A coisa não é tão simples assim, de assumir que jogando todo o sistema baseado em recargas por encontro resolve tudo. Abrir mão dos recursos diários significa abrir mão de qualquer batalha de atrito a curto prazo. Aquele velho recurso do vilão jogar inimigos sucessivamente pra enfrentar os adversários cansados? Não existiria. Estratégia necessária pra saber a hora certa de usar determinados poderes? Não existiria (um encontro tem 3-5 rodadas em média. Se você tiver 3-4 poderes por encontro, basicamente você vai usar um por rodada). São recursos que eu, pessoalmente, estou disposto a abrir mão pela praticidade de não ter que ficar contando feijões. Mas nem todo mundo está.
O problema anterior nem era o vanciano em si, e sim que o equilíbrio presumia que quando o mago ficasse sem magias, os combatentes mundanos do grupo iriam levar o mago nas costas. Só que como todo mundo sabe, sem um conjurador, as coisas não são tão simples assim. Então era uma prática comum descansar no momento que os conjuradores ficassem sem magias. Ou, em outras palavras, os conjuradores que determinavam o ritmo do jogo. Um jogador que queimasse suas magias rapidamente no primeiro encontro do dia levava ao problema dos dias de 15 minutos. Um jogador mais contido, que tentasse equilibrar as magias fracas pra ter dano e magias sustentáveis, conseguia durar 5-7 encontros sem problemas.
Na 4e este problema foi meio solucionado dando pra todas as classes recursos diários pra controlar. Então mesmo que o patrulheiro do grupo entre em nova e torre todos os diários no primeiro encontro, o resto do grupo ainda tem bastante recursos pra usar, e não vão descansar 18 horas só pro patrulheiro repetir o combo no próximo combate. Ou seja, quem controla o ritmo de jogo é o grupo inteiro. Se o grupo inteiro entra em nova todo combate, aí sim podemos ter dias de 15 minutos na 4e (e geralmente os combos do CharOp requerem isto).