Autor Tópico: Religião - Tópico Permanente  (Lida 292285 vezes)

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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #900 Online: Abril 24, 2013, 10:38:20 am »
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primeiro lugar, porque projetam uma caricatura de Cristianismo diante da sociedade.

Como se existisse alguma concordância doutrinária forte dentro de outros grupos cristãos.  :P

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Segundo, porque essas organizações religiosas são muito antropocêntricas e pouco centradas em Cristo

Por isso elas que a IURD funciona e prospera - ao invés de se focar na mensagem distante de uma salvação difícil de alcançar, enfocam no "aqui-e-agora" e na necessidade material urgente de seus seguidores. E não é exatamente difícil de justificar isso sob perspectiva teológica.

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– ao contrário, há uma forte ênfase no diabo, no poder maligno”

Citando um dos meu autores favoritos, Eric Hoffer: Mass movements can rise and spread without belief in a God, but never without belief in a devil.:)

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“propaga uma mensagem distorcida do Evangelho, prendendo seus adeptos em uma cosmovisão religiosa popular, em vez de libertá-los dessa artimanha diabólica.

Ele está falando da IURD, do movimento Neopentecostal ou do Cristianismo como um todo? Eu não consigo ver como essa crítica não se aplica a todos outros grupos.  :b

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Além disso, o brasileiro é naturalmente místico, o que supera a visão racional das coisas. As pessoas encontram ali um serviço especializado, baseado em lemas como “pare de sofrer” ou “aqui o milagre acontece”.

Não deixam de estar corretos nisso - qual sistema de promessas imaginárias é mais interessante, aquele que promete resultados imediatos e materiais ou aquele que promete resultados em um futuro distante, num paraíso na qual você não tem como ter certeza que vai ser aceito?

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Bom ver alguém religioso apontando alguns dos problemas que a gente já martela há séculos. 

Que problemas? Eu só vejo características de sucesso no modelo utilizado pelos Neopentecostais. Parece mais um crítico recalcado associado ao maior grupo protestante da atualidade (as Igrejas Batistas) que teme a ascensão dos "New Kids on the Block".

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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #901 Online: Abril 25, 2013, 01:03:35 am »
EDIT: você só vê características de sucesso, Elfo? Só se você encarar aquilo como puramente um negócio. Pra MIM, que estou de fora, e não sou isento de impostos como eles são, trata-se de uma abominação. Até porque eles interferem na minha vida, e por isso eu tenho direito de tentar negar o "sucesso" deles.
São os problemas que eles causam ao mundo, não a si mesmos.
Mas respondo assim imaginando que você não foi irônico.

Enfim.


Quase duvido da veracidade devido à fonte, mas vamos lá

« Última modificação: Abril 25, 2013, 01:06:27 am por publicano »
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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #902 Online: Abril 25, 2013, 01:34:57 am »
Tem cara de ser autêntico, um discurso de anos atrás, da época em que era senador.

Hoje em dia ele não tem coragem pra falar nem 10% disso aí.

O engraçado é que quem botou o vídeo no youtube acha que é uma heresia, um "escárnio".  :bwaha:

Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #903 Online: Abril 25, 2013, 04:54:17 pm »
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você só vê características de sucesso, Elfo?

Eu, não. O público-alvo do produto, aparentemente vê. E empresas rivais que vendem o mesmo produto aparentemente não conseguem achar críticas decentes a eles (ou que não sejam facilmente utilizáveis contra eles).

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Só se você encarar aquilo como puramente um negócio.

E Religião é alguma coisa além disso?  :)

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Pra MIM, que estou de fora, e não sou isento de impostos como eles são, trata-se de uma abominação.

Não mais ou menos abominável que qualquer outra opção cristã (excluindo aquelas obviamente insanas e que você suspeita que deve ser um caso de Lei de Poe). Esses ao menos são honestos que estão no negócio por dinheiro e recompensas a curto prazo.

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São os problemas que eles causam ao mundo, não a si mesmos.

Eu suspeito que muitas das críticas a eles são exarcebadas pelo fato de serem o alvo socialmente mais aceitável de atingir. Sem contar que existem efeitos colaterais positivos da expansão neopentecostal/neocarismática, vide How Brazil Benefits from Being World's Most Pentecostal Country.

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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #904 Online: Abril 26, 2013, 09:24:41 am »
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2013/04/ialorixa-mae-stella-de-oxossi-e-nova-imortal-da-academia-de-letras-da-ba.html



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Ialorixá Mãe Stella de Oxóssi é a nova 'imortal' da Academia de Letras da BA
Mãe-de-santo foi eleita pelos acadêmicos na tarde desta quinta-feira (25).
Ela ocupa cadeira 33, que era do historiador e professor Ubiratan Castro.

