Skar, concordaria com a visão sobre a especulação não influenciar no efeito economico da sociedade SE as pessoas tivessem dinheiro e pagassem à vista os imóveis. Porém, a realidade é outra. Vide as N formas de financiamento que os bancos tem feito - principalmente a Caixa. No cenário atual, se começar uma onda de desemprego (o que não é coisa absurda em detrimento do cenário inflacionário que ainda está sendo contido), todas essas pessoas que investiram em imóveis ficariam com dívidas e acabariam perdendo o imóvel.
Isso vai desde a classe média, que já possui um imóvel e está investindo em outro, à classe baixa, que teria gastado uma boa parte da renda familiar até então. Pode parecer ainda pouco, mas tire o dinheiro e o crédito de uma população que a economia para. Primeiro que quem não tem dinheiro não compra o que não é necessário - o que diminui significativamente o comércio. Se o comércio diminuir, as industrias vendem menos para o mercado - obrigando-os a estocarem e reduzirem os gastos mensais. O modo mais rápido e eficaz para isso seria demitir o "excesso" da mão de obra, para que tenha uma produção satisfatória e de acordo com o que o mercado demanda. Mais desempregados apenas diminui ainda mais os gastos desnecessários.
Quanto aos alimentos: não ve uma instabilidade tão alta? E a alta ABSURDA dos preços do tomate, quase que instantaneamente, a pouco tempo atrás? Repararam no preço da batata ultimamente? Tirem uma foto de cada legume uma vez por mês, no mesmo supermercado, e reparem. Pelo menos na minha cidade, tomate é raro de encontrar no ponto. Ou tá verde, ou tá passado. Parece que isso acontece porque o Brasil tem exportado a parte "ideal" do tomate, pois é preciso que os alimentos exportados atendam certos pré-requisitos básicos para venda internacional.
A alta do dólar pode ter diversos motivos. Desde uma
balança comercial deficitária à fuga de investimentos no Brasil. Poderia ser uma forma de proteger a economia e incentivar a exportação também, mas quanto mais se exporta, mais se desvaloriza o dólar. O problema atual é que nem a exportação está segurando mais a alta do dólar.
Por fim, uma economia que não cresce pode ser um dos piores cenários. Pode ser o prelúdio de uma
recessão.
Me resta concordar com o Barão: estamos melhor politicamente do que economicamente.