Autor Tópico: [D&D] A quinta edição desponta no horizonte...  (Lida 201811 vezes)

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #795 Online: Março 20, 2012, 09:05:15 pm »
Meh. D&D sempre teve divisão de papéis. A diferença é que pré-3e isso era mais variado, você normalmente tinha um tanque/parede de carne, um conjurador arcano, um divino e um cara de perícias. Na 3e, você acabava tendo dois ou três conjuradores que faziam os três papéis e carregavam o grupo nas costas. E na 4e voltou a ser grupo com classes variadas onde todo mundo participa. Se isso é ruim e MMO, então ainda bem que eles perceberam a bobagem que haviam feito na edição anterior e voltaram atrás.

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aldeães NPCs jogando frascos de ácido nos esqueletos do necromante, causando 3 PV de dano - PROS JOGADORES são Minions, mas funcionam como inimigos normais pra combatentes mais fracos.

O problema é que essa é outra daquelas questões de estilo de jogo. Na tua expectativa, você quer uma explicação mecânica do porque os monstros com um pv não caem na primeira pancada que recebem de um aldeão. Pra mim, os monstros caem ou ficam de pé se for bom pra história, pois não me importo que a mecânica dos pvs de minions tenha sido feito para interação pc x npc e não npc x npc. E essa percepção de que o sistema foi feito para essa interação pc x npc, não como forma de criar um simulador do mundo, não me incomoda. Gostos diferentes, um dos vários problemas que eles vão ter que dar um jeito pra atender com o DDN.

Meu medo dessa mecânica que eles já falharam na matemática em duas edições seguidas. A 4e precisou de correções em vários pontos. Na 3e, eu praticamente reescrevia os monstros inteiros a partir de certos níveis. Não consigo ter muita esperança que dessa vez eles vão conseguir acertar. Suspeito que a gente vai acabar numa situação similar a 3e na questão dos pvs, onde depois de um tempo a maioria dos monstros em nível adequado de desafio para enfrentar os pcs, caia antes de conseguir dar o primeiro ataque.

E considerando que uns dos designers principais disse que na opinião dele, em nenhuma edição do jogo o sistema quebra a partir de certo nível (e ele foi um dos responsáveis pela 3e), bem, não espero nem que consertem isso depois.
« Última modificação: Março 20, 2012, 09:20:47 pm por kimble »
Lido esse ano:
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Atualmente lendo:
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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #796 Online: Março 20, 2012, 09:21:23 pm »
Esse lance de minions vs aldeões é a mesma história de raças com limites de nível no jogo, ou seja, regras pra tentar simular alguma coisa "do mundo real". É verossímil que os aldeões não consigam derrubar minions com um golpe? É. As regras precisam criar uma progressão de PV's especial para o minion só prevendo que ele vai ser atacado por aldeões furiosos? Sério. Não.

Podemos continuar assumindo que o aldeão não consegue ferir o minion a contento. Nesse caso, se isso realmente fosse necessário para a história (quantas cenas de "seres muito mais fracos que os heróis lutando com minions" vocês tiveram em mesa?), bastava o mestre pedir, sei lá, 5 ataques bem sucedidos para um aldeão matar um minion. E acabou-se.

Offline Macnol

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #797 Online: Março 20, 2012, 09:25:04 pm »
VA, eu vi que depois do edit tu percebeu isso, mas vou ressaltar pros outros: tô explicando por quê tanta gente compara 4e com MMO. Não é culpa do Cassaro, mesmo que ele tivesse sido abduzido as comparações existiriam. São inevitáveis, pela opção dos designers em seguir um modelo de combate tão parecido com MMOs.

Kasuya, a diferença principal está no tank. Aggro (ou Marks) não existia antes da 4e. O povo adora falar como se esse papel de "um vai ser o tank e apanhar pelo grupo!" tivesse sido sempre o padrão, mas não era assim não. Quem fazia o guerreiro do grupo tinha o mesmo interesse do bárbaro e do monge: dar porrada, não apanhar na cara e fazer os inimigos magicamente se focarem só nele.

Kimble, na verdade a mecânica artificial dos minions não me incomoda muito não. Por mim tanto faz se ela ficar ou sair, é uma ferramenta que facilita a vida do mestre. Meu questionamento na verdade é: na prática, tanto a abordagem velha como a nova parecem ter o mesmo resultado, exceto que a nova proposta seria mais versátil. Não parece uma boa mudança?

Kasuya de novo, ignore a parte dos "aldeões" se preferir, eu só não queria repetir o mesmo exemplo que o cara deu no artigo. Troque por "personagens de nível mais baixo acompanhando o grupo" ou "leões adestrados" ou "criaturas invocadas" ou "armadilha que espalha ácido no chão e causa 1PV por turno" ou seja lá o que for. O que importa é exemplificar que, com essa abordagem, o minion não seria SEMPRE morto com um único golpe, mas geralmente sim (quando atacado por PJs do nível apropriado).
« Última modificação: Março 20, 2012, 09:27:50 pm por Macnol »

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #798 Online: Março 20, 2012, 09:29:16 pm »
Para com isso Eltor :P

Guerreiro era o Meat Shield do grupo desde de 0D&D. Era esperado que ele apanhasse mais que todo mundo para o mago ter uma chance de ver o nível 2 (afinal, é o mesmo sistema que o mago morre para UM ataque de um rato. Não um rato atroz ou um rato zumbi. Só um rato)

Offline Macnol

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #799 Online: Março 20, 2012, 09:52:50 pm »
Era esperado que ele fosse o primeiro a correr pra linha de frente e entrar em confronto físico, mas não que ele se tornasse magicamente o escudo humano que segura a aggro dos inimigos e força eles atacá-lo. Essa é a diferença mais marcante. Mais que remover os skill monkeys como um papel relevante. Aggro (e, em termos gerais, a "trindade sagrada") já é uma mecânica bem problemática no WoW, trazer ela pros MMOs não tinha como dar outro resultado.