A ialorixá do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, Mãe Stella de Azevedo dos Santos, também chamada de Mãe Stella de Oxóssi, a partir desta quinta-feira (24), passa a ocupar a cadeira de número 33 da Academia de Letras da Bahia.

A mãe-de-santo recebeu 22 votos dos acadêmicos em sessão realizada nesta quinta-feira (25) com objetivo de escolher o novo nome para vaga deixada pelo historiador Ubiratan Castro, que morreu em janeiro.

Mãe Stella foi comunicada pelo presidente da Academia, Aranis Ribeiro Costa, e aceitou ser a nova "imortal". "Acredito que é a primeira vez que uma mãe-de-santo entra em uma Academia de Letras. Isso é absolutamente pioneiro, não tenho conhecimento disso em nenhum outra do Brasil ou do mundo. Representa o reconhecimento de uma cultura, de uma raça e da história de um povo. É uma figura notável", comemora.

O poeta Castro Alves é o patrono da cadeira 33, que já foi ocupada por nomes como Francisco Xavier Ferreira Marques, Heitor Praguer Frois, Waldemar Magalhães Mattos, além de Ubiratan, que era presidente da Fundação Pedro Calmon.

A Academia de Letras da Bahia tem 40 membros, entre eles, João Ubaldo Ribeiro, José Carlos Capinan, Myrian Fraga, Cid Teixeira, Ruy Espinheira Filho, Consuelo Pondé, Hélio Pólvora, Florisvaldo Matttos e Edivaldo Boaventura.

Mãe Stella é colunista do jornal A Tarde e autora de livros como "Meu tempo é agora", "Òsósi - O Caçador de Alegrias" e "Epé Laiyé- terra viva". Em 2009, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #905 Online: Abril 27, 2013, 11:25:50 am »
Vereador estúpido sendo humilhado por um repórter corajoso, povo se mobilizando e conseguindo anular uma cagada que os políticos fizeram... tomem aí pra começar o sábado de bom humor. :)


Offline Malena Mordekai

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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #906 Online: Abril 27, 2013, 04:59:54 pm »
Creio que minhas opiniões sobre religião são mais ou menos as mesmas que as desse primatólogo:

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/04/1269730-leia-na-integra-a-entrevista-com-o-primatologo-franz-de-waal.shtml

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 Para alguém que tem se especializado em demonstrar que o ser humano e os demais primatas têm um lado pacífico e bondoso por natureza, Frans de Waal conseguiu comprar briga com muita gente diferente ao publicar seu novo livro.

Autor de "The Bonobo and the Atheist" ("O Bonobo e o Ateu"), que acaba de sair nos Estados Unidos, o primatólogo holandês-americano provavelmente não agradará muitos religiosos ao argumentar que ninguém precisa de Deus para ser bom.

Seu modelo de virtude? O bonobo (Pan paniscus), um primo-irmão dos chimpanzés comuns (e do homem) que é conhecido pela alta capacidade de empatia com membros de sua espécie e de outras, pela sociedade relativamente tolerante (não há registro de "guerras" entre bonobos, ao contrário do que ocorre entre chimpanzés) - e pelo uso generoso do sexo como forma de resolver conflitos e cimentar alianças.

Com base nos estudos com grandes macacos, e também com outros mamíferos sociais, como elefantes e cetáceos, Waal afirma que a moralidade não surgiu por meio de argumentos racionais sobre o que é certo ou errado, nem graças a leis ditadas por Deus, mas deriva do kit básico de emoções que nós compartilhamos com essas espécies.

Bonobos e chimpanzés sabem que é seu dever cuidar de um amigo doente ou mesmo inválido, retribuir um favor ou pedir desculpas por uma mancada, entre outras coisas. A "parábola do bom símio", nesse sentido, é tão útil quanto a do bom samaritano, afirma ele.

Por outro lado, o livro também é uma crítica aos chamados Novos Ateus, um grupo de cientistas e filósofos, capitaneados pelo zoólogo britânico Richard Dawkins, que tem dado novo impulso ao conflito entre ateísmo e religião desde a última década.

"Eu não consigo entender por que um ateu deveria agir de modo messiânico como eles", diz Waal, um ex-católico que também não crê em Deus. O primatólogo afirma que, na trajetória evolutiva do homem, a religião surgiu depois do senso moral inato e, no máximo, ajudou a reforçá-lo em certos contextos. Mesmo assim, argumenta, é algo que faz parte da natureza humana, e uma cruzada contra ela poderia fazer com que coisas piores tomassem seu lugar, como ocorreu nos regimes comunistas.

