@Sampaio:
Não sei se concordo com essa acepção. A meu ver Império é uma forma Estado (estados não precisam ser democráticos), assim como, obviamente, Cidades-Estados. Uma definição melhor e até mais coerente com sua etimologia seria apenas a de qualquer modo normativo e involuntário de organizar uma nação.
O Elfo já explicou o por que Estado moderno é diferente de Império, mas se quiser escrevo de uma outra forma.
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mas a segunda oração simplesmente não faz sentido para mim. pois o Estado é a maneira mais fácil de intervir a partir de interesses escusos - e é justamente isso que ocorre mundo afora, quando pessoas ou empresas tentam adquirir influência estatal.
Acho no minimo um exagero. Por que influencias escusas podem ser perpetradas por qualquer meio e conseguir influência dentro de um Estado nem sempre é algo fácil. Fora que o Estado cria diversas leis e instrumentos dentro de si mesmo que tem como objetivo policia-lo é evitar abusos. Algo que simplesmente não existe em companhias privadas.
O melhor exemplo disso é que quando as forças militares dos EUA cometem crimes de guerra elas são colocadas em julgamento por esses abusos, o sistema de drones é altamente criticado pelo próprio governo. Agora quando contratados de PMCs resolvem levar um interrogatório mais ao extremo o máximo que acontece é uma perda de contrato. Detalhe que isso nunca ocorreu.
O Estado é a melhor forma de um grupo fazer valer seus interesses, sim é verdade. Isso serve para todos desde minorias, LGBT, a maiorias, católicos. A diferença é que em Estados existe a capacidade de haver mecanismos que nivelem e coíbam abusos.
E segundo porque o que está predominante hoje não é necessariamente o melhor, mas simplesmente aquele que foi passado pra frente naquelas contingências.
Aqui coloco que a figura Estado não será destruída pela simples razão que ele destrói qualquer forma diferente. O potencial de guerra do Estado moderno é tal que outras formas de governo terão que ter algum nível de ligação com ele.
Claro você pode crê num mundo utópico, mas congequiturar sobre sonhos não leva a nada.
Da mesma forma que o feudalismo não era o melhor possível quando era dominante e qualquer outro, e assim como algo prosperar por interesse de pessoas suficientemente influentes e ignorância do povo e não por ser a melhor opção possível para todos.
Aqui mora a diferença o feudalismo é atrelado a um sistema econômico imutável para sua existência. O Estado conseguiu criar uma simbiose com o capitalismo que o torna altamente adaptável a qualquer sabor cultural que você venha a desejar.
Depende do que você chama de "meios de coerção". Se estiver se referindo apenas ao fato de que a segurança e legislação fica por conta do Estado e não do setor privado, concordo.
Não existe forma mais simples de resolver um conflito que destruindo o outro. Temos séculos de história para mostrar como esse é o mais comum também. Uso de Soft power para conseguir as coisas é algo bem recente e que nem sempre trás resultados agradáveis. Especialmente se deixamos a esfera individual e partimos para conflitos entre grupos.
Na proposta minarquista (neste ponto, assim como na minha) o Estado fez a legislação e é responsável pelo seu cumprimento. Isso pode envolver agir sobre o setor privado, como para fazer valer a lei antitruste, mas isso não é mesmo que interferir nas relações de mercado.
Aqui é a falha. Cartéis e Trust são práticas de do mercado. Quando decidimos que elas são coisas ilegais automaticamente estamos intervindo numa
relação de mercado. só que deixo isso de lado é vou além, como você pretende quebrar uma cartel sem uma intervenção direta? Multas? A crise imobiliária mostrou que as multas não surtem nenhum efeito. Além do que se elas forem muito fortes pode acabar quebrando o setor. O que gera uma nova questão existe alguma forma de suprimir a demanda daquele setor?
