Um defensor que se focasse em apanhar no lugar de seus aliados é tão otimizado quanto um Bárbaro focado em Carisma e Inteligência e que tem a Adaga como sua arma principal. Defensores não brilhavam por apanhar no lugar dos aliados, mas sim por colocar seus oponentes em uma situação onde o oponente sempre se daria mal (Catch-22).
Concordo que por enquanto não há um suporte decente para defensores. Mas também não me parece tão ruim assim, ao menos temos o Protect Fighting Syle, o feat Sentinel e a manobra Goading Attack (esta aqui é a melhor pois não requer uma ação de reação, porém é exclusiva de um build de guerreiro) para quebrar o galho nesse departamento.
Aliás, eu acredito que essa falta de suporte ao papel de defensor seja proposital para não afastar os 4haters. É bem provável que eles deem mais suporte para isso fora do básico, em suplementos.
Como já mencionei Concentração não tem um impacto tão grande, salvo para alguns tipo de Conjuradores de Linha de Frente. Motivos:
a) Diversas magias de suporte tem duração normal.
b) Conjuradores tem maneiras de reduzir o dano que sofrem, especialmente o Mago (Abjurador) ou mesmo Stoneskin (Dura 1h, reduz quase todo dano físico não-mágico, que é o da maioria das criaturas, à metade). Ou mesmo uma medida simples, como aumentar a CA, via Anão das Montanhas (Para o Mago, Feiticeiro e Warlock)
E o mais importante:
c) Concentração não faz nada para afetar o predomínio de Conjuradores fora do combate.
Perceba que eu não afirmei que a regra de concentração coloca os conjuradores no mesmo nível dos não-conjuradores, o que eu quis dizer no meu outro post é que essa regra aumenta a dependência dos casters em relação aos outros PCs para atuarem com 100% de eficiência nos combates. Ninguém discute que os casters são melhores fora de combate, aliás existe desequilíbrio nesse departamento até entre os não-casters (compare o ladino com o guerreiro...).
O ponto é que no momento em que o mais forte passa a depender do mais fraco para uma parte importante do jogo como é o combate, esse desequilíbrio se torna mais aceitável. O próprio Mike Mearls tem ciência disso e já afirmou no seu twitter que o objetivo dessa alteração na regra foi fazer com que o mago se utilize de mais estratégia e trabalho em equipe para utilizar suas magias mais fortes- em suma tentaram fazer os casters mais dependentes dos não-casters.
A questão é se eles foram bem sucedidos ou não nisso. Gostaria de testar na prática, mas a impressão que eu tenho é que a intenção foi boa, mas a execução nem tanto...
Ou seja, no melhor dos casos, Concentração é um incômodo para um Conjurador de linha de frente, que não tem Constituição decente (Que tipo de Conjurador de Linha de Frente que não tem isso?) e que não investiu em formas simples para solucionar o problema. É a típica "Solução Tormenta" - um inconveniente que não afeta o problema mais importante (Magias podem fazer e resolver qualquer problema).
Aliás, por isso mesmo Concentração é apenas um inconveniente - um Conjurador pode superá-lo se bem construído para isso. Agora, como um Não-Conjurador vai resolver os mesmos problemas que o Conjurador agora terá alguma dificuldade para resolver?
Pra ter constituição realmente alta ele vai ter que sacrificar Força e/ou seu atributo de conjuração, o que significa menor precisão nos ataques ou magias ofensivas.
E mesmo que ele tenha uma constituição maximizada e War Caster ele ainda vai falhar em muitos testes de concentração, pois o dano dos monstros sobe muito nos níveis altos. Um membro do fórum da Wizards fez uma tabela de CD do teste de concentração vs Challenge Rating dos oponentes (vou procurar e depois posto aqui) e no décimo nível o teste já começa a ficar difícil de passar mesmo para personagens que se foquem em passar neles.
No 20º nível então, tanto faz você focar nisso ou não que você só vai passar no teste com 20 natural mesmo.
Agora é claro que isso ainda pode ser corrigido até que saia a versão final do MM, mas por enquanto não compensa a longo prazo focar muito em constituição para passar nos testes de concentração.
É, Conjuradores não podem mais resolver todos os problemas ao mesmo tempo - só podem resolver todos, um por vez.
Pois é, mas só esse detalhe de não acumular buffs já mata os principais combos de CoDzilla que existiam na 3.x. Entendo que isso não seja suficiente para equilibrar casters e não-casters, mas você há de convir que a 3.x era bem mais quebrada nesse departamento, principalmente no combate.
Na minha cabeça, não vejo motivos para não se fazer um grupo só de conjuradores. Concentração limita, mas limita um conjurador. Se você tiver mais, então...
Pode funcionar bem se alguns conjuradores ficam a distância e responsáveis por utilizar as magias de concentração enquanto outros assumem a linha de frente e se focam no uso de magias instantâneas.
Me parece funcionar, mas será que vai ser mais divertido para o jogador fazer um caster de linha de frente restrito nas magias em que pode utilizar em combate do que fazer um ladino ou guerreiro que vão poder usar todas as suas habilidades mesmo que estejam no foco da pancadaria?
Afinal, os não-casters não são tão inuteis assim, eles tem uma DPR muito alta e no caso específico do thief, até item mágico de conjurador ele pode usar. A impressão que eu tenho é que pelo menos em combate eles têm o seu valor.
Numa campanha de D&D Next com poucos combates, eu até acho uma boa ideia um grupo só de casters. Mas em uma campanha focada no Hack n' Slash, não sei se essa formação supera de forma tão clara o grupo mesclado.