É D&D: se você não conjura, você não é nada.
Não sei se o pessoal aqui percebeu, mas a tão comentada regra de Concentração sofreu um adendo considerável na versão final do sistema e essa mudança nerfou de forma considerável os conjuradores.
Como já acontecia no playtest, o conjurador não pode manter duas magias que requerem concentração ativas. A mudança é que além disso, sempre que ele sofrer dano, precisará ter sucesso em um saving throw de constituição com CD 10 ou metade do dano sofrido -o que for maior dentre as duas opções- para não perder a concentração e ter sua magia interrompida.
Isso significa que as magias de efeito são bem menos confiáveis, pois qualquer ataque no conjurador pode interrompê-las.
Imaginem só, um clérigo conjura bless para os seus aliados e um monstro o ataca antes de chegar a iniciativa deles. Se o clérigo falhar no teste, o que não é difícil pois ele não tem proficiência em Saves de Constituição, a magia não terá servido de nada.
Outra situação inusitada é o mago do grupo usar vôo no guerreiro e no clérigo para que eles voem e engajem no Dragão Azul lá em cima, logo depois o dragão mete um sopro de eletricidade no mago e os dois colegas caem para a morte. Meu Deus, essa regra é o paraíso dos DMs sádicos!
E o melhor é que o dano dos inimigos progridem bem mais rápido do que os bônus de atributo e de proficiência, ao ponto de no décimo nível 40 de dano em um ataque só ser algo trivial. Um personagem lvl 10 com constituição 20 e proficiência nesse teste tem 50% de chance de falhar em um teste de CD 20, que dirá um clérigo ou um mago, que não tem proficiência nesse save e no máximo terá constituição como atributo secundário.
Enfim, teria que testar na prática para ver o real impacto dessa regra em mesa, mas essa medida me parece limitar bastante os conjuradores, especialmente os que vão para linha de frente como os clérigos, druidas e bardos. O mago, por ficar a longa distância me parece menos prejudicado, mas com a ação de Disengage não fica difícil para os DMs sádicos botarem os monstros para correrem atrás dele.