Um exemplo que nunca acontece. Bancos combinam taxas. As multas que podem ser colocadas neles não serão capazes de reduzir o lucro da prática. Pior se um banco quebra isso atinge a sociedade como um todo, levando diversas pessoas pro
buraco junto. Então o Estado deve criar uma punição que consiga coibir uma prática ao mesmo tempo que não deixe o banco enfraquecido. Até hoje estamos tentando chegar a esse nível e falhamos a cada crise.
Só a título de curiosidade, há quem ache melhor até a concorrência de diferentes moedas dentro da mesma nação, mas não estudei isso bem para opinar.
Já li alguns artigos sobre o tema. As idéias são interessantes só que tendem a levar uma idéia de valor real e virtual muito superior. Não vi nenhum modelo que conseguisse fazer isso ser organizado.
Não acho muito lógico relacionar o crescimento do Estado com o crescimento da economia
Veja na história como o comércio cresceu com a criação dos Estados modernos.
já que todas as evidências apontam que onde há mais livre-mercado (logo, Estado menos inchado) há maior crescimento econômico e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Além disso, o crescimento da economia não precisa aumentar as funções do Estado.
Sério, que o Canada e a Alemanha seguem o livre mercado?

É interessante você falar isso por que a Suécia é considerada um dos países que mais prega a lógica do livre mercado. E ela tem uma aparelhagem imensa de Well fare State...
Grosso modo, a intervenção estatal na economia não apenas impede as crises como as promove. As evidências disso são abundantes,inclusive as grandes crises, de 29, a recente dos EUA,
Juro que não as vejo. Vide que nem mesmo o povo dos libertários tem uma opinião coesa sobre o assunto. Recomendo a leitura do David Stockman sobre a crise dos EUA e como a culpa foi do setor privado e do Estado por não regular

a atual da Europa,a que está se desenhando no Brasil.
Essa é culpa dos Estados.
Do modo como coloca parece que acha que as companhias querem quebrar e que o setor privado quer ganhar pouco dinheiro para repassar pouco para o Estado.
O modo em que coloco é que as companhias privads querem ganhar tanto que não
precisem ser reguladas pelos Estados E algumas delas conseguem vide o que companhias como a Vale e BP fazem na áfrica.
É exatamente o oposto e após a crise ficaram tentando consertar a cagada e piorando, até haver nos EUA um sutil movimento pró-livre-mercado, mais capitalismo, o que ajudou a reestruturar. Neste período pós-crise que apareceram os principais liberalistas do século XX, justamente porque a crise novamente denunciou a importância do Estado não interferir.
David Stockman, mostra que quando não há limites impostos pelos Estados os Bancos irão buscar conseguir cada vez mais lucro. Na economia com moeda predominantemente virtual mais lucro é igual a risco. Isso leva a toda sociedade a ficar a mercer de bancos. Como aconteceu na última crise,
pela falta de regulamentação Ou você acha realmente que os bancos podem usar dinheiro de pensões de aposentados para fazer apostas na bolsa de valores e usar o dinheiro de seus clientes para apostar contra os aposentados? Por que é isso que eles fazem, pois não há uma regulamentação.
Mas o problema é justamente o banco imprimir isso no mercado. Se as taxas estão altas por abuso dos bancos, algum irá abaixar as taxas para atrair mais clientes, o que obriga a uma cadeia de abaixamentos até o mínimo que podem chegar. Do contrário, perdem ainda mais dinheiro ao perderem clientes. A única maneira de isso não acontecer é se houver formação de cartel, o que é ilegal e continuaria sendo em qualquer proposta liberalista.
O problema aqui é os cartéis já existem e algns deles não podem ser quebrados sem causar sérios danos a sociedade. Já pensou o que acontece se o HSBC falir? Pois é estamos num momento esses gigantes se criaram e é necessário uma intervenção estatal para nivelar o jogo.
Afinal não tem nem como provar que é cartel, aquelas taxas eram naquela medida antes. eles só se recusam a diminuir, quem vai forçar eles a diminuírem?