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #800 Online: Março 20, 2012, 10:01:57 pm »
Exceto que os monstros passarem por ele e começarem a atacar quem estava na retaguarda era basicamente sentença de morte :P

Sendo que AdO já foi uma mecânica implementada para evitar essa situação.

Enfim... eles não eram só Meat Shields. Eles eram  Meat Shields ruins demais.

Offline Macnol

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #801 Online: Março 20, 2012, 10:05:44 pm »
AoO servia pra controlar (de leve) movimento, só. Não forçava ninguém a atacar só o guerreiro. Qualquer outro melee ao alcance, ou qualquer outro personagem que fosse alvo válido pra ataques de área ou de longa distância podia ser atacado impunemente.

Sério, passa longe de ser o mesmo que a aggro da 4e.

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #802 Online: Março 20, 2012, 10:09:54 pm »
Sim, por que pelo menos o aggro da 4e funciona.

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #803 Online: Março 20, 2012, 10:11:38 pm »
Ou seja, o aggro da 4e foi uma senhora evolução pros "meat shields".

Offline Macnol

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #804 Online: Março 20, 2012, 10:30:26 pm »
Não faço questão de discutir se é melhor ou pior, me basta que concordem que não é a mesma coisa.

Offline Lumine Miyavi

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #805 Online: Março 20, 2012, 10:32:57 pm »
AdO não tem desde AD&D, como forma do jogador segurar o avanço dos inimigos, (aka, puxando Aggro)?
« Última modificação: Março 20, 2012, 10:38:32 pm por Lumine Miyavi »

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #806 Online: Março 20, 2012, 10:35:02 pm »
Eltor. O que tu não quer enxergar é que guerreiros e classes afins foram FEITOS para serem o escudo de carne, como o Gegê bem lembrou. Em nenhum momento eu comentei que isso funcionava (cheguei a insinuar essa questão ser irrelevante para o meu ponto).

A marca foi um negócio tirado pelo WoW? Vamos assumir que o WoW foi o princípio dessa mecânica para defensores (o que eu, duvido, normalmente sempre tem um jogo obscuro por trás que teve uma boa ideia, mas não soube como "fazer dar certo"). Esse único detalhe que foi visto como uma ferramenta útil para enquadrar melhor os defensores do grupo de uma forma mais dinâmica (sério, tu consegue pensar em algo mais defensor que isso? Eu chutaria algo como dar bônus na defesa para aliados, como algo de defensor, mas isso tornaria proibitivo para outras classes dar bônus de defesa, como um dos 4 primeiros poderes at-will da história do clérigo 4e, que dá +1 na CA, sob pena de desfigurar o papel). E isso, ISSO, é a grande chupinhação do WoW que o D&D fez? A que te faz dizer "o D&D tava pedindo pra ser comparado com WoW"?

Enxergue pelo ponto de vista dos papeis em si. Os papéis já existiam. O defensor inclusive. Eles só não sabiam até então como fazer isso ser legal de se jogar, ser eficiente, tão eficiente quanto o clérigo curando, quanto o ladino dando sneak attack, ou o mago explodindo minions. Nesse momento, o WoW aparece com o tank e a mecânica dele que força os outros a atacar ELE. É essa a perspectiva do D&D como um todo: o papel sempre existiu. O que nunca existiu era uma mecânica pra ele.
E sim, CONCEITUALMENTE, continua a mesma coisa. Eles só tem agora uma mecânica que faz o conceito funcionar de verdade.

Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #807 Online: Março 20, 2012, 10:35:55 pm »
Kasuya, a diferença principal está no tank. Aggro (ou Marks) não existia antes da 4e.

Sendo chato, existia. O Knight do PH2.
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-Dom Pedro I

Offline kinn

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #808 Online: Março 20, 2012, 10:40:33 pm »
E quero entender porque clérigos que deveriam ter capacidade de marcar, já que a marcaé um elemento de puxar o aggro, como citado - algo para tankers, não para healers.

Será que além de não entender que edições quebram com os níveis eles não entendem que o aggro é função pra defender o grupo e não curá-lo?

Healer puxando o agrro pra si é pedir pra morrer - algo que tremendamente burro pra ele fazer.
Pesquisas provam:
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Offline Lumine Miyavi

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Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Resposta #809 Online: Março 20, 2012, 10:43:13 pm »
Porque clérigo originalmente era um guerreiro sagrado, que colocava armadura e ia pra linha de frente - as magias eram uma benesse em troca de uma lista seleta de armas.

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