Dois posts interessantes sobre Numenera e RPG em geral no blog do Monte Cook. (Cf.
aqui e
aqui).
O primeiro é sobre mestrar em Numenera. Basicamente, é uma discussão de como o cenário do M. Cook é "GM-driven", i.e., como cabe ao mestre conduzir o jogo. Interessante como essa proposta está em voga hoje em dia, vide cenários como Dungeon World, 13th Age e o próprio Next. Não sei se isso é uma resposta desses autores-jogadores-designers mais antigos (o próprio Cook, o Rob Heinsoo ou o Jonathan Tweet) aos jogos mais "enxutos" de decisões arbitrárias do mestre, como o DnD 4e ou mesmo o novo Iron Kingdoms.
O segundo é sobre as aventuras no mundo de Numenera. E por "aventuras" aqui, o Cook está dizendo "aventuras prontas". Ele traz esse tema por uma questão mercadológica ("aventuras não vendem") e como ele as vê como ferramentas importantes na experiência do jogo. Elas seriam como um espelho das intenções dos designers ou um manual de como eles pensaram que o jogo "deve" ser jogado. É interessante.
No final, mais do que informações sobre o Numenera, os textos acabam dizendo muito mais sobre concepções de design de jogo e dos próprios autores do que do cenário em si. O que, na minha opinião, é até válido. Afinal, quero saber como estão lidando com o desenvolvimento das coisas pelas quais me interesso. Nada de criar cortinas de fumaça nesse processo (DDN, estou olhando pra você).