Autor Tópico: Política, tópico permanente  (Lida 107887 vezes)

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Offline Sampaio

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #585 Online: Agosto 15, 2013, 03:11:22 am »
Skar:
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O Estado se formou como uma ferramenta de controle social, junto com ele existiam diversos outros meios de controle que lutavam parar criar uma hegemonia. Impérios e Cidades-Estados são meros exemplos de como as diversas sociedade experimentaram ferramentas de controle.

Não sei se concordo com essa acepção. A meu ver Império é uma forma Estado (estados não precisam ser democráticos), assim como, obviamente, Cidades-Estados. Uma definição melhor e até mais coerente com sua etimologia seria apenas a de qualquer modo normativo e involuntário de organizar uma nação.

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Todavia percebemos que essas outras formas de controle foram deixadas de lado em função do Estado. O que nos trás a pergunta do por que  isso aconteceu

É, partindo do meu apontamento acima, a sua premissa já é nula. Mas pode ser que eu concorde com o resto, então vamos lá.

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O primeiro explica que o Estado gera mais força de coerção que qualquer outro meio de governo, isso se dá pela capacidade que o mesmo possui de intervir na economia de maneira direta sem depender de interesses de terceiros.

Que gera maior coerção, talvez (e não sei se isso é algo bom); mas a segunda oração simplesmente não faz sentido para mim. pois o Estado é a maneira mais fácil de intervir a partir de interesses escusos - e é justamente isso que ocorre mundo afora, quando pessoas ou empresas tentam adquirir influência estatal.

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O segundo mostra como o Estado usou seus recursos para derrotar todos os outros sistemas de governo.

Isso me parece um darwinismo econômico mal-aplicado. Primeiro porque discordo da premissa, o que faria com que uma modalidade de Estado tivesse competido com outra, apenas. E segundo porque o que está predominante hoje não é necessariamente o melhor, mas simplesmente aquele que foi passado pra frente naquelas contingências. Da mesma forma que o feudalismo não era o melhor possível quando era dominante e qualquer outro, e assim como algo prosperar por interesse de pessoas suficientemente influentes e ignorância do povo e não por ser a melhor opção possível para todos.

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Ao retirarmos das entidades privadas o acesso aos meios de coerção gerou outro problema

Depende do que você chama de "meios de coerção". Se estiver se referindo apenas ao fato de que a segurança e legislação fica por conta do Estado e não do setor privado, concordo. Mas se estiver dizendo que impediu o setor privado de coagir de outras formas ou que blindou o Estado e a polícia dos interesses privados, daí eu vou rir de você.

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Os conflitos internos agora não podem ser resolvidos por força e o Estado é deve intervir, logo sua área de atuação começa a se expandir cada vez mais. Agora além de ter monopólio legitimo das forças e ele se torna o mediador dos conflitos. O Estado começou a crescer de tamanho e começou a demandar mais capital para manutenção de suas contas.

Na proposta minarquista (neste ponto, assim como na minha) o Estado fez a legislação e é responsável pelo seu cumprimento. Isso pode envolver agir sobre o setor privado, como para fazer valer a lei antitruste, mas isso não é mesmo que interferir nas relações de mercado. O Estado faz valer a legislação e pode punir pessoas ou empresas, mas isso não é o mesmo que congelar artificialmente as taxas de juros, que dar dinheiro para os bancos não falirem, que estabelecer regulações arbitrárias do mercado. Acho essa distinção muito importante.

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Impostos e sistemas monetários começaram a ser implementados como forma de garantir um grau de unificação e controle do Estado em seus territórios.

Só a título de curiosidade, há quem ache melhor até a concorrência de diferentes moedas dentro da mesma nação, mas não estudei isso bem para opinar.

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Aqui surge um pequeno problema o comércio mundial começa a crescer de uma maneira acelerada e toma proporções cada vez maiores.  Em razão da criação dos Estados e de um poder que fazia valer suas leis era mais fácil comercializar.

Não acho muito lógico relacionar o crescimento do Estado com o crescimento da economia, já que todas as evidências apontam que onde há mais livre-mercado (logo, Estado menos inchado) há maior crescimento econômico e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Além disso, o crescimento da economia não precisa aumentar as funções do Estado. Isso é um non sequitur.

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A economia começou a integrar de forma cada vez mais permanente a vida na sociedade. A partir do momento que ela se torna uma parte tão importante que se ela estiver mal o Estado começa a ficar enfraquecido e a própria sociedade começa a ter problemas em se regular. O Estado é uma ferramenta de controle e ele não conseguia controlar a economia de maneira efetiva, então para que ele existir?

