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Tópicos - Magyar

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Off-Topic / Tópico sobre Educação
« Online: Novembro 09, 2011, 05:27:05 pm »
Não é de hoje que se fala que, para resolver grande partes do problema de uma sociedade, basta investir em educação. Porém, a mesma sofre de paradigmas que ainda não acompanham o desenvolvimento tecnológico, mudanças de valores de uma sociedade, dentre outros.

Minha proposta desse tópico é discutir sobre o que poderia ser feito para melhorar a educação em si. Não só infraestrutura, aumento do salário dos professores, mas também em alternativas mais amplas, como didática, informática na educação, inclusão/exclusão de matérias, carga horária etc.

O que poderia e deveria mudar no modelo atual de educação para um melhor desenvolvimento dos cidadãos? Quais matérias seriam dispensáveis? Quais seriam essenciais? O que poderia ser incluso? Qual deveria ser o máximo de aluno por sala de aula para um melhor aproveitamento? Qual duração de aula?

Assim que tiver tempo (e disposição) pretendo montar o que, ao meu ver, seria um modelo ideal de educação (respondendo a maioria das questões acima). Por isso gostaria de juntar as idéias dos demais spellianos, visto que muitos trabalham na área e podem opinar cada um com o seu ponto de vista. Penso também em focar meu TCC  nisso (ano que vem) e quem tiver algum material disponível, poderia compartilhar aqui, se possível.

Creio ser um assunto pertinente, porque é fácil falar, por exemplo, que você precisa comprar um carro... o difícil é correr atrás dos orçamentos para um que se encaixe a sua pessoa, no preço mais acessível.

Então fica aqui esse tópico. O que vocês acham que seria o ideal de investimentos em educação no Brasil, para uma melhora significativa futuramente?

EDIT: segue um conto sobre o tema: http://spellrpg.net/home/contos/mundo-da-razao-(repostagem)/new/#new

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Contos / Encontro Casual
« Online: Outubro 22, 2011, 01:44:42 am »
Estava numa balada e ela de canto, sorrateira. Bastou um contato para nos conectarmos.

Inesperada - me pegou de surpresa com sua irresistibilidade indesejada, que atraía a homens e mulheres, chegando ao ponto de atrapalhá-la. Imprevista - pôs um ponto final em meus planos -envolvendo-me completamente. Fui afastado de outras possibilidades da noite, e logo estava na cama com ela.

Já estava sem roupa, suando feito um suíno - manteve-me acordado a noite inteira. Levou-me à exaustão, eliminando todos os fluídos de meu corpo. Tudo o que eu queria era comer, mas não sentia mais fome. Água, isso resolveria minha desidratação precária.

Quando me dei conta, tornara-se a desculpa perfeita para a falha dos meus planos, e o planejamento de novos para o resto do final de semana. Cama. Mais um caso amoroso que saiu do controle.

No domingo ela já estava insuportável. Não conseguia mais me livrar dela. Ela só pensava em cama o dia inteiro - não fiz nem questão de apresentar aos meus amigos. Tentei diversas coisas, desde remédios até suco de laranja e homeopatia. Mas a maldita gripe já estava pior que chiclete vencido grudado no tênis.

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Contos / Limites de um reino
« Online: Outubro 14, 2011, 03:01:20 am »
Era um dia ensolarado, enquanto eu ajudava Miguel na construção de uma fortaleza.

- A areia tá seca... pega mais água, Rafa - disse ele, enquanto deixava parte da areia molhada deslizar no dedo, em gotas, dando um tom pitoresco para uma das torres frontais.

Corri com o meu baldinho e enchi de água, caindo para trás com a força da onda que me atingiu. A água era forte.

- Seu burro... era pra trazer a água no balde, não no calção! hahaha - fez questão de tirar sarro de mim. Estúpido.

Um buraco no centro da fortaleza indicava tudo que fora tirado do miolo para a construção ao redor. Logo logo a maré faria as ondas testarem os muros do castelo, enquanto aguardávamos ansiosos.

Enquanto isso, papai e Vitor brincavam de jogar bola e mamãe cuidava da Elisabeth. Miguel resolveu que deveríamos cavar um fosso ao redor do castelo, e colocar alguns peixes enquanto a água não atingia a construção.

A tática de captura era simples. A onda subia pela areia, e quando voltava, deixava os peixes visíveis. Então deslizávamos com as mãos em concha para rebatê-los para a areia. Em pouco tempo, contávamos com 5 peixinhos: três na parte de fora da muralha - nossos soldados -, e dois no poço central - os prisioneiros.

Não vimos a primeira leva chegar, forte e aterrorizante como qualquer ataque inesperado. Uma das três torres não suportou a investida, e o desespero tomou conta no reparo dos estragos, que tinham apenas alguns segundos para serem realizados até a segunda leva. Os soldados deixaram seus postos.