De quebra, o cientista resolveu bancar o crítico de arte ao usar como guia a obra de um conterrâneo: o pintor Hieronymus Bosch (1450-1516), nascido na cidade de Den Bosch, assim como Waal, e famoso pelas pinturas repletas de criaturas fantásticas e assustadoras.

A maioria dos historiadores da arte atribui o estilo de Bosch a crenças heréticas ou a uma visão cristã ferrenhamente tradicional sobre o céu e o inferno. Mas o primatólogo vê os principais quadros do artista como críticas à religião organizada e exaltações da ética e dos prazeres mundanos - ele seria um humanista secular, como os bonobos.

Confira abaixo a íntegra da entrevista que Frans de Waal deu por telefone à Folha.

Folha - Quem o sr. acha que está mais bravo com o sr. depois da publicação do livro: os Novos Ateus, fortemente criticados na obra, ou os historiadores da arte, já que o sr. resolveu fazer uma interpretação pouco ortodoxa da obra de Hieronymus Bosch?
Bem, no caso dos historiadores da arte, eu realmente não sei, nenhum entrou em contato comigo até agora (risos).
No caso dos ateus, recebi muitas mensagens de gente que me apoia. É claro que, em certo sentido, eu estou do lado deles, tanto por também ser ateu como por acreditar que a fonte da moralidade não é a religião. O que eu digo no livro, essencialmente, é que os Novos Ateus estavam gritando alto demais e que precisam se acalmar um pouco, porque a estratégia deles não é a melhor.

Só por curiosidade, Richard Dawkins, que é o pop star dos Novos Ateus, chegou a falar com o sr. sobre o livro?
Na verdade não, e não tenho certeza se ele se importa muito a esta altura do campeonato. Realmente acho que o movimento deles é uma onda que passou, eles estão passando a se preocupar com outras coisas no momento.

Em seu livro, o sr. faz uma referência interessante ao romance "O Senhor das Moscas", de William Golding, história na qual garotos perdidos numa ilha deserta acabam reinventando vários aspectos da sociedade, inclusive a religião. Só que a religião que eles criam é brutal, incluindo até sacrifícios humanos. O sr. acha que foi assim no caso da evolução da religião? Ela nasceu brutal e foi ficando mais "domesticada" e humanizada?
Acho que não. Não saberia dizer quantas religiões ao longo da história tiveram sacrifícios humanos. Mas, quando olhamos para as sociedades tradicionais de pequena escala, estudadas por antropólogos, as quais provavelmente foram a regra antes do surgimento da agricultura [ou seja, em mais de 90% da história da espécie humana], vemos que esse tipo de coisa não está presente entre elas.

É claro que eles tinham crenças sobre o mundo sobrenatural - todas as sociedades humanas as têm -, e podiam sacrificar um ou outro animal aos deuses ou aos espíritos, mas no geral eram religiões relativamente benignas.

É só quando as sociedades aumentam de escala que elas começam a se tornar mais agressivas e dogmáticas, e a exigir coisas como o sacrifício humano, o que ocorria com os astecas, por exemplo. Acho que o cenário em "O Senhor das Moscas" tem muito mais a ver com o ambiente traumático dos colégios internos tradicionais britânicos, acho que é isso que Golding reflete na narrativa dele.

Quando se enfatiza o lado pacífico e ético das sociedades de primatas não humanos e do próprio homem, não há um perigo de fechar os olhos para a faceta violenta da natureza primata?
Concordo que, nos meus livros mais recentes, essa ênfase existe. Por outro lado, meu primeiro livro, "Chimpanzee Politics" ["Política Chimpanzé", sem tradução no Brasil], era totalmente focado na violência, na manipulação maquiavélica e em outros aspectos pouco agradáveis da sociedade primata. Mas a questão é que, na literatura especializada e na voltada para o grande público, criou-se uma ênfase exagerada nesses aspectos negativos, e as pessoas não estavam ouvindo o outro lado da história. É como se tudo o que os seres humanos e os primatas fizessem fosse competir, e isso não é verdade no nosso caso e não é verdade no caso dos grandes macacos.

