O problema dos ratos é facilmente solucionável. Parece mais uma distração dos designers mesmo. Podia ser tipo, uma frase a mais.
Parece que as edições anteriores(assim como outros sistemas) incluíam mais 'travas de segurança' que a 4e. Por um lado era melhor isso, por outro era ridículo(texto enorme para a magia, mais da metade dizendo onde ela não pode ser aplicada).
O que eu gosto de fazer é criar 'regras gerais da magia', que não são bem regras diferentes para usar e sim as 'leis físicas'(e limites) do que é mágico no mundo. Assim eu coloco as travas de segurança mais importantes ali e não preciso ficar repetindo.
Aliás isso é muito útil para tudo, não falo apenas de magia. Em d&d seria facilmente aplicável com as fontes de poder por exemplo. Não é diferente de uma tag, separar as coisas em categorias e aplicar uma regra a categoria geral e ela se estender as demais.
Por exemplo, num cenário a magia até pode quebrar a 'lei da equivalência' mas não com almas(elas são intocáveis, exceto por coisa braba infernal e tal). Então um sacrifício precisaria ser uma alma tão grandiosa quanto ou maior. Foi só um exemplo, pode ser qualquer explicação em fluff como energia vital similar. Uma frase como 'mesmo tamanho ou maior e inteligência aproximada(até uma diferença de no máximo 5 pontos)'. Pronto, cabou. Sem mais baldes de ratos.
Apesar de quê nesse mesmo cenário é possível sacrificar um rato e ser equivalente a alguém... mas não é um jogo muito sério mesmo.
E sim Rain, claro que a mecânica tem seus prós. Eu não falei que não tinha... só falei que os mesmos prós podiam existir sem os contras, sem os limites. O sistema já ensina a planejar os desafios de forma bem específica e com o mestre delineando as opções, e não importa o quanto o mestre resolva expandir as opções não se equivale a todas as possibilidades. É uma regra que impõe limites(não realmente necessários).
Você pode não se importar com os limites, não achar esse ponto negativo relevante ou importante, e está no seu mais perfeito direito. Mas há de reconhecer que se fizessem o mesmo, sem complicar mais e sem limites, seria muito melhor. Eu particularmente não me dou com limites desnecessários do tipo, daí minha aversão a idéia.
EDITSobre realismo Iuri...
O problema a meu ver não é realismo(isso depende da ambientação, do estilo do jogo). Acho que os dois problemas que não deveriam existir num rpg são:
-Tentar simular a realidade(pior ainda, tentam simular o processo ao invés do resultado)
-Falta de Lógica(que parece 'falta de realismo')
O que mais vejo é acharem que estou vangloriando realismo quando na verdade estou reclamando de falta de lógica. Acho que a associação vem de jogos mais realistas evitarem essas falhas lógicas usando simulacionismo. Uma coisa não depende da outra.
Rola de descrever uma cena nos mínimos e míseros detalhes? Não, descreve-se o que é mais relevante. Mesma coisa com lógica e realismo: deve se preocupar com o relevante. É um jogo de ação exagerada e cinematográfico? Dane-se ferimentos realistas.
Mas... nada é mais importante do que liberdade de escolha aos jogadores, poder de agir no mundo. E é foda quando uma regra ignora alog que a pessoa poderia fazer, que seria
lógico, e ainda vir com a justificativa de 'não é para ser realista!'. Não tem nada haver uma coisa com a outra.
Usando um exemplo forçado, seria eu não deixar alguém pular sem perícia 'saltar' e achar que é de boa já que o jogo não simula física, tem magias, etc.
O que importa é o relevante. A realidade é lógica beleza, mas pode haver lógica sem realismo.