Eu acho praticamente impossível que a Wizards of the Coast não recupere sua posição de líder de mercado, já que mesmo D&D 4e, que não foi exatamente popular, ainda foi o líder de mercado por quase todo tempo. O que eu estou curioso é se D&D Not-Next vai ser grande o bastante se comparado a D&D 3e, que é a provável referência de vendas WotC (e segundo o que eu sei, mesmo as vendas da 3e eram menores do que AD&D em seu ápice).
Você está certo, seria muito surpreendente se a editora não conseguisse pelo menos a aceitação que a 4ª edição teve, afinal a marca D&D continua sendo muito forte. Agora conseguir o sucesso da 3E vai ser outros quinhentos, pois o mercado atual está cheio de bons concorrentes. A forma mais fácil de se conseguir isso seria através de uma licença aberta atrativa para outras editoras, pois dessa forma várias delas acabariam promovendo o novo D&D e gerando lucro indireto para a Wizards of The Coast.
E nem precisaria ser uma licença tão aberta quanto a OGL da 3ª edição, basta ser algo nos moldes da antiga licença D20 para incitar vários lançamentos que dependeriam dos básicos de D&D por parte de outra editora.
Agora se a licença aberta for algo nos moldes da GSL, qualquer sucesso acima do que a 4E conseguiu acaba sendo difícil de prever atualmente.
E o hobby pode estar voltando a crescer (o que me surpreende - eu já estava aceitando que TRPG está destinado a decair e "desaparecer").
O link que você postou não está funcionando,
mas eu consegui achar o artigo a que você se referiu, que diga-se de passagem, também me surpreendeu e me levou a
esse outro artigo sobre o tema.
Uma hipótese plausível para isso é a de que o público de RPGs eletrônicos cresceu tanto nos últimos tempos que a pequena percentagem desses jogadores que desenvolvem a curiosidade de experimentar também o RPG de mesa finalmente está se traduzindo em uma quantidade considerável de novos jogadores/mestres de RPG.
Outra hipótese que me vem a mente agora, depois de pensar na nossa realidade aqui no Brasil, é a de que isso também pode ser fruto do ingresso de filhos de rpgistas no mercado. Já vi muitas constatações de que o hobby não se renova e de que por isso o publico rpgista está cada vez mais velho. Sendo assim, vai ser apenas uma questão de tempo até que os filhos desses rpgistas tenham idade e interesse suficientes para se tornarem rpgistas como seus pais. Além disso, também existe a possibilidade de retorno de ex-jogadores depois da aposentadoria, fenômeno que não vi acontecer ainda aqui no Brasil, mas que é capaz de existir em outros lugares onde o hobby é praticado a mais tempo (eu mesmo já avisei pros meus amigos que quando estivermos aposentados iremos jogar RPG, e não dominó ou bingo como fazem os velhos de hoje em dia
).
Enfim, podem ser várias as causas, mas uma hora ou outra o nosso hobby iria parar de decrescer, pois ele possui um apelo que os jogos eletrônicos não possuem: liberdade de escolha e imprevisibilidade da história tão grandes quanto a imaginação dos jogadores permitir. Por melhor que um jogo eletrônico seja, ele ainda é limitado pela sua programação, o que não acontece em um RPG de mesa. E felizmente esse diferencial vem sendo mais enfatizado por sistemas mais recentes, os quais apresentam mecânicas que permitem os jogadores interferirem mais na narrativa.
Dadas as opções, eu estou mais inclinado a Tormenta RPG do que os dois principais D&Ds do Mercado - seja Next ou Pathfinder.
E eu achava que Tormenta RPG era um Pathfinder piorado! Agora fiquei curioso em conhecê-lo... O que ele tem de melhor do que o Pathfinder?
[Nota Pessoal]Usar outra sigla para RPG de Mesa[/Nota Pessoal]
Já que estamos discutindo sobre "TableTop RPG", que tal TTRPG? Já para Tormenta RPG, poderia-se utilizar TRPG mesmo.