Bom, a Paizo acabou de me fazer um imenso favor em demonstrar porque eu não tenho muita esperança com Pathfinder, com dois talentos que são uma aula de Design Ruim. Eu já estava tirando sarro do Warlock do D&D Next por ser desnecessariamente complexo, mas os talentos Sacred Geometry e Arithmancy retornaram a um nível que me lembra de Chivalry&Sorcery (embora, em defesa parcial dessas aberrações, eles são tematicamente incríveis).
E não só é de um livro oficial, é de um livro oficial que tem quase todos os autores de alto escalão da Paizo como o Jason Bulmahn, Erik Mona e James Jacobs.
Também gostei deles tematicamente, sem falar que representam uma diversão adicional para os jogadores que gostam de matemática e de fazer contas.
Arithmancy é relativamente fraco (+1 CL em magiais, algumas vezes por dia), mas Sacred Geometry é incrivelmente quebrado - adiciona 2 talentos metamágicos (que você nem precisa ter) a uma magia, sem consumir slots de nível superior e sem limite diário de uso.
Me parece que ele é forte de propósito, como várias coisas no Ivory Tower game design. No caso, esse talento é forte porque exige uma boa habilidade do jogador com aritmética para se tirar proveito, caso contrário ele vai falhar em várias tentativas de utilizá-lo.
O efeito metamágico que ele concede é forte sem dúvidas, mas eu conheço muita gente que iria falhar muitas vezes ao tentar utilizá-lo, especialmente nas mesas em que o jogador tem um tempo máximo pré-determinado para concluir seu turno (como naquele esquema da ampulheta que o Nibelung até já comentou a respeito nesse fórum). Enfim, esse é o tipo de talento que vai depender bastante do jogador para ser forte ou fraco em jogo e de certa forma, acaba sendo bem menos problemático do que certos talentos que simplesmente oferecem poder de graça para o personagem, sem exigir nenhum esforço ou habilidade para que sejam usufruídos.
Exato. O fato de ser mais forte ou mais fraco é secundário. A parte hilariamente ruim é a forma que vai parar o jogo pra usar essa merda.
Concordo, o problema nem é tanto ele ser passível de abusos, e sim o fato de que talentos como esse tendem a atrasar bastante o jogo, o que diga-se de passagem vai na contramão do design atual de RPGs, que busca aumentar a fluidez e a rapidez do jogo o quanto for possível - afinal, a maior desculpa para uma mesa de RPG acabar continua sendo a falta de disponibilidade de tempo por parte de seus integrantes.