Se entendi bem, a lógica que está tentando seguir é: economia enfraquece -> Estado tem dificuldade de realizar suas funções -> Estado intervém na economia para evitar quedas.

Todos os elementos dessa cadeia têm problemas, mas já estou escrevendo esse post há muito tempo para poder ficar dissertando. Grosso modo, a intervenção estatal na economia não apenas impede as crises como as promove. As evidências disso são abundantes, inclusive as grandes crises, de 29, a recente dos EUA, a atual da Europa, a que está se desenhando no Brasil. Todas diretamente ligadas a intervenções estatais, que fazem intervenções artificiais e arbitrárias que resultam em um coice bem mais forte do que tentavam prevenir. Sempre.
Adicionalmente, encerra sugerindo que a função o Estado então seria intervir na economia, o que é uma petição de princípio e é justamente o ponto de todo liberal: não, não é e ele deve ficar o mais longe possível de interferir no livre-mercado.

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O que gera um problema quanto menos controle o Estado tiver sobre a economia mais refém ele fica dos poderes das companhias privadas

Do modo como coloca parece que acha que as companhias querem quebrar e que o setor privado quer ganhar pouco dinheiro para repassar pouco para o Estado. Também me parece uma ideia sem sentido. Quando as pessoas trabalham para si mesmas, quando tentam conquistar clientes e aprimoram, inovam e embaratecem seu produto para que escolham o dela e não o da concorrente, todos ganham. Quando o Estado interfere de qualquer forma é vem o problema. Empresas estatais não precisam se preocupar em falir (têm fonte eterna de dinheiro), não precisam preocupar em melhorar seu produto, em conseguir clientes e as pessoas não trabalham em empreendimentos pessoais. E quando o Estado congela uma taxa de juros ou dá dinheiro para um banco quebrar, ele promove uma bola de neve ao, resumidamente, desregular a cadeia de causa e efeito do mercado.

O Estado só ficam refém das companhias privadas justamente se interfere na economia, pois assim as empresas buscarão direcionar a mão do Estado para favorece-las.

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A quebra da bolsa é só o exemplo mor de como a falta de regulamentação é ruim.

É exatamente o oposto e após a crise ficaram tentando consertar a cagada e piorando, até haver nos EUA um sutil movimento pró-livre-mercado, mais capitalismo, o que ajudou a reestruturar. Neste período pós-crise que apareceram os principais liberalistas do século XX, justamente porque a crise novamente denunciou a importância do Estado não interferir.

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Um exemplo prático. No Brasil quando o governo resolve diminuir a taxa de juros você sabe quais são as entidades que diminuem os juros para os clientes primeiro?  Dica não é o Santander e Itaú. São os bancos do governo que conseguem imprimir no mercado a vontade do Estado, sem eles no Brasil você ficaria a mercê dos Bancos internacionais e arriscaria não poder processar u Banco por ser tão grande que você não vive sem.
Isso fica pior quando começamos a desejar que o Estado dê direitos positivos a sociedade.  Educação e Saúde são importantes e devem ser garantidos pelo governo, mas uma economia estável e um sistema bancário equilibrado podem ficar, completamente, na mão de poderes privados? Não faz sentido

Mas o problema é justamente o banco imprimir isso no mercado. Se as taxas estão altas por abuso dos bancos, algum irá abaixar as taxas para atrair mais clientes, o que obriga a uma cadeia de abaixamentos até o mínimo que podem chegar. Do contrário, perdem ainda mais dinheiro ao perderem clientes. A única maneira de isso não acontecer é se houver formação de cartel, o que é ilegal e continuaria sendo em qualquer proposta liberalista.

Quando o Estado usa o poder de sua fonte inesgotável de dinheiro - nosso dinheiro - para abaixar as taxas, ele obriga os bancos a operarem em um nível instável, onde apenas têm de abaixar porque seria ainda pior perder quase todos seus clientes. Abaixar artificialmente devido ao controle do Estado pode levar a n problemas a médio e longo-prazo, enquanto não abaixar levará a n problemas imediatos. Nas palavras do bom senso comum: é uma babaquice isso que o Estado faz e é um tiro no pé, uma comprovação da ignorância econômica destes que estão no poder.

Offline Assumar

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #586 Online: Agosto 15, 2013, 09:06:58 am »
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Sampaio: Mas o problema é justamente o banco imprimir isso no mercado. Se as taxas estão altas por abuso dos bancos, algum irá abaixar as taxas para atrair mais clientes, o que obriga a uma cadeia de abaixamentos até o mínimo que podem chegar. Do contrário, perdem ainda mais dinheiro ao perderem clientes. A única maneira de isso não acontecer é se houver formação de cartel, o que é ilegal e continuaria sendo em qualquer proposta liberalista.

