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Off-Topic / Re:Manifesto Brasil
« Online: Junho 18, 2013, 01:22:07 pm »
Fazendo um resumão do Rio (com dados da Globo.com, que fez sim uma bela cobertura ontem). Esse comentário do facebook foi feito por Rômulo Collopy., que eu não conheço, mas alguém compartilhou de alguém que compartilhou de alguém e é extamente palavra-por-palavra o que eu gostaria de dizer sobre os processos de ontem.
O resultado disso são essas manchetes que quase me dão vergonha de ter participado. Minha consciência me salva disso porque como disse o cara aí, o meu movimento não foi esse. A parte boa é que todos os veículos de notícia que eu vi destacam os dois momentos. Como foi belo o primeiro, e como foi feio o segundo. Na contabilização, o segundo sempre vai ganhar, porque o ganho moral de 100.000 pessoas cantando na Rio Branco infelizmente não é tão apelativo quanto o gasto público para consertar o que 50 idiotas fizeram.
Vídeo mostra ataque de grupo contra PMs no Centro do Rio de Janeiro
Veja os estragos da manhã seguinte a manifestação no Centro do Rio
Mas é bonito de ver os que os outros 99.950 fizeram:

Isso aí é a Praça da Candelária, o Teatro Municipal, e a Av. Rio Branco (de baixo pra cima).
edit: Permitam-me compartilhar um belo texto do Jabor se retratando e colocando pontos interessantes.
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Acabo de chegar em casa e tomar um banho para tirar o spray de pimenta. Dessa vez, com orgulho e não com lamentações.
Cheguei a uma manifestação linda, com a Rio Branco e Cinelândia lotadas em paz. Os gritos eram todos legítimos e as bandeiras de partidos foram rechaçadas. "Hey, PSTU, vai tomar no *", "Abaixa a bandeira do partido, levanta a bandeira do Brasil!". Nos concentramos na Candelária por bastante tempo.
Um grupo punk com bandeiras pretas tentou queimar uma bandeira do Brasil e foi duramente condenado. Tomaram a bandeira, apagaram o fogo, a dobraram e cantaram "Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor". Houve discussão e eles foram expulsos da multidão: Seguiram em direção à ALERJ. Pouco depois o grupo do PSTU também marchou para lá e algum tempo depois resolvi ir também. Estava bonito no Municipal, estava bonito na Câmara dos Vereadores e estava bonito na Biblioteca nacional. Criança, bandeiras do Brasil, hinos, gente sorrindo e flores. Quis ver a Alerj bonita também.
Chegando lá havia gente nas escadarias cantando, ma um grupo de uns 20, talvez, subiram até as portas e começaram a tentar arrombá-las. Eu gritava "Chegamos aqui sem violência, não precisamo de violência agora!". Um rapaz me convidou a "tomar a Alerj de volta". Subimos a escadaria e sozinho expulsamos o grupo. Mais 2 se juntaram a nós e "conquistamos o terreno". Os vidros já quebrados abrigavam uma fileira de policiais da tropa de choque disparando água e spray de pimenta. Sem balas de borrachas ou bombas. Os punks revidavam com malvinas e pequenos explosivos, que quase me atingiram. Eu não fui atingido por um jato d'água sequer. Conquistamos o terreno da não violência de volta, tomamos placas, grades e pedras que ele usavam para quebrar a Alerj. Nós, 5 contra 20. Todos manifestantes, sem polícia. Impedimos que os Banners da Alerj fossem queimados também.
Desci a escadaria, onde um outro adolescente "revoltado" atacava uma luminária pública. Expulsei ele dalí, sem argumentos. "Chegamos aqui sem violência, não vamos estragar tudo agora". Mas tinham mais alguns, uns 10 talvez, quebrando bancos e fazendo barricadas de fogo na Rua da Assembleia a troco de nada. Não havia polícia. Aliás, havia polícia na Rio Branco e nenhuma viatura se moveu. O Choque naão estava e a PM não se movimentou, nem tentou, nem ligou sirene, nem advertiu. Nada. Apenas deixaram que um grupo de 50 pessoas ou menos manchasse a imagem de uma manifestação bonita e pacífica. Tomei gás que não foi direcionado pra mim, desviei de bombas de gente que estava fora do contexto, provavelmente ligados à sindicatos, partidos ou movimento estudantil.
Voltei para casa com um nó na garganta, chamando todos eles de imbecis. Chamando na cara, sozinho e cercado por eles. Eles mal conseguiam argumentar. "Eles tem que ter medo da gente, a gente não tem que ter medo deles", diziam. Mas a polícia estava em paz até o momento -- claro, não iam repetir a burrice do Maracanã ontem.
O confronto começou quando eu deixava a Rio Branco. Não foi um confronto que eu iniciei, nem que a polícia iniciou, nem que o "movimento" iniciou. Foi um confronto de um grupo com interesses particulares. Um grupo que não me inclui e que, se depender de mim vai preso. Não era mais minha briga.
Agora temos que pensar como afastá-los de nós. O movimento é pacífico.
NÃO SERÁ TOLERADA NENHUMA FORMA DE VIOLÊNCIA DE NENHUM DOS LADOS.
#revoltadovinagre #semviolência #revoluçãoepaz #changebrazil
O resultado disso são essas manchetes que quase me dão vergonha de ter participado. Minha consciência me salva disso porque como disse o cara aí, o meu movimento não foi esse. A parte boa é que todos os veículos de notícia que eu vi destacam os dois momentos. Como foi belo o primeiro, e como foi feio o segundo. Na contabilização, o segundo sempre vai ganhar, porque o ganho moral de 100.000 pessoas cantando na Rio Branco infelizmente não é tão apelativo quanto o gasto público para consertar o que 50 idiotas fizeram.
Vídeo mostra ataque de grupo contra PMs no Centro do Rio de Janeiro
Veja os estragos da manhã seguinte a manifestação no Centro do Rio
Mas é bonito de ver os que os outros 99.950 fizeram:

Isso aí é a Praça da Candelária, o Teatro Municipal, e a Av. Rio Branco (de baixo pra cima).
edit: Permitam-me compartilhar um belo texto do Jabor se retratando e colocando pontos interessantes.