Com o segundo ataque, apenas os reparos precários se foram, dando ânimo pelo resto suportar com tamanha eficácia. Os reparos não paravam, e o poço encontrava-se meio cheio - possibilitando uma possível fuga dos prisioneiros.

Foi então que o imprevisto aconteceu. O apocalipse, eternizado pelos segundos de nossa atenção àquele evento surreal. O inimigo utilizara uma de suas armas mais poderosas - a catapulta! Quando nos demos conta, era tarde demais. A bola derrubara a torre principal, deixando um rombo em nossas defesas. Não bastando isso, Vitor enfraquecera a base da outra torre, ao pisar na parte de trás dela, afundando metade que a sustentava no poço.

Era isso, o nosso fim. Não tardou para Miguel pegar as armas e partir sozinho para um ataque suicida. Quando o vi, ele arremessara um bocado de areia molhada no Vitor. Porém, a maior parte foi parar nos óculos de papai. Agora, mais do que tudo, nosso fim era certo. A ira de meu Pai cairia sobre nós.

Em questão de segundos, estávamos sendo atacados por ambos os flancos. De um lado, a natureza nos castigava. Do outro, éramos julgados pelos nossos pecados. Papai pegara Miguel, e enchera seu bumbum de areia. Ví que não demoraria para a minha vez chegar, e peguei nas armas para ajudá-lo.

Por incrível que pareça, meu grito de guerra pareceu ter estimulado Vitor a unir-se conosco em busca de um bem maior: a libertação. Logo ele, que estava com as duas mãos cheias de areia, encarando-me furiosamente, virou-se contra nosso Pai e esfregou-lhe as mãos na cabeça, cegando-o.

Quando me dei conta, conseguimos afastar o brutamontes, e corríamos para abatê-lo antes que pudesse se recompor e contra-atacar. Ele corria em direção às águas profundas da mãe natureza, em busca de sua purificação. Vitor foi na frente, com uma coragem impetuosa. Logo atrás, estava Miguel e toda sua sede de vingança. Eu os acompanhava, a pelo menos 5 metros de distância.

Quanto mais avançávamos, mais implacáveis eram as águas que nos castigavam. Só percebi a profundidade em que a guerra nos levara quando uma onda passou por mim, revelando estar na altura de meu peito. Era tarde demais para voltar ao perceber a próxima vindo em minha direção.

Minhas armas foram derretidas como ferro em lava, escorrendo pelas minhas mãos. Fui atingido na cabeça e tudo girou. Então é isso? - continuo dando voltas. É assim que as coisas terminam? - piruetas e mais piruetas me desnorteiam. Numa perseguição contra o inimigo mais odiado? Tudo estava correndo tão bem, em círculos. Sinto os prisioneiros passarem por mim, e logo estou cedendo à pressão ao meu redor.

Por milagre, ou sorte, algo me agarrou pelos braços. Fui puxado para fora daquele ambiente macabro, ao qual estava começando a me encaixar - já não sentia mais enjoo com os rodopios.
A mãe chegara a tempo de me tirar do sossego final. Uma segunda chance me foi dada, e a paz reinava novamente.

Na ambição de criar um reino implacável, não vi que estava me afastando de minha família. Por pouco não morri afogado.

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Contos / A Rampa
« Online: Setembro 26, 2011, 09:08:30 pm »
Na rotatória, a surpresa. Uma rampa para deficientes. Com diversas sinalizações de "Pare", faixa de pedestres e placas de preferência para transeuntes, são raras as pessoas que, de fato, respeitam a sinalização. Avisos prévios que não evitam os acidentes de uma população plural, no pior sentido da palavra. Uma pessoa ficou aleijada a algumas semanas atrás.

Você pára e espera enquanto os carros passam por ela na mesma velocidade que entraram na rotatória. Tem sorte se derem seta. Eu já não ligo mais para setas, aprendi que as pessoas colocam a mão em cima do volante antes de virar - na pior maneira de dirigir.

Seguindo a rua da rotatória, a um quarteirão, encontra-se um semáforo. O alerta de que, se não pararem agora, podem causar acidentes - como se os anteriores não passassem de enfeites urbanos. O mais curioso é que lá não tem rampa para cadeirantes. Estão fadados a depender de ajuda para subir na calçada ou arriscar a vida em uma rotatória desrespeitada. O orgulho em xeque.

A rampa da rotatória não passa de uma desculpa mal formulada - uma maneira de ser perdoado por mais um aleijado na velha falta de conscientização da população. Afinal de contas, esse sempre foi o intuito delas: aparentarem verdades despercebidas. No final das contas, a desculpa não passa um erro para consertar outro erro. Não é atoa que a sociedade vive assim... com os exemplos dados pelo governo, fica difícil aprender outra coisa.

Mesmo com tanto "cuidado", noutros lugares mal existe sinalização e semáforos, e o índice de acidentes são bem menores que os daqui. Talvez eles saibam o significado do perdão.

Apesar de pequena e com uma inclinação nada desafiadora, a rampa ainda assim consegue impedir muita gente de seguir em frente.

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