Então o Estado precisaria regulamentar a economia? Ou quem iria combater a formação do cartel?
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Offline Sampaio

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #587 Online: Agosto 15, 2013, 12:49:52 pm »
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Então o Estado precisaria regulamentar a economia? Ou quem iria combater a formação do cartel?

Eu já havia explicado isso mais acima. Citando a mim mesmo:

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Na proposta minarquista (neste ponto, assim como na minha) o Estado fez a legislação e é responsável pelo seu cumprimento. Isso pode envolver agir sobre o setor privado, como para fazer valer a lei antitruste, mas isso não é mesmo que interferir nas relações de mercado. O Estado faz valer a legislação e pode punir pessoas ou empresas, mas isso não é o mesmo que congelar artificialmente as taxas de juros, que dar dinheiro para os bancos não falirem, que estabelecer regulações arbitrárias do mercado. Acho essa distinção muito importante.

Para quem não sabe, a lei antitruste vem justamente impedir esse tipo de desonestidade que interfere na livre concorrência. É papel do Estado a legislação e seu cumprimento o que, como disse, pode envolver punir pessoas ou empresas. Não é o mesmo que um Estado intervencionista na economia, como exemplifiquei algumas vezes depois.
Na proposta liberal, o Estado deve interferir o mínimo possível.

Re:Política, tópico permanente
« Resposta #588 Online: Agosto 15, 2013, 02:39:47 pm »
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Não sei se concordo com essa acepção. A meu ver Império é uma forma Estado (estados não precisam ser democráticos), assim como, obviamente, Cidades-Estados. Uma definição melhor e até mais coerente com sua etimologia seria apenas a de qualquer modo normativo e involuntário de organizar uma nação.

Isso se deve a um dos males eternos de discussões - problemas semânticos.  :P

Isso acontece porque o Skar se baseia em uma outra definição de Estado, onde o Estado é uma forma particular de organização estatal que surge com o Estado-Nação Moderno (como o Bonapartista na França pós-Revolucionária ou futuramente na Prússia que se tornará Alemanha), que passa a ter uma estrutura extensa de cobrança de impostos, o uso de praticamente um só idioma dentro do território nacional (quando não o ideal de um só grupo étnico/racial) e as Forças Armadas com um comando centralizado.

Essa forma de arranjo de poder é muito distinta de um Império (pense no Império Habsburgo), que era bastante descentralizado na arrecadação, tinha diversos grupos étnicos e linguísticos como subordinados, seu exército tinha várias formas de arranjos particulares a cada país membro.

Offline Cebolituz

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #589 Online: Agosto 15, 2013, 03:16:45 pm »
Aparentemente, o Sampaio defende uma posição política próxima a minha, de querer um estado pequeno (não tão minarquista) capaz de prover saúde, educação e segurança e de pouco peso e interferência econômica.

Até acho que a minarquia por si só é bastante funcional para regiões pequenas e de população uniforme (como atualmente é Hong Kong), mas que se perde quando possui uma área grande de enormes diferenças sociais (países com área superior a 1 milhão de quilômetros quadrados com população e áreas econômicas heterogêneas). Aí acredito em um estado pequeno, não mínimo como na minarquia, mas pequeno.


GLADIUS - pergunta Gladius

Pergunta o Gladius joga máfia mas o RPG e Spell sendo que Gladius??

Offline Assumar

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Barbosa acusa Lewandowski de fazer 'chicana', e ministro cobra retratação.
« Resposta #590 Online: Agosto 15, 2013, 08:59:05 pm »
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Barbosa acusa Lewandowski de fazer 'chicana', e ministro cobra retratação.

A sessão desta quinta-feira (15) do Supremo Tribunal Federal (STF) de julgamento dos recursos dos condenados no processo do mensalão foi encerrada no final da tarde imediatamente após uma discussão entre o presidente Joaquim Barbosa e o vice Ricardo Lewandowski.

