Eu não ia comentar nada porque nas ultimas vezes que reports de playtests de sistemas saíram, o produto final veio a ser diferente do que até então estava sendo usado (vide 5e). Mas:
1- É legal sacudir o fórum um pouco;
2- Gostei de algumas coisas e torci o nariz para outras.
Sistemas onde dice roll parecem que são a moda atual (acho que eles já eram moda no meio indie, mas agora o mainstream descobriu eles). D&D sempre foi assim, Storytelling abraçou isso. Não sei se vão continuar chamando esse sistema de Storyteller (ele parece tão diferente, que não acho que deveriam), mas agora ele chegou ai também. As vantagens são claras (teoricamente menos tempo jogando dados e mais tempo narrando as cenas), mas eu temo ele se tornar mais um stand and deliver system onde você fica catando milho no dano (causei 8, subtrai 5, tá passou 3. Inimigo causou 6, subtrai 4, passou 2). O que era um problema no Storytelling. Acho que o ideal seria algo como turn points descritos no Myth Creant (
https://mythcreants.com/blog/how-to-run-fun-combat-in-a-stand-and-deliver-system/).
Agora, o sistema tem se aproximado muito do Storytelling e não se se precisamos de mais um jogo narrativo com os mesmos monstros com o mesmo sistema (nem que seja ele disfarçado do sistema novo). Não acho que vacas sagradas devam ser preservadas. Podem gerar um abate delas, mas só substituir o rebanho não me é atraente.
Agora o que eu gostei: hunger dices. Essa mecânica me chamou a atenção e acho que ela pode ser a solução para o frenesi em Apocalipse (assumindo que uma hora eles vão lançar os outros dois títulos da trindade) e mesmo paradoxo em mago. Um problema de Apocalipse é que embora a pergunta na contra-capa do livro seja When will you rage, a resposta é quase nunca, e se entrar eu gasto força de vontade. O frenesi é algo raro em lobisomem, mais do que ele deveria ser. Começa na construção do personagem: ter a chance de perder o controle do personagem pesa muito mais na decisão de escolher o augúrio do que ter mais ataques extras no turno. Dai ahrouns e galliard são pouco escolhidos. Os outros 3 augúrios tem fúria muito baixa para conseguirem os 4 sucessos mínimos para o frenesi e os jogadores não veem vantagens em aumentar com pontos de bônus ou experiência. A menos que o narrador force a barra (situações que deem fúria temporária além da fúria permanente ou malditos que incitem o frenesi) a situação de "perder a cabeça" nunca acontece.