sair do método "mostre, não conte" que fez os jogos anteriores serem melhores. Por exemplo, de X1 a X3, você ganha as armas numa cutscene sem diálogo que mostra o efeito básico delas, mas não sua interação com o cenário / inimigos.

ISSO, você tem que descobrir sozinho, como por exemplo:

• Você pode cortar os  tentáculos do Launch Octopus com a Bomerang Cutter (x1).
• Speed Burner faz ficar calor, e a Bubble Splash faz chover quando usadas naquelas bolhas de vidro na fase do Wire Sponge (x2)
• Acid Burst pode ser direcionada pra cima e pra baixo com o D-Pad, e a Frost Shield tem um tiro carregado diferente debaixo d'água, fazendo uma plataforma (X3)

No X4, você tem um texto explicando o que a arma faz; por exemplo, a Lightning Web, tirado do próprio jogo:

"Fires a spider net charged with electricity. Can be used to attack, wall jump or double jump."

Parte da experiência em descobrir o que faz o que onde é perdida nesse processo; quando o jogo literalmente te fala "essa arma faz X, Y e Z" você perde vontade de experimentar com as armas. Alias, falando em armas, o Zero como personagem jogável fez com 2/3 das armas do X fossem lixo puro, porque o foco eram novos poderes e golpes pro Zero. Pra cada pulo duplo com air dash que causa dano mais combo de espada um com fogo e down com gelo, X ganha uma bola de ar que é disparada pra em parábola, sobe e causa dano igual a um tiro normal.

X5 como jogo piora parte da gameplay com adições de elementos supérfluos que não adicionam nada, feitos pelo motivo de SEREM novidade, como a capacidade de abaixar-se (que serve pra evitar o que? 3 armadilhas de morte automática no jogo todo), pendurar-se em cordas (que são partes pequenas e chatas), tiros que não atravessam paredes (e aí, você ganha a armadura Falcon que faz isso >_>) e...

...a chata da Alia falando a todo instante, em balões de texto lentos, sem capacidade de skip, e constantes. E são coisas óbvias, tipo, "você precisa usar essa plataforma", onde não tem nada na tela ALÉM de uma plataforma. Eu poderia ficar o dia todo aqui falando dos defeitos de design, sério.

Lembra que no outro post eu comentei que o Zero torna-se injogável quando a Eurasia bate? Imagina você jogar com o Zero o jogo todo, pegando todos upgrades de Health com ele (porque são exclusivos, se eu pego com X, não posso pegar com o Zero e vice-versa) e ai no final, lol, Eurasia e eu perco o Zero, sendo obrigado a jogar com o X porque a história manda? Pra que dar a opção de usar o Zero, se na versão "correta" da história, a chance de você perder ele é alta?

BTW, as armas do X nos jogos X4-X6, que usam a mesma engine, são um lixo absoluto com uma ou outra sendo util em casos tangenciais (aqueles que a arma FOI criada para, como atingir o Sigma Reaper com Rising Fire): normalmente, você usa arma pra abrir caminho pra pegar itens e só, porque a X-Buster, apesar de não ser tão forte, não é limitada em alcance/efetividade.

(Pensando assim: algumas das armas da X3 já eram limitadas, como Ray Splasher e Gravity Well, especialmente se comparada com as do X1 e X2.)

As armas de X4 são lixosas / situacionais:

E as do X5, não estão atrás.

O próximo da linha é Street Fighter.

Lembrem-se que passamos quase 10 dos 25 anos do SF sem um jogo novo, só com re-releases e ports.
É muito doloroso ver os empresários por trás da sua infancia sendo as pessoas mais incompetentes do século 21.

Cara, porque os fãs ficam tão ansiosos por novos jogos e lançamentos que se contentam com cada migalha. E a modalidade competitiva de certos jogos da Capcom só exacerba isso: um mais atual, SF4, já teve várias revisões.

Pra quem joga em torneios ou online, é imperativo ter a versão nova, porque a velha fica desatualizada e não interessa mais em termos de competição. Isso é o brilhante; eles não precisam fazer muita coisa porque a vontade inata de competição e jogar em comunidade faz isso; pessoas como o Seth Killian que atraíram pessoas pra esse lado competitvo, são mais importantes que uma versão nova.

Eu comecei a jogar Megaman no nintendinho (Dynavision lolol). Acho que era o MM2, mas não tenho certeza. Eu adorei o jogo, mas era novo demais pra jogar bem.

Comecei de verdade no Megaman X1, e pirei o cabeção. Joguei tantas vezes que conhecia todas as fases de cor. Pegava o Hadouken só pra passar o tempo.

Meu preferido ainda é o X4, pelo Zero.

Mas não gostei de MMZero. Sei lá. O redesign ficou muito diferente pra mim, as fases muito longas e as fadinhas eu achei uma frescura desnecessária. Só terminei o primeiro.

Meu outro preferido - empatado com X4 - é Megaman Legends 2. Amo aquele jogo. O senso de humor, os personagens, as armas, as dungeons, tudo. Maldita Capcom por ter cancelado o MML3. Nunca será perdoada.

MMX2 sempre terá um lugar especial no meu coração, com o x-buster mais legal, na minha opinião, e armas de chefes bem divertidas de usar...