Em meio a um debate sobre o recurso do ex-deputado Bispo Rodrigues, em relação ao qual os dois divergiram, Joaquim Barbosa acusou Lewandowski de fazer "chicana" (no jargão jurídico, uma manobra para dificultar o andamento de um processo).
Lewandowski tinha sugerido interromper a discussão sobre o assunto para reiniciá-la na semana que vem, mas Barbosa foi contra.
"Presidente, nós estamos com pressa de quê? Nós queremos fazer justiça", afirmou Lewandowski. "Nós queremos fazer nosso trabalho. Fazer nosso trabalho e não chicana", respondeu Barbosa.
Em seguida, Lewandowski indagou ao presidente se estava sendo acusado de fazer chicana e pediu retratação.
"Vossa excelência está dizendo que eu estou fazendo chicana? Peço que vossa excelência se retrate imediatamente". Barbosa disse: "Eu não vou me retratar, ministro".
"Estou trazendo um argumento [...] apoiado em fatos. Apoiado em fatos, em doutrina. Eu não estou brincando presidente. Vossa excelência está dizendo que estou brincando? Eu não admito isso [...] Vossa excelência preside uma casa de tradição multicentenária", reagiu Lewandowski. "E que vossa excelência não respeita", completou Barbosa.
Durante a discussão, o ministro Celso de Mello fez uma intervenção e sugeriu que a sessão fosse interrompida para ser retomada na próxima semana a partir do ponto onde parou.
“São importantes as razões que o eminente ministro Lewandowski suscita e expõe. Tem sido tradição nesta corte, quando um ministro está em dúvida e prefere não pedir vista, ao invés disso, porque, talvez, nós pudéssemos encerrar a sessão. [...] Na quarta-feira, podemos partir deste ponto apenas.”
Após a discussão, a sessão foi encerrada. Leia abaixo o diálogo entre os ministros.

Íntegra da discussão
- Joaquim Barbosa: Vossa excelência simplesmente está querendo reabrir uma discussão.
- Ricardo Lewandowski: Não, estou querendo fazer justiça.
- Joaquim Barbosa: Vossa excelência compôs um voto e agora mudou de ideia.
- Ricardo Lewandowski: Para que servem os embargos?
- Joaquim Barbosa: Não servem para isso, para arrependimento, ministro. Não servem.
- Ricardo Lewandowski: Então, é melhor não julgarmos mais nada. Se não podemos rever eventuais equívocos praticados, eu sinceramente...
- Joaquim Barbosa: Peça vista em mesa, ministro.
- Celso de Mello: Eu ponderaria ao eminente presidente que, talvez, conviesse encerrar trabalhos e vamos retomá-los na quarta-feira começando especificamente por esse ponto. Isso não vai retardar.
- Joaquim Barbosa: Já retardou. Poderíamos ter terminado esse tópico às 15h para 17h.
- Ricardo Lewandowski: Presidente, nós estamos com pressa do quê? Nós queremos fazer Justiça.
- Joaquim Barbosa: Nós queremos fazer nosso trabalho, e não chicana, ministro.
- Ricardo Lewandowski: Vossa excelência está dizendo que estou fazendo chicana? Eu peço que vossa excelência se retrate imediatamente.
- Joaquim Barbosa: Eu não vou me retratar, ministro.
- Ricardo Lewandowski: Vossa excelência tem a obrigação como presidente da Casa. Está acusando um ministro, um par de vossa excelência de fazer chicana, eu não admito isso.
- Joaquim Barbosa: Foi uma votação unânime.
- Ricardo Lewandowski: Eu estou trazendo um argumento.
- Joaquim Barbosa: Um argumento, ministro?
- Ricardo Lewandowski: Apoiado em fatos, em doutrina. Eu não estou brincando presidente, vossa excelência está dizendo que estou brincando? Eu não admito isso.
- Joaquim Barbosa: Faça a leitura que vossa excelência quiser.
- Ricardo Lewandowski: Vossa excelência preside uma casa de tradição multicentenária.
- Joaquim Barbosa: Que vossa excelência não respeita. [...] Está encerrada a sessão. Tem vista em mesa, portanto.
Histórico de divergências
Durante o julgamento do processo do mensalão do ano passado, Barbosa e Lewandowski, na condição de relator e revisor da ação respectivamente, travaram diversos embates.
Na primeira sessão do julgamento, em 2 de agosto do ano passado. Na ocasião, Barbosa afirmou que Lewandowski tinha agido com "deslealdade" como revisor. Lewandowski respondeu se dizendo "estupefato".
Depois, Barbosa voltou a discutir com o colega e pedir que votasse de maneira "sóbria".
Em uma das últimas discussões, Lewandowski deixou o plenário após reclamar da "surpresa" que, segundo ele, o relator criou ao estabelecer uma nova ordem para definição da pena dos réus. A previsão era de que, após a conclusão das penas dos réus do núcleo publicitário, fossem definidas as penas dos condenados do núcleo financeiro, formado pelos ex-dirigentes do Banco Rural. Mas o relator decidiu ler as penas dos réus do núcleo político, que inclui o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Recurso de Bispo Rodrigues
Com a interrupção da sessão desta quinta, a decisão sobre o recurso de Bispo Rodrigues ficou para a semana que vem.
No recurso, a defesa de Rodrigues disse que o ex-parlamentar pelo PL (atual PR) deveria ser absolvido da acusação de receber dinheiro do mensalão. De acordo com a defesa, o dinheiro recebido pelo réu foi para pagar uma dívida do PT com o PL.
Se o argumento pela inocência não for aceito, o advogado pede ainda assim a redução da pena porque avalia que Rodrigues não poderia ser condenado por corrupção com base em lei que vigora desde 2003 que prevê pena de 2 a 12 anos. Conforme a defesa, o delito teria sido consumado pelo ex-deputado em 2002, quando estava em vigência lei antiga sobre corrupção passiva, que previa pena de 1 a 8 anos de prisão.
Nesta quinta (15), segunda sessão da fase de julgamento de recursos do processo do mensalão, o Supremo rejeitou os pedidos de três condenados. Com isso, somam sete os que tiveram recursos negados, entre eles o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) e o ex-deputado Roberto Jefferson, delator do esquema do mensalão.

