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Off-Topic / Re:180 graus. Vida e morte nas decisões e opiniões
« Online: Dezembro 07, 2011, 12:27:13 pm »
É difícil definir vida, e é difícil definir personalidade (o fato de que alguém é pessoa).
Por exemplo, até os 1900 (um pouco mais, talvez), as crianças eram vistas como posses dos pais, e órfãos ou crianças pobres eram usadas para sub-trabalhos (o cracked tem um artigo sobre isso, até). De fato, governos nem operavam orfanatos, sempre sendo tal incumbência associada a entidades religiosas.
Em algumas culturas, tu nem tem nome até passar em um "ritual para virar adulto" (de novo, o cracked tem um artigo sobre isso).
E na cultura romana, todos os filhos eram subjugados ao pater até que casassem e se tornassem pateri eles mesmos.
Claro, em tais culturas mulheres nem entram na equação, mas sempre tem a divisão entre "antes da primeira menstruação" (é posse do pai) e "depois" (vai ser posse do marido).
A concepção que crianças tem direitos como se pessoas fossem (direito a dignidade, saúde, educação) é relativamente nova. Agora estamos chegamos no ponto de constatar se nascituros também serão pessoas com direitos.
Até o momento o direito brasileiro dá alguma proteção para eles, mas bem inferior, sempre com a ideia de que são uma vida possível ao invés de uma vida certa.
E em algum momento vai ter que se definir se nascituros são pessoas, e a partir de qual estágio da gestação (será a partir da concepção? A partir da formação do cérebro? A partir do nascimento com vida, mantendo o status quo?) é que isso vai se operar. Essa decisão vai ter consequências posteriores, e graças a delicadeza social e religiosa envolvida, não vai ser uma decisão fácil, e talvez a que seja tomada nem seja a mais acertada.
Por exemplo, até os 1900 (um pouco mais, talvez), as crianças eram vistas como posses dos pais, e órfãos ou crianças pobres eram usadas para sub-trabalhos (o cracked tem um artigo sobre isso, até). De fato, governos nem operavam orfanatos, sempre sendo tal incumbência associada a entidades religiosas.
Em algumas culturas, tu nem tem nome até passar em um "ritual para virar adulto" (de novo, o cracked tem um artigo sobre isso).
E na cultura romana, todos os filhos eram subjugados ao pater até que casassem e se tornassem pateri eles mesmos.
Claro, em tais culturas mulheres nem entram na equação, mas sempre tem a divisão entre "antes da primeira menstruação" (é posse do pai) e "depois" (vai ser posse do marido).
A concepção que crianças tem direitos como se pessoas fossem (direito a dignidade, saúde, educação) é relativamente nova. Agora estamos chegamos no ponto de constatar se nascituros também serão pessoas com direitos.
Até o momento o direito brasileiro dá alguma proteção para eles, mas bem inferior, sempre com a ideia de que são uma vida possível ao invés de uma vida certa.
E em algum momento vai ter que se definir se nascituros são pessoas, e a partir de qual estágio da gestação (será a partir da concepção? A partir da formação do cérebro? A partir do nascimento com vida, mantendo o status quo?) é que isso vai se operar. Essa decisão vai ter consequências posteriores, e graças a delicadeza social e religiosa envolvida, não vai ser uma decisão fácil, e talvez a que seja tomada nem seja a mais acertada.