Bom, a gente ganhou, mas pra mim não teve muito gostinho de vitória... =/
O jogo foi basicamente decidido pelos dados. Quem fosse envenenado pelo efeito de cenário definiria a facção vencedora. A sorte caiu do nosso lado, máfia ganhou. Se envenenasse um de nós, cidade ganharia.
Na verdade existiam duas possibilidades, a Noara ou o Bigão poderiam ser envenenados, e isso "anularia" o efeito do envenenamento. Mas eu concordo, e não com orgulho, que o jogo contou mais do que deveria com a sorte.
Eu costumo me divertir jogando como máfia, mas nesse caso foi uma sensação forte de "está TUDO contra nós" desde o começo do jogo, e isso me deixou meio desanimado conforme as complicações do setup iam aparecendo.
[...]
Graças a muita sorte, conseguimos nos identificar corretamente e começar a conversar entre a máfia a partir do segundo dia. Exceto o quinto "mafioso", que A) não sabíamos quem era (Boing) e b) não tínhamos como nos comunicar direito, exceto quando (por sorte) o cenário permitia, e mesmo assim só em mensagens filtradas através do narrador, sem poder nos identificarmos diretamente.
Não quotei todos os teus argumentos, mas de fato o jogo parecia estar bem contra os mafiosos. Mas acho que o cenário acabou balanceando um pouco nesse ponto. Embora tenha sido por sorte, ele evitou um desequilíbrio maior.
Vocês conseguiram se encontrar fácil, na teoria era desequilibrado, mas na prática não foi bem assim. Tiveram chances de linchar errado? Sim. Lincharam errado? Não. Tiveram chances de matar errado? Sim. Mataram errado? Não, e alias, mataram um jogador ativo com um poder forte, que se estivesse vivo até o último dia seria decisivo para a cidade (Voto Duplo).
Sobre o lance dos cenários darem "por sorte" oportunidades de comunicação, eu preciso discordar. Na primeira mensagem que o Boing enviou a vocês ele disse ser o Virgin e ele listou exatamente os 3 cenários que vocês poderiam usar para se comunicar. Cenários estes que uma rápida busca por "Virgin" na Wikipédia seria capaz de revelar, visto que ele aparece em 3 fases durante todo o jogo. Eu volto a falar, concordo que o balanceamento não foi um dos pontos positivos desse jogo, mas falar que dependeram da sorte pelos cenários permitirem se comunicar com o Boing, eu discordo.
Nossos RCs falsos eram uma porcaria. Witch errante? Estava na cara que a cidade não ia engolir essa e a Witch normal estaria em jogo. Dito e feito. Zumbis incomuns? Logo ficou na cara que todos os zumbis incomuns que estavam em jogo ERAM DA MAÇONARIA, o restante da cidade eram todos zumbis especiais, e todos estavam em jogo. Qualquer zumbi incomum era um RC fraquíssimo.
(Sério, maçonaria tripla. Tripla! São 3 jogadores automaticamente inocentados, além da porrada de combinações fortes de personagem/poder que já inocentavam vários outros. Não existia nenhum vanilla em jogo!)
O único RC falso que prestava foi o Hunter... e ele foi anulado pelo Rafa ter anunciado que o poder especial sorteado em um dos cenários (Observador) era algo que não estava em jogo. Aí quebrou nossas pernas, e entregou a Kath de bandeja pro Verde.
Sim, eu tentei não cometer erros em relação aos RC's falsos, e novamente parece que não consegui atingir uma qualidade razoável para os RC's. O Hunter, apesar da "gafe" que cometi em falar que o poder que alguém receberia não estava em jogo, ainda poderia mentir, por exemplo, ser rastreador. Mas de fato, eu não deveria ter falado se o poder está ou não em jogo, ou eu deveria ter comunicado apenas a máfia que uma carga de observador havia sido distribuída como efeito do cenário.
Quanto ao lance dos infectados incomuns estarem na maçonaria, eu só me liguei disse depois que o jogo havia começado, se não eu não teria feito dessa forma. Ainda existia uma chance minúscula da maçonaria não falar que estavam em 3 (ou, não dar um número), e aí vcs teriam RC's fortes. Mas isso não uso como argumento de defesa, pq numa máfia o narrador já deve estar precavido tanto para as coisas boas como para as coisas ruins. Então os RC's, no geral, eram fracos mesmo.
Só deu pra virar o jogo porque a sorte (de novo) trouxe uma carga de Amado e uma de veneno na hora exata em que fariam mais diferença. E porque tivemos sorte (de novo) de nenhuma das ações noturnas ser bloqueada ou redirecionada. O jogo tinha tudo pra estar perdido desde o terceiro dia, mas a sorte evitou que acontecesse.
E ganhar na sorte não tem graça. =/
Eu diria 50%. O cenário estava ali, cedo ou tarde ele poderia ter sido ativado. E falar que tiveram sorte nos fluxos de ação noturna não acho nem um pouco válido. Se for por isso então todos os jogos são decididos pela sorte, visto que ultimamente um dos principais fatores para a cidade analisar e pegar mafiosos são justamente as ações noturnas.
Enfim. Eu tenho ciência que sou bem mais reclamão que a média em termos de máfia, tanto que reclamo até quando ganho... mas achei que essa tinha potencial pra ser mais divertida se a gente não se sentisse tão "nadando contra a maré".
Sim, eu também acho que forcei a barra. E sei que o jogo tinha muito mais potencial do que teve.
Como Narrador (que está aqui pra trazer a diversão aos jogadores) eu me sinto mal pq sei que falhei xD
Acho que o jogo não foi um fracasso total, tiveram coisas boas e mecânicas que podem e devem ser aproveitadas de forma melhor e mais trabalhada. No geral acho que o resultado foi positivo, embora ainda possa melhorar muito.
Mas agradeço as críticas, todas elas estão mentalmente armazenadas e com certeza na hora de escrever a próxima máfia (pra tristeza de uns e alegria de outros, eu ainda não desisti!), vou voltar aqui e reler meus erros, pra não cometê-los novamente
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