Fonte: http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia/2013/08/barbosa-acusa-lewandowski-de-fazer-chicana-e-ministro-cobra-retratacao.html
"Sonhos são o que temos." Jojen Reed

Offline Skar

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #591 Online: Agosto 16, 2013, 12:03:18 am »
@Sampaio:

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Não sei se concordo com essa acepção. A meu ver Império é uma forma Estado (estados não precisam ser democráticos), assim como, obviamente, Cidades-Estados. Uma definição melhor e até mais coerente com sua etimologia seria apenas a de qualquer modo normativo e involuntário de organizar uma nação.

O Elfo já explicou o por que Estado moderno é diferente de Império, mas se quiser escrevo de uma outra forma.

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mas a segunda oração simplesmente não faz sentido para mim. pois o Estado é a maneira mais fácil de intervir a partir de interesses escusos - e é justamente isso que ocorre mundo afora, quando pessoas ou empresas tentam adquirir influência estatal.

Acho no minimo um exagero. Por que influencias escusas podem ser perpetradas por qualquer meio e conseguir influência dentro de um Estado nem sempre é algo fácil. Fora que o Estado cria diversas leis e instrumentos dentro de si mesmo que tem como objetivo policia-lo é evitar abusos. Algo que simplesmente não existe em companhias privadas.

O melhor exemplo disso é que quando as forças militares dos EUA cometem crimes de guerra elas são colocadas em julgamento por esses abusos, o sistema de drones é altamente criticado pelo próprio governo. Agora quando contratados de PMCs resolvem levar um interrogatório mais ao extremo o máximo que acontece é uma perda de contrato. Detalhe que isso nunca ocorreu.

O Estado é a melhor forma de um grupo fazer valer seus interesses, sim é verdade. Isso serve para todos desde minorias, LGBT, a maiorias, católicos. A diferença é que em Estados existe a capacidade de haver mecanismos que nivelem e coíbam  abusos.

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E segundo porque o que está predominante hoje não é necessariamente o melhor, mas simplesmente aquele que foi passado pra frente naquelas contingências.

Aqui coloco que a figura Estado não será destruída pela simples razão que ele destrói qualquer forma diferente. O potencial de guerra do Estado moderno é tal que outras formas de governo terão que ter algum nível de ligação com ele.

Claro você pode crê num mundo utópico, mas congequiturar sobre sonhos não leva a nada.

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Da mesma forma que o feudalismo não era o melhor possível quando era dominante e qualquer outro, e assim como algo prosperar por interesse de pessoas suficientemente influentes e ignorância do povo e não por ser a melhor opção possível para todos.

Aqui mora a diferença o feudalismo é atrelado a um sistema econômico imutável para sua existência. O Estado conseguiu criar uma simbiose com o capitalismo que o torna altamente adaptável a qualquer sabor cultural que você venha a desejar.

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Depende do que você chama de "meios de coerção". Se estiver se referindo apenas ao fato de que a segurança e legislação fica por conta do Estado e não do setor privado, concordo.

Não existe forma mais simples de resolver um conflito que destruindo o outro. Temos séculos de história para mostrar como esse é o mais comum também. Uso de Soft power para conseguir as coisas é algo bem recente e que nem sempre trás resultados agradáveis. Especialmente se deixamos a esfera individual e partimos para conflitos entre grupos.

