O comentário do Oda sobre a Chaos Campaign no outro post me deixou no cio por BT.

To até pensando em organizar uma mini-campanha pros meus amigos. Mas confesso que seria usando as regras de Quick-Strike. Não tenho mais tempo sobrando pra ficar naquela morosidade das regras padrão.

E a propósito, a Caixa Básica de 25 anos de aniversário voltou pro estoque e pode ser comprada aqui. 

Tua ideia é identica a do cara ali, nao? 

Ih Cigano, chegaram na tua frente.

 

Isso! Mas com uma ajudinha de Pendragon e Traveller pra deixar a coisa mais saborosa.

E admite que isso ficou mutio mais interessante do que aquela bosta do Mechwarrior rpg oficial. 

(Quando eu vi o lifepath creation para o Mech, meus globos oculares ejacularam de emoção!  )

De Pendragon..

- personagens são todos nobres cavaleiros.. digo, nobres mechwarriors. É proibido ser qualquer outro tipo de personagem. O jogo é sobre mechwarriors e ponto.
- voce nao ganha xp, ganha Gloria, que serve pra voce disputar por titulos e sucessoes de seu senhor feudal.
- bonus de faccao, so que no lugar de religioes sao as Casas - Kurita da Orgulho, Steiner da ambicao, Davion da Humildade, etc.
- çada aventura equivale a um periodo de tempo, ao fim do qual ocorrem varios acontecimentos politicos e militares na Inner Sphere, que chegam a voce atraves dde mensageiros e canais de hyperpulso. No lugar da fase de Inverno, tem a fase de ficar no lar, rolar a administracao de suas terras e dominios, e ver seus filhos crescerem, e treina-los para serem futuros mechwarriors.
- voce tem uma corte, com direito a seu escudeiro aprendiz (com mech proprio), mecanico-chefe, planetologista, tropa de defesa pessoal, etc.
- quando seu personagem morrer, seu filho mais velho herda seu mech e voce passa a jogar com ele.


De Battletech:

- o sistema de boardgame, para as batalhas principais


De Traveller:

- mecanica de 2D6 +stat, que combina automaticamente com o boardgame.
- E AQUI A CEREJA DO BOLO: criacao de personagens pelo sistema de lifepath de Traveller.

Espera aí, eu falei criacao do personaem? Haha, nada disso, criação do Mech por lifepath! 

Voce cria a historia do mech e todas as campanhas que ele participou, e com que antepassado de sua familia. E cada campanha pode dar um defeito ou uma qualidade especifica pro mech - um atuador da perna quebrado que faz ele mancar pea esquerda, um auto-canhao customizado no ombro direito que seu bisavô ganhou num torneio em Solaris VII ha 30 anos atras, etc. Alem disso, seu mech teria um indice de popularidade e respeito, que afetaria psicologicamente os presentes na batalha..

"Hmmm... aquela mancada pra esquerda... o autocanhao remendado no ombro... o simbolo da faca sangrenta no peito... aquele é o Navalha Sussurante da casa Atreides! RETIRADA!!!"

E os jogadores seriam nobres mechwarriors servindo suas casas, sendo fieis a seus senhores, temendo a Deus e a Comstar, e disputando entre si por prestigio e sucessao a titulos.

HOW BADASS IS THIS NIGGA? 


(Credito pela ideia vai pra esse cara aqui )

Citar

Isso ja acontece nos rpgs tradicionais?

Se por RPGs tradicionais quer dizer D&D, não.
Na maioria dos testes há uma margem em que não há falha nem sucesso... apenas não acontece nada.

Pois e, acho que é isso.

Tradicional:
Voce erra
Voce acerta

(Nao tem, necessariamente, conseqüência pra ficção )

Apoc/Dungeon World:
Voce acerta
Voce acerta, mas.. (Acontece algo ruim)
Voce erra e.. (Acontece algo ruim)

(o fato de você criar um personagem em 5 min e preparar uma aventura em outros 5 e só a cereja no bolo de Dungeon World)

Sei lá, isso ainda me parece coisa que em um grupo coeso e imbuído rola sem problemas.

Talvez seja esse um sistema que ponha esse fator em suas regras de maneira gritante, mas ainda não vejo o ovo de colombo posto de pé em algo tão banal como medir sucesso e fazer a cena acontecer independente de um mestre atento e jogadores dispostos a fazer a história andar.

Sim, sim, é perfeitamente possível que esses mesmos efeitos sejam atingidos em outros jogos com o grupo certo. Nesse caso o jogo só garante que isso, e esse estilo de jogo em particular (escolha-consequencia-escolha-consequencia) seja garantido.

Alias, tai outra coisa legal: ele parece feito from the ground-up pra ser jogado no estilo sandbox.

Quando sair o Kick do Mago20 você me chama. 

Meta do sistema é tecer cenas dentro do "Mundo ficcional".

Ok. Isso me parece simplista demais, mas é essa a meta do sistema, né? Minimalismo.

Acho que ambas as metas validas pro Dungeon World, mas eu diria que eh mais do que isso.

Pode soar bizarro o que eu vou falar, mas Dungeon World (e Apocalypse World antes dele) pode ser o primeiro sistema "simulacionista-narrativo" que existe. Isso porque diferentemente dos demais sistemas narrativistas e rules-light, ele tem um mecanicismo forte que estrutura a narracao.

Em outras palavras, os feats, habilidades e talentos de Dungeon World influenciam a ficcao, nao a matematica do jogo. Um exemplo eh a habilidade de roubar do Ladrao:

role +destreza,
- sucesso, voce rouba sem ser percebido,
- meio-sucesso, voce precisa escolher: roubar o que quer mas ser detectado, ou nao ser detectado mas nao roubar e perder a oportunidade (o GM determina dentro do contexto)
- falhar, nao consegue e eh pego em flagrante.

Reparem como o meio-sucesso alimenta a ficcao, criando novas situacoes automaticamente num ciclo de escolha-consequencia-escolha-consequencia.