(...) Sendo que prefiro algumas coisas que tem no Microlite20, como perícias mais resumidas e colocar o nível em quase tudo.
posso não ser fã do d&d 4
mas basicamente você adiciona metade do nível em quase tudo, não?
e a lista de perícias do d&d 4 é mais enxuta também, não ?
detalhe, eu também não gosto da quarta edição (ou melhor, não gosto de mestrá-la, mas jogaria sem problemas)
mas só após algumas interações (umas 20) eu conclui que realmente não gosto
20 interações com um sistema d20?
E por que os Poderes são tão estranhos?
Por que deixar todo mundo igual, se é D&D, onde cada mão lava a outra?
Se por "poderes são todos iguais" você quis dizer "porque todos os at-will causam 1[w] de dano, os de encontro causam 2[w] e os diários 3[w]", você está muito errado. Os números batem, mas é como reclamar que na 3e o guerreiro e o bárbaro tem fortutude-base no mesmo valor.
Quer saber quais são os maiores problemas da 4e? Marketing (todo mundo no pre-lançamento odiou a propaganda "se você joga edições antigas, você é retardado". A linha Essential também dividiu os fãs que a 4e já tinha conquistado), Desafios de perícia (boa ideia, péssima execução), e apresentação (os livros básicos são ótimos como referência, mas não te empolgam pra ler).
Agora, combate? Me desculpem, mas em matéria de combate tático, a 4e ainda é a melhor escolha de sistema, porque qualquer movimento de 1 quadrado faz diferença em jogo, e a falta de versatilidade individual faz o grupo trabalhar juntos pra cobrir fraquezas uns dos outros. O problema é que ela só é realmente boa em combate. Fora dela, se você jogar freeform, consegue resultados melhores do que usando o sistema de perícias deles.
Eu nem lembrei desse negócio "at will" e o carái, sabia? No caso, era por causa de poder escolher vários troços bem parecidos nos níveis ímpares, e isso deixa um gosto bem...
Não consigo mais perder tempo com os sofismos do Atmo.
E que valor tem, realmente, o que ele considera válido num RPG?
EU considero que mestro (principamente mestro) muito mais à vontade o 4e, se for pra contar questões individuais... o jogo é muito mais orgânico e concatenado, e onde ele vê poderes todos iguais eu vejo o contrário... era um saco jogar de guerreiro nas edições anteriores.
E ainda me chama de filho da puta, vê se pode!
Eu faço bastante zoeira no 3D&T por causa do tempo que dediquei a entender como as apelações nasciam e como era fácil matá-las, como usar o conhecimento dos jogadores sobre o sistema de forma a fazê-los achar que estavam tendo ideias geniais sendo que eu já tinha planejado o que eles iam fazer (alguns jogadores são bem previsíveis,
na vida). Também consegui brincar com o Microlite20 e fazer algumas piruetas mais diversificadas, como fazer eles lutarem com as perícias, não usando nível ou CA em momento algum, cutucar nos Techniques do Book of Nine Swords que eu tava adaptando pro M20 (mas ficou com um gosto muito videogame quando estava colocando cada poder por nível, um absurdo), os fiz pensar fora da ficha, e outras coisas que não mostrei no diário de campanha. No 3.5 eu simplesmente gosto de seguir as regras, brigar com elas, dar voltas e achar um ponto que eu pudesse explorar ou ao achar algo naqueles vários suplementos, que eu devorava no meu "tempo livre".
Claro, também tive náuseas com alguns jogos. Risus foi uma experiência cansativa e trolante por ele mesmo não se levar a sério; o clima do livro deixava bem claro que era tudo uma brincadeira de bêbados, e isso me martelava a cabeça. "Joguei" Runequest (SRD) uma vez só, e foi pra testar como era o sistema de combate com um colega meu. Resultou num Pato empalado, depois de um bom tempo. Final Fantasy RPG foi outro que comecei, andamos por 3 sessões e o povo perdeu o ânimo; também, lanceiro com DUAS lanças, mago branco montando no seu bicho voador e matando os lobos na base da flecha (isso depois que os lobos mataram o lanceiro e o outro cara), meu dragão tão bonito morto pelo fdp do lanceiro explorador dos infernos... Também testei, joguei, narrei e vomitei naquela merda daquele Mighty Blade: cacete, como podem fazer um sistema voltado pra criar combeiros, como!? Nem adianta dizer o contrário, dava sempre na mesma: quem fizesse um personagem que não pudesse combater direito, de acordo com as regras, era punido com uma morte rápida e humilhante. Estou, atualmente, num pbf quase mensal usando o Microlite Storyteller; é demorado. GURPS... só fiz ficha. M&M idem, e fiquei com asco daquele sistema de dano insosso, onde tudo é Damage, nada que faça dano não pode ser algo que não seja Damage, Damage isso, Damage aquilo, ARGH!
Só me falta testar os outros sistemas que estou doido pra fazer campanha, como Sword World RPG 2.0 (que está jogável, de acordo com o que os tradutores disseram), Night Wizard! 2E (que acredito que nunca verei em inglês), quero o Open Versatile Anime Revised o quanto antes (o "1e" tem um esquema de dano que me irritou a beça quando testei), quero jogar um d20 (Tormenta RPG parece ser um sistema bom para essa ideia) do nível 4° ao 7° (não me perguntem o por que), e... quero uma campanha longa em que seja divertido de participar e jogar.
Enfim, muitas coisas na cabeça, muitas pretensões e muitas decepções... acho.