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Na proposta minarquista (neste ponto, assim como na minha) o Estado fez a legislação e é responsável pelo seu cumprimento. Isso pode envolver agir sobre o setor privado, como para fazer valer a lei antitruste, mas isso não é mesmo que interferir nas relações de mercado.

Aqui é a falha. Cartéis e Trust são práticas de do mercado. Quando decidimos que elas são coisas ilegais automaticamente estamos intervindo numa relação de mercado. só que deixo isso de lado é vou além, como você pretende quebrar uma cartel sem uma intervenção direta? Multas? A crise imobiliária mostrou que as multas não surtem nenhum efeito.  Além do que se elas forem muito fortes pode acabar quebrando o setor. O que gera uma nova questão existe alguma forma de suprimir a demanda daquele setor?

Um exemplo que nunca acontece. Bancos combinam taxas. As multas que podem ser colocadas neles não serão capazes de reduzir o lucro da prática. Pior se um banco quebra isso atinge a sociedade como um todo, levando diversas pessoas pro buraco junto. Então o Estado deve criar uma punição que consiga coibir uma prática ao mesmo tempo que não deixe o banco enfraquecido. Até hoje estamos tentando chegar a esse nível e falhamos a cada crise.

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Só a título de curiosidade, há quem ache melhor até a concorrência de diferentes moedas dentro da mesma nação, mas não estudei isso bem para opinar.

Já li alguns artigos sobre o tema. As idéias são interessantes só que tendem a levar uma idéia de valor real e virtual muito superior. Não vi nenhum modelo que conseguisse fazer isso ser organizado.

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Não acho muito lógico relacionar o crescimento do Estado com o crescimento da economia

Veja na história como o comércio cresceu com a criação dos Estados modernos.

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já que todas as evidências apontam que onde há mais livre-mercado (logo, Estado menos inchado) há maior crescimento econômico e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Além disso, o crescimento da economia não precisa aumentar as funções do Estado.

Sério, que o Canada e a Alemanha seguem o livre mercado?  :shock:

É interessante você falar isso por que a Suécia é considerada um dos países que mais prega a lógica do livre mercado. E ela tem uma aparelhagem imensa de Well fare State...

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Grosso modo, a intervenção estatal na economia não apenas impede as crises como as promove. As evidências disso são abundantes,inclusive as grandes crises, de 29, a recente dos EUA,

Juro que não as vejo. Vide que nem mesmo o povo dos libertários tem uma opinião coesa sobre o assunto.  Recomendo a leitura do David Stockman sobre a crise dos EUA e como a culpa foi do setor privado e do Estado por não regular  :b

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a atual da Europa,a que está se desenhando no Brasil.

Essa é culpa dos Estados.

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Do modo como coloca parece que acha que as companhias querem quebrar e que o setor privado quer ganhar pouco dinheiro para repassar pouco para o Estado.

O modo em que coloco é que as companhias privads querem ganhar tanto que não precisem ser reguladas pelos Estados E algumas delas conseguem vide o que companhias como a Vale e BP fazem na áfrica.

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É exatamente o oposto e após a crise ficaram tentando consertar a cagada e piorando, até haver nos EUA um sutil movimento pró-livre-mercado, mais capitalismo, o que ajudou a reestruturar. Neste período pós-crise que apareceram os principais liberalistas do século XX, justamente porque a crise novamente denunciou a importância do Estado não interferir.

David Stockman, mostra que quando não há limites impostos pelos Estados os Bancos irão buscar conseguir cada vez mais lucro. Na economia com moeda predominantemente virtual mais lucro é igual a risco. Isso leva a toda sociedade a ficar a mercer de bancos. Como aconteceu na última crise, pela falta de regulamentação

Ou você acha realmente que os bancos podem usar dinheiro de pensões de aposentados para fazer apostas na bolsa de valores e usar o dinheiro de seus clientes para apostar contra os aposentados? Por que é isso que eles fazem, pois não há uma regulamentação.

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Mas o problema é justamente o banco imprimir isso no mercado. Se as taxas estão altas por abuso dos bancos, algum irá abaixar as taxas para atrair mais clientes, o que obriga a uma cadeia de abaixamentos até o mínimo que podem chegar. Do contrário, perdem ainda mais dinheiro ao perderem clientes. A única maneira de isso não acontecer é se houver formação de cartel, o que é ilegal e continuaria sendo em qualquer proposta liberalista.