O sr. acha que encontrar um chimpanzé ou bonobo cara a cara pela primeira vez pode funcionar como uma experiência religiosa ou espiritual, porque reforça a ideia de um elo entre os seres humanos e os demais seres vivos?
Eu não chamaria de experiência religiosa (risos), mas é uma experiência muito profunda, que muda a sua percepção da vida. No livro, conto como a chegada dos primeiros grandes macacos vivos à Europa no final do século 19 despertou reações muito fortes nas pessoas, em vários casos deixando o público muito nervoso e inquieto porque havia essa ideia confortável da separação entre seres humanos e animais. Por outro lado, gente como Darwin viu aquela experiência como algo positivo, algo maravilhoso.

E o sr. sente que essa aversão aos grandes macacos diminuiu hoje, mesmo quando as pessoas são religiosas?
Sim, e isso é muito interessante. Eu costumo dar palestras em reuniões de sociedades zoológicas de grandes cidades aqui nos Estados Unidos, e essas reuniões costumam receber uma parcela representativa da população como um todo, nem de longe apenas cientistas.

Tenho certeza de que muitas pessoas ali são muito religiosas, como é de se esperar no caso do público americano. E esse público é fascinado pelos paralelos e pelas semelhanças entre seres humanos e grandes macacos ou outros animais. Isso não necessariamente significa que essas pessoas queiram saber mais sobre a teoria da evolução, mas elas acolhem a conexão entre pessoas e animais e querem ouvir mais a respeito dela.

Na sua nova obra, o sr. defende várias vezes a ideia de que não se pode simplesmente eliminar a religião da vida humana sem colocar outra coisa no lugar dela. Que outra coisa seria essa? Ou é perigoso pensar nesses termos de "engenharia social"?
É preciso reconhecer que os seres humanos têm forte tendência a acreditar em entidades sobrenaturais e a seguir líderes. E o que nós vimos em revoluções políticas ao longo da história, em especial no caso do comunismo, no qual houve um esforço para eliminar a religião, é que essa tendência acaba sendo preenchida por outro tipo de fé, que se torna tão dogmática quanto a fé religiosa.

Então, o temor que eu tenho, e é algo que outras pessoas também mencionaram, como [o filósofo americano] Dan Dennett, é que, se a religião for eliminada, ela seja substituída por algo muito pior. Eu acho preferível que as religiões sejam adaptadas à sociedade moderna.

Outro argumento importante do livro é que o menos importante nas religiões é a base factual delas, coisas como se Jesus é mesmo Deus encarnado, por exemplo. O mais relevante seria o papel social e emocional das reuniões e dos rituais. Para quem é religioso e se importa com a verdade do que acredita, não é uma visão que pode soar como condescendente ou desonesta?
Imagino que sim. É que, desde os tempos de Émile Durkheim [sociólogo francês morto em 1917], sempre houve um grande foco no papel social da religião. Apesar do debate sobre o porquê do surgimento da religião - poderia ser a necessidade de pensar na vida após a morte, ou uma série de outras coisas -, um fator indiscutível é a capacidade da crença religiosa de unir pessoas em torno de algo.

Pode ser que, para quem é religioso, essa visão trivialize suas crenças. Mas, como biólogo, quando vejo alguma coisa que parece existir em quase todos os grupos de uma espécie, como é o caso da religião, a minha pergunta é: para que serve? Que benefício as pessoas obtêm com isso? Ou seja, a pergunta que faço é funcional. Não tenho a intenção de insultar as pessoas com esse enfoque.

"The Bonobo and the Atheist: In Search of Humanism Among the Primates" ("O Bonobo e o Ateu: Em Busca do Humanismo entre os Primatas")
Editora W.W. Norton & Company
313 páginas
R$ 29,52 (livro eletrônico)
Avaliação: bom
 
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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #908 Online: Abril 28, 2013, 06:48:22 pm »
Essa deve ser a primeira notícia colocada pelo Eltor que coloca um personagem católico como não-vilanesco, embora a Igreja continua exercendo esse papel. Sinto o cheiro de... catolicofobia?  :b

Offline Macnol

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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #909 Online: Abril 28, 2013, 07:41:17 pm »
Cara, eu tenho certeza que já compartilhei outros exemplos de pessoas dentro da igreja católica lutando em prol de causas boas. Se não aqui, no facebook.

Sempre agarro qualquer chance de mostrar esse tipo de atitude, só é que é algo raro. Se a instituição da igreja se coloca contra esses progressos, o problema é ela.

Sou crítico, não fóbico. Se isso te tranquiliza, eu ainda acho que no Brasil a ICAR é o menor de dois males quando comparada com a evangélica.

