Com algumas ressalvas quanto ao tipo de mortalidade que estamos falando que coloquei no meu post anterior, sim.
Bom, eu li o que você escreveu, e não vejo essa separação entre "tipo de mortalidade". Sobre a quarta edição ter menos mortes nos primeiros níveis devido a ataques críticos, se for verdade, é a morte que ocorre na exceção da exceção da exceção, e então não serve para comprovar nem refutar nada.
Aquilo que você define como "morte por ausência de recursos" é o único tipo de morte que existe em qualquer situação fora do "save or die". E, como o "save or die" não existe em todas as edições, não devemos comparar sua relevância em cada uma das edições. Portanto, sobra "o resto".
Entre as outras coisas que matam, está a redução de pontos de vida. Aí você fala em poções, varinhas, magias de cura que podem ser infinitas em algumas edições, mas não são ilimitadas em outra. E aí existe um porém: como nas edições mais antigas é o mestre quem regula o fornecimento de itens mágicos ao grupo, e como as regras de produção de itens mágicos são no mínimo nebulosas, nada disso pode ser dado como certo, muito menos como infinito. Se o mestre não colocar a poção de cura extra no tesouro do dragão, então não tem cura. OK, há as magias do clérigo... que é um personagem para curar todo o grupo - ou seja, se ele conseguir, não sobrarão tantas magias a longo do dia para fazer nada.
Agora, em contraste, há o sistema de surtos de cura, onde o personagem acorda sabendo que, a cada dia, pode recuperar uma quantidade exata de pontos de vida em um número exato de vezes. Isto é, o jogador tem pleno controle sobre as capacidades de cura de seu personagem, a qualquer momento. E, como o próprio sistema de regras em questão indica quando e como devem ocorrer os descansos curtos e os descansos mais longos, pelas regras, o esperado é que o personagem tenha sim pleno e amplo acesso aos seus recursos curativos, o que por si só já é muito melhor que o que acontecia nas edições anteriores.
Abro também um parêntesis para falar das exceções, para aquelas ocasiões nas quais a aventura interpõe um obstáculo que consome surtos de cura, isto é, priva o personagem de se curar tantas vezes as quais tem direito. Isso é contrabalançado pelo fato de, especialmente em níveis mais altos, existirem várias magias/habilidades que obrigam o teste
de resistência específico dos itens mágicos dos personagens, caso os mesmos falhem nos seus testes de resistência contra o efeito em questão. Um mesmo ataque desse tipo, lançado contra o personagem, tem a possibilidade de destruir muitos de seus itens.
Concluindo, querer comparar a mortalidade das edições menos antigas com as das edições mais antigas a partir de "recursos ilimitados de cura" não é bem lá o melhor caminho não.
E.