Mesmo coisas batidas podem ser interessantes se o autor souber dar uma nova visão a elas. um exemplo de cenário que faz isso e eberron. Mesmo clichês podem ser interessantes se bem usados.
Eu curto muito o jeito que as raças foram usadas em Eberron (apesar de conhecer bem pouco, pra falar a verdade). É o tipo de subversão legal, porque tá dentro do que se espera de D&D (as raças), mas de um jeito original, sem partir pro "vamos cobater os clichês e criar algo completamente invertido" (ou
Screw You, Elves!), o que eu acho bem cagado, também.
Tem também o as vacas sagradas das raças que você fala mais a frente e que são definidas tendo o ser humano como básico, se você for ver bem, elas são templates dos humanos. Elfos ocupam o nicho de ágeis, sábios e inteligentes, anões o nicho de resistentes e bons em construir coisas e or ai vai. Sobra pro humano fazer aquilo que nós temos certeza que sabemos fazer se adaptar.
Sim, mas acho que o problema é mais embaixo do que isso, sabe? Eu acho que não me expressei direito, pra falar a verdade, mas parando pra pensar, qual é, de verdade, a necessidade de raças diferentes, pra um mundo ser considerado de fantasia? É um metavacassagradismo™, de certa forma. Como você bem apontou logo em seguida, Reinos de Ferro têm etnias humanas MUITO legais, algo que eu nunca tinha visto em outro cenário até então. Isso porque RdF ainda faz o jogador se identificar/relacionar/entender ainda mais os humanos de lá, já que a coisa de Khador "ser" a Rússia, "Cygnar" ser a França etc, etc (são essas relações, mesmo? eu nem lembro, agora
)
E é engraçado que algumas passagens do Silmarillion deixam duvidas sobre esse suposto maniqueísmo da Terra-Média.
De novo, me expressei mal, porque por "Ctrl+Tolkien" eu queria especificar uma cópia malfeita do trabalho dele (sabe, pegar os aspectos mais óbvios e genéricos, arquétipos etc). Se as pessoas realmente copiassem Tolkien no quesito modus operandi, teríamos mundos muito mais bem construídos por aí.
Sobre Reinos temáticos e Avatar: tá aí uma coisa que é bem mais aceitável do que a separação hermética das nações de Tormenta, mas ainda assim, as cores das roupas são um problema bem cagado. Se for pensar em desenho animado, crianças e tralala ok, mas se for pra pensar no mundo construído... eu acho que focaria muito mais as coisas em arquitetura e etnia. Aliás, tem uma separação étnica bem clara, em Avatar, podiam ter dado mais destaque a isso do que aos personagens uniformizados.
Madrüga, sobre o NPC fodelão: SIM. Inclusive, no fórum gringo que eu achei esse tópico, falavam de algo parecido, mas relacionado a criação de mundos, mesmo. Pessoas que vão criar um cenário e falam O MEU CENÁRIO É INCRÍVEL VAI EXPLODIR SUA CABEÇA VAI VER SÓ: TEM ELFOS QUE SÃO FEIOS E
Mas acho válido um cenário onde os personagens são inspirados em princesas Disney.
Já tô até abrindo outro tópico pra começar e
Em geral outro elemento de criação de mundo que acho bem ruim é começar pela criação do mundo/gênese/teogonia, falando das tais guerras e reviravoltas dos deuses em geral malfeitos típicos de rpgistas empolgados pra criar o próprio mundo.
Nossa, nem me fale. Eu já cometi muito esse erro, e percebi que é muito fácil cair nisso, porque...
não tem como errar. Teogonia é QUALQUER MERDA. Você pode passar trinta páginas descrevendo histórias malucas da Deusa das Coisas Que Emperram Gavetas (
Anoia <3), que simplesmente não importa, no fim das contas, a menos que você crie religiões que mexam as engrenagens do mundo de alguma maneira.