Vincer, eu não acho que Guerreiro precisa de "gás" pra ser interessante. O grande problema do Guerreiro do D&D é ele ser mecanicamente interessante. O conceito de guerreiro, que é aquele cara que vai puxar a espada, defender seus aliados e cair na porrada com os inimigos, é muito bem definido ao meu ver. A 4e resolveu o problema mecânico dele e o tornou uma das classes mais interessantes, tendo ela se tornado uma das minhas preferidas, quando era uma das mais dignas de minha pena na edição anterior.
E o que eu quis dizer era quanto aos exageros. Uma classe não pode ser específica de mais ao ponto de não poder variar muito da mesma forma que não pode ser generalista de mais ao ponto de não te dar nada pronto. No exemplo do samurai, até o acervo de armas do personagem se torna limitado, pior, se torna até "popularmente" limitado a uma fucking arma, a catana, porque quase todo mundo só consegue pensar em samurais que lutam com katana e não outra arma. De qualquer forma, um samurai que luta com uma full plate européia e uma corrente com cravos não vai funcionar como samurai, porque é um tema específico de mais.
Agora analisando o caso de ser generalista como tu tá dizendo, como um guerreiro que engole warlord e o ranger 4e, por exemplo, ou seja, o personagem aventureiro puramente marcial que pode ser do arqueiro batedor ao comandante carismático, passando pelo porradeiro simplista que anda e bate. Se for levar isso a sério, aliás, você começa a pensar no ladino como uma pura vaca sagrada, já que ele não passa de um combatente "astuto" e "traiçoeiro" que tem aquele enfoque em perícias e desarmar armadilhas (até o ranger tem uma certa intercessão com ele ao ponto de não ter sido raro eu receber a pergunta "mas qual é exatamente a diferença entre ladino e ranger mesmo?". Ora, meu caro, isso é basicamente um guerreiro ágil que luta sujo e, portanto, bastam dois palitos para fazer com que o guerreiro se torne, basicamente, a única e definitiva classe marcial do jogo. E, francamente, isso é nojento. E, conhecendo o D&D, tu vai acabar tendo tanta opção, mas tanta opção, que fazer um personagem com classes tão generalistas seria um tremendo de um tormento.
Portanto, não acho que o guerreiro tem que englobar outras classes marciais, eu acho que ele tem que ter um nicho específico, como "o mestre da sua arma escolhida que vai pra frente de combate", o ranger se manteria como "o arqueiro batedor", o warlord como "o cara que coordena o grupo de combate" e o ladino poderia ser o ladino.
Nada contra se criar classes que possam servir a outros papeis. O próprio guerreiro 4e acabava por virar um striker com não muita dificuldade, mas eu acho que tem que ter um nicho mais ou menos específico. Não tão generalista que te deixe com opções de mais, não tão específico que se torne limitante de mais.