O problema aqui é os cartéis já existem e algns deles não podem ser quebrados sem causar sérios danos a sociedade. Já pensou o que acontece se o HSBC falir? Pois é estamos num momento esses gigantes se criaram e é necessário uma intervenção estatal para nivelar o jogo.

Afinal não tem nem como provar que é cartel, aquelas taxas eram naquela medida antes. eles só se recusam a diminuir, quem vai forçar eles a diminuírem?
The essentials for a productive discussion:
•    Tact: Be friendly, helpful, and cooperative.
••    Candor: Be frank and sincere.
•••    Intelligence: Think before you speak.
••••    Goodwill: Reasonable people can disagree.
•••••   Reception: Listen to what others are saying, not to what you think they're saying.

Re:Política, tópico permanente
« Resposta #592 Online: Agosto 16, 2013, 10:48:53 am »
Um off extremamente necessário:

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Claro você pode crê num mundo utópico, mas congequiturar sobre sonhos não leva a nada.

Meus olhos! Meus pobres olhos! 

Offline ferdineidos

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #593 Online: Agosto 16, 2013, 11:01:36 am »
@Sampaio:

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Não sei se concordo com essa acepção. A meu ver Império é uma forma Estado (estados não precisam ser democráticos), assim como, obviamente, Cidades-Estados. Uma definição melhor e até mais coerente com sua etimologia seria apenas a de qualquer modo normativo e involuntário de organizar uma nação.

O Elfo já explicou o por que Estado moderno é diferente de Império, mas se quiser escrevo de uma outra forma.

Skar, como o Elfo colocou, o problema é a semântica. Eu (e presumo que o Sampaio também) entendo por Estado como sendo o conjunto de entes que controlam um país/nação/reino/whatever. Assim, o Rei Jorge III e o parlamento Inglês seriam "o Estado" do Império Britânico de sua época. Eu nem imaginava que existia essa interpretação que você utilizou e foi esclarecida pelo Elfo.

Pra evitar confusões, é bom quando escrever utilizando palavras que tenham mais de uma interpretação deixar a sua intenção bem clara, coisa que passou longe no primeiro post  XD
"Entre todas as tiranias, a tirania exercida para o bem de suas vítimas é a mais opressiva.Talvez seja melhor viver sob o olhar de nobres usurpadores do que de intrometidos moralistas onipotentes."

Re:Política, tópico permanente
« Resposta #594 Online: Agosto 16, 2013, 11:10:43 am »
Falando sobre governo bancando saúde e educação.. alguém aqui conhece alguma coisa sobre as políticas do Canadá? Porque aparentemente lá a saúde é de ótima qualidade, e totalmente pública, assim como a educação (só perdem para a finlândia, dá última vez que eu conferi). Tirando os fatores históricos e culturais... como eles conseguem isso, economicamente?

Re:Política, tópico permanente
« Resposta #595 Online: Agosto 16, 2013, 01:54:43 pm »
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Falando sobre governo bancando saúde e educação.. alguém aqui conhece alguma coisa sobre as políticas do Canadá? Porque aparentemente lá a saúde é de ótima qualidade, e totalmente pública, assim como a educação (só perdem para a finlândia, dá última vez que eu conferi). Tirando os fatores históricos e culturais... como eles conseguem isso, economicamente?

Da única forma conhecida para manutenção de um Welfare State (que não seja através de pilhagem, como a Alemanha Nazista) - apesar do aparato estatal de tamanho considerável, o Estado é pouco corrupto (ou esconde muito bem isso), com leis de propriedade bem estabelecidas, poucas restrições na abertura e fechamento de empresas e relativa flexibilização nos contratos de trabalho. Se quer perder algum tempo nisso, pode verificar no Index of Economic Freedom ou o Economic Freedom of the World (e veja ambo com um "grain of salt", obviamente).

Offline Skar

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #596 Online: Agosto 16, 2013, 03:45:53 pm »
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Skar, como o Elfo colocou, o problema é a semântica. Eu (e presumo que o Sampaio também) entendo por Estado como sendo o conjunto de entes que controlam um país/nação/reino/whatever. Assim, o Rei Jorge III e o parlamento Inglês seriam "o Estado" do Império Britânico de sua época. Eu nem imaginava que existia essa interpretação que você utilizou e foi esclarecida pelo Elfo.

Falha minha. O grande problema é que dizermos que um Império, ou Cidades Estados, são a mesma coisa é o Estado-moderno que possuímos hoje é dizer que o mercantilismo é a mesma coisa que o capitalismo financeiro. Afinal ambos visam acumulação de riquezas.

