That aside, minha experiência tentando jogar 1 to 20 no D&D 5e é que a partir do nível 6 o sistema fica um pouco pior toda vez que os PCs sobem de nível.
É bem por aí.
Os personagens do grupo que estou mestrando Tyranny of Dragons alcançaram o nível 10 na última sessão. E já fazem alguns níveis que tenho a impressão que o jogo descamba um pouco mais a cada novo nível.
Só pra ter idéia: quando o grupo de personagens da campanha estava nível 8, eles atropelaram um dragão branco adulto (CR 13). Isso é 1600 XP acima da categoria Mortal para o grupo. O dragão deixou 2 membros do grupo
morrendo (com a baforada de 12d8, que certamente deita qualquer personagem com d6s ou d8s de Hit Dice), mas morreu extremamente rápido. Antes de mais nada, o único personagem do grupo que pode-se dizer que é otimizado, é um Rogue/Fighter (Battlemaster) Sharpshooter. O grupo tem um Sorcerer e um War Cleric, mas jogam bem mal, e não usam as magias com o potencial que têm. Se usassem, acredito que o combate teria acabado ainda mais cedo.
a) O Paladino é um imenso game-changer para o grupo. Se existe uma classe que eu recomendo para qualquer grupo dessa edição, é o Paladino. Não apenas ele é o "Combatente para quem tem QI acima de Dois Dígitos", como as habilidades Aura of Protection, Cleansing Touch e Aura of Warding (Oath of the Ancients) e magias como Aura of Purity podem salvar o traseiro de quem está ao lado dele. O Ranger poderia ser o mesmo, se tivesse um design decente.
Você quis dizer: game breakerAura of Protection e Aura of Warding são absurdos. Diria que são as melhores habilidades do jogo (depois de Magical Secrets).
c) Eu adoraria que os ítens mágicos fossem realmente poderosos - alguns até são, mas são tediosos, passivos, "adiciona bônus e você não faz nada além disso". É um erro de edições anteriores que persiste aqui.
Isso é realmente bem chato. Aliás, é monótono e frustrante. Com a redução da quantidade de itens mágicos encontrados e disponíveis no mundo, deveria ter vindo junto a idéia de que os itens mágicos são mais poderosos e relevantes. Não. É o contrário. O grupo demora a encontrar um item mágico, e, quando encontram, é só uma
espada +1, um item fraco e/ou chato. Bem frustrante.
Eu vou destacar alguns pontos que me pareceram contraditórios, o primeiro deles sendo a suposta síndrome de superman que os personagens da 4e sofrem. Eles afirmam que a síndrome acabou, agora todo mundo é aventureiro, os pcs não são tão poderosos, curiosamente usando o guerreiro como exemplo:
Se na 4ª Edição e 13th Age os personagens passam a impressão de serem poderosos desde o nível 1, na 5ª Edição você nunca se sentirá poderoso. A não ser que seja um conjurador, de preferência Lore Bard (com 2 níveis de Warlock, é claro).
O feeling de jogar a 5ª Edição é o de que você nunca evolui. Seja porque os números nas fichas continuam praticamente os mesmos do nível 1 ao 20; seja pela escassez de itens mágicos; seja pelo fato dos monstros continuarem oferecendo o mesmo desafio sempre.
Volto a falar do encontro com o dragão branco adulto mencionado acima. A
epicidade do combate e do monstro simplesmente não se traduz nas regras.
Mas a edição não é completamente ruim. Eu gosto muito da praticidade, do sistema de Vantagem/Desvantagem, a facilidade de aprendê-la, como é rápido montar um personagem e começar a jogar, etc. É uma edição fantástica pra eventos de RPG, por exemplo, onde tem um monte de gente nova, etc.