Não cheguei a mestrar muito em níveis mais altos o D&D 5E, mas já tive alguma experiência nesse tipo de encontros. Como sempre não é nenhuma fórmula mirabolante, apenas meu relato de experiências pessoais com o sistema.
- É fato que os conjuradores estão bem fortes nesta edição do D&D. No meu grupo atual tenho 3 conjuradores: um clérigo de Tempus, um mago e um bruxo do Pacto do Grande Ancião (Ou Grande Antigo). Fora isso, o grupo tem um Ranger meio-orc e um Ladino Humano. Agora vai entrar no grupo um bárbaro.
- Os cantrips são úteis, mas não são tão apelativos. A primeira vista 1d10 de dano dos cantrips que causam dano me pareceu muito, mas na prática eles apenas arranharam os inimigos. Míssel Mágico está muito bom, mas também serve mais pro acerto automático em si do que pra deitar monstros. Notei que é mais útil dividir ele nos inimigos e enfraquecê-los pra galera da porrada do que focar num inimigo só. O mago do grupo aprendeu isso na marra. Infringir Ferimentos (do clérigo) foi útil uma vez, deitou um inimigo, mas o inimigo ao lado conseguiu bater feio no clérigo após isso. Sussurros Dissonantes, usado pelo bruxo, tem feito um pequeno estrago.
- Nas aventuras que jogamos, os usuários de magia tem sido incrivelmente úteis, mas todos que se arriscam próximo ao combate corpo-a-corpo acabaram se ferrando. Então o grupo adotou a estratégia de Comissão de Frente composta pelo ranger, clérigo e o ladino cercando os inimigos e os usuários de magia atrás disparando. Na primeira vez foram bem, contra uns orcs bem fortes. Mas a estratégia fracassou contra simples goblins, pois os goblins podem desengajar como uma ação bônus. Eles desengajavam e atacavam os casters, os que ficavam davam ataques de oportunidade na comissão de frente se eles não usassem desengajar. A galera melee as vezes perdia a chance de atacar pra defender os casters.
Resumo: Muitas vezes você consegue equilibrar as coisas usando uma habilidade de uma criatura que normalmente não daria trabalho (goblins). Analise bem as habilidades das criaturas, vê o que dá trabalho pra um conjurador, o que dá trabalho pra um cara do corpo a corpo. Os goblins deram mais trabalho que os orcs porque eliminaram a estratégia dos conjuradores de bater e correr. Um DM que conhece seu grupo e sabe como agem, pode desafiar seus jogadores de inúmeras formas, e na 5E, uma das coisas que mais gostei, até um goblin pode dar trabalho pra um personagem de nível mais alto.
Adendo final: adorei a velocidade de evolução dos personagens nessa edição. Ficou bem equilibrada. Sei que ainda vai demorar muito, mas tô esperando pra ver eles chegarem no nível 10-11 pra testar os personagens mais fortes com desafios mais fortes. Por enquanto como DM, não tive dificuldade em desafiar os jogadores, todos eles. Mas também como já disse em outro tópico, sempre focamos mais em construir uma história com personagens interessantes do que em montar combos.
[]s Pepi