Offline Malena Mordekai

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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #910 Online: Abril 28, 2013, 08:15:15 pm »
Eu acho que a maior parte das pessoas aqui tem essa mesma percepção... acho, vai que estou errado.

Por falar em INgreja INvangélica:

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/04/1269733-angola-proibe-operacao-de-igrejas-evangelicas-do-brasil.shtml

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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #911 Online: Abril 28, 2013, 09:01:51 pm »
Sabe o que é isso? É a prova de que até a Angola tem um lado mais evoluído que o Brasil.
A grande realidade é que qualquer babaca hoje em dia pode criar uma igreja e colocar um nome novo para falar que é diferente.
Lembro que a alguns anos, quando uma pessoa me falava que era evangélica eu simplesmente acenava com a cabeça e continua a conversa. Agora eu tenho que pergunta: Qual evangélica? Quadrangular? Da graça divina? Cristã do Brasil? Universal do Reino de Deus? Mundial da Graça de Deus? Bola de Neve? Quadrangular do Triângulo Redondo?
Micro Máfia Resident Evil chegando!

Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #912 Online: Abril 28, 2013, 10:47:07 pm »
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Cara, eu tenho certeza que já compartilhei outros exemplos de pessoas dentro da igreja católica lutando em prol de causas boas. Se não aqui, no facebook.

Sempre agarro qualquer chance de mostrar esse tipo de atitude, só é que é algo raro. Se a instituição da igreja se coloca contra esses progressos, o problema é ela. :b

Sou crítico, não fóbico. Se isso te tranquiliza, eu ainda acho que no Brasil a ICAR é o menor de dois males quando comparada com a evangélica.

Eltor, eu estava tirando sarro. Diabos, eu até evitei a Lei de Poe nesse caso com um smiley.

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Sabe o que é isso? É a prova de que até a Angola tem um lado mais evoluído que o Brasil.

Não, é a prova que Angola tem menor tolerância à liberdade religiosa do que o Brasil. É um sinal de regresso, não de progresso.

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A grande realidade é que qualquer babaca hoje em dia pode criar uma igreja e colocar um nome novo para falar que é diferente.

E isso é ótimo. Livre competição de crenças e mais possibilidades de uma pessoa de encontrar a crença que melhor se encaixa no perfil dela, além de haver espaço para que crenças heterodoxas pacíficas possam ter uma chance de tentar atrair seus fieis, ao invés de serem suprimidas por alguma autoridade central que acha que pode ditar a sua consciência.

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Lembro que a alguns anos, quando uma pessoa me falava que era evangélica eu simplesmente acenava com a cabeça e continua a conversa. Agora eu tenho que pergunta: Qual evangélica? Quadrangular? Da graça divina? Cristã do Brasil? Universal do Reino de Deus? Mundial da Graça de Deus? Bola de Neve? Quadrangular do Triângulo Redondo?

Lembre-se que:

a) O protestantismo sempre foi diversificado. Mesmo em sua origem durante a Reforma e as Guerras Religiosas, haviam ao menos 4 ou 5 grandes grupos protestantes.

b) O protestantismo tem uma forte tendência de se diversificar e fragmentar, vide os quatro Grande Despertamentos que ocorreram nos EUA entre 1730 até 1980, cada qual responsável por um surto de atividade religioso e aumento no número de sectos.

c) O protestantismo expandiu consideravelmente seus números, aumentando sua quantidade em 2,5 vezes em 20 anos. Enquanto em 1990 eles eram aproximadamente 9% dos brasileiros, hoje são 22,2%.
« Última modificação: Abril 28, 2013, 10:58:18 pm por Stormbringer »

Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #913 Online: Abril 28, 2013, 10:56:53 pm »
Cara, estou falando de charlatanismo, não de religião.
Cada um tem o direito de escolher a religião que quer, mas charlatanismo sou outros 500!
A maioria dessas nomeadas "igrejas" não passam de caça-niqueis.
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Re:Religião - Tópico Permanente
« Resposta #914 Online: Abril 28, 2013, 11:03:53 pm »
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Cara, estou falando de charlatanismo, não de religião.

Adoraria que você me apresentasse uma religião sem charlatismo e especialmente, como distinguir uma religião das práticas de charlatanismo.

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A maioria dessas nomeadas "igrejas" não passam de caça-niqueis.

Religião institucionalizada (e a maioria das não-institucionalizadas) é um negócio, um dos seus objetivos é conseguir dinheiro para poder manter suas atividades. E um negócio muito interessante, porque um dos produtos vendidos, a fé. (além do espetáculo - que é o ritual) é de mensuração praticamente impossível.