Estou compilando pontos que foram citados pela maioria das pessoas. Estou sem muito tempo neste fim de semana, então vou aos poucos. Podem prontamente retirar suas Bíblias de debaixo do braço (o Eltor tem uma em cada braço).
Colocarei um B ao lado das citações da Bíblia e IC ao lado das da Igreja Católica.
1. A Bíblia (conjunto de livros) não é completa em si mesma. Sua interpretação não é simples e por vezes exige ajuda. Deve-se contextualizar a época, autor, língua, cultura do povo a quem foi dirigido cada livro, etc. A Bíblia é a comunicação ao longo de séculos dos desígnios de Deus através das limitações humanas.
B – Ref. 1.1: “Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.” Jo 21, 25
B – Ref. 1.2: “Apesar de ter mais coisas que vos escrever, não o quis fazer com papel e tinta, mas espero estar entre vós e conversar de viva voz, para que a vossa alegria seja perfeita.” 2Jo 1, 12
B – Ref. 1.3: “Filipe aproximou-se e ouviu que o eunuco lia o profeta Isaías, e perguntou-lhe: Porventura entendes o que estás lendo? Respondeu-lhe: Como é que posso, se não há alguém que mo explique? E rogou a Filipe que subisse e se sentasse junto dele.” At 8, 31
B – Ref. 1.4: “Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa.” 2Ts 2, 15
B – Ref. 1.5: “Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro.” Jo 20, 30
B – Ref. 1.6: “Reconhecei que a longa paciência de nosso Senhor vos é salutar, como também vosso caríssimo irmão Paulo vos escreveu, segundo o dom de sabedoria que lhe foi dado. É o que ele faz em todas as suas cartas, nas quais fala nestes assuntos. Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras.” 2Pe 3, 16
B – Ref. 1.7: “A glória de Deus é ocultar uma coisa; a glória dos reis é esquadrinhá-la.” Pv 25, 2
B – Ref. 1.8: “O que de mim ouviste em presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis que, por sua vez, sejam capazes de instruir a outros.” 2Tm 2, 2
B – Ref. 1.9: “Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações.” At 2, 42
B – Ref. 1.10: “Nas cidades pelas quais passavam, ensinavam que observassem as decisões que haviam sido tomadas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém.” At 16, 4
B – Ref. 1.11: “Ó Timóteo, guarda o bem que te foi confiado! Evita as conversas frívolas e mundanas, assim como as contradições de pretensa ciência [gnose].” 1Tm 6, 20
IC – Ref. 1.12: “Certamente que se as revelações e ensinamentos bíblicos do texto sagrado se dirigem a nós de uma maneira pessoal e prática, se faz obrigatória a presença formal, no meio de nós, de um juiz e expositor autorizado dessas revelações e ensinamentos. É antecedentemente irracional supor que um livro tão complexo, tão pouco sistemático, em partes tão obscuro, fruto de várias mentes tão distintas, lugares e épocas diferentes, fosse nos dado do alto sem uma autoridade interpretativa do mesmo, já que não podemos esperar que interprete a si mesmo. O fato de que seja um livro inspirado nos assegura a verdade do seu conteúdo, não a interpretação do mesmo. Como pode o simples leitor distinguir o que é didático e o que é histórico, o que é fato real e o que é uma visão, o que é alegórico e o que é literal, o que é um recurso idiomático e o que é gramatical, o que se enuncia formalmente e o que ocorre de passagem, quais são as obrigações que vigoram sempre e quais vigoram em certas circunstâncias? Os três últimos séculos têm provado, infelizmente, que em muitos países tem prevalecido a interpretação particular das Escrituras. O dom da inspiração divina das Escrituras requer como complemento obrigatório o dom da infalibilidade da sua interpretação” Cardeal Newman, 1884