Ou seja, para a maioria dos jogadores da 4E, escolher uma classe se resume a escolher a forma como irá lutar. Depois não gostam que grognards chamem a 4e de video-game....
Iuri, cara, é exatamente isso: a classe deve estar lá só pra definir a sua mecânica de combate. O roleplay é todo seu. E tem gente aqui que ainda tá achando isso pouco, quer desvirtuar o papel fora do combate da própria classe, assim, você poderia ser um "guerreiro defender", mas com o papel de diplomata. E isso é excelente.
O roleplay não é TODO meu.
Eu sempre meio que defendi no automático a decisão da 4ed de focar apenas no combate, mas nos últimos tempos tenho cansado de jogar 4ed, e só depois de ler esse post o Kasuya percebi o porquê.
A ficha não dito SÓ o que você faz no combate. Coisas como diplomacia, insight, nature, ou mesmo atributos são parte essencial dela.
Faz uma coisa: faz um fighter inteligente, e carismático. Pode? Claro que pode, mas compara com uma das fórmulas prontas que você verá a diferença no poderio da classe. Sem contar que você vai colocar perícias pelo background que você vai perceber que em alguns níveis elas estarão completamente defasadas. Por que você não pode deixar de aumentar sua força e o atributo secundário que você escolher (des, con ou wis).
E falando em força, TODOS os fighters são guerreiros imensos de forte, não existe um defender marcial que seja ágil, resistente e inteligente. Todos tem que ser um Conan da vida.
A 4ed cristalizou demais a coisa. Acho louvável deixar claro que existem papéis em um combate, e que esses papéis devem ser preenchidos de alguma forma, mas a inflexibilidade das classes pra mim já deu no saco.
No design que eu estou bolando (para o e8, ainda não submetido aos outros membros do time de desenvolvimento para avaliação ) tem 5 classes apenas.
Qual o problema?
Nenhum... se for para um outro sistema. Acontece que D&D com 5 classes e pronto seria um Deus nos acuda. Primeiro porque isso seria a "very motherfucker holy cow murder" e teríamos uma avalanche de fãs revoltados, indignados e tudo o mais. Segundo porque, desse jeito, eles não vão poder vender livros do jogador 1, 2 e 3, etc etc etc... Um número grande de classes vende o jogo after all.
Isso é completamente infundado. Revoltado com o quê? Com o fato de ter menos classes agora? Depende de como seria apresentado. Se estivéssemos falando de abolir as classes como um todo, aí sim acredito que seria problemático, mas só diminuir? Vai depender de uma tonelada de coisa para afirmar que os fãs vão ser contra.
Questão apenas de matemática e escalonamento de desafios com os níveis.
Bingo. Agora você sabe porque isso é tão difícil. Pare pra pensar bem: já vamos ter a quinta edição e o D&D ainda tem falhas matemáticas. São anos e mais anos e a matemática do jogo nunca fica perfeita, fechada. Daí você quer que os caras simplesmente adicionem mais esse nível de complicação na matemática do jogo. Pense nisso.
Então, já que não dá pra fazer melhor, pra que tentar né? Deixa do jeito que tá que é mais fácil, afinal, alguém já conseguiu alguma coisa tentando consertar erros passados?
Pense nisso.
Apesar de ainda não concordar que a invasão será necessariamente ruim, vou manter em mente essa possibilidade. Nada que uns playtestes não conseguiam tirar a prova.
Isso me leva a uma questão: por que a invasão de nichos seria tão boa a final? Qual é a vantagem que essa filosofia trás para um jogo baseado em GRUPOS?
Um grupo PODE ter seus "papéis" pulverizados entre todos os jogadores. Não há nada de errado nisso, se você acha que tem, bom, pode não ser o certo pra você, mas isso não quer dizer que é o certo pra todo mundo.
Iuri, eu acho que tu levantou um ponto importante na desvantagem de ter foco demais em jogadores especializados em um único role: fica estupidamente mais trabalhoso (pra não dizer inviável) mestrar uma campanha sem cumprir um requisito mínimo de roles "obrigatórios". Isso já era um problema antes, com os curandeiros, mas a 4e exacerbou. Se a 5e mantiver essa linha, vai continuar difícil jogar com um número menor de membros no grupo.
Eltor, isso é mesmo um problema? Quer dizer, quantos jogadores sentem falta de poder jogar com mago E druida E psion num mesmo grupo, por exemplo? Sou só eu que encara acima de tudo power source + role? Eu não penso "ah, como o sistema me limita porque eu tenho que ter classes de roles específicos" eu penso "o sistema me permite fazer qualquer combinação de power sources para compor meus 4 roles, com exceção da marcial, que não tem controller".
Acho que tu não entendeu o Eltor. Pra jogar na 4ed você precisa cumprir os nichos. Independe da source. Dá pra jogar só com striker no gurpo? Claro que dá, mas a 4ed não foi feita pra funcionar desta forma.
De vez em quando é chato fazer grupo. Antigamente se perguntava: "quem vai curar na bagaça" e "quem vai ser o mago". Hoje é: "a gente precisa de um defender", "quem vai ser o leader", "não, striker já tem dois. Escolhe outra coisa...não defender também não, que o meu já tá pronto. O que você pode ser? Leader...mas ei, pode ser de qualquer fonte. Como assim você vai fazer um defender também? Tá, beleza. A gente dá um jeito, só espero que o DM leve em conta que a nossa capacidade de cura tá baixa, se não a gente tá f..."
@publicano.
Entendo o que você tá falando do ranger, mas tenho que concordar com o Mark Wolverine.
O ranger padrão tem que ter ou dungeoneering ou nature. Além, a maior parte de perícias seria voltada para essa exploração, e isso não é bem o que ele descreveu, ou procura. Dá pra torcer a coisa pra chegar a um "guerreiro que usa arco" que ele quer, mas convenhamos que o sistema não comporta isso facilmente. Vai precisar de alguma abstração e isso - para algumas pessoas - é ruim.
Por isso seria mais simples se realmente a classe não estivesse atrelada ao role.