O Estado-moderno é uma ferramenta que desenvolveu formas de unificação e soberanos total sobre uma determinada região. Isso sem se basear em conceitos subjetivos como religião, ou lealdade a determinado soberano. A aparelhagem do Estado moderno se torna independente do governo e isso se dá por que ele tem sob sua égide os dois principais pilares de manutenção de poder capital e coerção.
The essentials for a productive discussion:
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••    Candor: Be frank and sincere.
•••    Intelligence: Think before you speak.
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Offline Malena Mordekai

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #597 Online: Agosto 23, 2013, 08:52:39 am »
http://mairakubik.cartacapital.com.br/2013/08/22/por-que-ninguem-ninguem-noticiou-antes-que-manning-e-trans/

Não é Bradley Manning que está mofando na cadeia por ter sido o herói ou traidor que vazou informações para a Wikileaks.

Na verdade ELA é CHELSEA MANNING.
DEVORAR PARA DECIFRAR
DEVOUR TO DECIPHER

https://www.furaffinity.net/user/transphinx/

interesses rpgísticos atuais: FATE, DnD 5e, GUMSHOE System, DnD 4e, Storytelling System (CoD), Powered by the Apocalypse, UNSAFE

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #598 Online: Setembro 03, 2013, 09:49:22 am »
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Estatuto e programa do Partido Pirata são publicados no Diário Oficial

Próximo passo é obter o registro civil e arrecadar assinaturas

O programa partidário e o estatuto do Partido Pirata do Brasil (Piratas) foram publicados nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. De acordo com a publicação, o partido "surgiu no mundo a partir de um movimento de resistência civil a tentativas de criminalização de maneiras de compartilhar conhecimento propiciadas pela popularização das tecnologias digitais"
Nos próximos dias, o partido dará início ao registro civil em cartório, cumprindo a exigência da legislação eleitoral para iniciar a coleta de aproximadamente 500 mil assinaturas válidas (cerca de 0,5% dos votantes na última eleição). A publicação no Diário Oficial custou R$ 11.844,30. Segundo o Piratas, o valor que foi obtido por meio de uma campanha na internet, a qual arrecadou R$ 21.163,70 doados por 420 pessoas. No site do Partido Pirata é possível consultar a lista completa dos doadores e seus respectivos valores.

O Partido Pirata é uma associação voluntária de pessoas que se propõem a lutar pela proteção dos direitos humanos, pela liberdade de expressão, pelo direito civil à privacidade das informações em todos os suportes e meios de transmissão e armazenamento, pela liberdade de aquisição e de compartilhamento de conhecimento e tecnologias. Para isso, promove ações que contribuam com transformações políticas e sociais, institucionais, econômicas, jurídicas e culturais destinadas a garantir a propagação da informação de forma livre e sem impedimentos, fortalecendo a construção e desenvolvimento de um Estado democrático mais transparente e justo.

Fundação
No Brasil, o Partido Pirata foi fundado em julho de 2012, em Recife, quando cerca de 120 pessoas se reuniram por dois dias para a primeira convenção, onde ratificaram a construção colaborativa de mais de cinco anos e formalizaram os documentos oficiais, como estatuto, programa do partido e diretrizes gerais.

No exterior, o Piratas é uma organização política com atuação oficialmente registrada em 32 países e representantes eleitos na Alemanha, Espanha, Suécia, Suíça, Áustria, República Tcheca, Finlândia, Croácia e Islândia.

Fonte: Terra Notícias
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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #599 Online: Setembro 04, 2013, 09:31:24 am »
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Plenário aprova PEC do Voto Aberto em 2º turno

O Plenário aprovou, por 452 votos a favor (votação unânime), a PEC do Voto Aberto (349/01), que acaba com o voto secreto em todos os tipos de votação, incluindo as de cassação de mandato. A medida vale para as deliberações da Câmara, do Senado, das assembleias legislativas, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das câmaras de vereadores. Como foi aprovada em segundo turno, a matéria será analisada ainda pelo Senado, também em dois turnos.

No caso do Senado, por exemplo, o voto secreto não será mais usado na aprovação de indicações de ministros dos tribunais superiores; de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) feitas pelo presidente da República; de presidente e diretores do Banco Central; do procurador-geral da República; de chefes de missão diplomática de caráter permanente; e da exoneração, de ofício, do procurador-geral da República antes do término do mandato.

O voto aberto também valerá para a análise de vetos pelo Congresso Nacional (sessões conjuntas da Câmara e do Senado).

Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/451045-PLENARIO-APROVA-PEC-DO-VOTO-ABERTO-EM-2%C2%BA-TURNO.html
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