Na verdade, tem. Assumindo esse cenário, o Guerreiro ainda terá algum pool de recursos trocáveis e variados. Isso é melhor do que "talentos extras que você escolhe uma vez e só muda se fizer "Retraining".
Nota que isso pressupõe a idéia de lista de habilidades básicas e automáticas que todo guerreiro tem acesso (ou uma lista de habilidades que varia de acordo com o kit, etc.). Esse é o meu cenário ideal, considerando a proposta deles.
Meu medo é que as opções de classe que eles estão oferecendo não possam ser trocadas gastando dados. Em vez disso, que cada uma seja só um feat de combate disfarçado e que é ativado gastando um dado. Como o exemplo do Spring Attack que eu já mostrei. Tomara que não seja assim.
Kimble, a pergunta do teu primeiro parágrafo foi respondida no segundo, então pulemos.
Então vamos ter super-manobras? Yey!
Sim, eu digo que uma classe ter acesso exclusivo a certas coisas torna ela especial.
Isso não faz sentido, porque você afirma isso depois.
O guerreiro na 3e não tinha isso. O que tornava ele "especial" era simplesmente ter uma quantidade maior das coisas que qualquer outro combatente podia ter.Mas segundo teu raciocínio, ele tinha algo "especial". Ele tinha um pool de recursos que ele gastava a cada 3 níveis para adquirir mais/melhorar suas habilidades em combate. Só ele tinha acesso a isso entre as classes básicas. Rangers e cia tinham os feats já escolhidos, magos ganhavam metamágicos. Isso era suficiente pra tornar ele interessante? Não.
Pra você, isso é porque todo mundo tinha acesso a esses feats. Pra mim, é mais complicado que isso. Eu acredito que não importa se o maguinho ou o ladino não podem fazerm Spring Attack. Se a construção do personagem te empurra a usar Spring Attack toda rodada, ad infinitum, super-especializado, o problema da 3e volta a se repetir.
Por exemplo, o druida ser a única classe que pode se transformar em animais torna ela especial. O bárbaro ser a única classe que entra em fúria durante o combate torna ela especial. O Ranger ser a única classe que tem um companheiro animal torna ela especial. Esse tipo de coisa é vital em um jogo baseado em classes.
Em paralelo e não ligado a discussão, é engraçado pensar que essas deveriam ser habilidades que definem as classes mas todas podem ser conseguidas gastando um ou dois níveis em cada classe. Yey.
Então, os "DADOSSSS!!!!!!!111!!11" (independente se são dados, pontos de fadiga, pontos de ação, whatever) da 5e podem ser isso: a "coisa especial" que diferencia o guerreiro de outros combatentes. Podem se tornar aquele recurso que torna a classe única, que o jogador diz ao completar a frase:
E eu torço pra que isso aconteça. Mas como eu disse, isso só vai acontecer se os DADOS forem mais do que fumaça pra esconder que os guerreiros estão ganhando mais feats de combate. SE não for isso e eles incluírem alguma mecânica que permita aos guerreiros fazerem manobras variadas, etc. e etc., em algum estilo parecido ou melhor do que eu falei antes, vou ficar contente. Meu medo é ... nossa, já repeti tanto isso que cansei.
E eu não entendi por quê você presume que seria especialização excessiva - no artigo já dizem que começaria com 2 habilidades extras, e ganharia mais 3 até o nível 9. Isso me dá a entender que o resultado é um leque variado de opções a cada rodada. Mas, claro, só vendo as regras no papel pra saber.
Porque a gente não sabe o que são essas habilidades e pelo que eles descreveram, existirá um tipo de... bem ... "Theme" que o personagem pode escolher onde essas "escolhas" já vem definidas. Se já existe a expectativa desses pacotinhos de "escolhas" prontos para você pegar, dentro de um mesmo tema, não é estranho supor que exista o aspecto de especialização através do acúmulo de... habilidades(?)... que tornam o personagem cada vez melhor dentro daquele aspecto.
E sim, é importante você entender que usar "feats" tem um significado embutido de "opção aberta pra qualquer classe", então não é apropriado quando se fala desse artigo. Use qualquer outro nome, sem o paralelo com os bonus feats da 3e, e a maior parte da discordância termina.
Não só pra eles. Tu me fez perceber que eu preciso pensar num nome diferente para conjunto pré-determinado de habilidades ganhas a cada X níveis automaticamente e que se enquadram dentro de um mesmo tema, mas que não são Themes. Acho melhor usar tua sugestão de kits, porque aí as pessoas lembram do Ad&d pelo menos.
E só relembrando, já faz tempo que feats deixaram de ser abertos pra todo mundo. Na 4e toda classe tinha uma lista boa de feats exclusiva pra ela. Que aliás, muitas vezes modificavam ou adicionam novas habilidades em cima das manobras/características já disponíveis para cada classe.